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2020 - Resumo CULTURA CLASSICA Contribuições Linguísticas

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Resumo: CULTURA CLÁSSICA: Contribuições Linguísticas - Aulas 1 a 10
Antiguidade Clássica é bem abrangente, pois compreende um período da história da Europa que se inicia com a poesia grega de Homero, aproximadamente no século VIII a.C., e se es-tende até a queda do Império Romano, no século V d.C. os dois marcos que delimitam a Antiguidade Clássi-ca apontam para suas duas principais civilizações: Grécia e Roma
	É comum dividir a história da Grécia Antiga em quatro períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico.
O PERÍODO HOMÉRICO: A importância das obras de Homero 
A principal fonte histórica para o estudo da G réci a tem si do os poemas épicos Ilíada e Odisseia , ambos atribuídos à Homero. 
IL ÍADA : descreve a Guerra de Troia, cidad e que representava parte de uma civilização pré-helênica que entrou em choque com os aque us (chamados gregos). 
ODISS E IA: descreve as peripécias de Ulisses, nobre grego, com suas viagens de volta para Ítaca, na Grécia, atra vés do Mediterrâ neo. Foi o estudo da Odisseia que for neceu as mais ricas informações para a compreensão da sociedade e da economia da Grécia do período homérico. 
As obras parecem ser de épocas diferentes, Odisseia = menções a armas, ferramentas e instrumentos de ferro, Ilíada = não se faz referência a esse material. Indica que a Odisseia é mais recente que a Ilíada.
Período Arcaico, deu-se a consolidação e evolução das cidades-estados(polis), com destaque para Esparta e Atenas.
Esparta: Esparta, pólis grega situada na planície da Lacônia, na península do Pelo-poneso, foi fundada pelos dórios. Sua situação geográfica, limitada por mon-tanhas e sem saída para o mar, impunha certo isolamento, refletindo-se numa pólis conservadora, sob governo oligárquico e autoritário, com prevalência de uma educação militar. O militarismo de Esparta, manifestado no ideal do ci-dadão-soldado e na manutenção da segurança da cidade, levou ao desenvol-vimento de técnicas militares, com valorização da força e disciplina físicas. 
Atenas: localizada próxima ao mar Egeu, na península Ática, foi fundada pelos jônios. Sua posição geográfica, próxima ao porto de Pireu, favoreceu a navegação e o comércio, com forte participação na colonização do mar Negro e do Mediterrâneo. Embora, inicialmente, a monarquia tenha sido a primeira forma de governo, seguida por regime oligárquico, houve redefinição de classes sociais, em função da expansão do comércio, e reformas sociais, em função da necessidade de se atenuar conflitos. Em Atenas surgiu a democracia.
Período Clássico: O auge das cidades-Estado, Foi a época de ouro de Atenas, com sua supremacia financeira e naval, ainda que houvesse ameaças dos persas. Atenas tornou-se um dos principais centros exportadores de vinho e azeite e grande produtor a de cerâmica. Com a Guerra do Peloponeso (431-403 a.C.), Atenas começou a conhecer seu período de declínio.
Período Helenístico (336-30 a.C.) marcou o início da decadência das pólis gregas, com a transição entre o domínio da cultura grega e o surgimento da civilização romana.
História de Roma: Monarquia à República: Roma surgiu da miscigenação dos latinos com sabinos, na planície do Lácio. A solidez econômica e a política da situação dos patrícios somadas com o talento militar dos romanos, fez de Roma, uma cidade-estado, a sede de um poderoso império.
São três os períodos em que se divide a históri a de Roma: Monarquia (753-509 a.C. ), 
República (509 -27 a.C.) e Império (27 a .C . - 476 d .C .)
Período Monárquico (753-509 a.C.): período do qual se tem pouca informação histórica e muita informação proveniente de lendas. No final desse período, Roma era governada por reis de origens etruscas. Após a morte do último rei etrusco, os nobres romanos colocaram no poder dois magistrados, denominados cônsules, caracterizando o final da monarquia.
Período Republicano (507-27 a.C.): Estabelecimento da República, o governo foi partilhado por dois cônsules, que exerceram o poder com o auxílio do Senado, um conselho de 100 cidadãos responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. O Senado promulgava as leis elaboradas pela Assembleia de Cidadãos, que era dominada pelos nobres, chamados de patrícios. Com o crescimento e a riqueza de Roma, os patrícios enfrentaram lutas contra os que foram ficando marginalizados, no caso, os plebeus, ao longo de dois séculos. Os plebeus conquistaram vários direitos, como o de eleger seus representantes e não ser escravizados em razão de dívidas. Foi no Período Republicano que se iniciou a expansão das fronteiras romanas, com diversas guerras e ocupação de vários territórios.
Período Imperial (27 a.C.-476 d.C.): Iniciou-se com o general Otávio recebendo o título de Augusto (majestoso, divino ou consagrado) da parte do Senado, após vencer seus opositores e o general Marco Antônio. Esse período pode ser dividido em dois momentos. O primeiro é o Alto Império, que se estendeu até o século III d.C., marcado pela Pax Romana (com a superação de conflitos inter-nos), pela conquista e ampliação de territórios e pelo esplendor e pela riqueza. O segundo momento é chamado Baixo Império, estendendo-se do século III ao V, com profundas crises (como a da produção agrícola), que acabaram levando à queda do Império Romano. No ano 395, da era cristã, o império foi dividido em duas partes, com uma capital em Roma (correspondendo ao Império Romano do Ocidente) e outra capital em Constantinopla (Império Romano do Oriente).Ao longo desses três grandes períodos da história da Roma Antiga, assistiu-se à ascensão e à queda do poder romano. No entanto, o fim desse poder roma-no se deu num processo que durou centenas de anos.
		Apesar de todo seu poder político e militar, Roma foi muito influenciada pela cultura grega, principalmente da arte, pintura e arquitetura gregas. O latim, língua do Império Romano, também recebeu influência do grego. Com a expansão do Império Romano, o latim extrapolou os limites de Roma e se tornou influente na Europa, dando origem, mais tarde, a diversas línguas, como italiano, francês, romeno, espanhol e português. Roma também recebeu influência da religiosidade grega, particularmente na elaboração de sua mitologia. Em seguida, você saberá um pouco mais sobre a religião na Antiguidade Clássica.
A RELIGIÃO, MITO E LITERATURA NA CULTURA GREGA 
Entre os gregos, a tradição religiosa era transmitida oralmente por poetas como Homero e Hesíodo, que viveram entre os séculos IX a .C . e V III a.C . Os gregos e a maioria dos povos antigos, desenvolveram um sistema religioso politeísta. Acreditava-se que esses deuses habitavam o monte Olimpo, na Tessália. 
Mito: Na literatura, mito corresponde à narrativa, à fábula, ao enredo, expressando o sentido profundo das coisas por meio de uma história.
PENSAMENTO FILOSÓFICO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA: entre os séculos VII e VI a.C., com o surgimento dos filósofos da natureza, chamados de Pré-Socráticos (antecessores de Sócrates), o pensamento ou a reflexão começaram a se basear em critérios naturais em vez de sobrenaturais. 
Sócrates, embora não tenha deixado obras escritas, teve seu legado registrado por dois discípulos: Xenofonte e Platão. Na verdade, Platão e Aristóteles foram os principais expoentes desse período. Platão, discípulo de Sócrates e fundador da Academia de Atenas, deixou um legado de diversas obras escritas. 
Aristóteles, nascido em Estagira e aluno de Platão em Atenas, deu grande contribuição com seu pensamento filosófico para o campo da retórica, da ética e das artes. Entre seus textos, destacam-se: Ética a Nicômaco, em que trata da ética, da virtude, da justiça, entre outros temas; Poética, em que trata da arte, do teatro, da poesia e de outros assuntos relacionados com a estética; e Retórica, obra que trata dos gêneros retóricos, do discurso, do saber e de outros aspectos da oratória e da persuasão.
No contexto da filosofia da Grécia Antiga, cabem aindaalgumas notas sobre o Epicurismo e Estoicismo. O Estoicismo foi uma corrente filosófica helenística, fundada por Zenão de Cítio, em Atenas, no início do século III a.C., que pregava a virtude acima de tudo e o desapego aos bens materiais, acreditando que em tudo há um propó-sito ou destino. O Epicurismo, fundado por Epicuro (341-271 a.C.), valorizava o prazer ou a busca da felicidade, pregando a satisfação com moderação e desprezando o destino ou a existência de um propósito na natureza e no mundo.A filosofia na Antiguidade Clássica também teve alguma expressão em Roma, porém sem a influência e a extensão da filosofia grega. Entre os pensadores romanos antigos, destaca-se Sêneca, considerado o principal pensador do estoicismo romano. Na verdade, a filosofia na Roma Antiga foi muito in-fluenciada pelo pensamento grego, especialmente pelo Estoicismo e Epicurismo, com forte tendência moralizante e de caráter eclético.
A literatura grega de Homero: Odisseia e Ilíada 
 A obra ‘homeriana’ da Odisseia e da Ilíada é o parâmetro do poema épico antigo, por causa de sua vinculação às raízes primitivas e populares da Grécia arcaica.
 Pode-se dividir em três períodos o desenvolvimento literário na Grécia: 
PERÍODO ARCAICO (séc.VIII -VI a .C .) 
Surgem dois importantes gêneros literários: 
 Poesia Épica (séc.V III a .C ): É poesia épica a epopei a homérica, representada nos dois poemas, a Ilíada e Odisseia. Tradicionalmente vinculad a à poesia épica está também a Teogonia, de Hesíodo, e seu poema didático, Os Trabalhos e os Dias . 
 Poesia Lírica (séc. VII e VI a .C .): Representada por autores como Alceu, Safo, Estesícoro, Alcmano, etc.. . Surge junto com a filosofia dos pré-socráticos (Tales, Heráclito, Parmênides, Demócrito, etc.). Estas são as primeiras obras em prosa, embora alguns filósofos também utilizassem a poesia.
PERÍODO CLÁSSICO (séc. V - IV a.C.) 
 Inicia em 480 a.C. , com a vitória dos gregos sobre os persas. 
 Finaliza em 338 a .C ., com Filipe da Macedônia, o pai de Alexandre, conquistando Atenas. 
 Desenvolvimento do Teatro (tragédia), com os três grandes autores, Ésquilo, Sófocles, 
Eurípides, e da História, com Heródoto e Tucídides. 
 Tea tro: “Lugar onde se vê ” 
 Século IV a .C: surge a filosofia de Platão e Aristóteles, a Comédia chega ao seu ápice com Aristófanes e a Oratóri a ganha destaque com Ésquines e Demóstenes. 
PE R ÍOD O HELENÍSTICO E GRECO-ROMANO 
 Roma conquista a Grécia. Época de Alexandre, o Grande. 
 A épica ressurge com A polônio d e Rodes, autor da “Argonautica”.
POES IA ÉPICA LATINA 
Virgílio : a uto r de “Bucólicas” (poema pastorl , expressão campestre) e “Geórgicas ” (poema agrícola)
POESIA ÉPICA LAT IN A 
Virgílio : autor de “Bucólicas” (poema pastoril , expressão campestre) e “Geórgicas ” (poema agrícola)
ENEIDA, de Virgíli o 
 Herói : Eneias, troa no, filho de Anquses e da deusa Vênus , combteu ao lado de Heitor na Guerra de Troia; 
 Narra a lenda da fundação de Roma e exalta a grandeza do Impéri o Romano; 
 Uma obra de tom mitológico (narra o herói) e histórico (exalta Roma e Augusto) 
TRAGÉDIA GREGA 
 Ésquilo: autor de “Prometeu acorrentado” 
 Sófocles: autor de “Édipo Rei ”, considerada a mais bem construída das tragédias gregas 
 Eurípedes: autor de “Medeia” 
C OMÉD IA 
 Para Aristóteles, a comédia corresponde à arte que imita as ações dos homens inferiores. 
 De caráter cômico e ridículo , a comédia chegou a ser considera da inferior à tragédia. 
 Importância da comédia: possibilidade democrática de sátira a todo tipo de ideia, inicialmente política
Principais caracter ísticas g ramatica is da líng ua lat ina 
 O Alfabeto: No período Clássico, o alfabeto latino era composto por 23 letras, não existindo J e I. Foi baseado no alfabeto dos fenícios. 
 Vogais: são breves/ longas ou com um (dois modos) . As consoantes dividem-se em mudas, líquidas, sibilantes e duplas. 
 Em latim, distinguem-se três gêneros: masculino, feminino e neutro. Este último gênero designa objetos inanimados. 
 Em latim não há um lugar de terminado para cada papel na frase. 
 Nominativo: responde às perguntas: Quem é? O que é? 
Umbra es t a moena – A sombra é amena! 
 Vocativo: serve para chamar o objeto ou pessoa a que m nos dirigimos: Umbra ubi est? Sombra, onde estás? 
 Genitivo: designa a coisa ou a pessoa a quem pertence um objeto, responde às perguntas: De quem? De quê? Nigro umbrae. O negrume da sombra . 
 Dativo: designa o objeto/pessoa a quem a ação a proveita ou desaproveita. Responde às perguntas: a quem? Para quem? Para quê? Lucemre ddamus umbrae . Demos luz à 
sombra/para a sombra. 
 Acusativo: designa o objeto de uma ação . Responde às perguntas: Quem? O quê? Lux fugat umbram. A luz afugenta a sombra! Creo te regem faço-te rei! 
 Ablativo: designa a pessoa ou objeto com, em, de ou por que me por que uma ação é 
praticada : Umbra veni unt frigora! Da sombra vem o frescor (adj untos adverbiais em geral! ) 
 A estrutura da frase nominal é Nominativo (suj ) + Verbo de ligação + Nominativo (predicativo do suj )

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