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N LBR-Letras-Libras Cleosania Pereira de Almeida 1702044 Flávio Silva de Oliveira 1680193 Ricardo Henrique 2247828 Viviane da Silva Veiga 1723427 A RELAÇÃO ESCOLA E A COMUNIDADE SURDA. 1 CONTEXTO HISTÓRICO A educação de pessoas surdas é um tema bastante preocupante. Pesquisas desenvolvidas no Brasil e no exterior indicam que um número significativo de sujeitos surdos que passaram por vários anos de escolarização apresenta competência para aspectos acadêmicos muito aquém do desempenho de alunos ouvintes, apesar de suas capacidades cognitivas iniciais serem semelhantes. 2 CONTEXTO HISTÓRICO Desse modo, diversas têm sido as formas de realização da inclusão. Todavia, é inegável que a maioria dos alunos surdos sofreu uma escolarização pouco responsável. Este paper pretende, então, a partir de uma experiência de inclusão de aluno surdo em uma escola regular, com a presença de intérprete de língua de sinais, focalizar e avaliar aspectos dessa experiência do ponto de vista de alunos surdos e ouvintes, intérpretes e professores implicados nesta vivência. Para tal, foram realizadas entrevistas com estes sujeitos e analisados seus depoimentos. Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 3 O DESEMPENHO ACADÊMICO DO ALUNO Ele torna-se limitado, mas tem seu sistema cognitivo preservado; isto significa que com estímulos adequados o aluno conseguirá aprender todas as informações que a escola pode oferecer tanto na leitura como na escrita. No ambiente escolar o surdo faz uso de duas línguas: a sua Língua Materna (Libras) e a Língua Portuguesa, que fica sendo a sua segunda língua, em se tratando do Brasil. Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 4 NO AMBIENTE ESCOLAR O SURDO FAZ USO DE DUAS LÍNGUAS: Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 5 No glossário do Relatório de Monitoramento Educação Para Todos da UNESCO (2008) educação geral é definida como: Programas elaborados principalmente para levar aos estudantes uma compreensão mais profunda de uma disciplina ou de um grupo de disciplinas, visando principalmente, mas não necessariamente, prepará-los para a educação futura, seja no mesmo nível, seja em um nível mais elevado. Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 6 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM “ o professor é aquele que cria condições para o processamento das atividades e o aluno, aquele que busca, dentro desse contexto, condições para o seu pleno desenvolvimento. Que nessa relação, o professor também possa aperfeiçoar os conhecimentos já trazidos pelos alunos e, a partir daí, explorar novas formas de conhecimento mais complexas”. Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 7 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Estes projetos de planos de aula e currículo devem ser desenvolvidos por professores em união com a escola, sendo assim, a base da aprendizagem desenvolvida, pois, como diz Sacristán e Pérez Gómez (1998/2000), sem o conteúdo não existe ensino. Mas, infelizmente, a preocupação com métodos e processos de aprendizagem fez com que a maioria da investigação educativa disponível não se referisse ao conteúdo do ensino (SACRISTÁN & PÉREZ GÓMEZ, 1998/2000). Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 8 ENTREVISTA Ricardo Henrique Gomes da Silva Sávio Leonardo Martins Marques Que idade você começou a estudar? Eu iniciei meus estudos aos 4 anos de idade Iniciei aos 5 anos. Com que idade aprendeu LIBRAS? Aprendi a língua de sinais aos nove anos, pois até aos 8 anos eu tinha audição. Aprendi a língua de sinais aos nove anos, pois até aos 4 anos eu tinha audição. No ensino fundamental você sempre teve acompanhamento de intérprete? Cursei algumas das séries iniciais sem o acompanhamento de intérprete. o sétimo, oitavo e o nono ano conclui com a presença de um profissional. Nas séries iniciais havia intérpretes mas tinham muitas trocas e isso foi estressante. No Ensino Médio você teve a presença de intérprete? Sim Sim, mas houve troca de dois intérpretes nesse período Você teve acessos a materiais de sensibilidade? Aos 13 anos pode participar de uma escola onde se ensinava usando estes materiais Foi difícil, as vezes. Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 9 ENTREVISTA Você sente que seu desenvolvimento Educacional foi afetado? Sim, um pouco! Eu gostaria que pudéssemos ter tido mais acessibilidade e empatia para isso também. Falta materiais mais ilustrativos compatíveis com a nossa língua que é Viso Espacial. Sinto que há uma necessidade muito grande de intérpretes profissionais para garantir uma real compreensão do que nos é ministrado. Não muito! No entanto, utilizar materiais acessíveis melhoram muito nosso aprendizado Como a sociedade pode ajudar a comunidade surda no contexto educacional? Respeitando a Língua Brasileira de Sinais com sua legitimidade. Vejo que muitos acham difícil, mas não se empenham em conhecê-la e aprender. Eu diria que o esforço foi exercido! Mas o que faltou foi conhecimento e técnicas para apoiar esses profissionais Como você vê a Língua Brasileira de Sinais? É a minha forma de comunicação. Ela é preciosa para mim, embora eu também uso a fala, pois tenho memória auditiva É com ela que eu converso entendo, e sou entendido. Você sente que seu desenvolvimento Educacional foi afetado? Não seja apressado vivemos numa era em que queremos ter todas as informações na hora mas você demora até dois anos para expressar uma simples palavra deve-se respeitar o tempo e exercer esforço. Meu sonho é ser professor e levar LIBRAS para o mundo todo Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados mostraram que os estudantes surdos aprendem mais e melhor em escolas bilíngues (escolas especiais que ensinam em Libras e Português) do que em escolas monolíngues (escolas comuns que ensinam em Português apenas). De fato, competências como decodificação de palavras e reconhecimento de palavras, compreensão de leitura de textos, vocabulário em Libras, dentre outras, foram significativamente superiores em escolas bilíngues do que em escolas comuns Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 11 Figura 1. Hospício Fonte:Projeto Medicina 12 13
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