Buscar

MODULOICMS-PDF

Prévia do material em texto

MÓDULO: IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS -ICMS 
Prof.: Fellipe Guerra 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
1. Aspectos Constitucionais 
1.1. Não Cumulatividade 
1.2. Isenção ou Não Incidência 
1.3. Seletividade 
1.4. Alíquotas 
1.5. Incidência sobre Importação e Serviços não Alcançados pelo ISS 
1.6. IPI – Não Inclusão na Base de Cálculo 
 
2. Regulamentação Complementar 
2.1. Lei Kandir 
2.2. Lei Complementar x Lei Estadual ICMS 
2.3. Incidência e Não Incidência 
2.4. Contribuinte 
2.5. Fator Gerador 
2.6. Base de Cálculo 
2.7. Local da Prestação ou Operação 
2.8. Crédito – CST, Vedação, Estorno e Prescrição 
2.9. Saldo Credor 
 
3. Documentos Fiscais x Eletrônicos 
3.1. Documento Inidôneo 
3.2. Nota Fiscal Eletrônica x NF1 ou NF1A 
3.3. Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica x NFVC e ECF 
3.4. Conhecimento de Transporte Eletrônico x CTRC (Modais) 
3.5. Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos x MDF 
 
4. Livros Fiscais x EFD ICMS-IPI 
4.1. Registro de Entradas 
4.2. Registro de Saídas 
4.3. Registro de Controle da Produção e Estoque 
4.4. Registro de Inventário 
4.5. Registro de Apuração do ICMS 
4.6. Controle de Crédito do ICMS do Ativo Permanente - CIAP 
 
 
 
 
 
 
1. Aspectos Constitucionais 
A Constituição Federal de 1988 é a fonte primária do Direito Tributário, submetendo todas as 
demais normas jurídicas. De acordo com o Art. 5°, inciso II, da nossa Carta Magna, ninguém pode 
ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude da lei. 
No aspecto tributário a Constituição Federal estabelece, no inciso I do Art. 150, que nenhum 
tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça. A Constituição Federal ainda atribui 
a competência tributária, impondo limites ao poder de tributar. 
 A lei deve ser compreendida em seu sentido amplo, envolvendo desde a Constituição Federal, 
emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas 
provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
O ICMS – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação é de competência dos 
Estados e do Distrito Federal. Sua fundamentação legal é o Art. 155 da Constituição Federal, as 
diversas características do ICMS são definidas no § 2°. 
 
1.1. Não Cumulatividade 
Ainda no Art. 155 § 2°, inciso I a Constituição Federal estabelece que o ICMS será não-
cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa a circulação de 
mercadoria ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou 
outro Estado ou pelo Distrito Federal. 
Também conhecido como sistema de “Débito x Crédito”, onde é possível abater do montante 
devido pelo contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de bens ou 
serviços já tributados pelo imposto. 
O Art. 20 da Lei Complementar 87/96 determina: É assegurado ao sujeito passivo o direito de 
creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações que tenha resultado a entrada de 
mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso e/ou 
consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal ou de comunicação. 
Exemplo: 
Total do ICMS devido pelo contribuinte sujeito passivo: R$ 80.000,00 
Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas de mercadorias R$ 20.000,00. 
Valor do ICMS a recolher: R$ 80.000,00 – R$ 20.000,00 = R$ 60.000,00 
1.2. Isenção ou Não Incidência 
O § 2° do Art. 155, em seu inciso II estabelece que haverá isenção ou não-incidência de 
ICMS, salvo determinação em contrário da legislação: 
a) Não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou 
prestações seguintes; 
 
b) Acarretará a anulação do crédito relativo ás operações anteriores. 
 
 
Este, dentre outros princípios constitucionais, visam dar coerência ao trato tributário do ICMS 
entre diferentes Unidades da Federação, nem sempre respeitado pelos Estados, surgindo daí as 
famosas “guerras fiscais”. 
 
1.3. Seletividade 
O inciso III do § 2° do Art. 155 estabelece que o ICMS poderá ser seletivo, em função da 
essencialidade das mercadorias e dos serviços. Essa seletividade é aplicada tributando-se com 
alíquotas diferentes mercadorias diferentes. 
Dependendo do Estado, fumos, bebidas, iates, energia elétrica e comunicações são onerados 
pelo ICMS com alíquota superior a aplicável as demais mercadorias e serviços (entre 25% a 33% 
para as mercadorias e serviços citados, e 17% a 18% para as outras mercadorias e serviços). 
O Estado do Ceará, por exemplo onera o consumo de energia elétrica (NCM 2716.0000) com 
alíquota de 25%. Já o Estado de São Paulo utiliza alíquotas variáveis de acordo com o tipo de 
consumidor (residencial, agricultor e etc. – seletivamente), e também de acordo com a quantidade 
de energia efetivamente consumida, progressivamente. 
 
1.4. Alíquotas 
Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos 
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas 
aplicáveis as operações e prestações, interestaduais e de exportação; Fica facultado ao Senado 
Federal: 
a) Estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de 
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; 
b) Fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito especifico 
que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e 
aprovada por dois terços de seus membros. 
A Resolução n° 22, de 19 de maio de 1989, do Senado Federal estabelece alíquotas do ICMS, 
nas operações e prestações interestaduais. 
Visando facilitar a aplicação prática das alíquotas do ICMS, demonstro abaixo uma tabela 
constando os Estados de origem e destino: 
 
 
 
Planilha de exemplo, favor consultar atualizações.***** 
É fundamental observar no Regulamento do ICMS de cada Estado as alíquotas a serem utilizadas 
quando o destinatário não for contribuinte do ICMS e sobre produtos com alíquotas diferenciadas. 
Nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro 
Estado, adotar-se-á para recolhimento do ICMS devido: 
a) Alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do ICMS; 
b) Alíquota interna, quando o destinatário não foi contribuinte do ICMS. 
 
1.5. Incidência sobre Importação e Serviços não Alcançados pelo ISS 
O Art. 155 da Constituição Federal, § 2° inciso XII, determina que o ICMS incidirá também sobre: 
a) Entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, 
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja sua finalidade, 
assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde 
estiver situado o domicilio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou 
serviço; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 33/2001.). 
b) Sobre o valor da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não 
compreendidos na competência tributária dos municípios. 
No momento da aplicação dos dispositivos constitucionais, alguns conflitos de interesse surgiram, 
cabendo ao STJ expedir súmulas relativas ao ICMS-importação e sobre o conflito tributário com o 
ISS, são elas: 
Súmula 155 STJ – O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para uso próprio. 
Súmula 156 STJ – A prestação de serviços de composição gráfica, personalizada sob 
encomenda, ainda que envolve fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas ao ISS. 
Súmula 163 STJ – O fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de serviços em 
bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o 
valor total da operação. 
NOTA: O ICMSnão incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem 
sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o 
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. 
 
1.6. IPI - Não inclusão na base de cálculo 
O inciso XI do § 2, Art. 155 determina que não compreenderá a base de cálculo do ICMS, o 
montante do imposto sobre produtos industrializados, quando da operação, realizada entre 
contribuintes e relativa a produto destinados a industrialização ou à comercialização, configure 
fato gerador dos dois tributos. 
 
2. Regulamentação Complementar 
A Lei Complementar é imposta pela Constituição Federal em seu Art. 146, tendo por finalidade, 
dentre outras: 
I – Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária entre União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Munícipios; 
II – Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III – Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) Definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
b) Obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência dos tributários; 
c) Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas. 
A Lei Complementar tem a atribuição de complementar os dispositivos e princípios contidos no 
texto constitucional, sem alterá-los, tão somente normatizando-os e/ou explicitando-os, tendo sua 
aplicação em âmbito nacional. 
A Constituição Federal, em seu Art. 155, inciso XII, determinou a necessidade de regulamentação 
do ICMS, conforme segue: 
XII – Caberá a lei complementar: 
a) Definir seus contribuintes; 
b) Dispor sobre substituição tributária; 
c) Disciplinar o regime de compensação do imposto (...); 
 
 2.1. Lei Kandir 
A regulamentação constitucional do ICMS está prevista na Lei Complementar n° 87/1996 
chamada de Lei Kandir em homenagem a seu autor, o ex-deputado federal Antônio Kandir. Está 
Lei Complementar foi alterada posteriormente por várias outras, tais como: 97/1997, 99/1999, 
102/2000, 114/2002, 120/2005 e 122/2006. 
 
2.1. Lei Complementar x Lei Estadual ICMS 
Hierarquicamente, todas as legislações estaduais (leis, decretos ou atos normativos) estão 
subordinadas a Lei Complementar 87/1996 e suas alterações posteriores. Qualquer norma que 
 
estiver em conflito com a Lei Complementar é ilegal, visto que não é possível a uma 
regulamentação estadual conflitar com a norma federal. 
Existem atualmente nas legislações estaduais do ICMS, diversos conflitos legais entre as 
regulamentações (estadual x federal), como por exemplo: vedações de créditos e atribuição de 
fato gerador não previsto nas Leis Complementares. 
 
2.2. Incidência e Não Incidência 
Segundo o Art. 2° da LC n° 87/1996 o ICMS incide sobre: 
I – Operações relativas a circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e 
bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; 
II - Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de 
pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
III – Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a 
emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição, e a ampliação de comunicação 
de qualquer natureza; 
IV – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
V – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, 
de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar a 
incidência do imposto estadual. 
VI - Sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, 
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (Redação 
dada pela LC n° 114/2002) 
VII – Sobre serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 
VIII – Sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados a 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o 
imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
Art. 3° o imposto não índice sobre: 
I – Operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; 
II – Operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e 
produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços; (Vide LC n° 102/2000) 
III – Operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos deles derivados, quando destinados a industrialização ou 
comercialização; 
IV – Operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; 
V – Operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na 
prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei 
 
complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, 
ressalvadas as hipóteses previstas na lei complementar; 
VI – Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade do 
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie; 
VII – Operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada 
pelo credor em decorrência do inadimplemento pelo devedor; 
VIII – Operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao 
arrendatário; 
IX – Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de 
sinistros para companhias seguradoras. 
 
2.3. Contribuinte 
O Art. 4° da Lei Complementar 87/1996 determina que, contribuinte é qualquer pessoa, física ou 
jurídica, que realize com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações 
de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal 
e de comunicação, ainda que as operações ou prestações se iniciem no exterior. 
Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade 
ou intuito comercial: (Redação dada pela LC n° 114/2002) 
I – Importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; 
II – Seja destinatária de serviços prestados no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no 
exterior; 
III – Adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; 
IV – Adquira lubrificantes ou combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia 
elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados a industrialização ou comercialização; 
(Redação dada pela LC n° 112/2000) 
 
2.4. Fato Gerador 
Art. 12 da LC 87/1996, considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento: 
I – Da saída da mercadoria de estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro 
estabelecimento do mesmo titular; 
II - Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias; por qualquer estabelecimento; 
III - Da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito 
fechado, no Estado do transmitente; 
IV - Da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a 
mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; 
 
V - Do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer 
natureza; 
VI - Do ato final do transporte iniciado no exterior; 
VII - Das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a 
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetiçãoe a ampliação de 
comunicação de qualquer natureza; 
VIII - Do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a) Não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
b) Compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa 
de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar 
aplicável; 
IX – Do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior; 
X – Do recebimento pelo destinatário de serviço prestado no exterior; 
XI – Da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e 
apreendidos ou abandonados; 
XII – Da entrada em território nacional de lubrificantes e combustíveis líquidos ou gasosos 
derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados a 
industrialização ou comercialização; 
XIII – Da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado 
e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente. 
 
2.5. Base de Cálculo 
Art. 13. A base de cálculo do ICMS é: 
I - Na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o valor da operação; 
II - Na hipótese do inciso II do art. 12, o valor da operação, compreendendo mercadoria e serviço; 
III - Na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, o 
preço do serviço; 
IV - No fornecimento de que trata o inciso VIII do art. 12; 
a) O valor da operação, na hipótese da alínea a; 
b) O preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, na hipótese da alínea b; 
V - na hipótese do inciso IX do art. 12, a soma das seguintes parcelas: 
 
a) O valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, 
observado o disposto no art. 14; 
b) Imposto de importação; 
c) Imposto sobre produtos industrializados; 
d) Imposto sobre operações de câmbio; 
e) Quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras; 
VI - Na hipótese do inciso X do art. 12, o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, 
de todos os encargos relacionados com a sua utilização; 
VII - No caso do inciso XI do art. 12, o valor da operação acrescido do valor dos impostos de 
importação e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao 
adquirente; 
VIII - Na hipótese do inciso XII do art. 12, o valor da operação de que decorrer a entrada; 
IX - Na hipótese do inciso XIII do art. 12, o valor da prestação no Estado de origem. 
§ 1o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste 
artigo: 
I - O montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de 
controle; 
II - o valor correspondente a: 
a) Seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como 
descontos concedidos sob condição; 
b) Frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e 
ordem e seja cobrado em separado. 
§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos 
Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à 
industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos. 
§ 3º No caso do inciso IX, o imposto a pagar será o valor resultante da aplicação do percentual 
equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, sobre o valor ali previsto. 
§ 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao 
mesmo titular, a base de cálculo do imposto é: 
I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; 
II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material 
secundário, mão-de-obra e acondicionamento; 
 
III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista 
do estabelecimento remetente. 
2.6. Local da Prestação ou Operação 
É fundamental que o local da prestação ou da operação estejam corretamente determinados, para 
que o ICMS seja atribuído ao Estado onde ocorra tal. 
Existem, para efeito de cobrança do ICMS, a atribuição do local determinado a partir dos 
seguintes critérios: 
a) Mercadorias ou Bens; 
b) Serviços de Transporte; 
c) Serviço de Comunicação Oneroso; 
d) Serviços Prestados ou iniciados no Exterior. 
2.7. Crédito – CST, Vedação, Estorno e Prescrição 
Art. 20 § 1° disciplina que: Não darão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de 
serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a 
mercadorias e serviços alheios à atividade do estabelecimento. 
§ 2° Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos 
de transporte pessoa. 
§ 3° É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de 
serviço a ela feita: 
I – Para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a 
saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de 
saída para o exterior; 
II – Para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou prestação subsequente não 
forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas para o exterior. 
Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre 
que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: 
I - For objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância 
imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço; 
II - For integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto 
resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto; 
III - Vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; 
IV - Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. 
 
§ 2o Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de 
operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o papel destinado à 
impressão de livros, jornais e periódicos. 
Art. 23. O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao 
estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os 
serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o caso, à escrituração nos 
prazos e condições estabelecidos na legislação. 
Parágrafo único. O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos 
contados da data de emissão do documento. 
 
2.8. Código de Situação Tributária: 
Os documentos fiscais comportarão todas as hipóteses de operações, desde que seja indicado o 
Código de Situação Tributária (CST), que será composto de três dígitos, na forma ABB, onde o 
primeiro dígito indicará a origem da mercadoria, com base na tabela “A” e os dois últimos dígitos, 
a tributação pelo ICMS, com base na tabela “B”, seguintes: 
Tabela “A”, origem da mercadoria: 
 0 - Nacional; 
 1 - Estrangeira - Importação direta; 
 2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno; 
 3 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta 
por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento); 
 4 - Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os processos produtivos 
básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nºs 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 
e 11.484/07; 
 5 - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40% 
(quarenta por cento); 
 6 - Estrangeira - Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de Resolução 
CAMEX; 
 7 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante em lista de 
Resolução CAMEX; 
 8 - - Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70% (setenta 
por cento).Tabela “B”, tributação pelo ICMS: 
a) 00 – tributada integralmente; 
b) 10 – tributada e com cobrança do ICMS com substituição tributária; 
c) 20 – com redução de base de cálculo; 
d) 30 – isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 
e) 40 – isenta; 
f) 41 – não tributada; 
g) 50 – com suspensão; 
 
h) 51 – diferimento; 
i) 60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária; 
j) 70 – com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária; 
k) 90 – Outras. 
 
3. Documentos Fiscais x Eletrônicos 
O convênio s/n do Confaz de 15.12.1970, com suas alterações posteriores, determina que os 
contribuintes do IPI e/ou ICMS emitirão, conforme as operações que realizarem, os seguintes 
documentos fiscais: 
I – Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A; 
II – Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2; 
III – Cupom Fiscal emitido por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); 
IV – Nota Fiscal de Produtor, modelo 4. 
 
3.1. Documento Inidôneo 
É considerado inidôneo para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o 
documento que: 
a) Omitir indicações; 
b) Não seja o legalmente exigido para a respectiva operação; 
c) Não guarde as exigências ou requisitos previstos nesse Convênio; 
d) Contenha declarações inexatas, esteja preenchido de forma ilegível ou apresente 
emendas ou rasuras que prejudiquem a clareza. 
 
3.2. Nota Fiscal Eletrônica x NF1 ou NF1A 
Atualmente os modelos NF1 ou NF1A foram substituídos pela Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) 
instituída pelo Ajuste SINIEF n° 07/2005 e alterações posteriores. A Nota Fiscal Eletrônica é um 
documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente com o intuito de 
acobertar operações de circulação de mercadorias entre contribuintes. Sua validade jurídica é 
garantida pela assinatura digital do remetente, através de certificação digital, e recepção pelo fisco 
do arquivo eletrônico antes da ocorrência do fato gerador. 
 
 
 
3.3. Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica x NFVC e ECF 
Conforme o convênio s/n do Confaz de 15.12.1970 para Nota Fiscal de Venda a Consumidor será 
adotada a série “D”, serão adotadas series, a partir de 1, e poderão ser usadas simultaneamente 
várias series. No Art. 50 fica estabelecido que nas operações em que o adquirente seja pessoa 
natural ou jurídica não contribuinte do imposto estadual, será emitido o Cupom Fiscal ou a NFVC, 
exceto nos seguintes casos: 
I – Quando o adquirente, mesmo não sendo contribuinte do imposto, esteja inscrito no cadastro de 
contribuintes; 
II – Ás operações com veículos sujeitos a licenciamento por órgão oficial; 
III – Operações realizadas fora do estabelecimento. 
Em todo Brasil os dois modelos de documentos acima estão sendo substituídos pela Nota Fiscal 
de Consumidor Eletrônica, prevista pelo Ajuste SINIEF n° 01 de 2013. Trata-se de um documento 
de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com objetivo de documentar 
operações comerciais de venda presencial ou para entrega em domicilio a consumidor final, em 
operação interna e sem direito a credito de ICMS ao adquirente. 
 
3.4. Conhecimento de Transporte Eletrônico x CTRC (Modais) 
O Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8, será utilizado por quaisquer 
transportadores rodoviários de cargas que executarem serviço de transporte rodoviário 
intermunicipal, interestadual e internacional, de cargas em veículos próprios ou fretados. Existem 
cinco modais de conhecimento de transporte, são eles: 
a) Rodoviário de Cargas; 
b) Aquaviário de Cargas; 
c) Aéreo; 
d) Ferroviário de Cargas; 
e) Multimodal de Cargas. 
Em todo Brasil está sendo implantado o Conhecimento de Transporte Eletrônico, modelo 57, 
conforme determina o Ajuste SINIEF n° 09/2007. Conceitua-se como sendo um documento de 
existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente com o intuito de documentar 
prestações de serviços de transporte de cargas, em suas várias modalidades, com assinatura 
previa do emitente e autorização de uso pelo fisco. 
 
 
 
3.5. Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos x MDF 
O Manifesto de Documentos Fiscais, documento que tinha por finalidade vincular os documentos 
fiscais transportados em uma unidade de carga foi substituído em todo Brasil pelo Manifesto de 
Documentos Fiscais Eletrônicos. Com instituição através do Ajuste SINIEF n° 21/2010 o MDF-e 
define-se como um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado 
eletronicamente, com o objetivo de vincular os documentos fiscais eletrônicos transportados na 
unidade de carga (CT-e e NF-e), assinado digitalmente através de certificado. 
 
4. Livros Fiscais x EFD ICMS-IPI 
Salvo legislação especial, o contribuinte do ICMS deverá manter, em cada estabelecimento, 
conforme as operações ou prestações que realizar, os seguintes livros fiscais (art. 51, Convênio 
SINIEF s/nº de 15.12.1970, art. 63, e Convênio SINIEF 6/89, art. 87): 
I - Registro de Entradas, modelo 1; 
II - Registro de Entradas, modelo 1-A; 
III - Registro de Saídas, modelo 2; 
IV - Registro de Saídas, modelo 2-A; 
V - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3; 
VI - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5; 
VII - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6; 
VIII - Registro de Inventário, modelo 7; 
IX - Registro de Apuração do ICMS, modelo 9; 
X - Movimentação de Combustíveis - LMC. 
O livro Registro de Apuração do ICMS poderá, a critério do Fisco, ser dispensado: 
a) Se for adotada a Guia de Informação e Apuração do ICMS; 
b) Se o estabelecimento recolher o ICMS com base no regime de estimativa. 
 
4.1. Registro de Entradas 
O livro Registro de Entradas, modelos 1 ou 1-A, destina-se à escrituração do movimento de 
entradas de mercadorias, a qualquer título no estabelecimento. 
Serão também escriturados os documentos fiscais relativos às aquisições de mercadorias que não 
transitarem pelo estabelecimento adquirente. 
Os lançamentos serão feitos operação a operação, em ordem cronológica, das entradas efetivas 
no estabelecimento ou à data da aquisição ou do desembaraço aduaneiro na hipótese do 
parágrafo anterior. 
 
Os documentos fiscais relativos às entradas de materiais de consumo poderão ser totalizados, 
segundo a natureza da operação, para efeito de lançamento global no último dia do período de 
apuração. 
 
4.2. Registro de Saídas 
O livro Registro de Saídas, modelos 2 ou 2-A, destina-se à escrituração do movimento de saídas 
de mercadorias, a qualquer título, do estabelecimento. 
Serão também escriturados os documentos fiscais relativos às transmissões de propriedade das 
mercadorias que não tenham transitado pelo estabelecimento. 
Os lançamentos serão feitos em ordem cronológica, segundo a data de emissão dos documentos 
fiscais, pelos totais diários das operações da mesma natureza, de acordo com o CFOP, sendo 
permitido o registro conjunto dos documentos, de numeração seguida, emitidos em talões da 
mesma série e subsérie. 
A escrituração do livro deverá ser encerrada no último dia de cada mês. 
Ao final do período de apuração, para fins de elaboração da Guia de Informação e Apuração das 
Operações e Prestações Interestaduais, deverão ser totalizadas e acumuladas as operações e 
prestações escrituradas nas colunas "valor contábil", "base de cálculo" e na coluna "observações", 
o valor do imposto cobrado por substituição tributária, por unidade federada de destino das 
mercadorias ou da prestação do serviço, separando as destinadas a não contribuintes. 
Bases: artigo 71 do Convênio CONFAZ s/nº de 15.12.1970 e Ajuste SINIEF nº 06/95. 
 
4.3. Registro de Controle da Produção e Estoque 
O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3, destina-se à escrituração 
dos documentos fiscais e dos documentos de uso interno do estabelecimento, 
correspondentesàs entradas e às saídas, à produção, bem como às quantidades referentes 
aos estoques de mercadorias. 
Os lançamentos serão feitos operação a operação, devendo ser utilizada uma folha para cada 
espécie, marca, tipo e modelo de mercadorias. 
Quando se tratar de industrialização no próprio estabelecimento, será dispensada a indicação 
dos valores relativamente às operações indicadas nas alíneas "a" do item 6 e na primeira 
parte da alínea "a" do item 7. 
Não serão escrituradas neste livro as entradas de mercadorias a serem integradas no ativo 
fixo ou destinadas a uso do estabelecimento. 
A Secretaria da Receita Federal, quando se tratar de produtos da mesma posição da Tabela 
anexa ao Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados, poderá autorizar o 
industrial, ou a ele equiparado, a agrupá-los numa mesma folha. 
 
 
 
4.4. Registro de Inventário 
O livro Registro de Inventário, modelo 7, destina-se a arrolar, pelos seus valores e com 
especificações que permitam sua perfeita identificação, as mercadorias, as matérias-primas, os 
produtos intermediários, os materiais de embalagem, os produtos manufaturados e os produtos 
em fabricação, existentes no estabelecimento à época do balanço. 
O inventário será levantado em cada estabelecimento no último dia do ano civil, ou nas hipóteses 
especiais determinadas pela legislação. 
A escrituração deverá ser efetivada dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data do último dia 
do ano civil ou da data determinada pela legislação. 
Base: artigo 76 do Convênio CONFAZ s/nº de 15.12.1970. 
 
4.5. Registro de Apuração do ICMS 
O livro Registro de Apuração do ICM, modelo 9, destina-se a registrar os totais dos valores 
contábeis e dos valores fiscais relativos ao ICMS, das operações de entradas e saídas, extraídos 
dos livros próprios e agrupados segundo o CFOP. 
No livro serão registrados, também, os débitos e os créditos fiscais do ICMS, a apuração dos 
saldos e os dados relativos às guias de informação e apuração do ICMS e de recolhimento. 
As unidades da Federação poderão dispor que o livro seja escriturado por períodos inferiores a 
um mês, em função da periodicidade das apurações do ICMS. 
Base: artigo 78 do Convênio CONFAZ s/nº de 15.12.1970. 
 
4.6. Controle de Crédito do ICMS do Ativo Permanente – CIAP 
O contribuinte que adquirir bem para compor o ativo permanente deve utilizar o CIAP para fins de 
controle de crédito do ICMS do Ativo Permanente. 
Referido controle foi instituído pelo Ajuste SINIEF 08/97, com alterações posteriores pelo Ajuste 
SINIEF nº 03/01. 
O documento fiscal relativo a bem do ativo permanente, além de sua escrituração nos livros 
próprios, será, também, escriturado no CIAP. 
A adoção dos modelos do CIAP será feita de acordo com o disposto na legislação de cada 
unidade federada 
Poderá o contribuinte optar pelo modelo adotado pela unidade federada em que estiver localizada 
a sua matriz. 
 
4.7. EFD ICMS-IPI 
A Escrituração Fiscal Digital – EFD-ICMS/IPI é parte integrante do projeto SPED a que se refere o 
Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que busca promover a integração dos fiscos federal, 
estaduais, Distrito Federal e, futuramente, municipais, e dos Órgãos de Controle mediante a 
 
padronização, racionalização e compartilhamento das informações fiscais digitais, bem como 
integrar todo o processo relativo à escrituração fiscal, com a substituição do atual documentário 
em meio físico (papel) por documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins. 
Dispõe o Convênio ICMS nº 143, de 15 de dezembro de 2006 e posteriormente o Ajuste Sinief 02, 
de 03 de abril de 2009, acerca da instituição da Escrituração Fiscal Digital – EFD-ICMS/IPI - em 
arquivo digital, de uso obrigatório para os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS e/ou do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI - 
e que se constitui de um conjunto de registros de apuração de impostos, referentes às operações 
e prestações praticadas pelo contribuinte, bem como de documentos fiscais e de outras 
informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal 
do Brasil. 
O contribuinte deve gerar e manter uma EFD-ICMS/IPI para cada estabelecimento, devendo esta 
conter todas as informações referentes aos períodos de apuração do(s) imposto(s). 
Estabelecem ainda os referidos Convênio e Ajuste que o contribuinte deve manter todos os 
documentos fiscais que deram origem à escrituração, na forma e prazos estabelecidos para a 
guarda de documentos fiscais na legislação tributária, observados os requisitos de autenticidade e 
segurança nela previstos. 
O Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008, e suas atualizações definiram os documentos 
fiscais, as especificações técnicas do leiaute do arquivo digital da EFD-ICMS/IPI, que contém 
Informações fiscais e contábeis, bem como quaisquer outras informações que venham a repercutir 
na apuração, pagamento ou cobrança de tributos de competência dos entes conveniados. A partir 
de 01 de janeiro de 2009, os contribuintes obrigados à Escrituração Fiscal Digital - EFD-ICMS/IPI - 
devem escriturá-la e transmiti-la, via Internet. A obrigatoriedade da EFD-ICMS/IPI encontra-se na 
legislação estadual. 
O Protocolo ICMS 03, de 1º de abril de 2011, fixou o prazo máximo de 1º de janeiro de 2014 para 
a obrigatoriedade da EFD ICMS/IPI dos contribuintes ainda não obrigados, excetuando-se 
contribuintes do Simples Nacional, cujo prazo máximo para obrigatoriedade foi estabelecido para 
1º de janeiro de 2016, podendo ser antecipado a critério de cada estado. 
A EFD substitui os livros mencionados nos itens 4.1 a 4.7. 
O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque deverá ser escriturado por meio da EFD a 
partir de 01/01/2016. 
Será obrigatória para as seguintes atividades: 
a) Indústria ou equiparada a indústria pela legislação federal; 
b) Comércio Atacadista. 
 
REFERÊNCIAS 
Constituição Federal de 1988 
LC n° 87/1996 
 
Resolução n° 22/1989 
Emenda Constitucional n° 33/2001 
LC n° 114/2002 
LC n° 112/2000 
Convênio s/n do Confaz de 1970 
Decreto n° 6022/2007 
Ajuste SINIEF 08/97 
Convênio ICMS nº 143 
Ajuste SINIEF nº 06/95 
Convênio SINIEF 6/89 
ICMS – Teoria e Prática. Autor: Júlio César Zanluca.

Continue navegando