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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV casos concretos 1 ao 7 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A 
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Semana 1 : 
1ª Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor 
pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão 
de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por 
meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em 
R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a 
substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. 
Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? 
Resposta : Sim, pois trata-se do princípio do menor sacrifício do executado, conforme art 835, 
NCPC, devendo ser promovida a execução do modo mesmo gravoso para o executado, ou seja, se 
houver outro meio de execução o devedor deverá escolher o menos gravoso. 
 
Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) 
 Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de 
pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos 
por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, 
portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes 
e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. 
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os 
devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. 
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos 
diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. 
 
PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE A CREDORES E FRAUDE À EXECUÇÃO – Semana 
2 : 
1ª Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu 
seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituiam a totalidade de seu 
patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende 
receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Distinguindo, 
previamente, os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, o candidato deverá 
indicar os caminhos processuais adequados para que o autor, na prática, possa receber a 
indenização. 
http://portaldoaluno.webaula.com.br/portalsava/Aluno/View/Courses/details.asp?classId=867487&disciplineId=2650
Resposta : A fraude à execução só ocorre quando há uma execução em curso, caso contrário será 
uma Fraude contra credores ou fraude pauliana, a qual possui uma ação própria (Ação Pauliana), 
neste caso existem 2 requisitos necessários para sua ocorrência: o objetivo, insolvência do 
devedor, causando dano (eventus damni) e subjetivo, a boa-fé nas relações, caso contrário 
teremos uma fraude (consilium fraudis). 
Segundo Alexandre Câmara “se o ato de alienação ou oneração de bens ocorre com o processo já 
instaurado e com o demandado ciente da instauração, estará configurada a fraude à execução, 
caso com esse ato o demandado tenha reduzido seu patrimônio a insolubilidade ou a agravar sua 
situação, porém, se ao foi praticado quando ainda não há processo pendente, não há que se falar 
em fraude de execução, devendo-se verificar os requisitos de configuração da fraude contra 
credores. “ 
2ª Questão: Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), e, principalmente, as normas que tutelam a 
legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar 
como executado. 
1. a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
2. b) o responsável tributário, assim definido em lei; 
3. c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
correta ⇒ d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. 
CASO CONCRETO DA SEMANA 3 - DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL IV - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
Caso Concreto 3 
Descrição 
1a Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello 
pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. 
Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a 
indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar 
que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. 
Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora 
a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. 
Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso 
concreto? É 
possível modificar a sentença em fase de liquidação? 
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na 
liquidação? 
 
 
Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla 
título executivo extrajudicial: 
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou 
honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
c) a nota promissória; 
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio. 
 
RESPOSTAS 
 
 
1- a) Como não haverá discussão acerca de fato novo, a sentença, nesse caso, 
deve ser liquidada por arbitramento. E não se pode falar em modificação da 
sentença na fase de liquidação, tendo em vista o disposto no art. 509, § 4º, do 
CPC 
 b) Caso haja discordância eventualmente apurado na liquidação da sentença, 
devem as partes interpor o agravo de instrumento, na forma do art. 1015, Parágrafo 
único, do CPC. 
 
 
2 - (A) 
Semana 4 
CUMP DE SENTENÇA POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDADA 
EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. IMPUGNAÇÃO – Semana 7 : 
1ª Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho 
Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral 
a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta 
mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, 
Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase 
cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. 
Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? 
Resposta : Haja vista o acolhimento do vicio na citação alegada durante a fase 
cognitiva, este pronunciamento judicial não põe termo ao processo ou a qualquer de 
suas fases, tendo assim natureza de decisão interlocutória, a qual tem como recurso 
cabível o Agravo de Instrumento, nos termos do Art.1015, parágrafo único CPC/15. 
 Alexandre Câmara, evidencia que a obrigação cuja execução se postula deve ser certa, 
ou seja, isto quer dizer que só se pode promover a execução se todos os seus 
elementos constitutivos estiverem precisamente indicados, sendo estes: o credor, 
devedor e o objeto. 
Assim, observamos que no caso em questão o devedor não teve direito ao 
contraditório e nem mesmo a possibilidade de comparecer em juízo para apresentar 
sua defesa, devendo indicar o presente no Art.5º, LIV da CF/88, prevendo que ninguém 
será privado de seus bens sem o devido processo. 
2ª Questão: Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que não 
contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de 
sentença: 
4. a) incompetência relativa; 
correta⇒ b) impossibilidade jurídica do pedido; Art.525, parágrafo 1º. A impossibilidade 
jurídica do pedido passou a ser matéria de mérito, não estando presente como uma condição 
da ação. 
5. c) ilegitimidade da parte; 
6. d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDAMENTADA 
EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS. OBJEÇÃO DE NÃO 
EXECUTIVIDADE – Semana 4: 
1ª Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, 
apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade 
(também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. 
Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? 
Resposta : Sim, a exceção de pré-executividade poderá ser proposta a qualquer 
momento, tendo em vista que trás consigo matéria de ordem pública, art.803, podendo 
o devedor apresentar essa peça, 
sendo que o juiz poderia ter reconhecido de ofício a qualquer tempo ou grau de 
jurisdição. 
Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
Resposta : É feita através de simples petição juntada aos autos, não tendo previsão 
legal expressa e com isso não possui como regra efeito suspensivo. 
2ª Questão: Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: 
7. a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
8. b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
9. c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
correta ⇒ d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; Artigo 
915, CPC/15 
10. e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem 
procuradores diferentes nos autos. 
ETAPA COMUM AO CUMPRIMENTO DE SENTEN 
 
 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDAMENTADA EM TÍTULO 
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS. OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE – Semana 5: 
1ª Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o 
Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida 
como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. 
Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? 
Resposta : Sim, a exceção de pré-executividade poderá ser proposta a qualquer momento, tendo em 
vista que trás consigo matéria de ordem pública, art.803, podendo o devedor apresentar essa peça, 
sendo que o juiz poderia ter reconhecido de ofício a qualquer tempo ou grau de jurisdição. 
Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
Resposta : É feita através de simples petição juntada aos autos, não tendo previsão legal expressa 
e com isso não possui como regra efeito suspensivo. 
2ª Questão: Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: 
11. a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
12. b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
13. c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
correta ⇒ d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; Artigo 915, CPC/15 
14. e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores 
diferentes nos autos. 
ETAPA COMUM AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA/EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA 
DEVEDOR SOLVENTE I: PENHORA – Semana 6: 
1ª Questão: Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo 
extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A 
penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o 
exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por 
alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% 
do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado 
peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem 
foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, 
parágrafo único, do NCPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. 
Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 
Resposta : No caso deve se observar que há um incapaz, consoante Art.896 c/c Art.891 CPC/15, 
devendo ser um lance de pelo menos 80% do valor avaliado. 
2ª Questão: A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta: 
15. a) o seguro de vida; 
16. b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
correta ⇒ c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do 
executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; nos termos do Art.833 
17. d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado 
valor. 
ETAPA COMUM AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA/EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA 
DEVEDOR SOLVENTE II: SUSPENSÃO – Semana 10: 
1ª Questão: Após a vigência do NCPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, 
objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e 
não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o 
processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo 
prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do 
processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona 
em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, 
indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. 
Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 
Resposta : Deve-se destacar que o CPC/15 vem a destacar a chamada Prescrição Intercorrente, 
consoante Art.921 e parágrafos c/c Art.924. 
2ª Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta: 
18. a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os 
embargos à execução; 
correta ⇒ b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito; 
a renúncia é causa de extinção 
19. c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de 
licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros 
bens penhoráveis; 
20. d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens 
penhoráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
	CASO CONCRETO DA SEMANA 3 - DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

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