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FILOSOFIA
Nome: 	Amanda Daniel de Medeiros		
Maria Eduarda Fontes
As ágoras da Grécia Antiga, como sempre repletas de sofistas, filósofos e seus públicos, estavam vivendo um momento crítico: em quem acreditar? Nos professores itinerantes ou nos provedores do caminho à verdade?
Os sofistas tomaram como objeto de reflexão a persuasão, ao contrário dos pré-socráticos que estudavam a natureza. Eles não tinham compromisso com a verdade como Sócrates e os filósofos em geral, e sim com um pensamento particular, com uma convicção. Estimavam o desenvolvimento do raciocínio crítico e da boa oratória, já Sócrates prezava a importância da “fome do saber”, da vontade de chegar à verdade.
De todos os sofistas, os dois mais importantes foram Górgias e Protágoras, suas obras eram consideradas leis a serem seguidas por todos sofistas. Em Protágoras, a frase “O Homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são, que são, e daquelas que não são, que não são.” explica que o critério da diferenciação de tudo cabe aos homens, cada um sente, vê, pensa diferente. Para todo e qualquer assunto pode ser criadas duas percepções diferentes. O que os sofistas tiraram disso é que não existe visão certa ou errada, a visão é relativa. 
Para Górgias o mundo não é nada em si mesmo, mas se torna algo quando falamos dele, logo, a linguagem serve para determinar como ele é e não dar palavras para o que “realmente” é, como os filósofos compreendem. Com isso os sofistas pegaram a ideia de que é impossível dizer um discurso falso já que não há como dizer o não-ser, o falso, lembrando que somos nós que “inventamos” o mundo como o conhecemos, ou seja, a fala humana institui o real.
Sócrates acredita que as pessoas precisam da filosofia para se auto educar do que é verdadeiro. A busca pela verdade faz com que Górgias seja “desmascarado” pelo discurso socrático, mostrando que na verdade, “tudo é”, tudo tem uma definição, tudo é verdadeiro. Se uma verdade é encontrada, é possível discutí-la e pensar sobre ela.
Sócrates, com vestimentas e aparência pobres, diferente dos sofistas, estimulava a vontade de obter conhecimento nas pessoas, fazendo com que seus ouvintes trabalhassem sua realidade, tirando dela, sua própria verdade. Por acreditar no ensinamento livre, nunca o trocou por dinheiro e sentia prazer em compartilhar suas experiências de vida com as outras pessoas que parassem para ouvi-lo. Além disso, tinha certo desprezo pelos chamados céticos, sofistas incrédulos que, de acordo com ele, desrespeitavam a verdade e o amor pela sabedoria, não acreditando em muitas das palavras dos filósofos da época. 
Em sua apologia, Sócrates se defendeu, revelando que nunca ousou corromper os jovens cidadãos, e que sempre repassava seus ensinamentos de vida, estimulando-os a pensar sobre a verdade. Sócrates tanto acreditava na estimulação da verdade, ao invés de ter uma verdade absoluta, que perguntou a cada pessoa que o acusou, fazendo inúmeras perguntas, deixando-as sem palavras para respondê-lo. 
Na época, cobrar ensinamento para ouvintes, como discutimos em aula, era considerado algo terrível, todos acreditavam que o ensinamento deveria ser algo livre. Sócrates acabou ganhando fama e sendo alvo de inúmeros acusadores que começaram a espalhar boatos de que ele cobrava por seus ensinamentos e que os mesmos corrompiam o crescimento dos jovens atenienses.

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