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convulsão febril

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CONVULSÃO FEBRIL
	CONCEITOS
O que é uma crise convulsiva?
- Uma convulsão ocorre quando há uma atividade elétrica anormal do cérebro. Essa atividade anormal pode passar despercebida ou, em casos mais graves, pode produzir uma alteração ou perda de consciência acompanhada de espasmos musculares involuntários - que é definido como crise convulsiva ou convulsão.
- Convulsão é a contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. As convulsões acontecem quando há a excitação da camada externa do cérebro.
O que é uma crise epilética?
- "Crises epilépticas  são sintomas decorrentes de descargas cerebrais anormais. Epilepsia é a condição ou a doença que provoca a ocorrência de crises repetidas". Condições como hipoglicemia ou taxa baixa de açúcar no sangue podem causar uma crise epiléptica.
- Toda convulsão é uma crise epiléptica, mas além da convulsão existem várias formas de crises epilépticas. Na convulsão o paciente apresenta movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos, liberação de esfíncteres e perda de consciência. E um exemplo comum de crise epiléptica não convulsiva é a crise de ausência.
- Epilepsia é toda doença neurológica que apresenta atividade elétrica anormal e que gere algum sintoma neurológico ou disfunção.
	CLASSIFICAÇÃO
Crise Focal
- Epilepsia parcial, epilepsia focal ou crise jacksoniana é uma doença neurológica caracterizada por convulsões em uma área limitada menor que um hemisfério cerebral. Os sintomas dependem do lobo cerebral afetado e duram geralmente 1 a 2 minutos.
Crise focal c/ perda de consciência
- As crises focais são classificadas de acordo com o comprometimento ou não da consciência. Elas podem ser crises parciais simples, quando não há comprometimento da consciência ou crises parciais complexas, quando há comprometimento. Usualmente as crises focais não duram mais que alguns segundos ou poucos minutos.
Crise Generalizada
- Convulsão generalizada é um período de atividade elétrica descontrolada no cérebro. Isso pode ser devido a uma condição que provoca convulsões recorrentes (epilepsia).
- A epilepsia generalizada consiste em crises epilépticas generalizadas, ou seja, que afetam os dois lados do cérebro ou grupos de células de ambos os lados do cérebro, ao mesmo tempo – ao contrário de convulsões de início focal, quando as crises começam em uma área ou atacam um grupo de células de apenas um lado do hemisfério.
	INTRODUÇÃO
Crise febril
- Crise febril é definida como crise ocorrendo entre seis meses e cinco anos de idade associada à hipertermia, porém, sem evidências de infecção do Sistema Nervoso Central ou outra causa identificada.
- distúrbio neurológico mais comum na primeira infância
- até 5% das crianças
- Idade dependente: 06 meses a 5 anos
- após a primeira crise febril 2/3 das crianças não terão mais crises.
	FISIOPATOGENIA
Cerebro imaturo => baixo limiar convulsivo
- O baixo limiar do córtex cerebral em desenvolvimento, a susceptibilidade da criança a infecções, a propensão a ter febre alta e o componente genético afetando o limiar convulsígeno são fatores que se combinam e justificam, porque a CF é um fenômeno da primeira infância e é sobrepujado com o crescimento. O cérebro imaturo apresenta maior susceptibilidade a convulsões. O baixo limiar provavelmente decorre da combinação de excitação aumentada e inibição diminuída, além de diferenças maturacionais nos circuitos subcorticais.
Crianças pequenas são mais propensas a quadros infecciosos
- A epilepsia é mais comum na infância, quando aumenta a vulnerabilidade a infecções do sistema nervoso central (meningite), acidentes (traumatismos do crânio) e doenças como sarampo, varicela e caxumba, cujas complicações podem causar crises epilépticas. 
	DEFINIÇÃO
Sempre associado à febre
Ausência de infecção do SNC
Ausência de desequilíbrio hidroeletrolítico
>6meses e <6anos
Sem crises afebris anteriores
- Convulsão febril (CF) ocorre na infância, geralmente entre os 3 meses e 5 anos de idade, associada à febre, na ausência de infecção intracraniana ou de outra causa neurológica definida, excluindo-se as crianças que tenham tido previamente convulsões afebris. CFs não devem ser confundidas com epilepsia, que se caracteriza por crises epilépticas afebris recorrentes.
	CARACTERISTICAS CLÍNICAS
Típica (75% dos casos)
- generalizadas
- tonico ou tonico-clonica generalizadas (TCG)
- curta duração: geralmente até 5 min (até 10/15min)
- não recorre em um periodo de 24h
- ausência de anormalidades pós-ictais
Atípicas (25% dos casos)
- crise focal ou não TCG ou
- prolongada (duração > 15 min) ou 
- mais de 1 crise em um período de 24h ou 
- anormalidades pós-ictais
A primeira CF ocorre em média entre 18 e 22 meses, podendo ser de dois tipos: simples (uma única crise tônico clônica generalizada (TCG) com duração geralmente ao redor de 5 minutos) e complexa ou complicada (crises focais e/ou com duração maior que 15 minutos e/ou se recorrer em menos de 24 horas e/ou com manifestações neurológicas pós-ictais).
A convulsão generalizada acontece com sintomas de perda da consciência da criança, abalos generalizados nos braços e pernas, virada dos olhos para cima e dificuldade de respiração.
A CF costuma ser do tipo simples, isto é, crise tônico-clônica generalizada, rápida e isolada. Os pais podem referir hipotonia, mas, nesses casos, geralmente há uma fase clônica rápida que pode passar despercebida. As crises focais caracteriza-se por focalidade, duração >15 minutos – são prolongadas e crises repetidas em 24 horas. Paresia de Todd pode seguir uma crise focal que é uma hemiplegia ou hemiparesia que surge depois de uma crise epilética e que dura desde alguns minutos a dias.
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	FATORES DE RISCO PARA A PRIMEIRA CF
- HF+
- hospitalização neonatal > 30 dias
- ADNPM
Anamnese cuidadosa deve ser feita p/ descartar outras causas de crises epilépticas como trauma ou intoxicação, história familiar de convulsões.
Descrição completa da crise. 
Exame físico - incluir a pesquisa de possíveis focos infecciosos. A presença ou ausência de sinais meníngeos e o exame da fontanela são etapas fundamentais do exame neurológico. Infecção do sistema nervoso central causando crises convulsivas associadas à febre devem ser descartadas, especificamente encefalite ou meningite.
	FATORES DE RISCO PARA RECORRENCIA CF
- Primeira crise < 18 meses
- HF p/ CF
São fatores a considerar como preditivos de recorrência: idade inferior a 18 meses, história familiar de CF e duração da febre menor do que uma hora antes da primeira CF. Se a criança apresentar um ou mais desses fatores, a profilaxia pode ser considerada.
	FATORES DE RISCO PARA EPILEPSIA
- CF atípica
- CF recorrente
- ADNPM
- HF + p/ epilepsia
Atualmente, há evidência de que a patologia hipocampal pré-existente seja responsável por CFs focais e prolongadas, além de tornar o cérebro mais susceptível ao dano induzido pela própria crise. A esclerose mesial hipocampal (EMH) é a causa mais freqüente de epilepsia de lobo temporal (ELT) em adultos. As crianças que tiveram as três características complexas (crise focal, prolongada e recorrente em 24 horas), o risco foi de 49% para epilepsia.
	 DIAGNÓSTICO
- Clínico
O diagnóstico da crise convulsiva febril é clínico!!! E a crise convulsiva associada à febre, na faixa etária compreendida de seis meses a seis anos, com período pós-ictal curto, sem história prévia de crises afebris e na ausência de distúrbios metabólicos e infecciosos do SNC.
	 DIAGNÓSTICO
- HMG, eletrólitos, GC
procurar foco infeccioso
- EEG
Na maioria dos casos NÃO! Se feito nas primeiras 24 horas pós-crise febril serão anormais em 88% dos casos – tal anormalidade pode persistir em 1/3 das crianças no sétimo dia pós-crise, desaparecendo em torno do décimo dia, e, por isso, ele não está indicado de forma rotineira na crise febril. Assim, as indicações de EEG em qualquer tipo de CF ficam restritas às seguintes situações: na suspeita de doença cerebralsubjacente, na presença de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, e na presença de déficit neurológico.
- TC
Só deverá ser solicitada se houver história de trauma, déficit neurológico após a crise (principalmente déficits focais) e sinais de hipertensão intracraniana.
- Punção lombar
Sinais meníngeos
< 18 meses sempre <12 meses
Primeira CF atípica
Letargia persistente pós-ictal
Desnecessária na maioria das crianças que se apresentarem com um bom estado geral após a crise. Indicação: na presença de sinais meningeos ( letargia, rigidez de nuca ou fontanela abaulada) independente da idade; nos menores de um ano – uma vez que neles poderá não haver sinais meníngeos clássicos esses sinais podem não estar claros; primeira crise febril atípica; letargia persistente no pós-ictal; crise febril em maiores de cinco anos; < 18 meses há sempre a dúvida, mas geralmente a punção lombar deverá ser feita. 
A AAP acrescenta como indicação: crianças seis meses a 12 meses com vacinação incompleta ou desconhecida para Hib e pneumococo; criança em uso de antibióticos – pois poderiam estar com sinais e sintomas mascarados; crise ocorrendo no segundo dia da doença febril; Estado de mal epiléptico febril. A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que, após a ocorrência da primeira crise com febre em lactentes abaixo de 12 meses, a realização da punção lombar deve ser fortemente considerada e, em uma criança entre 12 e 18 meses, a indicação, apesar de não ser tão forte, ainda assim deve ser considerada. Acima de 18 meses, a punção lombar é recomendada na presença de sinais e sintomas meníngeos, ou quando existe suspeita clínica de infecção intracraniana. 
Meningite:
Os sintomas mais recorrentes da meningite são dor de cabeça, vômitos em jato, febre, rigidez na nuca (dificuldade de dobrar o pescoço) e, em casos graves, manchas vermelhas na pele. Crianças muito pequenas também podem apresentar falta de apetite, irritabilidade e prostração (fraqueza, abatimento e moleza).
Febre alta e repentina; Dor de cabeça forte que não passa; Náuseas e vômitos; Dor e dificuldade para mover o pescoço; Tontura e dificuldade de concentração; Confusão mental; Dificuldade para encostar o queixo no peito; Sensibilidade à luz e aos ruídos; Sonolência e cansaço; Falta de apetite e de sede. Também podem surgir manchas vermelhas ou roxas na pele de tamanhos variados, o que caracteriza a meningite meningocócica, uma forma grave da doença.
	TRATAMENTO
ABC + antitérmico
Se em crise: DZP EV + FNT EV + FNB EV
Protocolo EME
Status Epilepticus ou Estado de Mal Epiléptico (E.M.E.): evento clínico caracterizado por crises epilépticas prolongadas (30 minutos ou mais) ou repetitivas sem recuperação da consciência entre as crises, determinando uma condição epiléptica fixa e duradoura. É uma intercorrência clínica, associada à agressão ao SNC.
Emergência – caso chegue no PA em vigência de crise convulsiva:
1. monitorar vias aéreas pérvias e ofertar oxigênio. 
2. acesso venoso
3. DZP - repetir até 3x a cada 3-5 min
4. FNB – repetir até 2x
5. FNT – repetir até 2x
6. Antitérmico
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https://pebmed.com.br/voce-sabe-o-que-fazer-em-caso-de-crise-convulsiva-febril/

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