Perfil de um enfermeiro de SMI

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INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL 
 
 
 
 
Saúde Materno Infantil (SMI) 
Cadeira de Ciências Humanas 
 
 
 
 
Perfil de um enfermeiro de SMI e as qualidades necessárias ser um bo profissional 
SMI03 
 
 
Nome do formando 
Cecília 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gondola, Junho de 2020 
 
 
INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO PROFISSIONAL 
 
 
 
Saúde Materno Infantil (SMI) 
 
 Perfil de um enfermeiro de SMI e as qualidades necessárias ser um bo profissional 
SMI03 
 
Discente 
 Aleta Paulo Agostinho Mauzua 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gondola, Junho de 2020 
 
Trabalho de carácter avaliativo a 
ser apresentado no curso de 
Saúde Materno Infantil (SMI), na 
cadeira de Ciências Humanas, 
leccionada pela docente Cecília. 
Índice 
1. Introdução ............................................................................................................................... 1 
2. Objectivos ............................................................................................................................... 1 
2.1. Objectivo geral ................................................................................................................ 1 
2.2. Objectivos específicos ..................................................................................................... 1 
3. Metodologia ........................................................................................................................... 1 
4. Saúde Materna Infantil ........................................................................................................... 2 
4.1. O Perfil de um Enfermeiro de SMI ................................................................................. 2 
4.1.1. Atenção Pré Natal ..................................................................................................... 2 
4.1.2. Atenção ao Parto e ao Recém Nascido ..................................................................... 3 
4.1.3. Atenção ao Pós Parto ................................................................................................ 3 
4.1.4. Atenção ao recém nascido e a criança ...................................................................... 3 
4.2. A enfermeira que gostaria de ser no futuro próximo ....................................................... 5 
4.2.1. Ser proactiva ou proactividade .................................................................................. 5 
4.2.2. Paciência ................................................................................................................... 5 
4.2.3. Gostar de gente ......................................................................................................... 5 
4.2.4. Flexibilidade ............................................................................................................. 6 
4.2.5. Resiliência ................................................................................................................. 6 
4.2.6. Emocional equilibrado .............................................................................................. 6 
4.2.7. Ter autocontrole ........................................................................................................ 6 
5. Conclusão ............................................................................................................................... 7 
6. Referências bibliográficas ...................................................................................................... 8 
 
 
 
 
 
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1. Introdução 
Os esforços empreendidos por vários intervenientes na área de SMI, resultaram até o presente 
em progressos importantes, especialmente com relação à redução da mortalidade neonatal e 
infantil, no entanto, os progressos foram lentos do que esperado e mais lento ainda em relação 
aos indicadores de saúde materna onde é necessário promover uma rápida e significativa 
melhoria, para que seja possível chegar próximo das metas definidas pelo MISAU. 
Uma das prioridades do Ministério da Saúde em Moçambique é a diminuição da mortalidade 
materna e infanto-juvenil, tendo sido definidas para alcançar estes objectivos, as seguintes 
estratégias: o atendimento na gravidez e no parto, o planeamento familiar, a imunização e o 
tratamento precoce e correcto das doenças frequentes na infância. 
2. Objectivos 
2.1. Objectivo geral 
 Compreender a essencia de uma verdadeira enfermeira. 
2.2. Objectivos específicos 
 Definir a saúde materna infantil; 
 Descrever o perfil do enfermeiro; 
 Explicar as qualidades necessárias para ser tornar uma enfermeira. 
3. Metodologia 
Para a realização do presente trabalho, recorreu-se a revisão bibliográfica e documental. 
Também fez-se revisão e análise do material bibliográfico já publicado na internet de autores 
que trabalharam com os conceitos relacionados e relevantes para o desenvolvimento da 
pesquisa. 
 
 
 
 
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4. Saúde Materna Infantil 
Segundo Arlington, a saúde materna infantil é entendida como o “bem-estar” da mulher antes, 
durante, e depois da gravidez, e inclui a nutrição, cuidados pré-natal para a mulher e o bebé, 
cuidados durante o parto, e serviços pós-parto para a mãe e o bebé. 
Ela tem influências na qualidade de saúde da criança que também inclui a nutrição, cuidados 
pré-natal, cuidados durante o parto, e serviços pós-parto para a criança, como imunização, 
suplementação com vitaminais e alimentos proteicos ou ricos em nutrientes. (SILVA, 2018). 
O enfermeiro é o principal responsável pelo cuidado aos pacientes. Não importa a idade da 
pessoa, a situação ou lugar; o profissional da enfermagem está sempre lá. 
Além disso, é ele quem faz os hospitais, clínicas, postos de saúde, etc. funcionarem. 
O enfermeiro trabalha junto com outros profissionais de saúde, como médicos e 
nutricionistas, mas pode trabalhar sozinho em ambulatórios de atenção primária (aquelas não 
tão graves). (SILVA, 2018). 
Resumindo bastante, a função de um profissional da enfermagem é ser o facilitador dos 
processos dentro de uma unidade de saúde. São eles os responsáveis por fazer a triagem (pré-
exame) de pacientes em tratamento e vários outros tipos de assistência. 
4.1. O Perfil de um Enfermeiro de SMI 
4.1.1. Atenção Pré Natal 
 Realiza a anamnese e exame físico pré-natal e diagnosticar a gravidez 
 Detecta precocemente, fazer o manejo pré-referência e refere as 
condições/complicações fora do seu âmbito técnico (gravidez múltipla, diabetes, pré-
eclâmpsia, etc.). 
 Administra a Vacina Anti-Tetánica (VAT), Sal Ferroso e Ácido Fólico, Tratamento 
Intermitente Preventivo (TIP), e outras medidas preventivas. 
 Prestar cuidados e prevenção das infecções oportunistas à mulher grávida com 
HIV/SIDA, com ênfase na identificação e referência dos casos suspeitos de 
Tuberculose). 
 Realizar a Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) do HIV. 
 Realiza o diagnóstico, tratamento e medidas préreferência caso necessário para as ITS 
e Malária. 
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 Apoia o desenvolvimento do plano de parto, e promover o conceito de preparação para 
o parto e cuidados em caso de emergência. 
 Orienta sobre os cuidados no pré-natal, incluindo a nutrição, higiene, amamentação e 
sinais de perigo na gravidez e parto, e planeamento familiar. 
 Detecta, maneja e refere se necessário as emergências obstétricas. (COEm) 
 Testa e trata a Sífilis na gravidez. 
4.1.2. Atenção ao Parto e ao Recém Nascido 
 Realiza a história, exame da mulher e diagnostica o trabalho de parto. 
 Maneja o trabalho de parto usando o partograma. 
 Assiste a mulher num parto limpo, seguro e humanizado (estimula posições mais 
culturalmente aceites (cócoras, semi-sentada, de joelho, etc.). 
 Realiza o manejo activo do 3º período do trabalho de parto para a redução da 
hemorragia pós-parto. 
 Utiliza o Sulfato de Magnésio na pré-eclampsia. 
 Detecta, maneja e refere se necessário as emergências obstétricas.(COEm). 
 Utiliza da ventosa quando indicado. 
 Diagnostica e refere as mulheres com evidências de trabalho de parto prolongado ou 
obstruído. 
 Trata a hemorragia pós-parto (incluindo a remoçãomanual da placenta). Estabiliza e 
refere caso seja necessário. 
 Detecta e maneja (ou refere) as emergências obstétricas e complicações do trabalho de 
parto e parto de acordo com os protocolos aprovados pelo MISAU. 
4.1.3. Atenção ao Pós Parto 
 Presta cuidados pós-parto imediatos, incluindo história, exame e aconselhamento. 
 Realiza a avaliação pós-parto da mãe e do recémnascido. 
 Oferece aconselhamento e serviços de planeamento familiar pós-parto. 
 Aconselha sobre a amamentação e nutrição; 
4.1.4. Atenção ao recém nascido e a criança 
 Presta cuidados pós-parto imediatos, incluindo história, exame e aconselhamento; 
 Presta cuidados imediatos ao recém-nascido focalizando as vias aéreas, aquecimento, 
contacto pele-a-pele e a amamentação na primeira hora após o parto; 
 Realiza a reanimação básica do recém-nascido; 
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 Realiza cuidados básicos no recém-nascido, incluindo o exame físico, cuidados ao 
coto umbilical, cuidados com os olhos, administração de Vitamina K, vacinação 
(BCG, Polio 0), etc 
 Realiza o manejo de situações de emergência do recém-nascido (incluindo a 
hipotermia, infecções oculares ou do cordão umbilical, etc.), segundo o AIDI neonatal 
e referir sempre que necessário; 
 Faz a Prevenção da Transmissão Vertical de HIV (PTV) aos recem-nascidos filhos de 
mães seropositivas; 
 Identifica os sinais de perigo do recem-nascido, faz o manejo adequado e refere se 
necessário; 
 Realiza a consulta pós-natal ao Recém-nascido, na alta, ao 3º , 7º e entre o 21º e 28º 
dia; 
 Encoraja a amamentação exclusiva durante 6 meses e aconselhar as mães sobre a 
nutrição e a introdução de alimentos apropriados; 
 Aconselha a mãe sobre os sinais de perigo e sobre os cuidados a ter com o Recem-
nascido em casa; 
 Realiza cuidados para as crianças menores de 5 anos de acordo com estratégia AIDI. 
 Monitoriza o crescimento e o desenvolvimento do recémnascido e da criança menor 
de 5 anos, na Consulta da Criança Sadia identifica as crianças malnutridas e refere 
para o tratamento, e presta cuidados preventivos; 
 Identifica os sinais de perigo do recem-nascido, faz o manejo adequado e refere se 
necessário; 
 Presta cuidados básicos às crianças menores de 5 anos de acordo com a estratégia 
AIDI; 
 Identifica as condições ou complicações e referir para assistência especializada 
quando necessário (em crianças menores de 5 anos); 
 Presta cuidados básicos às crianças maiores de 5 anos até os 14 anos de idade de 
acordo com os protocolos determinados pelo MISAU para as doenças mais frequentes 
do panorama epidemiológico nacional, incluindo as ITS para o grupo etário de 10 a 14 
anos; 
 Identifica a criança de risco e fazer o manejo adequado na Consulta da Criança de 
Risco (CCR); 
 Realiza prevenção e tratamento das infecções oportunistas segundo o AIDI. 
 Faz teste a criança para HIV e caso seja positiva refere; 
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 Realiza a profilaxia pós exposição (casos de violação sexual). 
4.2. A enfermeira que gostaria de ser no futuro próximo 
O mercado de trabalho de saúde é um dos mais promissores em Moçambique. Sempre há 
vagas para técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, terapeutas 
ocupacionais entre outras profissões. 
São anos dedicados de estudo, mas apenas o diploma não qualifica um bom profissional. Há 
muitas qualidades de um enfermeiro, por exemplo, que são sempre exigidas por diversas 
instituições de saúde. 
As qualidades que gostaria de ter na futura profissão. 
4.2.1. Ser proactiva ou proactividade 
Proatividade é uma atitude que faz o indivíduo antever algo. É aquele profissional que sempre 
está apto e disposto a não apenas fazer o que lhe é pedido, mas fazer muito mais que aquilo. 
Num ambiente hospitalar, há muitos imprevistos que acontecem em todo momento. 
(RIZZOTO, 1999). 
Sendo assim, o enfermeiro proativo tem a capacidade de enxergar tais imprevistos, e já se 
prepara para fazer suas obrigações antes mesmo que alguém lhe oriente a fazê-las. 
4.2.2. Paciência 
O enfermeiro lida também com uma parte burocrática dentro de um ambiente hospitalar. 
Além disso, há uma equipe com quem ele deve se relacionar, procedimentos que devem ser 
seguidos à risca, mas nem sempre tudo o que ele precisa executar depende apenas de sua 
vontade. 
Portanto, é preciso ter paciência para lidar com um ambiente, por ora estressante, mas 
gratificante em saber que, ao final do dia, foi possível ajudar um paciente a melhorar sua 
condição de saúde. 
4.2.3. Gostar de gente 
Esta é uma das principais qualidades de um enfermeiro. Tem de gostar de gente e gostar de 
lidar com pessoas o tempo todo. Pois, seu trabalho diário é exclusivamente este. Se você não 
gosta de lidar com pessoas, talvez esta não seja a profissão ideal para você. É muito 
importante pensar nisso, antes de focar nesta profissão. (RIZZOTO, 1999). 
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4.2.4. Flexibilidade 
O enfermeiro não tem horários padronizados como os demais profissionais. Portanto, é 
preciso ter flexibilidade, principalmente de tempo. Você pode fazer muitos plantões, trabalhar 
em feriados, trabalhar em período noturno. 
Há sempre rodízios em hospitais. Se você não se importa muito com isso, com essas regras 
sobre horários, você está no caminho certo. 
4.2.5. Resiliência 
Resiliência é a habilidade de se reinventar mediante à pressão, obstáculos e dificuldades. Um 
enfermeiro lida com isso em seu dia a dia, visto que mudanças acontecem a cada segundo, 
principalmente dentro de um hospital. (RIZZOTO, 1999). 
Apesar disso, o enfermeiro que sabe lidar bem com as adversidades, e digamos, dar a volta 
por cima, com certeza estará mais preparado que qualquer outro profissional. 
4.2.6. Emocional equilibrado 
Esta qualidade é de suma importância para um enfermeiro. Você vai lidar com situações nem 
sempre agradáveis e favoráveis e é preciso estar com o seu emocional equilibrado para não se 
deixar abater com essas situações. Perder um paciente, por exemplo, é algo muito triste. Mas, 
também é algo corriqueiro na vida de um enfermeiro. 
Existem outras muitas qualidades de um enfermeiro necessárias para ser um excelente 
profissional. 
4.2.7. Ter autocontrole 
Essa é uma das profissões que exigem muito autocontrole para lidar com momentos difíceis, 
sendo bastante cauteloso para que estes não sejam transportados para sua vida pessoal. 
No decorrer da rotina, o enfermeiro irá se deparar com situações difíceis, sendo 
imprescindível ter controle emocional, não deixando se abater pelo estado dos pacientes. Há 
também a necessidade de estar em contato com a família desses pacientes, muitas vezes 
abalados emocionalmente, nervosos e ávidos por notícias a respeito do ente querido. 
 
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5. Conclusão 
Neste presente trabalho, conclui-se que O curso de enfermagem é uma excelente escolha por 
permitir que você tenha um leque de opções para trabalhar. Mas, antes de bater o martelo, 
conheça o perfil do profissional de enfermagem e saiba se você se enquadra nesta profissão. 
Escolher qual profissão seguir é um grande desafio para muitas pessoas. Nessa hora surgem 
muitas dúvidas e inseguranças. Porém, para outras pessoas essa escolha é clara, pois elas 
acabam se identificando com os valores da futura profissão, como é o caso de quem opta pela 
área de saúde, como o profissional de enfermagem e medicina, que têm um grande 
compromisso pela preservação da vida. 
Os enfermeiros também precisam sempre buscar por qualificações e informações que somem 
em suas carreiras, como estar atualizado acerca de procedimentos e recomendações do 
Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, além de fazer cursos de 
especialização, acompanhar notícias e ir a congressos relacionados com a área. 
Essas acçõesajudarão no desempenho melhor no ambiente de trabalho, como ter 
embasamento em suas respostas, sejam elas para médicos ou pacientes, além de ter a 
possibilidade de ser melhor remunerado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Referências bibliográficas 
Silva GFM. A enfermagem obstétrica na realidade brasileira. Rev Bras Enfermagem 1965 
outubro; 18 (4):270-86. 
Rizzoto MLF. História da Enfermagem e sua relação com a Saúde Pública. Goiânia (GO): AB 
Editora; 1999.