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OS PARADOXOS DOS DIREITOS HUMANOS, Roberto Kurz

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UCsal - Universidade Católica do Salvador
Curso de Direito
Amanda Tenório de Albuquerque Dourado
FICHAMENTO – OS PARADOXOS DOS DIREITOS HUMANOS, Roberto Kurz
Salvador/BA
2020
· OS PARADOXOS DOS DIREITOS HUMANOS
· Inclusão e exclusão na modernidade
-“ (...) a ideia de direitos humanos é novamente mobilizada para poder apresentar ao mundo um documento legitimador.” P.1
-“É em nome dos direitos humanos que cai a chuva de bombas; e é em nome dos direitos humanos que as vítimas são assistidas e consoladas”. P.1
-“Se há um direito humano à vida e à integridade física, como se pode aceitar então, com anuência, que as intervenções militares ocidentais matem mais pessoas inocentes que as atrocidades dos ditadores e dos terroristas?”. P.1
-“E por isso, assim prossegue o argumento, há dois pesos e duas medidas: em toda parte onde os detentores do poder se destacam pelo bom comportamento (...)” p.1
“É verdade que o universalismo ocidental sugere o reconhecimento irrestrito de todos os indivíduos, em igual medida, como “seres humanos em geral”, dotados de célebres “direitos inalienáveis”. Mas ao mesmo tempo, é o mercado universal que forma o fundamento de todos os direitos, incluindo os direitos humanos elementares.” P.1
-“Temos de lidar com uma relação paradoxal: reconhecimento por meio do não reconhecimento, ou, inversamente, não reconhecimento justamente por meio do reconhecimento”. P.1
-“Os direitos humanos deveriam ser apenas a garantia elementar dessa forma social: o reconhecimento universal do “homem” segundo essa definição somente”. P.2
-“O direito implica, segundo sua essência, uma relação de inclusão e exclusão. Universal é somente a pretensão ao domínio absoluto dessa forma.”P.2
-“O ser humano em geral visado pelos direitos humanos é o ser humano meramente abstrato, isto é, é o ser humano enquanto portador e ao mesmo tempo escravo da abstração social dominante. E somente como este ser humano abstrato ele é universalmente reconhecido.” P.2
“Esse reconhecimento paradoxal (do ser humano abstrato) através do não-reconhecimento (do ser humano vivo e social) obtém sua notável força de convencimento pelo fato de que poderia vir a ser ainda pior. Pois o não-reconhecimento relativo contido nesse reconhecimento meramente abstrato pode tornar-se a qualquer hora um não-reconhecimento absoluto(...)”. P.2
-“(...) a promessa dos direitos humanos é desde sempre uma ameaça: se não podem ser preenchidas as condições tácitas que definem na modernidade "o ser humano", então deve faltar o reconhecimento.” P.3
-“Mas esses esforços assemelham-se ao trabalho de Sísifo, se não se consegue superar a forma paradoxal e negativa da sociedade mundial, que possui poder de definição acerca de quem é de modo geral um "ser humano" e que, por conseguinte, define os direitos humanos.” P.3

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