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3 09 COC ET Jornada

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ROTINAS DE PESSOAL 
Amanda Cavalcanti Correia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
3 JORNADA 
3.1 Tipos 
Trata-se do período de contratação formalizado pelo empregador onde o empregado 
executará suas atividades. 
É o período de tempo que não poderá ser superior à jornada de 8h diárias e 44h 
semanais. 
Jornada Normal/Comum 
Considerada a jornada contratada para trabalho por 8h por dia e 44h semanais, o que 
totaliza a famosa carga mensal de 220h, porém ressalta-se que não existe lei que traga 
carga mensal, ele é apenas um indicativo por proporção. Sendo assim, se obtém as 
220h mensais, pela multiplicação das 44h semanais por 5 semanas. 
A distribuição dessa jornada ficará a critério da empresa que não poderá fazer 
contratação com período superior ao de 8h por dia e 44h semanais, seguindo como 
sugestão as seguintes divisões: 
*Lembre-se: a semana começa na segunda-feira e termina no domingo. 
Exemplo 1: 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
7h20min 7h20min 7h20min 7h20min 7h20min 7h20min DSR – 
preferencial 
 
Exemplo 2: 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
8h 8h 8h 8h 8h 4h DSR – 
preferencial 
 
Jornada Reduzida 
Toda contratação com jornada inferior a 44h semanais, é assim considerada jornada 
reduzida, sendo assim, poderá o empregador conforme contrato assinado entre ele e o 
empregado determinar qualquer tipo de jornada, que seja inferior a 44h na semana, 
mas não superior a 8h por dia, como uma contratação por jornada reduzida. 
 
 
 
3 
 
A determinação se dá em contrato o qual indicamos que seja escrito. 
A esse tipo de contrato é permitido a realização de horas extras no máximo de 2 horas 
por dia, com base no art. 59 da CLT. 
Jornada Parcial 
Descrita pelo artigo 58-A da CLT, trata-se de uma jornada não superior a 30h semanais, 
a qual deverá ser determinada por escrito mediante contrato e indicada por sua 
excepcionalidade na CTPS nas partes de anotações gerais. 
Temos duas possibilidades de contratação por essa modalidade, jornada por tempo 
parcial, e a principal diferença entre elas é a possibilidade de realização de horas 
extras, sendo assim, segue as indicações: 
a) Contratação de até 26h por semana, com a permissão de realização de até 6 
horas extras por semana. 
b) Contratação acima de 26h por semana até o limite de 30h por semana, a qual 
não permite a realização de horas extras. 
 
Jornada 12x36 
Definida legalmente pela Reforma Trabalho, com base no art. 59-A da CLT, trata-se de 
jornada por 12 horas trabalhadas e 36 horas de descanso, sendo assim, considerado 
para fins de entendimento do nosso judiciário, que se trata de uma jornada que 
atende a média de 180h mensais. 
Essa jornada, quanto ao intervalo tem um detalhe especial, onde caberá a empresa 
conceder ou não o período, porém optando por não conceder o intervalo o mesmo 
deverá ser indenizado. 
Tempo a Disposição 
Todo o período em que o empregado estiver aguardando ou executando ordens será 
considerado como tempo à disposição do empregador, a exemplo desta condição 
podemos destacar o período de deslocamento do empregado em viagem pelo seu 
empregador, o qual deverá ser considerado como jornada, bem como o período em 
que ele está à espera de executar alguma ordem que ainda não foi indicada. 
A disposição desse conceito encontra-se no art. 4 da CLT, a qual define o que é 
considerado como jornada. 
Sobreaviso 
 
 
 
4 
 
É o período de espera, não superior a 24h por semana (entendimento doutrinário), 
onde o empregado fora do estabelecimento da empresa, e mediante acordo escrito de 
sobreaviso, ficará aguardando ordens. 
Durante esse período ele será remunerado pelas horas que ficar em espera/alerta por 
1/3 do valor hora, e quando chamado para execução da atividade será pago como hora 
extra. 
Prontidão 
Com definição no § 3º do art. 244 CLT, trata de trabalhadores em linha férrea, que 
ficam na estrada por um período não superior a 12h por semana, aguardando ordens. 
Durante esse período receberá 2/3 do valor hora. Jornada Flexível. 
 
3.2 Acordos 
São acordos que envolvem acréscimo de jornada, redução de jornada para acréscimo 
em outro dia, bem como condições que tratam de período de descanso e suas 
possíveis alterações. 
Tipos 
São tipos de acordos de jornada, o acordo de compensação de horas, o acordo de 
prorrogação de horas, o banco de horas, as interações com os horários de descanso, 
bem como o período de interjornada. 
Acordo de Prorrogação de Horas 
É o período de tempo a qual o empregador realiza fora da jornada contrata, ou seja, a 
conhecida hora extra, período superior as horas contratadas, ao qual não poderá ser 
superior a 2 horas extras por dia contratado. 
Deverá ser formalizado por escrito entre empregado e empregador e sua disposição 
será definida pelo art. 59 da CLT. 
Acordo de Prorrogação e Sábado Compensado. 
Quando o sábado for compensado, não poderá ser realizada hora extra/acordo de 
prorrogação de horas no sábado visto que isso caracteriza descumprimento do acordo 
de compensação de horas, que definiu como garantia o sábado como descanso/livre 
pela execução das horas do sábado na semana, em acréscimo à jornada contratada. 
Acordo de Compensação 
 
 
 
5 
 
Trata-se de acordo escrito que determinará a exclusão da jornada contratada para 
acréscimo, sem alteração da carga semanal contratada, em outro dia. 
Sua previsão encontra amparo no art. 59, §2º da CLT, e é essa troca das horas de um 
dia, para acréscimo no outro, dentro da jornada contratada, para que assim o 
empregado tenha mais dias de folga. 
Ao caso é comum a aplicação da condição ao sábado que, no geral, faz parte do 
contrato de 44h semanais, sendo distribuídos em regra de 8h por dia de segunda a 
sexta e 4h aos sábados, onde, com a formalização do acordo de compensação se 
excluirá a jornada de 4h do sábado e acrescerá na semana. 
 
 
Exemplo 1: 
Contrataçã
o 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Doming
o 
Jornada 
contratada 
8h 8h 8h 8h 8h 4h DSR 
Com o 
acordo de 
compensaç
ão 
excluindo a 
jornada de 
sábado e 
incluindo 
na semana. 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
Exclusão 
da 
jornada 
de 
sábado 
para 
acrésci
mo na 
semana 
DSR 
 
 
Exemplo 2: 
Contratação Segunda Terça Quarta Quinta Sext
a 
Sábado Doming
o 
Jornada 
contratada 
8h 8h 8h 8h 8h 4h DSR 
Com o 
acordo de 
compensaçã
o excluindo 
a jornada de 
sábado e 
8h + 1h 
Referent
e à 
divisão 
de 4h 
por 4 
8h + 1h 
Referent
e à 
divisão 
de 4h 
por 4 
8h + 1h 
Referent
e à 
divisão 
de 4h 
por 4 
8h + 1h 
Referent
e à 
divisão 
de 4h 
por 4 
8h + 
1h 
 
Exclusão 
da 
jornada 
de 
sábado 
para 
DSR 
 
 
 
6 
 
incluindo na 
semana de 
segunda a 
quinta (4 
dias). 
dias dias dias dias acréscim
o na 
semana 
de 
segunda 
a quinta 
 
Acordo para Troca de Feriado 
Somente será possível o trabalho em dia de feriado para compensação/troca por outro 
dia para descanso se houver autorização por acordo ou convenção coletiva com o 
Sindicato. Não havendo Sindicato na região, a indicação é que o acordo seja realizado 
entre a empresa e a Confederação. Não existindo na localidade Confederação, deverá 
ser formalizado com a Federação, na ausência, poderá ser formalizado com a 
Superintendência Regional do Trabalho. 
Simultaneidade de Acordos 
Toda vez que o mesmo empregador, frente ao mesmo empregado quiser formalizar 
acordo de compensação e prorrogação de horas, deverá observar o limite de 2 horas 
por dia a mais na jornada, computando o período de tratado na compensação e na 
prorrogação. Segue exemplo: 
Exemplo 1: 
Contrataçã
o 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Doming
o 
Jornada 
contratada8h 8h 8h 8h 8h 4h DSR 
Com o 
acordo de 
compensaç
ão 
excluindo a 
jornada de 
sábado e 
incluindo 
na semana. 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
8h + 
48min 
Referen
te à 
divisão 
de 4h 
por 5 
dias 
Exclusão 
da 
jornada 
de 
sábado 
para 
acrésci
mo na 
semana 
DSR 
Limite de 
horas 
extras 
1h12mi
n 
1h12mi
n 
1h12mi
n 
1h12mi
n 
1h12mi
n 
0h DSR 
 
 
 
 
7 
 
Exemplo 2: 
Contratação Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Do
mi
ng
o 
Jornada 
contratada 
8h 8h 8h 8h 8h 4h DS
R 
Com o 
acordo de 
compensação 
excluindo a 
jornada de 
sábado e 
incluindo na 
semana de 
segunda a 
quinta (4 
dias). 
8h + 1h 
Referente 
à divisão 
de 4h por 
4 dias 
8h + 1h 
Referente 
à divisão 
de 4h por 
4 dias 
8h + 1h 
Referente 
à divisão 
de 4h por 
4 dias 
8h + 1h 
Referente 
à divisão 
de 4h por 
4 dias 
8h 
 
Exclusão 
da 
jornada 
de 
sábado 
para 
acréscimo 
na 
semana 
de 
segunda a 
quinta 
DS
R 
Limite de 
horas extras 
1h 1h 1h 1h 2h 0h DS
R 
 
Acordos e a Jornada de 12x36 
Não existe previsão legal sobre a possibilidade dos trabalhadores contratados nesta 
modalidade de jornada, realizarem horas extras ou formalizarem acordo de 
compensação, isto porque já estão em condições de jornada acima das garantidas pela 
legislação vigente, ou seja, o art. 7 da Constituição Federal determina que a jornada de 
trabalho não possa ser superior às 8h por dia e 44h por semana, e condição da jornada 
de 12x36 já ultrapassa em 4h o limite diário. 
Sendo assim, e por recomendação, não orientamos a realização de horas extras ou 
acordo de compensação para os empregados admitidos nessa modalidade jornada. 
3.3 Alterações 
A alteração é toda e qualquer forma de diferenciar as regras inicialmente 
estabelecidas, podendo ser resumida como uma mudança nas condições acordadas no 
momento da celebração do contrato. 
Alteração do horário de Trabalho 
 
 
 
8 
 
Toda e qualquer alteração contratual é válida desde que esteja de acordo empregado 
e empregador, devendo ser formalizado por acordo escrito e com assinatura de 
ambos, lembrando sempre que qualquer alteração contratual não poderá, ainda que o 
empregado esteja de acordo, ser formalizada e validada se houver prejuízo ao 
empregado, por conta do que disciplina o art. 468 da CLT. 
Redução do Horário de Trabalho 
Mediante acordo, é possível a redução do horário de trabalho, porém o ajuste ou 
redução do valor devido no mês, não é possível ser aceita, se não houver a 
participação do Sindicato, conforme disciplina o art. 7º, VI da Constituição Federal. 
Majoração do Horário de Trabalho 
Qualquer alteração no contrato de trabalho é permitida, desde que, empregado e 
empregador estejam de acordo e não resultem em prejuízo ao empregado. Sendo 
assim, uma vez acordado entre as partes pela majoração da jornada, esta deverá ser 
precedida de alteração para maior, do valor salarial, sendo adequado 
proporcionalmente o aumento ao valor da hora contratada ou então por condição 
mais benéfica. 
3.4 Banco de Horas 
Trata-se de uma substituição do pagamento das horas extras realizadas dentro do mês 
para futura compensação/troca por período de descanso no futuro. Ou seja, o Banco 
de horas é uma troca de pagamento por descanso em breves linhas. 
Tipos 
Com a reforma trabalhista, hoje temos a inclusão de dois novos tipos de banco de 
horas, sendo eles: 
1. Banco de horas, com vigência no mês 
2. Banco de horas, com vigência de até 6 meses – acordo individual 
3. Banco de horas, com vigência de até 1 ano – acordo coletivo 
Banco de horas, com vigência dentro do mês 
Instituído pelo art. 59, §6º da CLT, é determinada a sua existência tanto escrita como 
verbal, e desde que, o empregado compense as horas feitas além da jornada em um 
dia por diminuição na carga horária de outro dia, só que dentro do mesmo mês. 
Exemplo: 
 
 
 
9 
 
Empregado com jornada de 8h por dia de segunda a sexta-feira, realizou 2 horas extras 
por dia na primeira semana de janeiro de um determinado ano, porém seu 
empregador combinou verbalmente com o mesmo, que essas 10h realizadas na 
primeira semana seriam convertidas em descanso na sexta-feira da segunda semana 
de janeiro e diminuição da carga horária na segunda-feira da terceira semana, a qual 
entraria 2h horas mais tarde. Essa indicação é possível desde 11.11.2017, por conta da 
inserção da possibilidade pela reforma trabalhista pela lei 13.467/2017, no art. 59, §6º 
da CLT. 
Banco de horas, com vigência de 6 meses 
Essa condição também foi incluída pela reforma trabalhista, tratando-se de um acordo 
escrito e individual entre empregado e empregador, sem a participação do Sindicato, 
para formalização do Banco de horas, que não terá vigência superior a 6 meses, sendo 
assim, a empresa poderá dentro do período de 6 meses fazer o acúmulo das horas 
extras realizadas em um banco para que o empregado dentro do mesmo período 
venha a descansar ao invés de receber como hora extra o valor. 
Previsão legal art. 59, §5º da CLT. 
Banco com vigência de 1 ano 
Não houve modificação na sua forma com a reforma trabalhista, sendo o mesmo 
tratado pelo art. 59, §2º da CLT, e ao qual para ter vigência precisa de acordo ou 
convenção coletiva com o Sindicato. Sendo assim, as horas extras realizadas dentro do 
período de até 1 ano, deverão ser convertidas em descanso dentro desse mesmo 
período conforme indicações e condições expressas no documento coletivo. 
Banco Negativo 
Não há, por lei, existência sobre o banco de horas negativo. 
Sendo assim, sabemos que na prática é comum a empresa conceder período de 
descanso e acumular como débito para um futuro dentro do banco de horas, porém 
não há nada em lei que traga essa permissão, até porque, é um desvirtuamento do 
banco de horas que tem por finalidade a conversão das horas extras em descanso, ou 
seja, não tendo horas extras não teria o porque da concessão de descanso ao 
empregado para futuro descanso. 
Pelo nosso judiciário essa prática é considerada irregular, visto que traz prejuízo ao 
empregado que não terá controle de quanto poderá ser descontando visto o acúmulo 
de horas negativas que possa ter. 
 
 
 
 
10 
 
Sobra do Banco de Horas 
Quando houver crédito no banco de horas e o mesmo estiver no fim da sua vigência a 
sobra será convertida e paga como hora extra ao empregado no mês seguinte a esta 
finalização de vigência. 
Se houver rescisão contratual, com banco de horas com crédito, poderá: 
1. Ser paga em rescisão as horas de sobra como horas extras. 
2. Ser convertida em descanso dentro do período de vigência do aviso prévio 
quando trabalhado. 
 
Acordo ou Convenção Coletiva 
É importante sempre ressaltar que a existência e controle das aplicações dos direitos e 
deveres aos empregados também devem seguir o que disciplina a convenção coletiva, 
até por força do art. 611-A da CLT, a qual determina a esses documentos coletivos 
força superior a norma quando for para trazer benefício ao empregado. 
Sendo assim, se houver dentro de cláusula do documento coletivo a determinação, 
função e parâmetros que devem ser utilizados para o banco de horas, esses devem ser 
seguidos sob pena de fiscalização. 
Fiscalização 
O não cumprimento das regras legais estabelecidas para a existência do banco de 
horas, resultará ao empregador punição pela fiscalização nos termos da Portaria Mtb. 
290/97, quais sejam: 
Multa mínima de R$ 40,25 e máxima de R$ 4.025,33. 
 
3.5 Marcação do Ponto 
A marcação de ponto pela CLT é o ato de controlar a jornada do empregado, sua 
finalidade é apurar de forma material o horário de entrada e saída do empregado para 
controle do período que está sendo executada atividade/prestação de serviço. 
Obrigatoriedade 
Será obrigatório o uso damarcação de ponto a todo estabelecimento com 10 ou mais 
empregados registrados. É descrito pelo art. 74 da CLT, porém, o nosso judiciário 
entende em suas decisões que o ônus da prova de realização ou não sobre jornada é 
 
 
 
11 
 
do empregador, sendo assim, um empregador com menos de 10 empregados não está 
obrigado por lei ao controle de jornada, mas frente a uma reclamatória trabalhista 
poderá ter problemas se não conseguir provar que o empregador não realizou horas 
extras e se tornar devedor das mesmas. 
Por preventivo, é indicado o controle de jornada a todos os empregadores 
independentemente do número de registrados. 
Tipos de Marcação 
Pelo art. 74 da CLT e por escolha do empregador ele poderá optar pelo controle de 
ponto manual, mecânico, eletrônico ou até mesmo ter um misto desses dentro do seu 
estabelecimento, sendo garantido a ele o direito de escolha da forma ou até mesmo 
da aplicação delas. 
Marcação Manual 
Quando a marcação é feita de próprio punho pelo empregado que irá fazer a anotação 
de seu horário de entrada, saída e período de intervalo, ao qual também poderá ser 
pré-assinalado. 
Marcação Eletrônica 
Tipo de marcação a qual deverá ser estipulada pelo uso de equipamento eletrônico, 
com os critérios e garantias da Portaria 1.510/2009 do MTE . 
Marcação Mecânica 
Considera a marcação através de equipamento que faz a marcação do horário da 
inserção do cartão, porém, o mesmo não guarda informações como ocorre na 
marcação eletrônica. Somente faz a indicação, o “tic” para determinar horário de saída 
e entrada, e também horário de intervalo caso a empresa não tenha optado pela pré-
assinalação. 
Papeleta Externa 
Utilizada pelo profissional que tem execução do seu trabalho externo, é uma espécie 
de controle manual de ponto que será anotado pelo empregado de próprio punho, 
porém ficará de sua posse até que seja preenchido ou solicitado pela empresa para 
fazer a apuração da jornada e devido pagamento. 
Sistema Alternativo de Controle de Jornada Eletrônico 
É a possibilidade de o empregador adotar um sistema alternativo de controle de 
jornada de trabalho, que não seja nos moldes do ponto eletrônico determinado pela 
Portaria MTE 1.510/2009, sendo assim, aplicadas as regras e procedimentos da 
 
 
 
12 
 
Portaria MTE 373/2011, a qual viabiliza sua utilização, desde que, autorizados por 
convenção ou acordo coletivo de trabalho. 
Intervalo 
É período compreendido para descanso e alimentação do empregado, o qual não será 
computado como jornada de trabalho. Sendo assim, não impacta na carga horária 
contratada do empregado, que deverá cumpri-la conforme contrato. 
Exemplo: contratação do empregado para trabalhar 8h por dia e 40h semanais, neste 
caso, poderia estabelecer uma jornada com início das 8h da manhã e fim às 17h, o que 
totaliza 8h por dia de trabalho e 1h de intervalo para alimentação e descanso. 
Nota: não existe, por lei, consideração sobre quando o intervalo deverá ocorrer na 
jornada, mas o entendimento é que ele não poderá ficar nem muito próximo ao fim ou 
início da jornada, sendo preferencial que ocorra no meio da jornada para que não seja 
perdida a sua finalidade. 
Redução de Intervalo 
Pelo artigo 611-A, III da CLT, que foi inserido pela reforma trabalhista, a redução do 
horário de intervalo para um mínimo de 30 minutos só é possível mediante 
autorização do Sindicato, por intermédio de acordo ou convenção coletiva. 
Interjornada 
Compreende o lapso temporal entre o fim de uma jornada e o início de outra, que não 
poderá ser inferior a 11h para assim garantir o descanso do empregado frente ao seu 
vínculo junto aquele empregador. 
Não existe proibição em um mesmo empregado ter mais de um vínculo empregatício, 
mas para o mesmo empregador não poderá trabalhar mais do que 8h por dia, 44 h 
semanais, salvo acordo de compensação ou prorrogação de horas, e ainda assim 
observado do fim de uma jornada ao inicio da outra 11h de descanso no mínimo, com 
base no que disciplina o art. 66 da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Referências 
BRASIL. Consolidação das leis do trabalho – CLT e normas correlatas. – Brasília: 
Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 189 p. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro 
de 1988. Brasília, DF: Senado Federal 1988. 292 p. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2014. 
 
DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 
2003. 
 
SANTOS, Milena Sanches Tayano dos; MACHADO, Mariza de Abreu Oliveira. 
Departamento de Pessoal Modelo: atualizado pela reforma trabalhista eSocial. 8ª ed. 
Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2018.

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