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AÇÃO TRABALHISTA

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Com base na legislação vigente, quem pode ser testemunha em uma Ação 
Trabalhista? 
 
As relações entre empregados e empregadores geram eventuais conflitos, que 
normalmente dizem respeito a fatos, não obstante outros conflitos existam que envolvem 
predominantemente a interpretação jurídica. 
E os fatos, que significam as circunstâncias em que se desenrolam as relações 
entre as pessoas, são provados por testemunhas principalmente, pois necessitam ser 
levados a juízo, a fim de subsidiar o julgador a equacionar o conflito. 
A prova testemunhal no processo do trabalho tem grande importância, por ser o 
principal meio de prova, tanto assim que a Consolidação das Leis do Trabalho a ela dedica 
os artigos 819 a 825 de seu texto. 
A Consolidação das Leis Trabalhistas em seu artigo 829 diz “A testemunha que 
for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não 
prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação”. 
Conceitualmente, a doutrina vem definindo testemunha como a pessoa física 
(natural) que não participa da relação processual como parte ou interveniente, todavia, 
com possibilidade de exercer plenamente sua capacidade civil, especialmente para depor 
em juízo sobre situações por ela percebida com ligação direta ao caso concreto que está 
sendo processado e será, posteriormente, julgado. 
Vejamos, então Carlos Henrique Bezerra Leite: 
Pode ser testemunha toda pessoa natural que esteja no pleno exercício da sua 
capacidade civil e que, não sendo impedida ou suspeita, tenha conhecimento dos fatos 
relativos ao conflito de interesse veiculado no processo no qual irá depor. 
Sergio Pinto Martins leciona de forma semelhante: 
A testemunha é um terceiro em relação à lide que vem prestar depoimento em 
juízo, por ter conhecimento dos fatos narrados pelas partes.

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