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Identificação de bactérias gram negativas (família enterobacteriaceae, principais características, importância médica, sítios de infecções, coliformes totais, estrutura antigênica, fatores de virulênc

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30 
 
 
 
 É a maior e mais heterogênea família de 
bactérias Gram negativas de importância médica. 
São consideradas atualmente: 27 gêneros/102 
espécies/08 grupos indefinidos. 
Independente da complexidade, mais de 
95% das amostras implicadas em casos clínicos são 
colocadas/associadas em 25 espécies, sendo 
possível o isolamento de enterobactérias de 
qualquer amostra clínica. 
 A família Enterobacteriaceae envolve 
vários gêneros: 
 Shigella; 
 Salmonella; 
 Escherichia coli; 
 Enterobacter; 
 Klebsiella; 
 Serratia; 
 Proteus e etc; 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
• São bacilos Gram negativos. 
• Não esporulados, ou seja, não formam 
esporos. 
• Apresentam motilidade variável, algumas 
bactérias podem apresentar flagelos e outras 
não. 
• Oxidase negativos; não conseguem oxidar 
determinados meios de cultura. 
• Crescem em meios básicos (caldo peptona), 
meios ricos (ágar sangue, ágar chocolate e 
CLED), meios seletivos (Mac Conkey, 
EMB). O meio CLED sendo utilizado para 
Urocultura. 
• São anaeróbios facultativos; crescem em 
aerobiose e anaerobiose. 
• Fermentam a glicose com ou sem produção 
de gás. 
• Algumas espécies fermentam lactose. 
• São catalase positivos 
• Reduzem nitrato a nitrito; bactérias que 
realizam quimiossíntese. 
 
Todas as enterobactérias serão oxidase negativa e 
glicose positiva (como fonte de carbono, nutrição). 
Algumas conseguem utilizam lactose e outras não 
para sua nutrição. 
ESTRUTURA BACTERIANA 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA 
A maioria das enterobactérias é encontrada 
no trato gastrointestinal de humanos, no reino 
animal, na água, solo e vegetais. 
Alguns também são considerados 
enteropatógenos por causarem preferencialmente 
infecções gastrointestinais como a Salmonella spp., 
Shigella spp., Yersinia enterocolitica e vários 
sorotipos de Escherichia coli, embora possam 
também causar infecção em outros locais. 
identificação de bactérias gram negativos 
FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE:SHIGELLA, SALMONELLA, ESCHERICHIA COLI, KLEBSIELLA, ENTEROBACTER, 
SERRATIA, PROTEUS E ETC. 
 
31 
 
As enterobactérias representam 80% ou 
mais de todos os Gram negativos de importância 
clínica isolados na rotina microbiológica. São 
responsáveis por de cerca de 70% das infecções 
urinárias e 50% das septicemias. 
SÍTIOS DE INFECÇÕES DAS 
ENTEROBACTERIACEAE 
 
 
 
 A contaminação do sistema público de 
abastecimento de água por esgotos é detectada pela 
presença de coliformes na água. 
O termo coliforme inclui não somente E. coli, mas 
também outros organismos que habitam o cólon, 
como Enterobacter e Klebsiella. Entretanto pelo 
fato de apenas E. coli ser exclusivamente um 
organismo do intestino grosso, enquanto os outros 
são também encontrados em outros ambientes, a E 
coli é utilizada como indicador de contaminação 
fecal. 
 
 
Os lipopolissacarídeos (LPS) da membrana 
externa é uma molécula grande e complexa que 
contém lipídeos e carboidratos. Consiste em três 
componentes: (1) lipídeo A, (2) um cerne 
polissacarídeo/polissacarídeo central e (3) um 
polissacarídeo O. 
 1: responsável pelos sintomas associados a 
infecções por bactérias gram-negativas, como 
febre, dilatação de vasos sanguíneos, choque e 
formação de coágulos sanguíneos. Possui ação 
tóxica (endotoxina), sendo liberada apenas 
quando a bactéria morre. 
→ manifestações sistêmicas das infecções por 
Gram negativas: Ativa o complemento, 
liberação de citocinas, leucocitose, 
trombocitopenia, coagulação intravascular 
disseminada (CID), febre, diminuição da 
circulação periférica, choque e morte. 
 2: fornece estabilidade. 
 3: funciona como antígeno, sendo útil para 
diferenciar espécies de bactérias gram-
negativas. Pode ser comparado ao papel dos 
ácidos teicoicos nas gram-positivas. 
 
• Antígeno H (flagelo) 
 Antígeno flagelar. 
 Composto pela proteína flagelina. 
• Antígeno k (cápsula) 
 Antígeno capsular. 
 Alguns são polissacarídeos. 
 Não são todas as enterobactérias que 
apresentam a cápsula. 
 Bactérias que apresentam cápsula tem uma 
maior resistência. 
 Em Salmonella typhi (causa a febre 
tifoide), ele é denominado antígeno Vi (de 
virulência). 
 
32 
 
 
 
• Fímbrias (adesinas): variadas (ex. Tipo 1 é a 
mais comum) e com especificidade para alguns 
hospedeiros. Favorecem a adesão da bactéria a 
outras bactérias e células humanas. 
 
• Sistemas de secreção: são enzimas hidrolíticas 
e proteínas de patogenicidade. Estão inseridos 
na membrana externa da bactéria. Atuam 
injetando diretamente nas células eucarióticas 
proteínas e enzimas hidrolíticas. 
• Exotoxinas: Enterotoxinas (LT e ST) de um 
sorotipo de E. coli (ETEC): aumenta a secreção 
de água e cloretos e inibe a reabsorção de sódio, 
desencadeando diarreia aquosa. 
 
 
 
 É a espécie mais importante do seu gênero 
e mais versátil (diversidade genética). Outras 
espécies podem ser encontradas na clínica: E. 
hermanni, E. vulneris, E. blattae, E. fergusonii. 
Atualmente existem cerca de 200 sorotipos. 
 presença na água indica contaminação fecal. 
Comensal: Comum na microbiota do cólon e 
importante para o funcionamento normal do 
intestino. 
Oportunista: Patógeno potencial para humanos 
(inúmeras doenças) e para quase todas as espécies 
animais. 
 
ESCHERICIHIA COLI NÃO 
ENTEROPATOGÊNICA 
 Fazem parte da microbiota intestinal. Em 
sítios extra intestinais, podem causar infecções: 
 Cistite (bexiga ou trato urinário inferior); 
 Pielonefrite (rins); 
 Infecção hospitalar (feridas cirúrgicas); 
 Septicemia, entre outras; 
ESCHERICHIA COLI 
ENTEROPATOGÊNICA 
ESCHERICHIA COLI 
ENTEROTOXIGÊNICA(ETEC) 
 É capaz de se fixar à mucosa do intestino 
delgado e produzir toxinas (penetram nas células 
do intestino), que resulta em uma diarreia aquosa, 
chamada de diarreia viajante. Produzem dois tipos 
de enterotoxinas: 
 Toxina termolábil (LT). – Sensível a 
temperatura. 
 Toxina termoestável (ST). – Resistente a 
temperatura. 
 
33 
 
ESCHERICHIA COLI 
ENTEROPATOGÊNICA CLÁSSICA 
(EPEC) 
 Apresentam um padrão de aderência em 
enterócitos com lesão em forma de pedestal 
conhecida por attaching and effacing. 
Produzem uma lesão característica de ligação ou 
desaparecimento nas bordas da microvilosidade, 
causando uma diarreia crônica, que leva a sequelas 
como má absorção, má nutrição, perda de peso e 
retardo no crescimento. 
 
ESCHERICHIA COLI 
ENTEROHEMORRÁGICA(EHEC) 
 Tem a capacidade de destruir células 
epiteliais e produz uma citotoxina potente, a toxina 
Shiga (E. coli verotoxigênica VETEC, também 
conhecida como E. coli produtora de 
Shigatoxina, ou STEC), que provoca diarreia com 
ou sem a presença de sangue. 
Mecanismo: A toxina Shiga liga-se diretamente ao 
ribossomo, impedindo que o ribossomo realize a 
tradução proteica (síntese de proteína). Devido a 
esse impedimento, vai ocorrer a morte celular pois 
a célula não consegue viver sem as proteínas, 
enzimas. 
 Causam patologias no intestino grosso. 
 Diarreia sanguinolenta (desinteria). 
 Colite hemorrágica. 
 Síndrome hemorrágica. 
 Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU). 
 Púrpura Trombótica Trombicotopênica. 
 
 
 
A toxina pode conseguir adentrar o 
endotélio presente no tecido intestinal, alcançando 
a corrente sanguínea. Pode ocorrer a lise dos 
enterócitos, induzindo a formação de trombos, este 
último induzindo a lise de hemácias. 
ESCHERICHIA COLI 
ENTEROINVASORA(EIEC) 
 As linhagens EIEC invadem ativamente as 
células do cólon e propagam-se lateralmente para 
as células adjacentes, virtualmente idênticas às 
espécies de Shigella. Quando a infecção é severa, 
pode levar a uma forte reação inflamatória com 
grande ulceração. 
 
 
Baseia-se principalmente na presença ou 
não de diferentes enzimas codificadas pelo 
material genético dos cromossomos bacterianos. 
Estas enzimas participam do metabolismo 
bacteriano em diversas vias,que podem ser 
detectadas por meios especiais utilizados em 
técnicas de cultivo in vitro. 
Os substratos com os quais essas enzimas 
podem reagir são incorporados no meio de cultura, 
 
34 
 
junto com um indicador, que pode detectar a 
utilização do substrato ou a presença de produtos 
metabólicos específicos 
• ocorrendo essa interação entre a enzima e o 
substrato, podemos observar a mudança no pH, 
mudança na cor do meio de cultura. 
Selecionando-se uma série de meios que 
avaliem diferentes características metabólicas dos 
microrganismos, é possível estabelecer um perfil 
bioquímico para realizar a identificação da espécie. 
A caracterização definitiva dos membros das 
Enterobacteriaceae pode requerer uma bateria de 
provas bioquímicas 
 
 
 ÁGAR TSI (TRIPLE SUGAR 
IRON AGAR) 
 Ocorre a fermentação de carboidratos, 
produção de H2S e gás. A fermentação é indicada 
pela mudança da cor do indicador de pH de 
vermelho para amarelo (pH ácido), e a produção de 
H2S enegrece a base do meio. 
Contém em sua composição: 
→ Três tipos de açúcares: glicose, lactose e 
sacarose. 
→ Vermelho de fenol: indicador de pH, para 
detecção da fermentação. 
→ Tiossulfato de ferro: detecção da produção 
de H2S. 
INTERPRETAÇÃO 
 A cor original do meio: vermelho laranja, 
levemente opalescente. A leitura é realizada entre 
18 e 24 horas. Considera-se cor púrpura: alcalino. 
E a cor amarelo: ácido. 
• Reações ápice/base: 
 púrpura/amarelo: fermentação apenas da 
glicose (lactose e sacarose negativos). A 
glicose é mais densa, logo ficando na parte 
de baixo (amarelo), indicando fermentação. 
 amarelo/amarelo: fermentação da glicose + 
lactose e/ou sacarose (2 ou 3 açucares). 
 presença de gás (CO²) = bolhas ou meio 
fragmentado. 
 H2S positivo = presença de precipitado 
negro. 
 
ÁGAR BASE UREIA 
 Determina a habilidade do microrganismo 
de degradar a ureia em duas moléculas de amônia 
pela ação da enzima urease, resultando na 
alcalinização do meio. 
➢ Cor original do meio: amarelo palha. 
➢ Positivo: alteração do meio para cor de 
rosa. 
➢ Negativo: sem alteração de cor do meio. 
 
 
 
35 
 
MEIO SIM 
(SULFATO/INDOL/MOTILIDADE) 
 Determina a capacidade da bactéria de 
metabolizar o triptofano em indol. O triptofano é 
um aminoácido que pode ser degradado por certas 
bactérias, resultando na produção de indol, 
evidenciado após a adição do reagente de Kovacs. 
PROCEDIMENTO: 
 Coloca uma gota do reagente Kovacs no 
meio SIM e espera um minuto. Se o halo do meio 
ficar na cor rosa, significa que naquele meio teve a 
produção de indol. 
 Antes de fazer o teste do indol, podemos 
fazer o teste de motilidade. Usamos uma alça (tipo 
uma agulha) e furamos o meio de cultura. 
 Se a bactéria cresceu somente na área do furo, 
ela apresenta motilidade negativa. 
 Se a bactéria conseguir crescer fora da linha, 
ela apresenta motilidade positiva. 
 
FENILALANINA 
 Algumas bactérias têm a capacidade de 
realizar a desaminação oxidativa da fenilalanina 
através da enzima fenilalanina desaminase. Como 
produto, será formado o ácido fenilpirúvico, 
acidificando o meio. A adição de cloreto férrico a 
10% revela o resultado. 
 
 
 
 
 
CITRATO 
 Utilizamos o citrato de sódio como única 
fonte de carbono, juntamente com sais de amônio 
como única fonte de nitrogênio. 
 Na reação positiva ocorre alteração do pH, 
tornando-se alcalino, promovendo a mudança 
do meio para a cor azul (azul de bromotimol). 
 
LISINA 
 O crescimento bacteriano promove a 
fermentação de glicose com produção de ácido. 
Alteração do pH do meio, havendo mudança de 
púrpura para amarelo. 
 Lisina descarboxilase: Descarboxilação da 
lisina com produção da cadaverina (composto 
alcalino). Alcaliniza o meio. Mudança de pH, 
o meio volta a ser púrpura = reação positiva. 
 O meio Lisina é roxo. Se a bactéria cresceu, o 
meio fica amarelo. E se essa bactéria tiver a 
enzima lisina descarboxilase, esse meio volta 
a ser roxo novamente. Porque a produção de 
cadaverina, torna-se o meio alcalino 
novamente. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
MEIO RUGAI

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