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Fundamentos da Clínica Médica - Dermatologia Patogenia MULTIFATORIAL: processos que alteram o funcionamento do complexo pilosebáceo, causando transição do poro normal para o microcomedo e posteriormente para o comedão e lesão inflamatória por colonização bacteriana. Localização: afecção de folículos pilossebáceos. → Áreas mais prevalentes: terço médio da face (malar), parte superior do pescoço (mandíbula e mento), tórax superior (perimamilar e entremamas) e no dorso. Herança genética: há tendência de hereditariedade. Distúrbio da queratinização folicular: queratinização anômala do folículo + hiperceratose = obstrução e formação do comedão. a) Comedão branco. b) Comedão preto. Hipersecreção sebácea: hiperseborreia, alteração da composição do sebo e desregulação hormonal da glândula sebácea. Na maioria dos pacientes com acne,não existem alterações hormonais subjacentes. Bactérias: principal agente = Propionibacterium acnes. Se prolifera pela retenção sebácea. O sebo em excesso rompe o epitélio folicular e inflama. Tensão emocional, ciclo menstrual, alimentos (rara influência) e fármacos: os fatores emocionais e o ciclo menstrual são agravantes da acne. Manifestações clínicas: a) Comedão branco b) Comedão preto ou “cravo”. À medida que o comedão continua a se expandir devido ao maior acúmulo de sebo e material queratinoso, o orifício folicular se abre e forma essa estrutura. A cor preta é resultado de lipídios oxidados e do pigmento da pele (melanina). ACNE - FOLICULOSE Processo de formação da acne será regulado por muita substâncias: pelos níveis de hormônios sexuais circulantes (mais comum em adolescentes), pelos hormônios sintetizados localmente (mais comum em obesos), por neuropeptídeos, pela microbiota, por citocinas pró-inflamatórias, por mediadores lipídicos, peptídeos antimicrobianos e por ác.graxos monoinsaturados. GRAVIDADE DA ACNE Quadro clínico polimorfo: caracterizado por comedões, pápulas, pústulas, nódulos e abscessos, geralmente associado com seborreia. → Acne não inflamatória (grau I) → Acne inflamatória (grau II, grau III, grau IV e grau V) LEVE MODERADA GRAVE Comedos > 20 lesões Papulo-pustulosa (10 a 40 lesões) Nódulo-cística ou Conglobata Acne papulo-pustulosa < 10 lesões Nódulos < 10 Nódulo-cística: 40-100 pústulas e > 10 nódulos Conglobata > 10 nódulos Sem fístulas Sem fístulas Com fístulas Comedão preto → Pápula inflamada com acúmulo de células da série branca do sangue = ESPINHA. Espinha com ruptura folicular → Pápula ou pústula, nódulos ou cistos (destruições completas do folículo piloso e da glândula sebácea. TRATAMENTOS PARA ACNE 1) Tratamento tópico 2) Antibiótico oral 3) Isotretinoína (Roacutan) CONDIÇÕES ASSOCIADAS À ACNE Síndrome dos ovários policísticos, ca de ovário em uma mulher que nunca teve acne e com 40 anos explodiram acnes, hipertrofia suprarrenal congênita, neoplasia suprarrenal ou testicular, Síndrome de PAPA (acne + pioderma gangrenoso + artrite piogênica), Síndrome de SAPHO (sinovite + acne + pustulose + osteíte) e Síndrome de SAHA (acne andrógena). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: → Erupção acneiforme → Acne por uso de corticoide → Rosácea (lesão papulo-eczematosa) → Acne cosmética → Escoriação neurótica Alto risco de complicações psicológicas por alteração estética - perda de habilidades interpessoais, vida familiar desorganizada, contato ocular deficiente, conversa limitada e retraimento social, automutilação, abuso de álcool e drogas, expressões de raiva e irritabilidade e até suicídio. Isotretinoína = ácido 12-cis-retinoico. Atua eletivamente sobre a glândula sebácea diminuindo e normalizando a sebogênese e a queratinização folicular. ● Dosagem mínima: 0,5 mg/kg/dia (40 mg/dia) por, no mínimo, 5 meses. ● Controle laboratorial: mensalmente. Hemograma, colesterol e triglicerídeos, transaminases. Grupos de risco: obesos, diabéticos ou com hipercolesterolemia e trigliceridemias - em função do aumento dos níveis. ISOTRETINOÍNA Acne =/= Foliculite =/= Furúnculo Fundamentos em Clínica Médica - Dermatologia Doença inflamatória crônica da pele e das articulações. É transmitida geneticamente caracterizada por ser imunomediada com grande polimorfismo de expressões clínicas por inflamação intralesional que estimula à hiperproliferação de queratinócitos basais. Epidemiologia: ● Comum em homens e mulheres dos 20 aos 40 anos ou > 60 anos. ● Prevalência no Brasil = 2% → Em 10% dos casos se dá a apresentação grave da doença. PSORÍASE História familiar é importante: pai e mãe c% de chance de o filho ter. Se só um dos dois tiver, chance = 14%. Tipos mais comuns de Psoríase e suas manifestações: 1 - Psoríase vulgar (em placas) 2 - Psoríase intertriginosa (em áreas de dobras e genitais) 3 - Psoríase gutata (várias gotinhas pelo corpo) 4 - Psoríase pustulosa 5 - Psoríase eritrodérmica → Pode estar associada também às articulações, como na Artrite Psoriática e nas unhas. Doenças associadas com a psoríase: a) Artrite psoriática b) Obesidade c) Depressão e ansiedade d) Síndrome metabólica e) Doença inflamatória intestinal f) Risco cardiovascular (aterosclerose) SINTOMAS: Prurido, cansaço, dor, queimação, placa eritematosa com escamas brancas ou prateadas. DIAGNÓSTICO: Clínico. Geralmente as lesões estão em regiões de joelhos, cotovelos e no couro cabeludo. → Diagnóstico diferencial: Dermatite atópica e Tinha pedis. TRATAMENTO: de acordo com a gravidade. Psoríase leve: <10% da superfície corporal acometida OU com pouca alteração da qualidade de vida. 1. Tópicos: cremes, pomadas, loções. 2. Corticoides. Atentar para o risco de imunossupressão sistêmica e atrofia da pele. 3. Cremes análogos de vitamina D. 4. Fototerapia. Psoríase moderada a grave: > 10% da superfície corporal acometida OU muita alteração da qualidade de vida. 1. Não posso usar só creme! 2. Fototerapia. 3. Tto oral sistêmico - Metrotexato, Acicretina, Ciclosporinas, ou algum organizador de queratinogênese. 4. Tto injetável com biológicos - anti-interleucinas ou anti-fator de necrose tumoral. Acicretina: imunomodulador que altera a queratinização. É o “prima mais velha” da Isotretinoína, muito mais potente. PROIBIDO NO TTO PARA PSORÍASE: CORTICOIDE SISTÊMICO. → Vai melhorar inicialmente, mas após esse período há grande efeito rebote que pode ser mais grave em caso de psoríase pustulosa, por exemplo. É como se a resposta para psoríase se desenvolver fosse uma porta e ela é aberta por uma chave, que é o fator ambiental ainda não bem conhecido. Diferentemente do que ocorre em uma reação autoimune, em que o corpo produz uma defesa para o próprio corpo, como ocorre no lúpus. → Não existe uma dosagem laboratorial de algum mediador que nos indique que o paciente tem psoríase, mas no lúpus sim. Fatores ambientais que podem desencadear a psoríase: estresse, reação pós-estreptocóccica, tabagismo, alcoolismo, café. Imunomodulação x Imunossupressão Fundamentos em Clínica Médica - Dermatologia Farmacodermias São lesões da pele responsivas à determinado fármaco. Por exemplo, é muito comum a manifestação do eritema maculopapular. → Ocorre em crianças que tiveram infecção viral e receberam como tto a amoxicilina, vindo a apresentar rash cutâneo. São elas: 1. Rash cutâneo/eritema maculopapular. 2. Drug reaction with eosinophilia and systemic symptoms (DRESS) → Doença grave. Eritema maculopapular difuso com eosinofilia e sintomas sistêmicos como febre e alterações hepáticas graves que podem matar o paciente. 3. Acute genetalized exanthematous pustulosis (AGEP) → Pustulose subcórnea, pustulose exantemática generalizada aguda. 4. Síndrome de Steven-Johnson’s e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) → Destruição de toda a camada córnea + exposição da derme e liberação de fatores inflamatórios (emergência médica). Essa síndrome se inicia com máculas eritematosas e lesões difusas que começam a “destacar” a pele,como uma descamação (isso que é a toxicidade epidérmica por necrose). NET OU STEVEN-JOHNSON’S? Na verdade, ambas são espectros de uma mesma doença, só muda a nomenclatura por ter diferença na superfície acometida. Sinal de Nikolsky positivo A partir do 2º ou 3º dia da Síndrome de Steven-Johnson’s ou Necrólise Epidérmica Tóxica, faço o teste semiológico: Com o dedo pressionarei a área com eritema fazendo uma leve compressão percorrendo a lesão, se positivo: a pele vai se destacar facilmente. → Qualquer remédio pode causar essas farmacodermias, algumas medicações são mais comuns que outras como os antibióticos e medicações psiquiátricas, outra medicação comum é o halopurinol. TRATAMENTO: Tentar parar a “guerra imunológica” que o corpo do paciente está fazendo contra o fármaco = Suspensão imediata da medicação + controle de sintomas. Uso de imunoglobulina EV também é uma opção. → A síndrome de Steven-Johnson’s é uma reação idiossincrática, ou seja, foi um “azar”. Sem relação com a dose, nem com a classe do fármaco. Isso quer dizer que o paciente pode ter tomado o remédio “X” a vida inteira, mas só dessa vez que deu problema. → É uma doença rara e não pode ser negligenciada, pois o paciente pode ir à óbito. É necessária a orientação do paciente e dos familiares de que as manifestações vão piorando até a completa resolução, além de que o paciente precisa ser monitorado de perto. Dermatoses Ocupacionais É qualquer alteração da pele, da mucosa ou de anexos que é causada direta ou indiretamente por determinados trabalhos. → Em países industrializados: cerca de 60% dos casos de doenças ocupacionais. → Doenças muito judicializadas. ou seja, precisa ter um nexo causal de trabalho com a lesão de pele para que o paciente possa processar o local que trabalha. → A dermatite de contato irritativa é mais comum que a dermatite de contato alérgica. → Os trabalhadores que apresentam maior probabilidade de desenvolver dermatites de contato são os que têm contato com produtos de limpeza. Cimento Borracha de EPI’s Níquel por uso de bijuterias DERMATITE DE CONTATO IRRITATIVA: Paciente entra em contato com o produto e já tem alergia. Ocorre destruição da camada córnea da pele. → 80% das dermatoses ocupacionais. As lesões surgem após exposições às substâncias irritantes, sucessivas ou não, restritas às áreas de contato. Ocorrem de acordo com a frequência e a duração da exposição. → Por exemplo: Fogo = irritante absoluto. Qboa e Acetona = irritantes relativos. Mais comuns nas palmas das mãos e, principalmente, na mão dominante. Causas de dermatite de contato irritativa: ● Construção civil: contato com cimento e luvas de borracha; ● Salão de beleza: contato com diversos ativos - shampoos, tintas, acetona, esmalte, descolorantes; DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA: Dependente de sensibilização do paciente. → Reação inflamatória do Tipo IV. Possui 3 fases: 1. Indução/imunização ou sensibilização 2. Elicitação ou desencadeamento 3. Resolução (término da reação inflamatória) A cada reexposição a situação piora a intensidade e a extensão das lesões, além da rapidez do aparecimento ser maior. TIPOS DE DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA: AGUDA: começou há 10 dias. Comum em região do pescoço. Pensar em cosméticos, shampoos, perfumes e bijuterias. CRÔNICA: paciente tem sempre. Manifestações: pode apresentar pústulas e muita coceira, não necessariamente com grande eritema; é bem liquenificado com xerose e aumento de linhas; pode estar infectada. Comum em polpas dos dedos. SUBAGUDA: melhora e piora, mas está dessa forma há 3 meses. TESTE DE CONTATO OU TESTE EPICUTÂNEO (PATCH TEST) É o principal recurso laboratorial, pois permite diferenciar a dermatite de contato irritativa da alérgica. O objetivo do Patch Test é confirmar o diagnóstico clínico; conhecer a prevalência dos agentes sensibilizantes; satisfazer razões médico-legais. 1. Colocação de subst. já padronizadas no dorso do paciente como o adesivo acima. Vários ativos estão nas bolinhas. 2. Leitura após 48h até 96h. → O exame não é 100% fidedigno , pois o pct pode ter sensibilidade a algo que ele não tem contato. → O teste de contato só terá relevância quando há nexo causal entre a substância positiva e a dermatite de contato. O paciente pode ter sido sensibilizado anteriormente, a dermatite pode ser relacionada a um quadro atual e à atividade do paciente. Opções para pcts alérgicos à borracha = usar luva de vinil ou poliuretano; se alérgicos ao látex, usar luvas sem látex; se alérgicos a acrilatos, usar luvas de nitrila. TRATAMENTO: ● Uso de EPI’s ● Uso de cremes hidratantes ● Troca de função/ocupação ● Saúde: uso de luvas e lavagem excessiva das mãos; ● Manipuladores de alimentos: principalmente mão não-dominante. DIAGNÓSTICO Anamnese. ● Rotina do paciente - casa, trabalho, social. ● Tratamentos prévios - Melhorou? Está usando algum creme/pomada/remédio? ● Dermatoses prévias - há melhora ou piora nas férias e feriados do trabalho? ● Paciente possui histórico familiar de atopia? Exame físico. Teste de contato, se necessário. Fundamentos em Clínica Médica - Dermatologia Infecções Bacterianas da Pele 1. Impetigo: acima da epiderme. 2. Ectima: aprofunda até a derme. 3. Foliculite: inflamação na derme. 4. Furúnculo/carbúnculo: lesão na derme, mas pode chegar a parte subcutânea. 5. Erisipela: infecção na derme superficial. 6. Celulite: infecção na derme superficial e profunda, podendo chegar a região subcutânea. A pele é parte do sistema imune, a primeira barreira de defesa. A pele é colonizada por bactérias comensais e transitórias. Se há quebra da barreira protetora, as bactérias transitórias podem se tornar patogênicas. Microbiota Residente Microbiota Transitória Microrganismos que se encontram em grande quantidade em determinada região anatômica. Eles contribuem para a resistência contra a colonização por bactérias patogênicas ao hidrolisarem lipídios e por produzirem ác. graxos livres, que são tóxicos para muitas bactérias. Principais: Cocos gram positivos (S. epidermidis), Difteroides (Corinebacterium e Brevibacterium) e bastonetes anaeróbios (Propionibacterium). Microrganismos que residem de forma temporária as regiões interna e externa do corpo. Principais: S. aureus coagulase positivo, Streptococcus pyogenes. Staphylococcus aureus Coloniza, em 20% dos casos, a fossa nasal humana, podendo colonizar também a faringe, as axilas, as mãos e o períneo. → É importante sabermos essas regiões, pois em casos de infecção será necessária a descolonização com antibiótico tópico. Uso de corticoide e uso de antibiótico = desequilíbrio da microbiota residente e transitória. Condições predisponentes das principais infecções bacterianas de pele: QUEBRA DA BARREIRA E IMUNOSSUPRESSÃO. ● Dermatite atópica ● Diabetes Melito - estado de imunossupressão sistêmico ● Diálise ● Uso de drogas EV ● Disfunção hepática ● Infecção por HIV Fatores relacionados ao hospedeiro: presença de flora residente, barreira mecânica, grau de umidade da pele, pH alcalino (maioria dos microrganismos vivem em meio ácido), capacidade imunológica do hospedeiro. Fatores relacionados aos microrganismos: patogenicidade, grau de virulência e capacidade de produção de toxinas. IMPETIGO Infecção superficial, muito comum em crianças. Pode ocorrer por invasão bacteriana e, geralmente, é comum em áreas de feridas prévias como lesões de herpes, lesões por maceração e por picadas de insetos → IMPETIGINIZAÇÃO. A pele, a qual já é colonizada por Streptococcus, fica infectada pela quebra da barreira. A doença está associada à falta de higiene. Diagnóstico: Clínico. Tratamento: lavagem, retirada das crostas e uso de pomada antibiótica. a) Impetigo não-bolhoso: Streptococcus beta hemolítico do grupo A + Staphylococcus. Vesícula ou pústula → úlcera e crosta melicérica. b) Impetigo bolhoso: S. aureus. ECTIMA Infecção piogênica da pele- mais profunda. É causada por Streptococcus e Staphylococcus. Apresentação clínica: é uma placa eritematosa que mede de 2 a 3 cm de diâmetro (grande). PLACA → VESÍCULA OU PÚSTULA → ÚLCERA SUPERFICIAL. A úlcera é coberta por crostas rígidas, espessadas e aderentes de cor acastanhada. Lesões, geralmente, múltiplas que podem ser localizadas em pés, pernas, coxas e nádegas, sendo mais comuns em adultos. - Paciente pode ter febre e adenite satélite associada. É uma doença característica de pessoas sem condições de higiene. Sempre deixa cicatriz. Diagnóstico diferencial: úlcera de pressão e leishmaniose tegumentar. Glomerulonefrite pós estreptocóccica. Geralmente em crianças < 6 anos com história prévia de impetigo. A criança apresenta sinais como: edema, hipertensão e hematúria. → Cuidado: pode virar endocardite. ERISIPELA Doença na derme superficial com alto risco de recidiva. Causada pelo Streptococcus beta hemolítico do grupo A. Geralmente acomete pacientes de 40 a 60 anos, localização principal: membros inferiores. Lesão com borda nítida por ser na derme superficial (pode ter bolha). Sinais e sintomas de Erisipela: eritema, edema, calor e dor. Pode, e geralmente estará acompanhada por febre, calafrios e mal-estar, assim como o paciente também pode apresentar náuseas e vômito. → A manifestação clínica principal se dá em membros inferiores por ser uma região mais seca do corpo. Por isso a doença é mais característica de idosos que, além de apresentarem o envelhecimento e a xerose, apresentam problemas vasculares de retorno venoso (insuficiência venosa e linfática) e onicomicose (porta de entrada). A cada nova infecção por Erisipela, pior fica o estado da insuficiência venosa e linfática. Tratamento Antibiótico sistêmico + membro elevado para auxiliar na drenagem/retorno venoso. Tratamento profilático - Benzetacil 6 meses a 1 ano. CELULITE Infecção da derme profunda e do tecido subcutâneo. Pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas é comum que a pessoa se infecte a partir de outra lesão que foi “porta de entrada” de Streptococcus e Staphylococcus aureus. → Maior risco em pacientes imunocomprometidos. Manifestação clínica da lesão: placa eritematosa com bordas pouco definidas e edema de membros. MUITO VERMELHÃO. Devemos marcar com caneta uma possível borda e ver a evolução. Tratamento Antibiótico sistêmico. O que diferencia a Erisipela da Celulite é a profundidade. FOLICULITE Infecção do folículo piloso causada pela microbiota residente. Muitas vezes é uma contaminação da água que infectou o paciente (piscina ou banheira - Pseudomonas), mas quando é foliculite na barba ou nos glúteos é por trauma e maceração. → Fatores de risco: barbeamento com lâmina, roupas oclusivas, pacientes imunossuprimidos, pacientes com diabetes, obesidade. Tratamento Peróxido de benzoíla (ação oxidantes), retinoides e, quando necessário, antibiótico tópico. ABSCESSO Coleção de pus na derme e tecido subcutâneo. É um nódulo eritematoso e profundo, geralmente com drenagem de secreção purulenta. Manifestações clínicas: dor, edema, febre. Pode se desenvolver a partir de uma foliculite. Tratamento Drenagem e antibiótico tópico, quando necessário. Sinais e sintomas de Celulite: febre, piora do estado geral, alterações laboratoriais.
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