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Teoria da Literatura I 1

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Aula 1
1.Qual seria segundo COMPAGNON um cânone na literatura?
R: Aula 1
1.Qual seria segundo COMPAGNON um cânone na literatura?
R:A literatura, no sentido restrito, seria somente a literatura culta, não a literatura popular.
Explicação:
Cânone ou cânon (do grego kanon) o termo que caracteriza um conjunto padrão de modelos ou regras de um determinado assunto, em geral ligado ao mundo das artes.
2. Há textos que em sua origem não eram ficcionais, mas que, pela qualidade literária que apresentavam, passaram a fazer parte do cânone literário. Assinale a alternativa que não contempla um exemplo dessa natureza: 
R: "A moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo
Explicação:
"A moreninha" é um romance de folhetim do Romantismo brasileiro que foi, originalmente, concebido como ficção, ao contrário dos outros textos.
3. A linguagem poética transforma a realidade em signos-símbolos universalizando-a. Esse processo do fazer literário pode ser definido como:
R: mímese.
4. Segundo Culler, a obra literária é um evento linguístico que projeta um mundo ficcional que inclui falante, atores, acontecimentos e um público implícito (um público que toma forma através das decisões da obra sobre o que deve ser explicado e o que se supõe que o público saiba). As obras literárias se referem a indivíduos imaginários e não históricos, mas a ficcionalidade não se limita a personagens e acontecimentos.
     É correto afirmarmos que:
5. (Adaptado - ENADE/ 2011) Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação unívoca. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem privilegiando além da significação, o modo de expressão. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.
 
Tomando como referência a afirmação acima, avalie as afirmações que se seguem.
I. A plurissignificação de um texto literário permite uma multiplicidade de maneiras de interpretá-lo.
II. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras.
É correto apenas o que se afirma em: I e II
Explicação:
O texto literário, assim como qualquer texto, depende também da significação.
6. Uma das concepções do conceito de literatura foi proposta pelos românticos do século XIX, os quais assinalam, na obra literária:
R: a valorização da subjetividade.
7. Sobre literatura e ficção, é INCORRETO afirmar que:
R: Todo texto ficcional é literário, uma vez que a característica principal da ficção é o imaginar.
Explicação:
Nem todo texto ficcional é literário. Para ser literário, o texto precisa apresentar, em sua composição, elementos expressivos que lhe confiram valor de literatura. É o que chamamos de literariedade. O fato de o texto ser apenas ficcional não garante que ele tenha a especificidade do literário.
8. A literatura é um tipo especial de linguagem porque:
R: desautomatiza o código linguístico
1.Considerando a literariedade do texto poético, marque a alternativa que apresenta o efeito de sentido proposto pelo poema de Manuel Bandeira a seguir transcrito.
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
BANDEIRA, Manuel. "Libertinagem". Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1966.
R: Os versos Bebeu / Cantou / Dançou representam a brevidade da vida e da alegria expressas antes do fim trágico.
2. "Memória"
 
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
 
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
 
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
 
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Este poema de Carlos Drummond de Andrade apresenta elementos específicos que fazem parte da tradição da lírica. No entanto, verificamos a inexistência:
R: de refrão
Explicação:
O refrão é um verso ou conjunto de versos que se repete em intervalos regulares. É comum nas odes e nas canções, mas pode ser usado nas demais composições líricas também. No poema ¿Memória¿, no entanto, o refrão não foi um recurso utilizado por Drummond.
3. Na poesia lírica, a voz que enuncia o poema é nomeada de eu lírico, a fim de:
R: evidenciar que se trata de uma voz ficcional, diferenciada do eu biográfico
Explicação:
Na poesia lírica, a voz que enuncia o poema é nomeada de eu lírico. É importante distinguir o eu lírico do autor (que podemos chamar de eu biográfico). O eu lírico é uma voz criada pelo autor ao construir o poema. Ou seja: é uma criação do autor, não é a voz deste.
4. Leia o poema a seguir: Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Quanto a sua forma o poema de Luis Vaz de Camões é
R: Um soneto
5. Emil Staiger considera que os gêneros podem fundir-se numa só obra através de nuances. Essa proposta é mais comumente encontrada:
R: na poesia lírica moderna
6. "O verso de cinco sílabas poéticas, ou o pentassílabo, chama-se redondilha menor. Na Idade Média, os poetas portugueses já o empregavam nas "cantigas de amor e de amigo". Entre os modernos, Cecília Meireles o retoma, bem como aos demais versos "curtos" (de uma a seis sílabas." (GOLDESTEIN, N. Versos, sons e ritmo. São Paulo: Ática, 2000, p. 24). Esta citação refere-se à versificação variada que cada poema pode receber. Os tipos de versificação são determinados:
R: pela metrificação, ou seja, pela medida de cada verso
Explicação:
Pela metrificação. Cada verso possui certo número de sílabas poéticas. É por meio da contagem dessas sílabas que é possível, por exemplo, determinar se um verso é decassílabo (10 sílabas poéticas), alexandrino (12 sílabas poéticas), se é uma redondilha menor (5 sílabas poéticas) ou maior (7 sílabas poéticas) ou se possui outra medida. A escansão do verso também permite determinar se os versos são regulares, ou seja, se todos possuem o mesmo tamanho ou não.
7. A poesia lírica possui algumas características específicas, dentre elas, a polissemia. Leia o poema Relógio, de Mário Quintana:
O mais feroz dos animais domésticos
é o relógio de parede:
conheço um que já devorou
três gerações da minha família.
I. Com enorme poder de síntese, próprio da poesia lírica, Mário Quintana aborda dois temas nesses quatro versos: a passagem do tempo e a morte.
II.  A tirania do tempo representada pela resistência do relógio que "já devorou três gerações" comporta uma ironia, pois o relógio é identificado com um animal doméstico, que geralmente é dócil e com expectativa de vida inferior à de seus donos.
III. "O mais feroz dos animais domésticos é um relógio de parede": tal associação constitui uma metáfora que dá a exata dimensão da sutileza do tempo.
Todas as afirmativas estão corretas.
8. "4o. Motivo da rosa"
Não te aflija com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
 
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
 
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
 
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
 
Neste poema de Cecília Meireles, o eu lírico identifica-se com a imagem da rosa a partir de qual verso?
R: doquinto
Explicação:
A partir do quinto verso: "Eu deixo aroma até nos meus espinhos". Neste verso, o eu lírico assume metaforicamente a identidade da rosa.
A literatura, no sentido restrito, seria somente a literatura culta, não a literatura popular.
Explicação:
Cânone ou cânon (do grego kanon) o termo que caracteriza um conjunto padrão de modelos ou regras de um determinado assunto, em geral ligado ao mundo das artes.
2. Há textos que em sua origem não eram ficcionais, mas que, pela qualidade literária que apresentavam, passaram a fazer parte do cânone literário. Assinale a alternativa que não contempla um exemplo dessa natureza: 
R: "A moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo
Explicação:
"A moreninha" é um romance de folhetim do Romantismo brasileiro que foi, originalmente, concebido como ficção, ao contrário dos outros textos.
3. A linguagem poética transforma a realidade em signos-símbolos universalizando-a. Esse processo do fazer literário pode ser definido como:
R: mímese.
4. Segundo Culler, a obra literária é um evento linguístico que projeta um mundo ficcional que inclui falante, atores, acontecimentos e um público implícito (um público que toma forma através das decisões da obra sobre o que deve ser explicado e o que se supõe que o público saiba). As obras literárias se referem a indivíduos imaginários e não históricos, mas a ficcionalidade não se limita a personagens e acontecimentos.
     É correto afirmarmos que:
5. (Adaptado - ENADE/ 2011) Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação unívoca. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem privilegiando além da significação, o modo de expressão. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso específico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.
 
Tomando como referência a afirmação acima, avalie as afirmações que se seguem.
III. A plurissignificação de um texto literário permite uma multiplicidade de maneiras de interpretá-lo.
IV. O texto literário se diferencia do não literário por não depender de significação, mas, sim, de outros recursos no processo de seleção e combinação das palavras.
É correto apenas o que se afirma em: I e II
Explicação:
O texto literário, assim como qualquer texto, depende também da significação.
6. Uma das concepções do conceito de literatura foi proposta pelos românticos do século XIX, os quais assinalam, na obra literária:
R: a valorização da subjetividade.
7. Sobre literatura e ficção, é INCORRETO afirmar que:
R: Todo texto ficcional é literário, uma vez que a característica principal da ficção é o imaginar.
Explicação:
Nem todo texto ficcional é literário. Para ser literário, o texto precisa apresentar, em sua composição, elementos expressivos que lhe confiram valor de literatura. É o que chamamos de literariedade. O fato de o texto ser apenas ficcional não garante que ele tenha a especificidade do literário.
8. A literatura é um tipo especial de linguagem porque:
R: desautomatiza o código linguístico

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