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PEÇA NÚMERO 9 – EDITORA LEGAL XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO Processo nº: 9.876 Sociedade Empresária Editora Legal Ltda., já qualificada nos autos da reclamação trabalhista, movida por Maria das Graças, vem respeitosamente perante Vossa Excelência por intermédio de seu advogado que lhe subscreve, nos termos da procuração em anexo, com escritório profissional no endereço completo onde recebe intimação e notificações, com fundamento no artigo 895, I da CLT, interpor tempestivamente o presente RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do presente recurso, dentre os quais se destacam: a) Depósito Recursal: devidamente recolhido no importe de R$ , conforme guia anexa; e b) Custas: devidamente recolhidas de acordo com o art. 789, § 1º, da CLT, a razão de R$..., conforme guias anexas dentro do prazo recursal. Ante o exposto, requer o recebimento do presente recurso, com a posterior notificação dos recorridos para apresentação das Contrarrazões ao Recurso Ordinário no prazo de 8 (oito) dias conforme dispõe o art. 900 da CLT, e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. Termos em que pede deferimento. Local, Data Advogado OAB/UF https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10651211/parágrafo-1-artigo-789-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO Recorrente: Sociedade Empresária Editora Legal Ltda. Recorridos: Maria das Graças Processo nº: 9.876 Origem: 100ª Vara do Trabalho de Goiânia RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 1 – INCOMPETENCIA ABSOLUTA EM RAZAO DA MATERIA: Na sentença proferida pelo juízo a quo, o recorrente foi condenado ao recolhimento das contribuições previdenciárias que deixou de recolher durante o contrato de trabalho. Ocorre que, conforme determina o art. 876, parágrafo único da CLT c/c art. 114, VIII, da CRFB/88 c/c a sumula vinculante 53 do STF c/c a súmula 368, I, do TST, tal matéria não é da competência das justiça do trabalho, mas sim da justiça comum federal. Diante o exposto requer que a sentença seja reformada, a fim de anular a condenação ao recolhimento das contribuições previdenciárias. 2 – HORA EXTRA POR REDUÇAO DO INTERVALO INTRAJORNADA INDEVIDA: Na sentença proferida pelo juízo a quo, foi deferido adicional por hora extra no valor de 80% sobre a hora normal pelo período de 30 minutos suprimido do intervalo intrajornada, sob justificativa que mesmo com autorização do Ministério do Trabalho, tal redução era ilegal. Ocorre que, conforme determina art. 71, § 3º da CLT c/c art. 1º, § 3º da Portaria 1095/10 do MT, pode haver redução da jornada quando autorizada pelo referido Ministério. Ademais, caso não seja afastada a condenação pelas horas extras, requer sua fixação no importe de 50% sobre a hora normal, tendo por base o art. Art. 71, § 4º da CLT e por não haver negociação coletiva prevendo percentual superior. Diante o exposto, requer a reforma da sentença a fim de que seja anulada a condenação ao pagamento de horas extras, ou sua redução para o percentual de 50% sobre a hora normal. 3 – REINTEGRAÇAO INDEVIDA: Na sentença proferida pelo juízo a quo, foi deferido o pedido de reintegração da reclamante sob a justificativa de que esta possui estabilidade devido à gravidez. Ocorre que, a empregada que realizou o pedido de demissão, e portanto, não houve desrespeito ao que determina o art. 10, inciso II, alínea “b”, ADCT, sobre a vedação à dispensa imotivada da emprega gestante. Diante o exposto requer a reforma da sentença, a fim de anular a condenação à reintegração da empregada. 4 – HORAS DE SOBREAVISO INDEVIDAS: Na sentença proferida pelo juízo a quo, foi deferido o pedido de horas de sobreaviso sob a justificativa de que a recorrida permanecia com o celular de trabalho ligado inclusive fora de sua jornada de trabalho. Ocorre que conforme entendimento da Súmula 428, inciso I, TST, o simples fato de empregada permanecer com o celular ligado não é suficiente para caracterizar o regime de sobreaviso. Diante o exposto requer que a sentença seja reformada, a fim de anular a condenação ao pagamento de horas de sobreaviso . 5 – PERCENTUAL DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE INCORRETO: Na sentença proferida pelo juízo a quo, foi deferido adicional de insalubridade de grau médio no importe de 30% sobre o salário mínimo tendo em vista que foi comprovada a situação insalubre através da perícia realizada. Ocorre que, conforme determina o art. 192 da CLT, quando se tratar de insalubridade de nível médio o percentual a ser adotado é de 20% e não 30% como condenou o magistrado. Diante o exposto requer que a sentença seja reformada, a fim de reduzir o percentual do adicional de insalubridade para o valor de 20% sobre o salário mínimo. 6 – PERCENTUAL DA HORA NOTURNA INCORRETO: Na sentença proferida pelo juízo a quo, foi deferido adicional noturno no valor de 25% sobre a hora diurna, tendo em vista restar comprovada que o recorrido laborou neste horário. Ocorre que, conforme determina art. 73 da CLT c/c art. 381, § 1º da CLT, o percentual do adicional noturno equivale a 20% sobre o valor da hora normal em se tratando de empregado urbano, como é o caso em tela. Diante o exposto requer que a sentença seja reformada, a fim de reduzir o percentual do adicional noturno para o valor de 20% sobre a hora diurna. 7 – INTEGRAÇÃO DO PLANO ODONTOLÓGICO INDEVIDA: Na sentença proferida pelo juízo a quo, foi deferido o pedido de integração do valor do plano odontológico à remuneração da empregada sob a justificativa de que este poderia ser integrado e não poderia ser confundido com plano de saúde, o qual é vedada a integração. Ocorre que, conforme determina o art. 458, § 2º, inciso IV da CLT, é expressamente vedado que ocorra a integração do plano odontológico ao salario do empregado, haja vista tratar-se de salario utilidade. Diante o exposto requer a reforma da sentença, a fim de anular a condenação do recorrente para integrar o plano odontológico à remuneração da recorrida. 8 – REQUERIMENTOS FINAIS: Requer que o presente recurso ordinário seja conhecido e provido, a fim de reformar a sentença proferida pelo juízo a quo conforme as razoes expostas acima. Requer ainda, a condenação do recorrido ao pagamento dos honorários advocatícios a razão de 15%, conforme estabelece o art. 791-A, da CLT. Termos em que pede deferimento. Local, Data Advogado OAB/UF
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