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Universidade Federal Fluminense Gestão de Espaços Culturais, professora Marina Bay Fridberg Um estudo sobre Museu Janete Costa de Arte Popular Amanda Abrahão Laryssa Maria Luisa de Castro 1 SUMÁRIO 1. Justificativa………………………………………………………………………... 3 2. Problema de pesquisa………………………………………………………..….. 4 3. História……………………………………………………………………………… 4 3.1 Antiga casa……………………………………………………………….. 4 3.2 O museu…………………………………………………………………... 4 3.3 Quem foi Janete Costa………………………………………….……… 5 4. Descrição física do espaço…………………………………………………..….. 7 5. Gestão……………………………………………………………………….………. 9 5.1 Organização de funcionários…………………………………...……... 10 6. Programação……………………………………………………………….………. 11 6.1 Exposições………………………………………………………….…….. 11 6.2 Janete Costa educativo……………………………………………...….. 12 7. Uso e apropriações……………………………………………………………..…. 13 8. Relação com a cidade………………………………………………………….…. 13 9. Público………………………………………………………………………………. 14 2 1. Justificativa O museu tem uma abordagem diferenciada da arte, direcionada para a criação de um gosto pelas diversas formas de arte popular brasileira. Sua utilização é variada e diversificada, de exposições temporárias de objetos da arte popular até eventos como a batalha do passinho. Focando a cultura popular em detrimento da erudita, ele se torna um importante equipamento para difusão e valorização simbólica de culturas menos reconhecidas. O Janete Costa tem a clara intenção de desenvolver, em quem ainda não possui, o gosto pela arte popular. De acordo com Pierre Bourdieu, museu é o terceiro âmbito responsável pela criação do gosto pela arte, posterior a família e a escola, primordiais na geração de tal senso. O espaço estudado nesse trabalho, além de querer começar a criar esse tal gosto em pessoas consideradas “leigas” no campo da arte, também precisa fazer com que tais pessoas entendam que as manifestações populares também são arte, que um vaso produzido por uma tribo indígena, quadros feitos por pessoas simples e fotografias sobre a capoeira tem também valor artístico como outras exposições consideradas clássicas em outros museus. Além disso, a gestão do museu é feita pela Secretaria de Cultura de Niterói, e sua equipe tem bastante liberdade para a escolha e curadoria das exposições. Apesar disso, existem alguns problemas em como o Janete Costa foi criado que trazem limitações ao crescimento das atividades no museu. A escolha deste equipamento cultural também foi influenciada por ser próximo ao campus da UFF no qual estudamos, e seu diretor, Wallace de Deus, ser professor do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS), tornando assim, mais fácil o acesso e, consequentemente, a pesquisa sobre a gestão do equipamento. 3 2. Problema de pesquisa O trabalho trata de uma análise deste curto período de existência do Museu Janete Costa de Arte Popular, levando em conta o passado de seu imóvel e a forma como este se tornou o atual museu. Pretendemos entender como se dá a gestão do lugar, por ser o único equipamento sob a responsabilidade da Secretaria de Cultura da cidade e não da Fundação de Arte de Niterói. Procuramos também entender e analisar como o espaço se dá no lugar em que está localizado e como este é aproveitando, tanto pelo público visitante quanto pela equipe de funcionários. Tivemos contato com toda essa equipe do museu, do recepcionista até o diretor, e entrevistamos algumas delas, à procura de informações mais específicas, especialmente a gestão e programação. 3. Histórico 3.1 A antiga casa O arquiteto do, hoje, museu Janete Costa, foi seu também morador, Bento Joaquim Pereira, quem desenhou e a construiu para ser uma simples casa. Ele, quem da mesma forma foi arquiteto da casa da frente, hoje também equipamento cultural da cidade de Niterói, o Solar do Jambeiro. Após passar algumas gerações, houve o abandono da residência, e assim a construção sofreu ocupação de pessoas sem moradia fixa. Depois de alguns anos ocupada, a casa foi retomada pelo poder público e totalmente restaurada. 3.2 O Museu A princípio, o museu foi inaugurado por Roberto Silveira em 2012, porém a reforma apenas se preocupou com o espaço físico do local, sendo um museu 4 cenográfico sem meios necessários para que o lugar se tornasse de fato um museu, resultando apenas em sua inauguração que durou um dia, sem programação, eventos ou exposição. Logo depois, foi fechado e esquecido. Furtos de computadores e outros aparelhos que estavam dentro do equipamento chamaram a atenção do poder público para aquele prédio todo reformado, porém abandonado. Assim, o secretário de cultura de Niterói, Arthur Maia, insistiu no fato de que o museu deveria realmente funcionar como um. Isto posto, Arthur entra em contato com o atual diretor do equipamento, Wallace de Deus, o convidando para dirigir o espaço, devido a seu histórico importante na arte popular, para que isso seja colocado em prática. Então, o Museu Janete Costa de Arte Popular foi reinaugurado em 10 de Julho de 2013, na prefeitura de Rodrigo Neves. O responsável pelos planos para que a espaço se tornasse um museu de arte popular da maneira mais próxima que o conhecemos hoje, foi um dos filhos da própria Janete Costa. Ela que, ainda em vida, idealizou um museu de arte popular na cidade de Niterói, porém não conseguiu colocar em prática. Daí o grande interesse do filho para que o museu fosse especificamente de arte popular e intitulado com o nome de sua mãe. 3.3 Quem foi Janete Costa Janete Costa, nascida em Pernambuco, foi arquiteta, decoradora de interiores e moradora de Niterói durante um período de sua vida. Seu trabalho se voltava principalmente para a pesquisa e divulgação da arte popular brasileira. Ela demonstrava em seu trabalho a importância que a arte, o design e a arquitetura expressassem a identidade cultural local. Foi pesquisadora da arte popular a cerca de 40 anos e uma das maiores conhecedoras do artesanato brasileiro, sempre procurou incorporar peças produzidas, artesanalmente, em seus projetos. Pelas palavras de Janete, ela considerava que “...o artesanato aquece e embeleza os ambientes, não se trata apenas de alternativa barata”. Foi responsável por divulgar a arte popular 5 brasileira e o artesanato tanto dentro quanto fora do país, fazendo a curadoria de dezenas de exposições sobre o tema durante sua carreira. O pensamento primordial de Janete, de que toda a arte é igualmente importante, é deveras importante para a desmistificação das Belas Artes, tão erudita e elitizada em todo o mundo. É uma quebra da desvalorização da cultura popular brasileira, tão rica e diversificada. durante a reforma depois da reforma durante a reforma depois da reforma 6 4. Descrição do espaço O Museu Janete Costa de Arte Popular se localizano bairro de Boa Viagem, em Niterói (RJ). Ele se encontra em frente a um famoso equipamento cultural da cidade, o Solar do Jambeiro, e também muito próximo a outros museus, como o Museu do Ingá. Além dessa proximidade com museus, há em seus arredores, muitas escolas, tanto públicas como particulares, e dois campi da Universidade Federal Fluminense - o campus da Praia Vermelha e o Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS). O Prédio não pode ser considerado imponente no lugar em que se encontra, por haver outros prédios com o estilo arquitetônico até mais ambiciosos que o próprio Janete Costa. Muitas vezes, ele passa despercebido por moradores da região ou mesmo por transeuntes daquela rua. Há relatos de pessoas que passam diariamente em frente ao museu, mas nunca o haviam reparado como um museu. Talvez o Solar do Jambeiro, com uma extensão muito maior, um jardim e sua construção que não passa despercebida, atenuem a presença do Janete Costa bem em frente. A arquitetura interna do lugar chama bastante a atenção e agrada os visitantes, pois é uma mistura de arquitetura antiga e moderna. As velhas paredes da casa foram mantidas, entretanto sem reboco, com pedras à mostra, proporcionando uma aparência rústica. Porém, todo o resto que compõe o espaço físico demonstra essa ruptura muito agradável aos olhos, evidenciando esse contraponto entre velho e novo. O museu possui 3 portas e 1 portão abertos para a rua. Entrando por uma das 3 portas você se encontra no primeiro andar, o térreo da antiga casa. Bem no meio do hall de entrada, há uma escada moderna em forma circular para um mezanino, onde no andar de cima nos deparamos com mais salas. À direita, ainda no térreo, se abre um 7 amplo salão, e ao final dele, à esquerda, há uma sala menor, ambas utilizadas para expor peças artísticas. Entrando no segundo andar, há uma enorme pilastra na frente da escada, nela é possível ler sobre a criação do Museu Janete Costa. À direita há como continuar explorando a primeira sala do piso superior, ou à esquerda entrar na segunda sala principal desse andar. A sala da esquerda apresenta também um mezanino maior. Ambas saem na parte de trás do prédio, que também pode ser acessado pela escada no final do corredor, caso a entrada no museu seja feita pelo portão da rua. Essa parte posterior é subdividida em diversas salas e ambientes externos e internos. Saindo da primeira sala do segundo andar, em frente e no final há uma entre-sala com portas para os banheiros, feminino, masculino e para deficientes. Não existem ainda indicações nas paredes que tragam informação sobre onde se localiza o banheiro. Em uma dessas salas estão alocadas mesas que poderiam receber, futuramente um espaço gourmet de convivência, pois já incluem instalações de cozinha. A sala do acervo no museu, ainda improvisada, se encontra nesse segundo andar, logo à direita de onde se localizam os banheiros. No andar superior (terceiro, no caso) ficam as salas administrativas do Museu, onde apenas pessoas autorizadas possuem acesso. Na entrada do portão, há um grande corredor em área externa, com bancos e algumas plantas, formando um aconchegante lugar para sentar e conversar. À direita, próximo do início do corredor, é possível entrar no prédio por uma porta aberta. Adiante, ao fundo desse mesma área externa, uma escada de pedra leva às partes posteriores do segundo andar, e há um jardim com dois bancos e pedras no chão. 8 5. Gestão A gestão do museu é pública e pertencente à Secretaria de Cultura de Niterói. É o único museu sob a tutela da Secretaria, já que todos os outros museus da cidade são geridos pela Fundação de Arte de Niterói. Em 2012 o espaço do museu foi inaugurado, mas apenas em 2013 ele foi finalmente aberto ao público, às pressas, com uma nota no Diário Oficial da cidade. As obras estavam terminadas e havia laudo dos bombeiros para que funcionasse, porém ainda faltavam equipamentos como o elevador e uma sala completamente preparada para receber acervo, o que falta até hoje. Também estavam em falta alguns documentos e alvarás, entre os mais importantes está o CNPJ. Funcionando sem CNPJ, a Secretaria de Cultura terceiriza os pagamentos ao Museu. Uma ONG é paga pela Secretaria para repassar o salário aos funcionários do museu. Os maiores contra fatores que essa falta de documentação exerce sobre o equipamento, é o bloqueio que o Janete Costa participe de editais e leis de incentivo à cultura, além de torná-lo dependente do auxílio da Secretaria e da FAN. A falta de local apropriado para acervo e de CNPJ tornam essencial a existência de parceria com outros museus. Para que exposições fossem realizades, o Janete recebeu obras do Museu do Índio, Museu Casa do Pontal e do INEPAC. Essas parcerias institucionais são sempre feitas com outros módulos que compartilhem do mesmo interesse e missão da difusão da arte popular. Além disso, o museu também sofre com a falta de recursos necessários, que o limitado orçamento fornecido pela Secretaria não consegue suprir, como a parte gráfica (os banners e panfletos sobre exposições) e também uma equipe de produção para possíveis eventos realizados no local, o que acontece com certa frequência . Essas funções ficam de responsabilidade e do, digamos, “bom agrado” da FAN, ainda assim o 9 MJCAP sofre com demora na a produção e recebimento da parte gráfica, que ainda costuma vir com diversos erros sobre sua agenda. Pelo museu não ter ligação com a Fundação de Arte, não é estritamente sujeito às regras de gestão de espaços culturais estipuladas por esta. O Janete Costa tem certa autonomia na sua gestão e administração. Um exemplo disso é a contratação de estagiários da área de produção cultural, o qual o próprio museu realiza o processo seletivo e escolha, já os espaços vinculados à FAN, é a Fundação que se responsabiliza pela seleção e contratação de estagiários. O primeiro grande desafio que o museu encontrou foi como torná-lo visível ao público, repassando o gosto pela arte popular. A primeira forma de lidar com esse desafio foi focar sua busca de público em colégios da região. O educativo do museu entrou em contato com diversas escolas oferecendo visitações, o que criou instantaneamente um segundo desafio. Este seria como lidar com um público infato-juvenil. A alternativa encontrada pelo equipamento foi interativizar as exposições, com apresentação de esquetes com temas relacionados à exposição, realizadas pelos própios produtores e estagiários do museu. Outra forma de lidar com seu desafio inicial é fazer parte da rede de museus promovida em programações conjuntas pela prefeitura, como por exemplo o Guia de Museus ou a página no Facebook Cultura Niterói. 5.1 Organização de funcionários A organização de trabalhadores é bem simplificada e pequena. A parte administrativa é terceirizada, assim como a da limpeza. Aequipe do museu consta com 3 estagiários de produção, todos alunos do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense, uma museóloga (no momento, sob trabalho voluntário), um Diretor, que também faz a curadoria das exposições. 10 6. Programação O museu não tem um planejamento cultural estipulado devido ao orçamento limitado. As exposições são escolhidas e montadas a partir de parcerias institucionais, as quais aparecem oportunidades através de contato direto com o parceiro. 6.1 Exposições A primeira exposição realizada no Janete Costa, denominada “Contraponto”, foi uma homenagem a Jornada Mundial da Juventude, ao mesmo tempo que, no andar de cima, constava a exposição com quadros do Museu Internacional de Arte Naif (MIAN). Essa mescla entre diferentes tipos de arte popular foi uma preocupação do próprio museu em não passar uma imagem errônea, como a de um museu de artigos religiosos, logo no começo de sua existência. No mês da 7° Primavera dos Museus 2013, realizada pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), com a abordagem do tema “Museus, Memórias e Cultura Afro-Brasileira”, a exposição realizada no museu foi “Memórias do Valongo: Capoeira, Identidade e Diversidade”, com fotografias de roda de capoeira da fotógrafa Maria Buzanovsky e artigos de capoeira feito pelos próprios capoeiristas. Na abertura da exposição, aconteceu a atividade “A Roda no Museu”, considerada uma exposição imaterial da capoeira, importante representante da cultura afro-brasileira e também um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A terceira exposição realizada no Janete, denominada "Dim Brinquedim, homo ludens: brinquetú, brincamos nós!", reuniu obras dos artistas plásticos Dim Brinquedim, Adalton Lopes e Antônio de Oliveira. Essa mostra constou com o apoio do Instituto 11 Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e do Museu da Casa do Pontal, os quais forneceram as obras, tais que remetem a brinquedos populares, muito presentes na infância dos artistas. Por fim, a última e atual grande exposição do museu, a qual é uma homenagem ao dia do índio, leva o nome de "Artes Indígenas e etnodesign: vontade de beleza" e "Poética Karajá: arte Iny". A mostra conta com uma centena de peças etnológicas do acervo do Museu do Índio - FUNAI, o qual se encontra em reforma e, portanto, não estaria aberto para a comemoração de tal dia. A partir disso, surgiu a possibilidade de o Janete Costa hospedar e homenagear a arte etnográfica. A abertura dessa exposição contou com performances e danças indígenas. 6.2 Janete Costa educativo Além de suas exposições, o museu possui dois programas associados à Secretaria de Cultura e à ONG (tal responsável por repassar a verba da Secretaria ao museu, como dito antes), que são: Cineclube Ariano Suassuna e Mais Educação. O Cineclube conta com a exibição de filmes remetentes à cultura popular, no primeiro e/ou terceiro sábado de todo mês. Já o programa Mais Educação é uma iniciativa do Governo Federal, mais precisamente o Ministério da Educação, com a intenção de proporcionar, entre outras, experiências no âmbito das artes e das culturas, e a visitação ao Janete Costa consta nesse programa. Para participarem do Mais Educação, as escolas interessadas devem marcar com antecedência uma visita mediada para os alunos, e o Cineclube é um evento aberto, em que a data e o respectivo filme que será exibido são divulgados na página do museu no Facebook. 12 7. Usos e Apropriações Além de exposições constantes, explorando algum tipo de arte de popular, o museu também abre sua programação para apresentações musicais, e exibição de filmes como as que fazem parte do Cineclube Ariano Suassuna. Um evento curioso e interessante foi a “Batalha do Passinho”, que foi concessão do museu a pedidos dos alunos da escola pública, localizada na mesma rua, para que eles pudessem usufruir do espaço para dançar e interagir com os colegas. A direção do museu é bastante receptiva em relação às mais diversas manifestações culturais que já propuseram produções em seu espaço. Apropriações mais consideráveis e não planejadas do espaço físico do museu ainda não acontecem, já que o mesmo não tem nem um público fiel, nem mesmo grande número de visitantes, o que dificulta tais ações. 8. Relação com a Cidade Niterói, localizada ao lado da cidade do Rio de Janeiro, sofre diretamente as consequências de ser uma cidade menor, ficando sempre “as sombras” da cidade vizinha, muito maior e com maiores e mais ofertas, especialmente culturais. Turistas e até mesmo os moradores de Niterói, não possuem o hábito de visitar conhecer a cidade e suas referências culturais e artísticas. Entretanto, o Museu Janete Costa compõe um caminho de museus no bairro do Ingá, juntamente com MAC (Museu de Arte Contemporânea), Museu do Ingá (antiga sede do governo do Estado do Rio), Solar do Jambeiro, e Museu Antônio Parreras, que constitui um roteiro cultural. Muitos dos visitantes conhecem o Janete devido a esse roteiro estipulado entre tais museus. 13 9. Público Devido ao fato de o museu ser extremamente novo, não chegando a ter sequer um ano de existência, o público que o frequenta é muito escasso. Analisando o caderno de assinatura dos visitantes, vê-se que há, em média, uma visitação de 10 pessoas por dia, porém esse número varia muito, entre 30 visitantes em alguns dias e 2 em outros. Inclusive, são nos dias do fim de semana, que o número de público tende a diminuir. Em consequência do programa Mais Educação, apontado anteriormente, as visitas de crianças de ensino fundamental é bastante recorrente, e com menos frequência, as de ensino médio. Para atender esse tipo de público, os estagiário do museu propõem atividades interativas para as criança que, costumam ter um pensamento que “museu é lugar de coisa velha”, e dessa forma elas se interessarem mais pelo espaço e desenvolvem uma nova perspectiva sobre o ambiente. Por exemplo, na exposição de arte indígena, os jovens foram pintados com urucum, após uma breve introdução sobre a exposição. 14
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