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Importância da PROTEÍNA na Atividade Física UNESA – Curso de Nutrição Disciplina: Nutrição Esportiva Prof.ª: Alessandra Frasnelli Papel da Proteína no Exercício Não é fonte significativa de fornecimento de energia durante o exercício. Contribuição máxima para o exercício: não é > 5% a 15% do gasto calórico Elemento vital para promoção da hipertrofia muscular: Quando associado a exercícios com resistência Ptn + exercício: gatilho para síntese de proteínas contráteis e metabólicas mudanças estruturais em tecidos não musculares (tendões e ossos) IMPORTÂNCIA: Potencializar as adaptações decorrentes da prática crônica do exercício com sobrecargas e não por ser utilizada agudamente durante o esforço; Sua principal contribuição não ocorre durante o exercício, mas no período de recuperação; BCAA NECESSIDADES (mg/kg/dia) Isoleucina 10 Leucina 14 Valina 10 Fonte: Adaptado de Werutsky, 2014. Necessidades diárias de Aminoácidos de Cadeia Ramificada AMINOÁCIDOS ADULTOS (mg/kg/dia) Isoleucina 25 Leucina 35 Lisina 30 Metionina + Cistina 12 Fenilalanina + Tirosina 30 Treonina 15 Triptofano 4 Valina 22 Recomendações diárias de aminoácidos essenciais Fonte: Portaria n 222 março/98, MS. BASE DE CÁLCULO PARA DOSIFICAÇÃO NUTROTERÁPICA Aminoácidos Requerimentos/adultos (mg/kg/dia) Exemplo Indivíduo com 70 kg (g/dia) BCAA +-82 5,7 AAC Essenciais +-173 12g Participação dos Aminoácidos no Sistema Energético Interação entre Aminoácidos livres e Proteína corporal Fatores que influenciam o requerimento proteico • Estado de treinamento • Tipo/forma de Treinamento: – Frequência aumentada – Intensidade aumentada • Disponibilidade de CHO e de energia (Kcal) – Consumo adequado de carbo e kcal é necessário para os aminoácidos sejam utilizados para a síntese proteica e não sejam oxidados. ACMS, 2016. Recomendação DIÁRIA de Proteína no Exercício • Dose: 1,2 a 2g/kg/dia: – Suporte metabólico adaptativo – Para reparação – Para remodelamento – Para turnover (reciclagem) • Dieta HIPOenergética (hiperproteica): – 1,8 a 2,7g/kg/dia – Objetivo: prevenir perda de massa muscular. Phillips, 2011; ACMS, 2016. Recomendações Protéicas para Treinos de ENDURANCE Referência Recomendação de Proteína (g/kg de peso/dia) ADA (2000) 1,2 – 1,4g/kg de peso/dia SBME, 2003 1,2 a 1,6g/kg de peso/dia SBME, 2009 1,2 a 1,6g/kg de peso/dia Kreider et al, 2010 1,5 a 2,0g/kg de peso/ dia *Recomendação para Atletas com alto volume de treinamento ACSM, 2016 1,2 a 2,0g/kg de peso/ dia Para atletas de endurance, as proteínas têm papel auxiliar no fornecimento de energia para a atividade. Objetivo: Manter o balanço nitrogenado Treinamento x Hipertrofia muscular Proteína X Hipertrofia muscular Fatores que influenciam aproveitamento da proteína para o crescimento muscular: • Estado de treinamento • Oferta energética diária • Tipo e padrão de ingestão da proteína Treinamento de FORÇA: resposta catabólica, o turnover proteico Melhora eficiência nitrogenada Suplementação de Proteína pode exacerbar as possíveis adaptações induzidas pelo treino de resistência. (Babault et al, 2015) Fatores determinantes Hipertrofia muscular Idade Nível Hormonal Genética Sexo Qualidade de Vida Treinamento NUTRIÇÃO Intervenções Nutricionais e Treino de Força X Síntese proteica muscular Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – v. 12, n. 2, 2013, p. 187-208 V ia s d e si n al iz aç ão e n vo lv id as n o re m o d el am en to m u sc u la r Via da AKT/mTOR Via da Calcineurina / NFAT Vias das MAPKs Células satélites NFAT: fator nuclear de células T ativadas AKT: serina/treonina quinase mTOR: proteína quinase alvo da rapamicina em mamíferos Células Satélite: remodelamento muscular Nutrientes moduladores Treinamento x Sinalização celular Fernandes, T et al Intech, 2012: Signaling Pathways that Mediate Skeletal Muscle Hypertrophy: Effects of Exercise Training Exerc. Sport Sci. Rev., Vol. 41, No. 4, pp. 216Y223, 2013 Estimuladores da Hipertrofia Muscular “Timing” para ingestão proteica • Timing de proteína: – gatilho para adaptações metabólicas • Treino de Resistência: – “upregulation” da síntese de proteína muscular por no mínimo 24h em resposta a sessão de exercício. • Síntese de proteína muscular: – Requer consumo de ptn de VB, que provê aproximadamente 10g de Aa essenciais entre 0 a 2h após o exercício. ACMS, 2016. Recomendações diárias de Proteína para Treinos de FORÇA Referência Recomendação de Proteína (g/kg de peso/dia) ADA (2000) 1,6 – 1,74g/kg de peso/dia Kleiner, S. M. (2002) 1,2 – 1,3g/kg de peso/dia (manutenção) 1,5 – 1,6g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular) 1,8 – 2,0g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular e redução do % de gordura ao mesmo tempo) SBME, 2003 1,4 a 1,8 g/kg de peso/dia SBME, 2009 1,6 a 1,7g/kg de peso/dia Kleiner et al., 2009 2,0 g/kg de peso/dia ISNN, 2010 1.5 - 2.0 g/kg de peso/dia ACSM, 2016 1,2 a 2,0g/kg de peso/dia FUNÇÃO: fornecimento de “matéria-prima” para a síntese de tecido. Flutuação do metabolismo proteico ao longo do dia Journal of Food Science Vol. 80, S1, 2015 Recomendação proteica ANTES e DURANTE o exercício • Refeição PRÉ-EXERCÍCIO deve contemplar: – 0,15g a 0,25g/kg + 1 a 2g/kg de carboidrato – 6g de Aminoácidos essenciais / 20g de Whey protein • DURANTE o exercício: – Somente em treinos de grande volume (>2/3h) e intensos – Combinando CARBO e PTN na proporção de: • 3-4g de carboidrato : 1g de proteína HIDROLISADA – Benefícios: • Devido ao elevado dispêndio de substrato • Melhorar o ambiente anabólico hormonal • Minimizar o dano e desgaste muscular ISSN, 2010; 2013. Recomendação proteica APÓS exercício • OBJETIVO: manutenção e reparo muscular • ISSN, 2010: – 0,2 a 0,5g/kg de proteína; CHO: PTN = 3 a 4g: 1g ptn (ISSN, 2010) – 6 a 20g de AAE para cada 30-40g de CHO de alto IG • Phillips et al, 2011: – 20 a 25g imediatamente ou até 3h pós exercício. • ACMS, 2016: – 0,3g/kg ou 20 a 30g de proteína (10g de AAE) – Múltiplas refeições a cada 3/5horas ofertando proteína e carboidrato. – > 40g não garante aumento da síntese de ptn muscular. • Estudos longitudinais sugerem que: – imediata provisão de ptn pós-treino – sendo importante para aumentar força e a massa muscular • Período para ocorrer síntese ptc muscular: – 24h após sessão de exercício ISSN, 2010; Phillips et al 2011; ACMS, 2016. Recomendação proteica APÓS exercício Efeito anabolizante: “janela da oportunidade“: tempo limitado após o treinamento para otimizar adaptações musculares relacionados ao treinamento. O período pós-exercício é amplamente considerada a parte mais crítica do timing de nutrientes. ESTRATÉGIAS: reconstrução do tecido muscular danificado e restauração das reservas energéticas; Melhorar composição corporal e desempenho do exercício; METAS: Repleção do glicogênio muscular Atenuar a degração protéica muscular Aumentar a síntese de proteínas musculares (hipertrofia muscular) RECOMENDAÇÕES – APLICAÇÕES PRÁTICAS: Pré-treino: 6g de Aminoácidos essenciais / 20g de Whey Pós-treino: CLÁSSICA: mínimo de 25g de Whey protein Indivíduos JOVENS: 40g (efeito NEGATIVO): ↑ oxidação de LEUCINA (CATABOLISMO) Indivíduos IDOSOS: 40g (efeito POSITIVO): ↑ síntese protéica (ANABOLISMO) Efeito ANABÓLICO: 20 a 40g de proteína 0,4 a 0,5g/Kg de peso corporal Dose pós-treino de Proteína X Efeito Anabólico Adaptado de: Nutrients, 5: 852-876, 2013. CONCLUSÃO: Evidências atuais NÃO parecem apoiar alegação de que o consumo imediato de proteína (≤ 1 hora) pré e/ou pós-treino, melhora significativamente a força ou adaptações relacionadas à hipertrofia associado aos exercícios de resistência. Os resultados desta meta-análise indicam que, se existe de fato uma janela anabólica de oportunidade, para o CONSUMO DE PROTEÍNA, essa janela parece ser maior do que uma hora antes e depois de uma sessão de treinamentode resistência. Princípios que precisam ser seguidos por levantadores de peso para maximizar a hipertrofia muscular : consumo de 1,2-2,0 g protein/kg de peso corporal; ≥ 44-50 kcal/kg de peso corporal; Suplementação protéica pré e pós-treino aumenta o desempenho físico, a recuperação de treinamento, massa corporal magra , hipertrofia do músculo e força ; Ganhos específicos, diferem com base no tipo de proteína e quantidades. Estudos sobre horários do consumo de leite indicaram que o leite livre de gordura pós-treino foi eficaz na promoção aumento da massa corporal magra , a força, a hipertrofia muscular e diminuição da gordura corporal. O conteúdo de uma leucina fonte de proteína tem um impacto sobre a síntese de proteínas , e afecta a hipertrofia muscular. Seu consumo de 3-4 g é necessário para promover a síntese de proteína máxima . Um suplemento APÓS o exercício de resistência ideal deve conter proteínas de soro de leite , que fornece , pelo menos, 3 g de leucina por porção. A combinação de uma de ação rápida fonte de hidratos de carbono, tais como maltodextrina ou glucose deve ser consumido com a fonte de proteínas, como a leucina, pois, proteína ISOLADA não é capaz de modular a síntese de proteínas de forma tão eficaz , sem a presença de insulina. O consumo ANTES de aminoácidos essenciais e dextrose parece ser mais eficaz para a síntese de proteínas antes ao invés de seguir o exercício de resistência. Adequação Proteica X Carboidratos Treino de Força ↑ ptns transportadoras de Glicose (GLUT 4) ↑ a necessidade de CHO no meio intracelular (MÚSCULO) ↑ fornecimento de ENERGIA para AÇÃO MUSCULAR Está bem estabelecido que a suplementação de proteína após o exercício de resistência promove o aumento da síntese de proteína muscular. No entanto, não está estabelecido claramente se a combinação de carboidratos com a proteína produz uma resposta anabólica maior do que a proteína sozinha. RECOMENDAÇÃO ATUAL: suplemento pós-exercício IDEAL seria uma combinação de uma fonte de proteína com carboidratos de alto índice glicêmico. Baseada na hipótese de que a insulina promove a síntese proteica. No entanto, ainda é controversa quanto à possibilidade de se elevar o nível de insulina, dentro da faixa fisiológica, e este efeito ser superior para estimular ainda mais a síntese de proteina muscular. Há um crescente número de estudos analisando o impacto da co-ingestão de proteína e carboidrato comparado ao de carboidrato isoladamentesobre a síntese de proteínas. Porém, EXISTE MUITO MENOS ESTUDOS QUE EXAMINEM OS EFEITOS DA CO-INGESTÃO DE CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS EM COMPARAÇÃO COM A PROTEÍNA SOZINHA SOBRE A HIPERTROFIA MUSCULAR. CONCLUSÃO: Não se pode descartar que carboidratos proporcionam benefícios para a recuperação de atletas, com base nos dados disponíveis, independentemente do IG, exercem efeitos benéficos para hipertrofia muscular por maximizar e estimular a síntese de proteína muscular. Porém, mais estudos são necessários para se estabelecerem as recomendações e conclusões mais apropriadas. Acréscimo calórico para Hipertrofia Muscular •para a síntese de 1g de ptn /semana seriam necessárias: - 5 a 8 kcal adicionais por cada 1g de ptn. Portanto, para um ganho estimado de 454g de massa muscular por semana, seriam necessárias: •(1g ptn – 5kcal) 454g ptn: -2270 kcal adicionais para 1 semana 324.3 kcal/dia •(1g ptn – 8 kcal) 454g ptn: - 3632 kcal adicionais para 1 semana 518.8 kcal/dia; •Acréscimo calórico aproximado de 300 a 500kcal para: - ganho de 2kg de massa magra / mês. Williams, M (1999)
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