Buscar

Lipídios: Estrutura, Digestão e Funções

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LIPÍDEOS 1
LIPÍDEOS
Objetivos:
 Definir e classificar lipídios;
 Descrever processo de digestão e absorção de lipídios;
 Descrever o mecanismo de transporte de lipídios diferenciando os tipos de lipoproteína;
 Descrever processo de síntese e armazenamento de lipídios;
 Explicar armazenamento de lipídios a partir dos carboidratos;
 Relacionar lipídios e obtenção de energia. 
Lipídeos
1. Estrutura de lipídios 
 É uma classe de compostos com estrutura bastante variada, caracterizados pela baixa solubilidade em água. 
Exercem diversas funções biológicas: componentes de membranas, isolantes térmicos e reservas de energia. Eles 
próprios ou seus derivados têm também função de vitaminas e hormônios. 
Muitos lipídeos são compostos anfipáticos (ou anfifílicos), ou seja, apresentam uma porção polar (hidrofílica) e 
uma porção apolar (hidrofóbica)
1. A - Ácidos Graxos
São ácidos carboxílicos com uma longa cadeia carbônica, geralmente com número par de átomos de carbono, 
sem ramificações, podendo ser saturada ou conter uma ou mais insaturações. O grupo carboxila constitui a região 
polar, e a cadeia carbônica a parte apolar. 
Os ácidos graxos livres são pouco encontrados nos organismos, mais frequentemente estão ligados a um álcool, 
que pode ser o glicerol ou esfingosina. No primeiro caso, os resultantes são os triacilgliceróis e os 
glicerofosfolipídeos e no segundo caso, os esfingolipídios.
Os triacilgliceróis são uma forma de armazenamento de ácidos graxos. Os glicerofosfolipídeos e os esfingolipídios 
juntamente com o colesterol, fazem parte das membranas celulares. 
As propriedades físicas dos ácidos graxos e dos lipídios deles derivados dependem da ocorrência ou não de 
insaturações na cadeia de hidrocarboneto e do seu comprimento. As cadeia saturadas são flexíveis e distendidas, 
podendo associar-se uma com as outras através de interações hidrofóbicas. Os insaturados tem quase sempre 
duplas ligações com configuração geométrica cis (átomos de H no mesmo lado da dupla ligação). A dupla cis 
produz uma dobra rígida na cadeia, o que determina a formação de agregados menos compactos e, portanto, 
menos estáveis. 
Quanto maior a cadeia, maior o grau de interação entre moléculas de ácidos graxos e maior a temperatura de 
fusão. 
LIPÍDEOS 2
Ácidos graxos saturados são sólidos e se possuirem pelo menos uma dupla ligação são líquidos. 
1. B - Triacilgliceróis
Derivados de ácidos graxos. Constituídos de moléculas de ácidos graxos esterificadas a uma molécula de glicerol.
São essencialmente apolares, pois as regiões polares de seus precursores (hidroxilas do glicerol e carboxilas dos 
ácidos graxos) desaparecem na formação das ligações éster. São muito hidrofóbicas → podem ser armazenadas 
nas células de forma anidra. 
Os triacilgliceróis das gorduras animais são ricos em ácidos graxos saturados → consistência sólida à temperatura 
ambiente. 
Podem ser hidrolisados, liberando ácidos graxos e glicerol. 
1. C - Glicerofosfolipídeos 
São derivados do glicerol. O mais simples é o ácido fosfatídico. Ele atua como intermediário da síntese de 
triacilgliceróis e dos outros glicerofosfolipídeos. Os glicerofosfolipídeos mais comuns originam-se da 
esterificação, ao ácido fosfórico do fosfatidato, de moléculas polares variáveis. 
Os membros das categorias de glicerofosfolipídeos se diferem entre si pelo tipo de ácido graxo que ocupa as 
posições 1 e 2. A 1 geralmente por um ácido graxo saturado e a dois por um insaturado. As moléculas dos 
glicerofosfolipídeos contém, portanto, uma região polar (grupo fosfato e seus substituintes) e uma parte apolar 
(cadeias carbônicas dos ácidos graxos)
LIPÍDEOS 3
1. D - Esfingolipídios 
A estrutura geral deles se assemelha à dos glicerofosfolipídeos, porém não contêm glicerol. Seu esqueleto básico 
é formado por um aminoálcool que contem uma longa cadeia de hidrocarboneto (+ frequente → esfingosina).
1. E - Esteroides
São lipídios que apresentam um núcleo tetracíclico característico em sua estrutura. O composto chave é o 
colesterol. É o mais abundante nos tecidos animais e é precursor à síntese de hormônios esteroídicos (sexuais e 
do córtex adrenal), sais biliares e vitamina D. Tem função estrutural nas membranas. A molécula possui um caráter 
levemente antipático. O sistema de anéis compões um plano rígido, determinante das características de fluidez 
das membranas celulares. O colesterol é transportado pelas lipoproteínas plasmáticas, predominantemente ligado 
a ácidos graxos formando os ésteres de colesterol. É a forma de armazenamento de colesterol dentro das células 
tb. 
2. Funções mais comuns 
Funções regulatórias ou de coenzimas, apresentadas por algumas vitaminas lipossolúveis, controle da 
homeostase corporal, desempenhadas pelas prostaglandinas e por hormônios esteroides. 
2. A - Os triacilgliceróis são reservas de energia
Constituem a maneira mais eficiente de armazenar energia. Seu caráter fortemente hidrofóbico permite o 
armazenamento sob forma praticamente anidra. São compostos altamente reduzidos, sua oxidação libera muito 
mais energia que a oxidação de quantidades equivalentes de carboidratos ou proteínas. Depositados no tecido 
adiposo e tem função de isolante térmico. 
2. B - Os lipídeos anfipáticos são componentes estruturais de membranas
Ao contrário dos triacilgliceróis, todos os outros lipídeos são moléculas anfipáticas. Esses são elementos 
estruturais importantes da membrana. 
3. Digestão, absorção, secreção e utilização dos lipídeos da dieta
Um adulto ingere cerca de 60g a 150g de lipídeos diariamente, sendo normalmente 90% triacilgliceróis e o 
restante principalmente de colesterol, ésteres de colesterol, fosfolipídios e ácidos graxos não esterificados 
("livres")
EC - éster do colesterol
LIPÍDEOS 4
FL - fosfatidilcolina 
TG - triacilglicerol
3. A - Processamento dos lipídios na dieta no estômago
A digestão começa no estômago, catalisada por uma lipase estável em meio ácido (se origina de glândulas 
localizadas na base da língua (lipase lingual). Moléculas de triacilgliceróis que contêm ácidos graxos de cadeia 
curta ou média são os principais alvos dessa enzima. 
Eles (triacilgliceróis) também são degradados pela lipase gástrica (secretada pela mucosa gástrica). As duas 
lipases são relativamente estáveis em meio ácido e desempenham função importante na digestão em neonatos, 
para os quais a gordura do leite é a principal fonte de calorias. 
3. B - Emulsificação dos lipídeos da dieta no intestino delgado
Ocorre no duodeno. A função é aumentar a área de superfície das gotículas de lipídeos hidrofóbicos, de modo 
que as enzimas digestivas possam agir eficientemente. 
É completada por dois mecanismos: propriedades detergentes dos sais biliares e a mistura mecânica devido ao 
peristaltismo. 
Os sair biliares, sintetizados no fígado e armazenados na vesícula biliar, são derivados do colesterol. Esses 
agentes emulsificantes interagem com as partículas de lipídeos da dieta e com os conteúdos aquosos do 
duodeno, estabilizando as partículas, pois a medida que elas se tornam menores, são impedidas de se juntar. 
3. C - Degradação dos lipídeos da dieta por enzimas pancreáticas
Degradação de triacilgliceróis: São muito grandes para serem captadas (moléculas) eficientemente pelas 
células mucosas das vilosidades intestinais. Elas então são atacadas por uma esterase (lipase pancreática) 
que promove a remoção de ácidos graxos dos carbonos 1 e 3 preferencialmente. Os produtos dessa hidrólise 
vão ser uma mistura de 2-monoacilgliceróis e ácidos graxos livres. Essa enzima possui uma alta eficiência 
catalítica. Uma segunda proteína é a colipase (também secretada pelo pâncreas) e é secretada como o 
zimogênio pró-colipase que é ativado no intestino pela tripsina. 
Degradação dos ésteres de colesterol: A maior parte do colesterol da dieta está presente na forma livre (não 
esterificado). Os ésteres de colesterol são hidrolisados pela hidrolase dos ésteres de colesterol (colesterol-
esterase) que produz colesterol+ ácidos graxos livres. A atividade dessa enzima é bastante aumentada na 
presença de sair biliares. 
Degradação dos fosfolipídios: O suco pancreático é rico na pró-enzima da fosfolipase A2 e é ativada pela 
tripsina, necessita sair biliares para sua atividade ótima. Essa enzima remove um ácido graxo do C2 de um 
fosfolipídio, originando um lisofosfolipídio. Os ácidos graxos que permanecem no C1 podem ser removidos 
pela lisofosfolipase, originando a base glicerilfosforil que pode ser degradada, excretada nas fezes ou 
absorvida. 
Controle da digestão dos lipídeos: A secreção pancreática das enzimas hidrolíticas que degradam os lipídeos 
da dieta no intestino delgado é controlada hormonalmente. As células na mucosa do jejuno e do duodeno 
inferior produzem um pequeno hormônio peptídico, a colecistocinina CCK, inicialmente chamada de 
pancreozimina) em resposta à presença de lipídeos e proteínas parcialmente digeridas que entrar nessas 
regiões a partir do intestino delgado superior. A CCK age sobre a vesícula biliar (fazendo-a contrair-se e 
liberar bile) e sobre as células exócrinas do pâncreas (fazendo-as liberar enzimas digestivas). Ela também 
diminui a motilidade gástricas para o intestino delgado. Outras células intestinais produzem um outro pequeno 
hormônio peptídico, a secretina, em resposta ao baixo pH do quimo ao entrar no intestino. A secretina induz o 
pâncreas e o fígado a liberarem uma solução aquosa rica em bicarbonato, que ajuda a neutralizar o pH do 
quimo que entra no intestino, trazendo-o para o pH apropriado à atividade enzimática digestiva das enzimas 
pancreáticas. 
LIPÍDEOS 5
3. D - Absorção dos lipídeos pelas células da mucosa intestinal
Ácidos graxos livres, colesterol livre e 2-monoacilgliceróis são os principais produtos da degradação dos lipídeos 
da dieta no jejuno. Estes, juntamente com os sais biliares formam as micelas mistas (agregados em forma de 
discos de lipídeos anfipáticos que coalescem com seus grupos hidrofóbicos para o lado de dentro e os grupos 
hidrofílicos para o lado de fora do agregado). As micelas são solúveis no meio aquoso do lúmen intestinal. Essas 
partículas se aproximam do principal local de absorção dos lipídeos → membrana com borda em escova dos 
enterócitos. Essa membrana é separa dos conteúdos líquidos do lúmen intestinal por uma camada aquosa 
estacionária que se mistura pouco com o fluído total. A superfície hidrofílica das micelas facilita o transporte dos 
lipídeos hidrofóbicos através da camada aquosa estacionária da membrana com borda em escova, onde são 
absorvidos. 
3. E - Ressíntese de triacilgliceróis e ésteres de colesterol
A mistura de lipídeos, absorvida pelos enterócitos, migra para o R. endoplasmático, onde ocorre a biossíntese de 
lipídeos complexos. Os ácidos graxos são primeiro convertidos em sua forma ativada pela tiocinase (sintetase dos 
acil-CoA graxos). Usando esses derivados do acil-CoA, os 2-monoacilgliceróis absorvidos pelos enterócitos são 
convertidos em triacilgliceróis pelo complexo enzimático triacilglicerol-sintase. Esse complexo sintetiza 
triacilgliceróis pela ação consecutiva de duas atividades enzimática. Os lisofosfolipídeos são acilados novamente 
para formar fosfolipídios por uma família de aciltranferases. 
3. F - Absorção prejudicada de lipídeos
Resulta em aumento de lipídeos (incluindo vitaminas lipossolúveis A, D, E e K e ácidos graxos essenciais) nas 
fezes (esteatorréia) 
3. G - Secreção de lipídeos a partir dos enterócitos
Os triacilgliceróis e os ésteres de colesterol sintetizados são muito hidrofóbicos, agregando-se em meio aquoso. É 
necessário que eles sejam embalados como gotículas de gordura circundadas por uma fina camada composta de 
fosfolipídios, colesterol não-esterificado e um único 
tipo de molécula proteica (apolipoproteína B48. Essa 
camada estabiliza a partícula e permite sua interação com o meio aquoso evitando, dessa maneira, a coalescência 
de múltiplas partículas. A presença dessas partículas na linfa após uma refeição rica em lipídeos dá 
à linfa uma aparência leitosa. Essa linfa é chamada quilo. As pequenas partículas 
são chamadas quilomícron; plural, quilomicra.) Os quilomicra são liberados dos enterócitos por exocitose para os 
vãos lacteais (vasos linfáticos 
LIPÍDEOS 6
que se originam nas vilosidades do intestino delgado). Eles seguem pelo 
sistema linfático até o dueto torácico.
3. H - Utilização dos lipídeos da dieta pelos tecidos
Os triacilgliceróis presentes nos quilomicra são hidrolisados principalmente nos capilares do músculo esquelético 
e do tecido adiposo, mas também nos capilares do coração, pulmões, rins e fígado. Eles TAG da quilomicra) são 
degradados pela lipase lipoproteica, resultado em ácidos graxos livres e glicerol. Essa enzima é sintetizada 
principalmente por adipócitos e células musculares. 
4. Destino dos ácidos graxos livres:
Podem entrar diretamente nas células musculares ou adipócitos adjacentes. Podem ser transportados no sangue 
em associação com a albumina sérica, até serem capturados pelas células A.S → Proteína grande, secretada pelo 
fígado. Transporta grande número de compostos, principalmente hidrofóbicos, através da circulação, incluindo 
ácidos graxos livres e algumas drogas. Muitas células podem oxidar ácidos graxos para produzir energia. Os 
adipócitos podem também reesterificar os ácidos graxos livres para produzir moléculas de triacilglicerol, as quais 
são estocadas até que os ácidos graxos sejam necessários para o organismo. 
5. Destino do glicerol
Utilizado quase que exclusivamente pelo fígado para produzir glicerol-3-fosfato, o qual pode entrar tanto na 
glicólise como na gliconeogênese, resultado, por oxidação, diidroxiacetona-fosfato. 
6. Destino dos componentes remanescentes de quilomicra
Ésteres de colesterol, fosfolipídios, apolipoproteínas e alguns TAGs. Ligam-se a receptores do fígado e sofrem 
endocitose. Os remanescentes são então hidrolisados a seus constituintes. O colesterol e as bases nitrogenadas 
dos fosfolipídios podem ser reciclados pelo corpo. 
RESUMO ATÉ AGORA
A digestão dos lipídios da dieta começa no estômago e continua no intestino delgado. Eles precisam ser 
emulsificados pois são hidrofóbicos. Os TAGs obtidos do leite contêm ácidos graxos de cadeia curta ou média 
que podem ser degradados no estômago pelas lipases ácidas (lingual e gástrica). Ésteres de colesterol (ECs), 
fosfolipídios (FLs) e TAGs são degradados no intestino delgado por enzimas secretadas pelo pâncreas. As mais 
importantes → lipase pancreática, fosfolipase A2 e a colesterol-esterase. Os lipídeos da dieta são emulsificados 
no intestino delgado usando ação peristáltica e sais biliares, que servem como detergentes. Os produtos são: 2
monoacilglicerol, colesterol não-esterificado e ácidos graxos livres. Esses + as vitaminas lipossolúveis formam as 
micelas mistas que facilitam a absorção dos lipídeos pelas células da mucosa intestinal Enterócitos). Essas 
células sintetizam novamente os TAGs, ECs e FLs e também sintetizam proteínas (apolipoproteína B48 Todos 
esses compostos são associados com as vit. lipossolúveis, formando os quilomicra. Essas partículas de 
lipoproteínas séricas são liberadas para a linfa, a qual transporta até o sangue. A partir dai, eles são transportador 
para tecidos periféricos. 
 
LIPÍDEOS 7
LIPÍDEOS 8
Transporte de lipídios: Lipoproteínas plasmáticas
São transportados pelo sistema circulatório em agregados moleculares hidrossolúveis. Os lipídios apolares 
associam-se a lipídios anfipáticos e proteínas, formando as lipoproteínas plasmáticas. Os ácidos graxos são 
mobilizados ligados à albumina sérica; apenas uma fração pequena de ácidos graxos é transportada pelas 
lipoproteínas plasmáticas na forma de ésteres de colesterol. A associação a moléculas polares viabiliza a 
distribuição aos tecidos dos lipídios provenientes da dieta (absorvidos no intestino) e daqueles sintetizados 
endogenamente (sobretudo no fígado) 
 Lipoproteína acima. 
As lipoproteínasplasmáticas são partículas esféricas com um núcleo central de lipídios apolares ECs e TAGs) 
circundado por uma monocamada de lipídios anfipáticos FLs e colesterol) à qual estão associadas moléculas de 
proteína (apolipoproteínas). Elas contribuem para a ''solubilização'' de lipídios no plasma, constituem sítios de 
reconhecimento que permitem a ligação das lipoproteínas a receptores da superfície celular de tecidos 
específicos. 
As lipoproteínas são classificadas conforme sua densidade que é tanto menos quanto maior for o seu teor de 
lipídios. A composição dessas partículas, sofre modificações contínuas devido à troca de moléculas de lipídios e 
de apolipoproteínas. 
Quilomícrons → sintetizados na mucosa intestinal a partir dos lipídios da dieta e são transportados aos tecidos; 
são ricos em TAGs. 
VLDL (very low density lipoproteins) → origem hepática e transportam TAGs e colesterol para outros tecidos. 
Originam as IDL (intermediate density lipoproteins) e as LDL (low density lipoproteins) ricas em colesterol, 
predominantemente na forma de ésteres de colesterol.
LDL → principal fonte de colesterol para os tecidos, exceto fígado e intestinos; penetram nas células através da 
endocitose
HDL (high density lipoproteins) → remoção de colesterol dos tecidos para o fígado. 
Transporte de colesterol - por endocitose
O colesterol, necessário para a síntese de membranas e de vários compostos importantes desses organismos, é 
transportado no interior das LDL, na forma esterificada. 
Inicia-se a adsorção das LDL às células, através da ligação de suas apoproteínas a receptores específicos, 
presentes na superfície externa da membrana plasmática. Os complexos receptor-LDL localizam-se em 
depressões da membrana plasmática que apresentam, na face em contato como citoplasma, uma rede formada 
por uma proteína fibrosa (clatrina). Estas depressões (dep. revestidas) são invaginadas, desprendendo-se da 
membrana e originando, no citoplasma, as vesículas revestidas. Após perderem esse revestimento, as vesículas 
fundem-se com organelas chamadas endossomos, cujo pH ácido induz a dissociação das LDL de seus 
LIPÍDEOS 9
receptores. Estes e as LDL concentram-se em regiões distintas do endossomo, que se organiza em duas 
vesículas com destinos diferentes. 
Metabolismo de Ácidos Graxos e Triacilgliceróis
LPTs - lipoproteínas
1. Visão geral
Em todos tecidos existem níveis baixos de ácidos graxos livres, entretanto, algumas vezes, pode-se encontrar 
quantidades substanciais no plasma, em especial durante o jejum. Ácidos graxos livres no plasma (tp. pela 
albumina sérica) estão circulando a partir da origem TAGs do tecido adiposo ou LPTs da circulação) para o sítio 
de consumo (outros tecidos). 
AG (ácidos graxos) livres podem ser oxidados por muitos tecidos - especialmente fígado e músculo - para 
produzir energia. São também componentes estruturais da membrana FLs e glicolipídeos). Podem ligar-se a 
certas proteínas intracelulares, aumentando a capacidade dessas proteínas de se associas às membranas. São 
precursores de prostaglandinas. AG esterificados, na forma de TAGs armazenados nas células adiposas servem 
como a principal reserva energética do organismo. 
Degradação de triacilgliceróis
A mobilização do depósito de triacilgliceróis é obtida por ação da lipase dos adipócitos, uma enzima sujeita a 
regulação hormonal, que hidrolisa os TAGs a ácidos graxos e glicerol. Estes produtos são oxidados por vias 
diferentes
O glicerol não pode ser reaproveitado pelo adipócitos, que não têm glicerol quinase, sendo então liberado na 
circulação. No fígado e outros tecidos, por ação dessa quinase, é convertido a glicerol-3-fosfato e transformado 
em diidroxiacetona fosfato, um intermediário da glicólise ou da gliconeogênese. 
Os ácidos graxos liberados dos adipócitos são transportados pelo sangue ligados à albumina e utilizados pelos 
tecidos, incluindo o fígado e músculos, como fonte de energia. O tecido nervoso e as hemácias são exceções 
porque obtêm energia exclusivamente da oxidação da glicose. 
Os TAGs da dieta, transportados pelos quilomícrons são hidrolisados pela lipase lipoproteica, uma enzima 
extracelular que fica ancorada no endotélio dos capilares dos tecidos extra-hepáticos. Os produtos finais da 
hidrólise, como no caso da lipase dos adipócitos, são glicerol e ácidos graxos, que se tornam, assim, disponíveis 
para as células. Os remanescentes são retirados da circulação pelo fígado por endocitose. 
Degradação de ácidos graxos: ativação, transporte e oxidação
Para sua oxidação, os ácidos graxos são ativados e transportados para a matriz mitocondrial
Eles são primeiramente convertidos em uma forma ativada, neste caso, uma acil-CoA. Ela é catalisada pela acil-
CoA-sinteases, associadas à membrana externa da mitocôndria. 
LIPÍDEOS 10
A acil-CoA é rica em energia. A membrana interna da mitocôndria é impermeável a acil-CoA e somente os radicais 
acila são introduzidos na mitocôndria, ligados a carnitina. Este composto, sintetizado a partir de aminoácidos é 
amplamente distribuído nos tecidos principalmente nos músculos. 
Na face externa da membrana interna, a carnitina-acil transferase 1 transfere o radical acila da CoA para a 
carnitina, A acil-carnitina resultante é transportada através da membrana interna por uma translocase específica. 
Na face interna, a carnitina-acil transferase II doa o grupo acila da acil-carnitina para uma CoA da matriz 
mitocondrial, liberando a carnitina que retorna ao citosol pela mesma translocase. Assim, o radical acila dos 
ácidos graxos atinge o interior da mitocôndria, onde ocorre sua oxidação. 
Na B (beta) -oxidação, a acil-CoA é oxidada a acetil-CoA, produzindo NADH e FADH2
A acil-CoA presente na matriz mitocondrial é oxidada por uma via chamada beta oxidação ou ciclo de Lynen. Ela 
consta de uma série cíclica de quatro reações, ao final das quais a acil-CoA é encurtada de dois carbonos, 
liberados sob a forma de acetil-CoA.
 Oxidação da acil-CoA a uma enoil-CoA de configuração trans, à custa da conversão de FAD a FADH2 (única 
reação irreversível)
 Hidratação da dupla ligação, formando um 3-hidroxiacil-CoA (isômero L
 Oxidação do grupo hidroxila a carbonila, resultando uma beta-cetoacil-CoA e NADH
 cisão da beta-cetoacil-CoA por reação com uma molécula de Coa, com formação de acetil-CoA e uma acil-
CoA com dois carbonos a menos, esta acil-CoA refaz o ciclo várias vezes até ser totalmente convertida a 
acetil-CoA.
A oxidação de ácidos graxos não é restrita à mitocôndria
A degradação de ácidos graxos ocorre em outras organelas citoplasmáticas (glioxissomos e peroxissomos_ 
através de vias metabólicas que tem semelhanças e diferenças com a beta oxidação mitocondrial. 
LIPÍDEOS 11
A oxidação dos ácidos graxos com número ímpar de carbonos
A b-oxidação de um ácido graxo saturado com número ímpar de átomos de C segue as mesmas etapas de 
reações que os ácidos graxos com número par de átomos de C, até os três carbonos finais Propionil CoA. Este é 
metabolizado por uma rota de duas etapas
 O propionil CoA é carboxilado formando metilmalonil CoA. A enzima é a propionil CoA carboxilase e é 
dependente de biotina, como todas carboxilases. 
 Os carbonos da metilmalonil CoA são rearranjados, formando succinil CoA, a qual entra no ciclo de Krebs. A 
enzima responsável é a metilmalonil CoA mutase, que requer vitamina B12
A oxidação de ácidos insaturados
Fornece menos energia que a oxidação de ácidos graxos saturados. Os insaturados são menos reduzidos, e 
portanto, menos equivalentes redutores podem ser produzidos. 
Síntese de ácidos graxos
Ocorre principalmente no fígado, glândulas mamárias em lactação e no tecido adiposo (em menos extensão). 
O processo incorpora carbonos a partir da acetil-CoA na cadeia de ácido graxo em crescimento, usando ATP e 
NADPH reduzido. 
Produção de acetil-CoA citosólica
A primeira etapa é a transferência de unidades de acetato para o citosol, a partir da acetil-CoA mitocondrial. Ela é 
produzida pelaoxidação do piruvato e pelo catabolismo de ácidos graxos, corpos cetônicos e certos 
aminoácidos. 
A coenzima A, componente da acetil-CoA, entretanto, não pode atravessar a membrana mitocondrial, somente a 
porção acetila pode ser transportada para o citosol. Isso acontece na forma de citrato Oxalacetato + acetil-CoA. 
Essa translocação - citrato da mitocôndria pra o citosol - ocorre quando a concentração mitocondrial de citrato é 
alta. Isso ocorre quando a isocitrato-desidrogenase é inibida por grande quantidade de ATP, causando acúmulo 
de citrato e isocitrato. Logo, o citrato citosólico pode ser reconhecido como sinal de alta energia. 
Como uma grande quantidade de ATP é necessária para a síntese de ácidos graxos, o aumento de ATP e citrato 
intensificam essa rota. 
LIPÍDEOS 12
A malonil-CoA é formada pela carboxilação da acetil-CoA 
A energia para as condensações carbono-carbono na síntese de ácidos graxos é suprida pelo processo de 
carboxilação e descarboxilação dos grupos acetila no citosol. A carboxilação da acetil-CoA para formar o malonil-
CoA é catalisada pela Acetil-CoA-carboxilase. Essa enzima sofre ativação alostérica por citrato, que provoca a 
polimerização dos dímeros (forma inativa dessa enzima). A enzima pode ser inativada alostericamente por acil-
CoA de cadeia longa. 
Um segundo mecanismo para a regulação a curto prazo é por fosforilação reversível. Na presença de hormônios 
contra regulatórios, como adrenalina e glucagon, a enzima é fosforilada e portanto, inativada. Já na presença de 
insulina, ela é desfosforilada e portanto, ativada. 
LIPÍDEOS 13
Regulação de longa duração da acetil-CoA-carboxilase
Consume prolongado de uma dieta contendo excesso de calorias (especialmente uma dieta hipercalórica com 
alto conteúdo de carboidratos) provoca um aumento na síntese da acetil-CoA-carboxilase, aumentando a síntese 
de ácidos graxos. Por outro lado, uma dieta com poucas calorias ou o jejum provocam uma redução na síntese de 
ácidos graxos por diminuir a síntese de acetil-CoA-carboxilase.
Síntese de triacilgliceróis
Os precursores dos triacilgliceróis são glicerol-3-fosfato e acil-CoA
São sintetizados a partir de acil-CoA, derivadas de ácidos graxos e glicerol-3-fosfato. No tecido adiposo, o 
glicerol-3-fosfato é formado por redução de diidroxiacetona fosfato, obtida a partir de glicose, que portanto é 
imprescindível para a síntese de TAGs. No fígado, existe uma via alternativa para a obtenção do glicerol-3-fosfato: 
a fosforilação do glicerol, catalisada pela glicerol quinase. 
O lgicerol-3-fosfato é acilado em duas etapas, formando o fosfatidato (diacilglicerol-3-fosfato) que, por hidrólise 
do grupo fosfato origina o diacilglicerol. Esses dois últimos são intermediários da síntese de fosfolipídios. Os TAG 
é obtido por acilação do diacilglicerol. Nos seres humanos, as enzimas que sintetizam TAGs estão ligadas ao R.E 
na superfície voltada para o citosol. 
LIPÍDEOS 14

Continue navegando