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Prova AV1 Penal III

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Rio 06.10.2020. Universidade Estácio de Sá
AV1 – 2020.02. Disciplina: Direito Penal III. Profa. Valéria Mikaluckis 
1.Certo advogado recebe em seu escritório uma jovem que narra para ele o seguinte fato: DOUTOR, vamos supor que alguém dê uma carona para uma pessoa que pretenda se matar por estar aidético e sofrendo muito, TUDO em plena ponte Rio-Niterói, exatamente no vão central, e de madrugada. O então suicida sobe na mureta e, morrendo de medo de se jogar, pede ao amigo que o empurre para que sua atitude logo chegue à consumação. O amigo então empurra o outro que morre instantaneamente frente ao impacto com a água. Podemos falar em auxílio ao suicídio previsto no art. 122 do CP? Isso ocorreu comigo e hoje cedo assisti pela televisão a reportagem deste fato, mostrando as câmeras de segurança o meu rosto e o meu carro parado no local do infortúnio. E agora, que faço? Pratiquei algo mais grave? Pergunta a jovem. Responda a essa indagação de forma justificada. 
Resposta: A Jovem em questão, não praticou o Crime de auxílio ao suicídio previsto do art. 122 do CP, praticou na verdade o crime de homicídio, previsto do art. 121 caput CP. Pelo fato de ter empurrado a vítima.
2, É possível ocorrer o crime de homicídio privilegiado qualificado? Fundamente sua resposta. 
Resposta: Sim, há situações em que o sujeito comete o crime de homicídio impelido de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima ( art. 121, parágrafo 1° CP ) e ainda utiliza recursos de determinados meios que detonam crueldade, perigo comum ou de forma a dificultar ou tornar impossível a defesa da vítima ( art. 121 incisos III e IV CP). 
Dessa forma, há em um mesmo fato típico circunstâncias que possibilitariam a análise de homicídio de forma menos gravosa, quantos aos elementos que contribuiriam para a atribuição de qualificadoras ao crime. 
3. Três crianças de uma mesma família morreram eletrocutadas quando encostaram numa cerca eletrificada por um fio desencapado. De acordo com o laudo do Corpo de Bombeiros, o genitor das crianças teria sido imprudente na instalação da cerca elétrica, exatamente por não adotar as cautelas legalmente exigidas, tais como altura mínima, colocação de placas de avisos visíveis, etc. Em depoimento prestado à polícia, disse ter instalado o equipamento com o único propósito de proteger sua propriedade de possíveis invasores, sem, contudo, imaginar que seus filhos pudessem ter acesso ao local. Nesse cenário, o delegado indiciou o genitor das crianças como incurso na figura típica do art. 121, § 3º, do Código Penal (homicídio culposo). Regularmente ajuizada a denúncia, restou o acusado citado, tendo a defesa sustentado a tese da absolvição sumária. Com base nos estudos realizados sobre homicídio culposo, apresente de forma objetiva e fundamentada as razões da defesa considerando o disposto no código penal. 
Resposta: Diante do exposto, de acordo com o art. 397 CPC o juiz poderá julgar sumariamente o réu. Pois ele se encaixa perfeitamente dentro do §5° do art. 121 CP.	
4. No dia 05/03/2015, Vinícius, 71 anos, insatisfeito e com ciúmes em relação à forma de dançar de sua esposa, Clara, 30 anos mais nova, efetua disparos de arma de fogo contra ela, com a intenção de matar. Arrependido, após acertar dois disparos no peito da esposa, Vinícius a leva para o hospital, onde ela ficou em coma por uma semana. No dia 12/03/2015, porém, Clara veio a falecer, em razão das lesões causadas pelos disparos da arma de fogo. Ao tomar conhecimento dos fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Vinícius, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 121, § 2º, inciso VI, do Código Penal, uma vez que, em 09/03/2015, foi publicada a Lei nº 13.104, que previu a qualificadora antes mencionada, pelo fato de o crime ter sido praticado contra a mulher por razão de ser ela do gênero feminino. Durante a instrução da 1ª fase do procedimento do Tribunal do Júri, antes da pronúncia, todos os fatos são confirmados, pugnando o Ministério Público pela pronúncia nos termos da denúncia. Em seguida, os autos são encaminhados ao(a) advogado(a) de Vinícius para manifestação. Você na qualidade de advogado (a) do réu apresente a tese defesa considerando apenas os dados do enunciado. 
Resposta: A lei nova nunca poderá retroagir para prejudicar o réu. É sabido que o momento do crime foi em 05/03/2015. Por tanto, a nova lei em questão não pode ser aplicada ao meu cliente.
5. Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando convicta de que a gravidez se deu em decorrência da prática de relação sexual extraconjugal que manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e temendo por seu matrimônio decidiu por si só que iria praticar um aborto. A jovem comunicou a Pedro que estava grávida e pretendia realizar um aborto em uma clínica clandestina. Pedro, por sua vez, procurou Robson, colega que cursava medicina, e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois de combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de aborto. Apresente a tipificação das condutas de Ana, Pedro e Robson. 
Resposta: Ana: Se enquadra no Art. 124 CP, pois consentiu que outrem o fizesse.
 Pedro: Também se enquadra no Art. 124 como partícipe, pois foi ele que fez a ponte entre Ana e Robson
 Robson: se enquadra no Art. 126 CP, pois realizou o aborto com o consentimento da gestante. 
Aluno: Anderson Salomão Mat: 201401033733

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