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Apelação criminal Peça 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 3º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE GOIÂNIA 
 
 
Processo nº...... 
 	 
 
NARA SAMPAIO ALBUQUERQUE, brasileira, estado civil, profissão, carteira de identidade, cadastro de pessoa física, domiciliado e residente a rua, número, Bairro, nos autos da ação que lhe move o Ministério Público, por intermédio de seu advogado abaixo-assinado, conforme procuração inclusa (documento número), com escritório profissional a rua, número, Bairro, onde receberá intimações, Vem à presença de Vossa Excelência interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO
apresentando, desde logo, suas razões recursais para a reforma da decisão. Requer ainda, com fulcro nos artigos 593, inciso III e 598, ambos do Código de Processo Penal, e 268 do Código de Processo Penal, sua habilitação como assistente da acusação, bem como, uma vez recebido e processado o recurso, a sua remessa à Superior Instância para análise e julgamento. 
 
Termos em que,
Pede deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS 
Apelante: Nara Sampaio Albuquerque 
Apelado: Ministério Público de Goiás 
 
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara
Ínclitos julgadores
 
1. DOS FATOS
Conforme consta nos autos, no dia 13 de abril de 2020, por volta das 
23h30min, na Rua da Maldade, a apelante frequentou uma boate “luz da madrugada”, no Bairro da Tristeza. No interior do estabelecimento citado, um jovem, vulgo acusado, se aproximou da vítima Nara Sampaio Albuquerque de 19 dezenove anos. Ele aproveitou o descuido desta ao ir no banheiro para colocar uma substância psicotrópica conhecida pelo nome de “boa noite cinderela” na bebida da mesma. Depois de ingerir a bebida, a vitima logo começou a desmaiar. 
O acusado, aproveitando-se daquela situação de fragilidade, conseguiu sair carregando a vítima no colo, fato este que foi comprovado por 05 (cinco) testemunhas: (Nathalia Santos, Rebeca Silva, Rafael Souza, Elza Sampaio, Gabriel Neto). 
Entretanto, as testemunhas equivocaram-se ao pensar que aquele homem era o namorado da vítima. O acusado colocou a vítima no banco traseiro de seu veículo Ford Fusion Placa KER-1313, segunda narrado pela própria vítima no inquérito policial. 
Após algum tempo no interior do veículo, o acusado teria estacionado em uma área de mata, momento em que a vítima se recorda que o acusado passou para o banco traseiro e começou a tirar a roupa dela, segundo à vítima, foi impossível resistir ao ato já que ela própria estava muito fraca e sem forças para reagir. 
A vítima gritou pedindo que o acusado parasse com o que estava tentando fazer, mas o mesmo ignorou o pedido dizendo que “se a vítima não obedecesse ao acusado ela não sairia viva de dentro do veículo”, e com isso o acusado introduziu o pênis na vagina da vítima, consumando assim o estupro. 
Vale ressaltar que a vítima foi constrangida mediante violência e grave ameaça. Ademais, declara a vítima que não teve condições de reagir a conduta praticada, bem como também não se lembra das várias ameaças feitas pelo acusado quando ambos estavam no interior do veículo. 
Após a consumação do crime, o acusado deixou a vítima próxima a uma parada de ônibus nas proximidades da Rodoviária de Goiânia/GO. Ainda sobre o efeito de drogas e desnorteada, a vítima necessitou da ajuda de estranhos para entender o que havia ocorrido, momento em que foi encaminhada ao hospital e depois a Delegacia de Polícia mais próxima. 
De acordo com os autos, o registro da violência sexual ocorreu no dia seguinte a violência sofrida, a última prestou depoimento e compareceu espontaneamente ao instituto médico legal, realizou o exame de corpo de delito, momento em que ficou comprovada a violência sexual praticada contra à citada vítima, conforme fls.__, além do que, comprovou-se que à vítima teria sido “drogada por uma substancia conhecida pelo nome de boa noite cinderela”, conforme exame de sangue realizado na vítima. 
Durante seu depoimento, a vítima narrou as características do acusado, ocasião em que narrou o primeiro nome do acusado como sendo Pedro e lembrou-se que o acusado possuía o apelido de “Pedrinho Bala”, até porque, durante a festa dentro da boate à vítima chegou a conversar com o acusado, momento em que ele próprio relatou possuir o citado apelido. Diante desta informação, a vítima acessou o sistema de busca do Facebook e inseriu o citado apelido, quando a vítima visualizou o rosto do acusado Pedro não teve nenhuma dúvida que se tratava da mesma pessoa. 
Ademais, e importante ressaltar que as próprias testemunhas que estavam na boate foram capazes de identificar o acusado na delegacia de polícia como sendo o homem que saiu acompanhando a vítima quando deixaram a boate. 
Ainda de acordo com os autos, a autoridade policial conseguiu identificar o acusado, o qual foi devidamente intimado e compareceu na Delegacia de Polícia acompanhado de seu advogado para prestar depoimento. 
O acusado confessou ter mantido relações sexuais com a vítima, mas alegou que tinha o consentimento dela, e negou ter colocado qualquer substancia dentro da bebida alcóolica da vítima. Alegou ainda que a vítima era uma drogada e bêbada, quando ele chegou na citada boate à vítima estava bebendo muito desde mais cedo. 
Em razão de não ter havido prisão em flagrante pelo citado crime, o investigado quando da investigação criminal permaneceu em liberdade. Entretanto, houve representação da autoridade policial pela decretação da prisão preventiva do acusado, sob o argumento da probabilidade de reiteração no cometimento dos mesmos fatos, entretanto, o MM. Juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia/GO, acatando o parecer ministerial se manifestou indeferiu à representação da autoridade policial. 
Na audiência de instrução e julgamento, oportunidade em que todas as testemunhas ouvidas na fase de investigação, inclusive à própria vítima foram ouvidos novamente, ocasião em que todos os depoimentos foram novamente repetidos e confirmados em sua integralidade. 
O Ministério Público do Estado de Goiás, em alegações finais requereu a procedência da denúncia e a condenação do acusado pelo crime de estupro artigo 213, caput, do Código Penal, haja vista a prova da materialidade em face do exame de corpo de delito, as provas testemunhais colhidas em juízo e a própria confirmação do acusado de que esteve com a vítima e que manteve relações sexuais com a vítima, muito embora tenha alegado ter havido o consentimento válido, fato esse totalmente contrário, pois, ficou evidente que a vítima estava sob o efeito de drogas conforme exames de sangue realizados anteriormente. 
O MM. Juiz de direito não acolheu a manifestação do Ministério Público, motivo pelo qual, julgou improcedente à pretensão punitiva estatal e proferiu sentença absolutória em favor do acusado. 
Segundo o magistrado, não há provas de que o acusado teria constrangido a vítima mediante violência ou grave ameaça ou reduzido a sua capacidade de resistência para a realização do ato sexual, assim, não há provas concretas de que de fato o acusado teria “colocado alguma coisa em sua bebida da vítima”. Ademais, para o magistrado, teria ficado evidenciado o consentimento da vítima em sair acompanhada da boate acompanhada pelo acusado, tendo sozinha ingressado voluntariamente no veículo de propriedade do próprio acusado na presença de várias pessoas, o que por si só, demonstra o consentimento valido na pratica do citado ato sexual, não existe nos autos provas da ocorrência do crime de estupro. 
Em face da sentença de absolvição do acusado pela suposta pratica do crime de estupro, a defesa conseguiu êxito em suas alegações finais, pois, o magistrado absolveu o acusado da acusação de estupro. O Ministério Público não manifestou interesse em recorrer da decisão proferida nos autos. 
Ocorre que a referida decisão merece reparo, pois o magistrado não agiu com o costumeiro acerto. 
2 - DO CABIMENTO
A sentença proferida através Juiz singular vale estarcompletamente reformada, tendo em vista o prenunciado no artigo 593, I, do Código de Processo Penal, no qual trata de arbitramento de pena ou indulto proferida pelo Juiz uno. Assim desta forma, seja pautado nos fatos a prosseguir dispostos, ou seja, interpõe-se o Recurso de Apelação, simultaneamente fundamentado no artigo 593, I, do CPP.
3 – DOS FUNDAMENTOS
Da Vulnerabilidade Temporária da Vítima
Conforme alegado pela vítima, mesmo antecedentemente do acontecido delito desfavorável a ela, a mesma estava em circunstância de vulnerabilidade temporária, haja visto que, o denunciado havia colocado um narcótico em sua bebida chamado “boa noite cinderela” no instante em que foi ao banheiro, pois, após voltar, ingeriu a bebida, nesse acontecimento a vítima ficou bem mal e sentindo-se fraca, inepta. 
A vítima jamais poderia ter condições de ir embora da boate, sendo que, foi presenciado por 5 (cinco) testemunhas, sendo elas: Nathalia Santos, Rebeca Silva, Rafael Souza, Elza Sampaio e Gabriel Neto, que a vítima não possuía condições de discursar sua força, sendo carregada no colo pelo acusado até o automóvel Ford Fusion. 
Concordante o Art. 158, do Código de Processo Penal, posto que ao comprovar o delito deixar vestígios, será essencial o exame de corpo de delito, imediato ou indireto, jamais podendo supri-lo a confissão do denunciado. conforme demostrado, foi feito o exame de corpo de delito e comprovado a materialidade do crime de estupro. 
Além do mais, o acusado confirmou que deveras manteve relação sexual junto a vítima e, em suas próprias palavras, informou que a vítima se encontrava bem mal, que estava bastante bêbada e drogada. 
A começar de maneira, requer que, seja reconhecido a impossibilidade de resistência da vítima e a sua não concordância, face ao crime de estupro. 
Da Caracterização do Crime de Estupro 
O acusado na situação em que se encontrava na mata, interiormente de seu automóvel juntamente com a vítima, a ameaçava o tempo todo dizendo que se ela não o obedecesse jamais sairia viva de dentro do automóvel, sendo a vítima forçada a ter relação sexual com o criminoso mediante grave ameaça. 
afim o Art. 213, do Código Penal, considera-se estupro constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. conforme já relatado, houve inclusive a conjunção carnal, ocorrendo de forma forçada contra a vítima e, ocorrendo mediante grave ameaça de morte. 
Segundo a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, se tem abertamente evidenciado que frente a total o âmbito probatório, obtendo além da declaração da vítima, laudo pericial, prova testemunhal e todo o âmbito probatório demonstrado abertamente, tem-se o crime de estupro definido. 
análogo interpretação jurisprudencial:
	ROUBO 	SIMPLES 	E ESTUPRO. 	I 	- 	ABSOLVIÇÃO. 
DESACOLHIMENTO. Não prospera a tese de absolvição quando as declarações da vítima, conjugadas com os demais elementos de provas, são suficientes para demonstrar a prática, pelo apelante, dos crimes de roubo simples e estupro. II - QUANTO AO CRIME DE ESTUPRO, ABSOLVIÇÃO POR ATIPICIDADE DA CONDUTA DO RÉU. INVIABILIDADE. Afasta-se a absolvição, por atipicidade de conduta, pois o acervo probatório reunido, no caderno processual, é suficiente para demonstrar a materialidade do fato e a autoria delitiva do apelante, cuja conduta se adéqua ao tipo descrito no art. 213, caput do Código Penal. III - EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE. AGENTE 
AGIU, NO FATÍDICO DIA, SOB O EFEITO DE CRACK. 
IMPOSSIBILIDADE. Conforme disposto no art. 45 da Lei nº 11.343/06, a exclusão da culpabilidade pleiteada, pela defesa técnica, demanda que o réu esteja sob o efeito de droga em caso fortuito ou força maior. In casu, está comprovado, nos autos, que o recorrente fez uso voluntário de substâncias entorpecentes, razão pela qual a almejada tese deve ser desacolhida. IV ? QUANTO AO CRIME DE ROUBO SIMPLES, APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA 
PREVISTA NO ART. 155, §2º DO CÓDIGO PENAL. IMPERTINÊNCIA. Inviável, na hipótese, a consideração da causa especial de diminuição de pena prevista no art. 155, § 2º do Código Penal. Isto porque a figura do ?privilegiado? só é admitida no tipo penal do crime de furto, não sendo compatível com o delito insculpido no art. 157 do Estatuto Repressor, cuja proteção do bem jurídico não se limita ao bem patrimonial, mas também ao bem da vida, já que se trata de infração penal praticada com violência e/ou grave ameaça à pessoa. V - 
EXCLUSÃO DO PAGAMENTO DE VALOR A TÍTULO DE REPARAÇÃO DE DANOS CAUSADOS À VÍTIMA. REJEIÇÃO. Para que haja o arbitramento de verba indenizatória em razão dos danos causados à ofendida, imprescindível a existência de prévia manifestação no feito, seja pela acusação ou pela própria vítima, sob pena de violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório. No caso, tal exigência se constata, motivo pelo qual o valor indenizatório fixado na sentença deve ser mantido. VI - REDUÇÃO DO PAGAMENTO DE VALOR A TÍTULO DE REPARAÇÃO DE DANOS CAUSADOS À VÍTIMA. MANUTENÇÃO DO VALOR ESTIPULADO NA ORIGEM. O quantum fixado, na instância singela, merece ser mantido, pois foi estipulado em montante razoável e proporcional aos danos patrimonial e moral causados pelas duas infrações 
penais cometidas pelo recorrente em desfavor da ofendida. VII - BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. CONCESSÃO. Faz jus à concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, o apelante assistido, durante toda a instrução criminal, por defensores dativos regularmente nomeados pelo juízo. APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 
(TJGO, 0075154-02.2019.8.09.0044 - Apelação Criminal, 26/03/2021) 
 	 
À frente disso, requer que, seja ratificado a caracterização do crime de estupro, sendo motivado mediante grave ameaça a vítima de acordo com as normas jurisprudenciais 
3. DOS PEDIDOS
perante o descrito, requer seja a máxima ora impugnada reformada de maneira a:
a- Nos termos do artigo 593, inciso I do CPP requer que o recurso seja reconhecido e provido; 
b- Reconhecer as provas dos vestígios do não consentimento da vítima face ao laudo pericial segundo artigo 158 do CPP; 
c- Reconhecimento da presença do crime de estupro e a condenação do acusado na luz do artigo 213 do CP; 
 	 
Termos em que,
Pede deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
 
 
Faculdades Fan Padrão.	
Professor: Herick.	
Aluno: Pedro Paulo de Pereira Faria dos Santos.	
NPJ NÚCLEO DE PRATICA JURÍDICA CRIMINAL.
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