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FUNDAMENTOS DA NOSSA CONFISSÃO 
Ressurreição – IV 
Romeu Bornelli 
 
 
 Irmãos. Vamos ler na 1ª Epístola de Paulo aos Coríntios cap. 15. Vamos 
ler os primeiros versículos desse cap. 15. 
1 ¶ Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual 
recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se 
retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em 
vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu 
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e 
ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E apareceu a Cefas e, 
depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma 
só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 
Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, 
depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de 
tempo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de 
ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. 
 
 Irmãos. A última vez em que estivemos considerando sobre esse 
assunto da ressurreição, nós estivemos nos detendo nos fatos históricos que 
comprovam a substância da nossa fé. É de uma importância muito grande, 
nós, como cristãos, sabermos que a nossa fé repousa em fatos históricos. Nós 
vemos tantas coisas estranhas por aí quando pensamos nas religiões, nas 
seitas, nas ideologias. Nós vemos que as pessoas, por engano das trevas, são 
capazes até mesmo de acreditarem em duendes e fadas. E como nós cristãos 
devemos ter alegria, em saber que a nossa fé repousa em fatos históricos. Ela 
não é uma fé que não se pode apalpar, ela não é uma fé sem testemunho. Ela 
não é uma fé sem história. Ela é uma fé histórica e isso é imensamente 
importante. É uma fé que repousa sobre fatos da encarnação de Deus, do 
Deus Filho, da vida humana desse Homem, no significado que a sua vida 
humana teve como Homem santo de Deus - Deus-Homem, Deus feito carne, 
o significado desse homem ter ido à morte, não pelos seus pecados, porque 
Nele não havia pecado, mas levando como substituto na cruz, os nossos 
pecados. São todos fatos: sepultado após a sua morte, é um fato histórico, 
comprovado; ressuscitado dentre os mortos, outro fato. Ascenso aos céus na 
presença dos seus discípulos, mais um fato; derramando depois o Espírito 
Santo sobre a igreja, um grupo inicial de cento e vinte irmãos, que estavam ali 
reunidos, de certa forma oculta, com medo, porque não sabiam o que ia ser 
desse Senhor que embora ressurrecto, embora tenha aparecido a tantos, havia 
subido aos céus, e durante quarenta dias, deixado como um silêncio, 
aproximadamente quarenta dias, para que essas pessoas pudessem receber, da 
parte Dele, esse mesmo homem ressuscitado, Deus homem, a promessa que 
Ele deu quando, na sua vida humana, que eles receberiam, da parte do Pai, em 
nome Dele, o Espírito Santo, o Consolador, que então desceu sobre eles - 
que também é um fato histórico, que fez com que eles profetizassem e 
adorassem a Deus, em línguas conhecidas por aqueles que os ouviram, dando 
então um testemunho daquele fato, também histórico e aqueles cento e vinte 
iniciais saíram pregando o Evangelho e almas e mais almas foram se 
convertendo, baseado nessa pregação desse Jesus histórico. 
 Que coisa importante é isso, irmãos. Nossa fé, ela tem corpo, e um 
corpo de um conteúdo imenso, maravilhoso. Nós falamos para os irmãos que 
o fato mais proeminente, embora é difícil dizer o mais importante, é difícil 
colocar escala de importância, e então é melhor usar a palavra proeminente, e 
dos fatos históricos relacionados à encarnação do Senhor, com certeza o mais 
proeminente é a ressurreição. Exatamente por causa do que Paulo diz nesse 
cap. 15 de 1ª Coríntios que nós já estivemos examinando, que se Cristo 
tivesse então se encarnado, vivido uma vida humana, morrido, sido sepultado, 
mas não ressuscitado, é vã a nossa fé, é vã a nossa pregação. Ele ainda diz 
mais: que ainda permaneceríamos nos nossos pecados, porque a ressurreição 
do Senhor Jesus é que é a garantia de que aquele sacrifício em lugar da nossa 
própria morte, como substitutos pelos nossos pecados, foi aceito diante de 
Deus. Já examinamos isso, em uma das últimas reuniões, que se houvesse 
mácula nesse sacrifício, de alguma maneira pecado, de alguma forma 
qualquer, se houvesse havido pecado nessa vida humana do Senhor Jesus, se 
houvesse havido qualquer mácula no seu sacrifício no Calvário, a morte iria 
retê-lo, pelo simples fato de que a morte tem domínio sobre tudo o que é 
tocado pelo pecado. Essa é uma verdade também de extrema importância: a 
morte tem domínio sobre tudo aquilo que o pecado tocou, porque o salário do 
pecado é a morte. 
 Então o corpo do Senhor Jesus era impossível que ele fosse retido pela 
morte como Pedro pregou lá nas suas primeiras mensagens depois de 
Pentecostes, que era i m p o s s í v e l que o Senhor Jesus fosse retido pela 
morte. Por que é impossível? Porque Ele não tinha pecado. Porque Ele era 
o Santo de Deus. Então os irmãos vejam como esses fatos são magníficos 
quando nós contemplamos dentro de um prisma único, esse Senhor Jesus 
Homem, Deus feito carne, viveu uma vida humana, perfeita, sem pecado, 
consequentemente realizou uma obra perfeita, porque a sua vida é perfeita, se 
a vida não fosse perfeita a obra não seria perfeita, porque a obra é 
conseqüência da vida, então Ele realizou uma obra perfeita, baseada na vida 
perfeita, e quando o Pai ressuscitou a Cristo, Ele deu como que uma prova 
universal de que aquela vida e aquela obra eram perfeitas. Então esse é o 
significado de ressurreição. É por isso que Paulo diz que se Cristo não 
ressuscitou, tudo é vão. 
 Agora irmãos, o texto de Romanos cap. 4:25 (25 o qual foi entregue 
por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa 
justificação.) também nós já comentamos com os irmãos e não precisam abrir, 
o último versículo doa cap. 4 de Romanos, diz que Cristo foi entregue – no 
que se refere à sua morte - por causa de nossas transgressões. Comentamos 
várias vezes esse versículo, a importância desses dois lados do Evangelho. 
São então dependentes, interligados. Cristo foi entregue por causa das nossas 
transgressões, isso não é todo o Evangelho. Porque se Cristo foi apenas 
entregue por causa das nossas transgressões, tudo terminou com a sua morte. 
Agora o versículo continua assim: e ressuscitou por causa da nossa 
justificação. Então só para relembrar alguma coisa que já vimos, o quanto é 
importante ligarmos essas duas verdades: se você crê que o Senhor Jesus 
ressuscitou, se o Espírito Santo tem dado, desde que você se converteu e Ele 
tem feito isso com certeza, porque esse é um fato proeminente, como nós 
falamos. Se o Espírito Santo tem dado testemunho no seu Espírito na sua 
mente, no seu coração de que Deus ressuscitou a Cristo, Deus ressuscitou a 
Cristo, então se o Espírito Santo tem confirmado em você esse testemunho e 
com certeza o tem feito, quanto mais esse testemunho é sólido no seu 
coração, mais você descansa, por que? Porque se Cristo ressuscitou, então a 
nossa justificação é tão perfeita quanto a sua ressurreição. Se não houve 
nenhuma falha quanto à sua ressurreição, não há nenhuma falha quanto a 
nossa justificação, porque isso tudo foi feito fora de nós, e por isso nós 
falamos que Justificação é um ato de Deus, independente de nós. Não é meia 
obra humana e meia obra Divina. Não é Deus fazendo alguma coisa e o 
homem cooperando. A Justificação, não. Nós somos justificados 
absolutamente pela graça por meio pela fé. Já falamos sobre esse alicerce 
também. E isso não vem de vós, é Dom de Deus, não de obras para que 
ninguém se glorie. Então a ressurreição é ofirme fundamento da nossa 
justificação. Muito importante isso. 
 Depois irmãos, nós entramos nos fatos propriamente históricos. Essa é a 
parte teológica, doutrinária, pelo menos os pontos mais importantes que eu 
retoquei aqui. Depois nós entramos nas questões históricas, e nós falamos 
sobre alguns itens históricos extremamente importantes quanto à ressurreição 
de Cristo. O fato do Espírito Santo ter, soberanamente, ter arranjado aquela 
circunstância para que tudo fosse daquela forma para que ficasse evidente - 
essa é a palavra - que Cristo realmente ressuscitou. Então nós vemos aquele 
túmulo na rocha, aquela pedra que lacrava o túmulo, a guarda romana na porta 
do túmulo. Nenhum um túmulo era assim. O túmulo do Senhor foi muito 
especial, e muito especialmente guardado. Já vimos tudo isso. Aquele selo 
romano que era colocado em volta da pedra, aquele lacre. Ninguém poderia 
violar aquele túmulo. Então nós vimos naquele dia aquele anjo descendo, 
removendo aquela pedra, tirando aquela pedra daquela canaleta onde ela 
desceu para fechar o túmulo, tirando aquela pedra, levando para longe da boca 
do túmulo, para que ficasse claro que homem nenhum executou aquilo, 
daquela forma, colocando a pedra removida para longe da entrada do túmulo, 
e dando aquele testemunho às mulheres: “por que buscai, dentre os mortos, ao 
que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou como havia dito. Vai dizer aos 
discípulos que vão para a Galiléia e lá o verão”. Hoje nós vamos começar a 
examinar esse contexto. As testemunhas da ressurreição de Cristo. 
 Primeiro irmãos eu queria falar alguma coisa rápida, uma abordagem 
mais rápida sobre esse texto de 1ª Coríntios 15 e aqui nós vamos começar esse 
assunto que nós vamos desenvolver durante algumas reuniões. 
Mais uma confirmação histórica da ressurreição de Cristo: além da 
pedra, da guarda, do selo e etc que já vimos, nós temos mais uma prova 
tremenda. Nós não poderíamos dizer, mais uma vez também, que é a prova 
mais importante, mas de novo, nós podemos dizer que é a prova mais 
proeminente da ressurreição de Cristo. São as testemunhas, porque há uma 
variedade imensa de testemunhas, que coloca completamente, de lado, 
qualquer opção, se é para analisar a coisa do ponto de vista estritamente 
psicológico, como tanto cépticos fazem, aqueles que não crêem na palavra, 
não tem o Senhor Jesus e analisam as coisas do ponto de vista puramente 
cépticos, e então vamos ser cépticos e vamos analisar do ponto de vista deles, 
cépticos, do ponto de vista psicológico. É impossível que tantas pessoas em 
ocasiões tão diferentes de ensinos e níveis culturais e sociais tão diferentes 
pudessem dar o mesmo testemunho com tal vigor. É impossível que essas 
vidas pudessem ser transformadas com tal profundidade baseada em uma 
ilusão psicológica, baseado em uma ilusão que tiveram sobre a ressurreição de 
Cristo, uma coisa que passou pela cabeça deles e não tinha fundamento 
nenhum. Isso é realmente impossível, porque o Espírito Santo então, fez 
questão de quanto à ressurreição de Cristo, quanto à questão das testemunhas 
ele fazer o mesmo que ele fez quanto à questão do túmulo. Quanto à questão 
do túmulo Ele fez algo com relação àquela pedra, com relação àquele selo, 
com relação àquela guarda, tudo o que já vimos, e com relação às testemunhas 
ele também fez muita coisa. Jesus não apareceu aqui, ali ou acolá de uma 
forma muito resumida, muito limitada, nada disso. Ele se mostrou vivo aos 
discípulos em muitas ocasiões, de uma forma muito abrangente e clara. 
Então o Espírito Santo fez questão de registrar esses testemunhos na Bíblia. 
Irmãos nós precisamos acompanhá-los. É claro que eles não estão aqui a toa. 
É uma evidência de testemunhos tremendos. Se nós formos juntar e contar, 
por exemplo nesse texto de Coríntios, diz que ele apareceu para mais de 
quinhentos irmãos de uma só vez. E se nós juntarmos mais os doze, mais 
Maria Madalena, Joana, Salomé, Maria mãe de Tiago, etc e tantas 
testemunhas, o próprio Tiago, irmão do Senhor, que não é do grupo dos doze, 
Tiago, irmão na carne, filho de Maria também, citado aqui nesse versículo 7, 
desse capítulo 15, e então, se nós juntarmos todas essas testemunhas você vai 
ter aí quase seiscentas testemunhas. Se você colocar esse povo todo para 
depor no tribunal, para se avaliar os testemunhos, possivelmente nós tenhamos 
mais de sessenta horas de testemunhos. Irmãos, é um dos fatos mais 
testemunhados da história, a ressurreição de Cristo. É uma coletânea de 
testemunhos. 
Interessante que algumas pessoas analisam essas questões do ponto de 
vista jurídico, e sabe o que essas pessoas dizem? Que não há nenhum 
julgamento na história que tenha uma quantidade de testemunhos e de provas 
incontestáveis como a ressurreição de Cristo. Impressionante, não é? Isso é 
dito pelos juristas, que analisam desse ponto de vista o testemunho das 
escrituras dessas testemunhas, que vamos começar a ver hoje, sobre a 
ressurreição do Senhor. Olhem que coisa linda, impressionante, que o 
Espírito Santo deixou registrado para nós. 
Possivelmente hoje nós comecemos uma série de onze fatos, os quais eu 
queria mostrar para os irmãos, de forma cronológica. Muitas pessoas se 
esmeraram em fazer esse trabalho e eu estou apenas aqui aproveitando do que 
elas já fizeram. Eu queria citar onze fatos que mostram uma cronologia entre 
o momento exato em que aquele anjo remove a pedra e dá o testemunho 
àquelas mulheres de que o Senhor não estava ali, e elas saem correndo para 
avisar os discípulos dessa história, mas ainda não tinham visto o Senhor, os 
irmãos conhecem o relato, sabem que é assim, e então o Senhor aparece a 
primeira vez ali a elas, quando elas estão nesse caminho para irem avisar os 
discípulos que o Senhor ressuscitou. Ele se mostra a elas e diz assim: “Salve”. 
Em outras traduções diz assim: “Regozijai”. Então elas estão ali correndo, 
apressadas ali no caminho porque o anjo disse para elas que Ele não estava 
ali, ressuscitou. Que fossem avisar os discípulos que corressem para a 
Galiléia e que ali o viriam. Então elas estavam nesse caminho, indo avisar os 
discípulos. É a primeira vez que o Senhor Jesus se mostra a elas. Narrativa de 
Mateus 28. Ele se apresenta diante delas e diz: “Regozijai” ou “Salve”. Elas 
então abraçam o Senhor, o adoram e prosseguem para chamar os discípulos 
para contar para eles que Ele ressuscitou. Pedro e João vem correndo para 
tirar as suas dúvidas e quando eles chegam correndo, vêem o túmulo aberto - 
também já comentei esse texto - João pára na porta, Pedro entra correndo 
dentro do túmulo, depois João se abaixa e olha os lençóis e vê aquela mortalha 
oca, vazia como eu já comentei. E há toda uma sequência cronológica de 
acontecimentos e são muito impressionantes, muito lindas. Onze fatos que nós 
vamos destacar, mas antes de entrar neles, eu gostaria de comentar um 
pouquinho desse texto que nós acabamos de ler, ou seja, 1ª Coríntios 15. Dê 
uma olhada na sua Bíblia, por favor. 
Irmãos vejam que nos versículos 3 e 4, o apóstolo Paulo resume esse 
conteúdo maravilhoso do Evangelho em fatos simples. Ele diz assim no 
versículo 3: 3 Antes de tudo, Ele está apelando para o fundamento. Antes de 
tudo - ele está falando assim: O mais importante, o mais proeminente. antes 
de tudo, eu vos entreguei o que também recebi: Isso aqui é o Evangelho. 
Paulo era um ministro do Evangelho. Ele está dizendo: eu entrego o que eu 
recebi, e ele está resumindo nessas palavrinhas aí, todo o Evangelho. O que é 
que Paulo entrega? Ele entrega o que ele recebeu. O que é que Paulo 
recebeu? O Evangelho. Quantas vezes ele falou na suas cartas? Ele ministra 
aos gentios o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Não é? Então 
esse entreguei o que eu recebi, é o Evangelho. Agora, qual é o conteúdo do 
Evangelho de formabem sintética, bem resumida. Olhe porque esse texto é 
importante! Porque ele vai mostrar os pináculos, os sustentáculos do 
Evangelho. Então ele diz: que Cristo morreu. Olhe por onde começa. É 
claro que é um resumo. Aqui ele não fala da encarnação. A encarnação está 
implícita. Se Cristo morreu, é porque Ele encarnou, porque um fantasma não 
morre. E nem uma visão. Se Cristo morreu, é porque Cristo é homem. Deus 
não morre. Se Cristo morreu, é porque o Verbo, que é Deus, se fez carne e 
participou da natureza humana. Então veja que esse Cristo morreu, contém 
muita verdade por trás dele. Inclusive a encarnação. Agora, Paulo está 
enfatizando essa questão da morte. Por isso nós celebramos a ceia, a Mesa do 
Senhor, porque sobre essa morte, e consequentemente essa ressurreição, 
repousa a nossa salvação. São fatos, irmãos. Isso não pende sobre nós. Isso 
são fatos objetivos, que está em Cristo. Na medida em que nós vemos o que é 
o Evangelho, nós descansamos, porque nós sabemos o que Ele fez, o que Ele 
consumou. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo 
morreu pelos nossos pecados, Agora ele insere essa frase tão importante: 
segundo as escrituras. Está dizendo que toda aquela escritura do Velho 
Testamento, testemunhavam isso. Salmo 22, aquele Salmo da cruz, Davi. 
Salmo messiânico. Isaías 53: o cordeiro mudo que foi levado perante os seus 
tosquiadores e não abriu a sua boca. Ferido de Deus. Ele foi entregue ali, 
assumindo as nossas transgressões. Nossas iniqüidades estavam sobre ele. 
Todos estes textos falam da morte. Cristo morreu, segundo as escrituras. Olhe 
que importante, mostrando que os profetas, os escritos do Velho Testamento 
tinham um foco: Cristo. Agora especificamente, em Cristo, quais focos? 
Principalmente dois. Morte e Ressurreição. Os irmãos estão que coisa 
importante? Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as escrituras. Isso 
aqui se refere ao Velho Testamento. 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao 
terceiro dia, (de novo) segundo as Escrituras. Então os irmãos vejam que o 
Velho Testamento está apontando para esses dois fatos importantes, porque a 
nossa fé repousa sobre o fato. Irmão. A sua salvação não descansa sobre você. 
Sua salvação descansa nos ombros de Cristo, o perfeito intercessor, aquele que 
morreu, aquele que ressuscitou. Aquele que nos salvou pela graça, aquele que 
nos aliou, novamente ao Pai, no nossa alienação, Ele nos aliou novamente ao 
Pai, baseado no que Ele fez na cruz do Calvário, na sua morte e na sua 
ressurreição. Fatos que não dependem de nós. Fatos que foram trazidos a nós, 
pela graça, por meio da fé. Nós cremos porque nós fomos regenerados, 
porque a vida de Deus, infundida no nosso espírito, nos trouxe luz, capacidade 
de crer, de saber que é assim. A partir daí essas verdades vão tendo domínio 
sobre nós, poder em nós. O versículo 4 então diz: ressuscitou segundo as 
escrituras. Agora no versículo 5 (5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.), 
nós vamos deixar para comentar quando citarmos esses onze fatos que eu 
falei. Apareceu a Cefas. Uma situação interessante. Quando Ele manda 
aquele recado, através das mulheres, para que os discípulos corram para a 
Galiléia, porque lá Ele vai encontrá-los, lembre que só Marcos tem ali um 
recado especial, porque quem está por trás do Evangelho de Marcos é Pedro, 
inquestionavelmente. Nós já estivemos estudando juntos este Evangelho 
aqui. É o Evangelho de Pedro, na pena de Marcos. Então, naquele Evangelho 
de Marcos, há um registro: Ide e dizei aos meus discípulos, e a Pedro que Ele 
ressuscitou. E vão para a Galiléia e lá me verão. Então irmãos, há uma 
ocasião especial em que o Senhor aparece só a Pedro, antes de aparecer aos 
doze. Mas, não é dito muita coisa na Bíblia sobre esse acontecimento. Apenas 
é citado no Evangelho de Lucas. Nós vamos ver depois, Lucas cap. 24, sobre 
essa situação em que Ele apareceu a Cefas. 
O versículo 6: 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de 
uma só vez, Não nos é dito onde isso aconteceu no relato dos Evangelhos. 
Há uma possibilidade. Nós vamos examinar também depois, lá no mesmo 
capítulo 24 de Lucas. Lá mostra que os discípulos estavam reunidos, os doze, 
com outros. Então possivelmente seja nessa ocasião que esses quinhentos 
estavam juntos, quando viram o Senhor ressuscitado. Mas eu queria chegar no 
verso 7. Bem rapidamente. 
7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos. 
Irmãos. Esse Tiago aqui não é Tiago filho de Zebedeu, o irmão de João. 
Esse Tiago é o irmão na carne do Senhor Jesus, o filho de Maria. É o autor da 
Epístola de Tiago, que nós temos na nossa Bíblia. Eu queria falar um 
pouquinho, rapidamente sobre isso. Nosso irmão Nilton, esteve há pouco 
tempo, fazendo um estudo sobre Tiago e os irmãos se lembram do que ele 
comentou sobre isso? Esse Tiago era chamado de “O Justo”, antes do 
Pentecostes, do Espírito Santo ter descido sobre a igreja e depois, tal era a sua 
observância o seu rigor ascético, a sua observância, vamos chamar de 
religiosa. Era o Tiago, joelho de camelo, como consta na tradição hebraica, 
um homem piedoso, um homem rigoroso no que concerne à observação dos 
mandamentos, um homem que tinha uma sólida raiz judaica, o Tiago – O 
Justo. Com letras maiúsculas. Todos o conheciam assim. Irmãos, quando 
vocês olham o relato dos Evangelhos vou citar um versículo, era bom os 
irmãos abrirem no cap. 7, do Evangelho de João, se você observar um 
pequeno contexto aí, só para nos ajudar, abra por favor João 7, observe esse 
contexto de 1 a 5, contexto da festa dos tabernáculos, uma ocasião que só 
João cita, quando ele dá então um parecer a respeito dessa família humana de 
Jesus, os irmãos na carne, de Jesus. Olhem que interessante, especificamente o 
versículo 5 eu queria citar. Se você der uma olhada aí, você vai ver que nos 
versos de 1 a 4, os irmãos de Jesus criticam a Ele. (1 ¶ Passadas estas coisas, 
Jesus andava pela Galiléia, porque não desejava percorrer a Judéia, visto 
que os judeus procuravam matá-lo. 2 Ora, a festa dos judeus, chamada de 
Festa dos Tabernáculos, estava próxima. 3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus 
irmãos e lhe disseram: Deixa este lugar e vai para a Judéia, para que também 
os teus discípulos vejam as obras que fazes. 4 Porque ninguém há que 
procure ser conhecido em público e, contudo, realize os seus feitos em oculto. 
Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. 5 Pois nem mesmo os seus 
irmãos criam nele.) Eles acham esse Jesus muito estranho, porque Ele falava 
o que Ele fazia, achavam que Ele estava meio doido, não é? Sofrendo aí um 
problema mental qualquer, e sendo questionado por eles, por sua própria 
família, e então no versículo 5, João, como que resume, no versículo 5 
dizendo assim: 5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele. Entre eles, é 
claro, Tiago. Tiago O Justo. Agora irmãos, esse mesmo Tiago, Paulo cita 
aqui no cap. 15 de Coríntios que nós já lemos, o Senhor apareceu a ele. Nós 
não sabemos precisar nessa narrativa cronológica que a gente vai seguir, nós 
não sabermos precisar onde é que isso aconteceu, porque não há nenhuma 
informação bíblica mais sobre esse assunto, a não ser em 1ª Coríntios 15, 
verso 7. Ele apareceu a Tiago, sozinho - Ele e Tiago, mais ninguém. Tiago, 
seu irmão na carne. Só isso é citado, e mais nada. Agora irmãos, não 
precisava mais nenhuma citação, sabe por que? Abra a sua Bíblia lá em 
Tiago, epístola dele. Tiago, cap. 2. Esse versículo é muito significativo. 
Agora quem escreve é Tiago, o irmão do Senhor, aquele que era então o justo, 
aquele que João diz que nem mesmo seus irmãos criam Nele. Agora quem 
escreve essa epístola é o próprio Tiago. Quando ele começa, no cap. 1 
primeiro, a sua saudação, ele fala assim: 1 ¶ Tiago, servo de Deus e do SenhorJesus Cristo. Agora ele viu muito bem: o Senhor Jesus Cristo. Aquele que 
era seu meio irmão, no que concerne à sua natureza humana, já que Ele, 
Jesus, não era filho de José. Mas Tiago sim, mas Jesus não. Ele era meio 
irmão do Senhor. Servo de Deus e servo do Senhor Jesus. E depois no cap. 2 
ele diz assim: 1 ¶ Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus 
Cristo, e a expressão aqui no original é “a glória”, embora a nossa expressão 
tenha o mesmo peso, quando ela traduz aqui como “Senhor da glória”. Você 
já viu que expressão tremenda? Já viu o que é que Tiago fala dessa pessoa? 
Enquanto João dizia que nem mesmo os seus irmãos criam Nele. E agora 
você vê o próprio Tiago escrevendo. Ele é o Senhor da glória. Irmão. Tiago 
não foi convencido de segunda mão de que Ele é o Senhor da glória. Tiago foi 
convencido de primeira mão. Nós sabemos disso por causa do que Paulo 
escreveu em Coríntios. Depois foi visto por Tiago e depois por todos os 
apóstolos. Então Tiago quando fala Dele diz assim: Ele é a glória. Ele é o 
Senhor da glória. Irmão, não tenha dúvida. Quando Tiago usa essa expressão 
Senhor da glória, ou a Glória, o que é que você acha que Tiago tem em 
mente? Pense um pouco. Tiago era um tremendo judeu. O que é que ele tem 
em mente quando ele chama Jesus de “a glória”? Você sabe? A Shekina. 
Aquela glória do Velho Testamento. Aquele Santo dos Santos que o Sumo 
Sacerdote entrava só uma vez por ano, e aí aquela glória se manifestava, e se 
esse Sumo Sacerdote não estivesse adequado ele seria mesmo fulminado por 
aquela glória santa de Deus, a Shekina. Isso para o judeu é glória. Não é? 
Essa palavra Shekina, significa exatamente isso: é “A Glória”, é a presença 
de Deus, a santidade de Deus. Então Tiago liga essa Shekina do Velho 
Testamento com o Senhor Jesus, porque agora ele viu, pessoalmente, quem 
Ele era. Ele tinha visto quem Ele era. Ele é a Glória. Tiago como que está 
dizendo: Ele é a Shekina, manifestada. Shekina encarnada. O Verbo se vez 
carne. Então irmão, Tiago é um tremendo testemunho da ressurreição do 
Senhor Jesus. Por que? Porque ele é um opositor. As testemunhas de maior 
valor são exatamente os opositores. Irmão, se você colocar um banco de 
testemunhas, para se processar o juízo da ressurreição do Senhor, para se 
processar uma averiguação da ressurreição do Senhor, você vai ver naquele 
banco tanto pessoas que o receberam e creram Nele, antes Dele ressuscitar, 
por exemplo os doze que andavam com Ele, como você vai ver opositores. 
Irmão e não há testemunho que seja mais pesado, mais verídico do que o 
testemunho de opositores. Não é testemunho de amigo. É testemunho de 
inimigo, e aqui você está vendo um inimigo: Tiago. Nem mesmo seus irmãos 
criam Nele. Meu irmão acho que é lunático. Olhe as coisas que ele fala. Ele 
fala que Ele é Deus. Ele fala que Ele é Filho de Deus. Irmãos, ele não podia 
aceitar isso como bom judeu. Agora Tiago vem dar este testemunho de que 
Ele, o Senhor Jesus é o Senhor da Glória, e eu sou escravo Dele. A palavra 
de ele usa no original: servo, escravo, dolos. Escravo de Deus e do Senhor 
Jesus Cristo. É assim que ele começa a epístola. Ele não começa dizendo 
que ele é meio irmão do Senhor, que Ele também é um filho de Maria, ou 
arrogando para ele qualquer posição especial. Ele mostra que o Senhor é um, 
tão diferente dele, embora, na carne, eles sejam meio irmãos. Mas ele diz 
que Ele é a Shekina. Ele é A Glória. Esse é o testemunho de um opositor. 
Mas irmãos, no mesmo texto de Coríntios que nós acabamos de ler, 
ainda não para aí. Nós vemos um outro opositor tão tremendo quanto Tiago, 
senão pior. E esse o opositor é o próprio autor da Epístola aos Coríntios: 
Saulo de Tarso. Irmão, esse era um homem tremendo. Era um homem de um 
extremo preparo intelectual, moral, em todos os sentidos. Um homem 
absolutamente preparado, em todos os assuntos. Um homem claro com 
relação a Jeová, quem era Jeová, as ordenanças do Velho Testamento, um 
homem que da mesma maneira não podia aceitar o Senhor Jesus porque era 
impossível Deus vir habitar com o homem, pois Deus é santo, o homem é 
pecador, e o melhor que o homem pode fazer é tentar acertar essa relação com 
ele, de alguma maneira, mas Deus não pode compactuar com o homem que é 
pecador. Então Paulo não podia aceitar isso, Saulo de Tarso. Então quando 
ele viu aquela seita, porque para ele aquilo era uma seita, os chamados cristãos 
ou seguidores do caminho. Quando ele viu aquelas pessoas pregarem aquela 
„blasfêmia‟, que Jesus de Nazaré, crucificado é Deus, então ele não podia 
fazer outra coisa senão exterminar aquelas pessoas, porque eles estavam 
ofendendo a Deus, ofendendo o judaísmo, ofendendo os oráculos de Deus, 
ofendendo Jeová. Os irmãos sabem muito bem disso. Então quando ele 
consegue aquelas cartas para perseguir cristãos, lançar em prisão, torturar, 
acabar com essa seita chamada cristianismo, vai naquela estrada de Damasco 
e é quanto a isso que ele está se referindo aqui em 1ª Coríntios 15, ele fala: 
depois de Tiago, de todos os apóstolos, Ele também apareceu a mim. Ele cita 
aí, em 1ª Coríntios 15, ele pega essas cartas e vai perseguir os cristãos. Ele 
ouve então aquela voz que liga, da mesma forma que Tiago, Shekina com 
Cristo em Tiago, você vê na vida de Paulo a mesma coisa. A vida de Paulo, 
quando ele cai naquela estrada, ele pergunta a respeito daquela voz que ele 
ouviu, irmãos ele faz uma pergunta usando a palavra „quirios‟ (Kurios) no 
grego que no hebraico significa Jeová, Senhor, o Iavé. Ele faz essa pergunta, 
porque de alguma maneira ele compreendeu que ele estava diante de Jeová. 
Então ele faz uma pergunta assim: Quem és Tu, Jeová? Kurios, ou Senhor, 
como é traduzido aí. Quem és Tu, Senhor? Então ele ouve aquela voz do céu 
dizendo assim: „Eu sou Jesus‟. De uma forma simples, apontando para o nome 
humano Dele. „Eu sou Jesus‟. Os irmãos estão vendo o que Paulo viu na sua 
visão? Viu que aquele Jeová, o grande Jeová, baseado no qual ele estava 
perseguindo os cristãos, é Jesus. Se manifestou em Jesus, se fez carne em 
Jesus. Primeira verdade que ele viu: Eu sou Jesus. Jeová é Jesus. Jesus é 
Jeová, manifestado na carne e depois o Senhor não parou aí, Ele continuou 
dizendo assim: „a quem tu persegues‟. Ele viu uma segunda verdade muito 
clara. „A quem tu persegues‟. Ele perseguindo a igreja, estava perseguindo a 
Jesus, que é Jeová. Então ele viu isso tudo ao mesmo tempo. Ele viu que Jeová 
é Jesus, que Jesus é Jeová manifestado na carne, e que os cristãos são um com 
Jeová, Jesus. Eles são as testemunhas de Jesus, porque Jesus é Jeová. Os 
cristãos não são testemunhas de Jeová, porque as testemunhas de Jeová, não 
crêem que Jesus é Jeová. Os cristãos são testemunhas de Jesus, porque crêem 
que Jesus é Jeová encarnado. O Verbo se fez carne. Então o Senhor Jesus 
disse para eles: „sereis as minhas testemunhas‟. Nós somos as testemunhas 
desse Jeová encarnado em Jesus. Jesus é Deus. Passou pela morte, 
ressuscitou, derramou o seu Espírito, e que nos constituiu seu corpo por uma 
união orgânica com Ele, eterna. Sereis as minhas testemunhas, em 
Jerusalém, Judéia, Samaria e todos os confins da terra. Foi o que o Senhor 
falou. Então veja a importância desse opositor. Se você colocar esse 
opositor nesse banco, ele vai ter que se levantar e dizer: Olha. A minha 
história é a seguinte: Eu sou Saulo de Tarso – ele não precisava nem contar, 
pois todo mundo sabia. Ele ia contar o que é que ele viu com relação a esse 
homem. Ele se mostrou a mim, ressuscitado. Então irmão, o testemunho dos 
opositores, é um testemunho de peso. Queria que você visse nesse texto de 
Coríntios então dois. Por enquanto, só dois. Tiago e Paulo. Tremendas 
testemunhas. Agora, na medida em que nós formos seguindo, na ordem 
cronológica, você vai vermuito mais, muitas testemunhas maravilhosas. 
Mulheres que amavam o Senhor, discípulos. Penso que nós poderíamos 
começar hoje, a seguir esse relato, para ganharmos tempo até onde o tempo 
permitir e depois, em outras reuniões, a gente prossegue. 
Vamos dar uma analisada nesses fatos históricos dessas testemunhas. 
Vamos começar em Mateus cap 28. Irmãos, vamos tentar fazer o que então 
alguns estudiosos já fizeram por nós, muito interessante. Vamos tentar fazer 
uma seqüência cronológica dos fatos desde a abertura do túmulo, desde a 
remoção da pedra, por aquele anjo. Tudo o que se passou até o monte das 
Oliveiras. Se você quiser depois meditar, ler com calma, eu encorajaria você a 
trazer um caderninho para fazer as anotações. Hoje só iremos começar e nas 
outras reuniões a gente segue. Nós vamos ver onze passos. E o caminho que 
nós vamos seguir é desde a pedra removida até o Monte das Oliveiras quando 
Jesus é ascenso ao céu. É um longo trajeto. Muita coisa aconteceu. Rica, cheia 
de detalhes. Muito encontro do Senhor, com muito envolvimento tanto 
espiritual, quanto emocional, quanto físico. Magnífico. Então, desde a 
remoção da pedra, no domingo de madrugada, a ressurreição, até cinqüenta 
dias depois, o Pentecostes, ou melhor, quarenta dias antes. Cinqüenta dias foi 
o Pentecostes, quarenta dias antes, a ascensão. Porque entre a ascensão e o 
Pentecostes, foram dez dias. Jesus ressuscitou e apareceu quarenta dias aos 
discípulos e depois, no quadragésimo dia, foi ascenso ao céu. Disse ainda aos 
seus discípulos: „esperai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de 
poder‟. Isso demorou dez dias. Então Penta, cinqüenta – Pentecostes, 
cinqüenta dias depois da ressurreição, depois do domingo. Desses cinqüenta, 
quarenta dias Ele apareceu aos discípulos, com essas provas que Lucas chama 
de incontestáveis da sua ressurreição. Quem sabe antes de nós abrirmos em 
Mateus 28, abra em Atos cap 1, para você ver isso que estou tentando 
explicar aqui. Atos cap 1. Você sabe que quem escreve Atos é Lucas, o 
mesmo autor do Evangelho. Então, olhe o que é que ele diz sobre esse 
período das aparições do Senhor ressuscitado. Atos 1 : 1 ¶ Escrevi o primeiro 
livro (o Evangelho), ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a 
fazer e a ensinar 2 até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos 
por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às 
alturas. (isso aqui é a ascensão lá no Monte das Oliveiras, quarenta dias 
depois da ressurreição). 3 A estes também, depois de ter padecido, se 
apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante 
quarenta dias e falando (para que Jesus aparecia durante esse tempo. Olhe o 
tema aqui que interessante) das coisas concernentes ao reino de Deus. Ele 
estava mostrando agora o que era o reino, na pessoa do Rei ressuscitado, 
porque o Reino de Deus era algo espiritual, eterno, que repousava na pessoa 
do Rei, que o Reino de Deus como Paulo fala em Romanos não era comida, 
não era bebida, não era observar a lua nova, não era circuncisão, não festa, não 
era não toque isso, não toque aquilo, não manuseie isso, não prove aquilo, 
como ele fala em Coríntios, não é isso? Mas que o reino de Deus era algo 
espiritual, era uma relação viva com o Senhor, que ressuscitado, habitaria em 
nós, estaria em nós e nós Nele. Então Ele se apresentou quarenta dias para 
falar do Reino. Ele já havia falado do Reino nos Evangelhos por parábolas. 
Agora nesses quarenta dias Ele iria falar do Reino face a face. Ele ia falar do 
Reino não por enigmas mais, mas agora do Reino como revelado na Pessoa do 
Rei ressuscitado. Os irmãos imaginem o impacto que isso teve na vida dos 
discípulos. Foi um impacto tão tremendo que enquanto Tomé não pode ver 
isso, ele não acreditou. Não é? É claro irmão. Tomé era como nós. Nós 
somos - de cientistas, médicos e loucos, cada um tem um pouco. Não é? 
Então nós também somos como Tomé. Não tem diferença nenhuma. Então 
quando Tomé viu aquele relato dos discípulos de que o Senhor já havia 
ressuscitado e que também havia aparecido para eles, Tomé achou que todos 
estavam birutas. „Se eu o vir, e colocar o meu dedo‟ Veja que não é uma 
visão, porque visão vocês tiveram. Vocês tiveram uma alucinação e eu não 
quero ter alucinação. Então se eu o vir‟ mas ele não falou só se eu não o vir. 
Falou também em colocar o meu dedo. Não tem jeito de por dedo em 
fantasma irmão. Nem em visão. Nem em alucinação. Ele falou: „eu vou por o 
meu dedo. Não sou bobo igual a vocês não. Eu vou colocar o meu dedo nas 
feridas e vou ver se é Ele mesmo‟. Os irmãos lembram o que o Senhor fez 
pela graça Dele, e para que esse testemunho ficasse registrado nas escrituras. 
Ele fez o que Tomé pediu. Só que Tomé teve de esperar oito dias. Só veio no 
outro domingo. Passou uma semana, chegou domingo de novo, estavam de 
portas trancadas, o Senhor se apresenta no meio deles. Aí Tomé vai, toca no 
Senhor, e faz umas das exclamações mais tremendas do Evangelho. Ele fala só 
uma frase. “Senhor meu – reconhecendo Jesus como seu Senhor – e Deus 
meu.” Que coisa tremenda irmãos. Esse foi o testemunho que Tomé deu. 
Nós vamos chegar lá. Então veja a importância deles terem visto o Senhor 
Jesus ressuscitado, como sendo então o próprio reino manifestado agora na 
pessoa do Rei. É o que Lucas está dizendo aqui no livro de Atos. Apareceu 
quarenta dias, falando das coisas concernentes ao reino de Deus. Olha o que é 
que Lucas diz agora: cada palavra - quando você vê sobre esse prisma que 
nós estamos estudando, ela se torna mais importante, do que talvez você já 
tenha lido até hoje. Olhe o verso 4 como é que começa em Atos 1:4. 4 E, 
comendo. Fantasma não come, nem visão, mas homem come. Lembra quando 
o Senhor se apresentou entre os discípulos Ele pediu para eles: o que tens aí 
para comer? Eles ofereceram peixe assado, e favo de mel. E Lucas registra, o 
mesmo Lucas autor do livro de Atos. Lucas diz que Ele comeu na presença 
deles. Por que comer é importante? Porque é homem quem come e não uma 
visão. Não é? ....................Comendo com eles, determinou-lhes que não se 
ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, 
disse ele, de mim ouvistes. Então se passaram mais dez dias e aí o Espírito 
Santo desceu para se cumprir o Pentecostes, que era uma figura do Velho 
Testamento da descida do Espírito Santo. 5 Porque João, na verdade, 
batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito 
depois destes dias. Deus o Espírito Santo habitaria em nós para que nós 
tivéssemos o gozo de Deus o Pai e Deus o Filho, na pessoa de Deus, o 
Espírito Santo. Então Ele enviou o Espírito Santo, não muito depois desses 
dias. 6 ¶ Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este 
o tempo em que restaures o reino a Israel? Como bons judeus eles ainda 
tinham aquela pesada perspectiva natural de restauração literal e natural do 
Reino. Então 7 Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou 
épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; 8 mas recebereis 
poder, (poder – capacitação espiritual ) ao descer sobre vós o Espírito Santo, e 
sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e 
Samaria e até aos confins da terra. 9 Ditas estas palavras, foi Jesus elevado 
às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. É até aí que 
nós vamos – Foi Jesus elevado às alturas. Desde a abertura do túmulo até o 
„elevado às alturas‟, até o monte das Oliveiras. São então quarenta dias e 
nesses quarenta dias eu quero citar para os irmãos onze fatos importantes, que 
vão fazer uma cronologia, uma seqüência no tempo, com o que aconteceu 
nesses quarenta dias por ordem, sem misturar nada. Vamos tentar fazer um 
mapa do que o Senhor fez nesses quarenta diasem ordem. Vamos começar a 
dar uma olhada lá em Mateus 28. 
A primeira coisa que aconteceu então, o primeiro fato importante, essa 
remoção da pedra, esse terremoto, esse fato aqui que foi uma provisão então 
dos céus, através desse mensageiro, um anjo, que arrastou aquela pedra da 
boca do túmulo, não foi o anjo que ressuscitou a Cristo, tome cuidado. Quem 
ressuscitou a Cristo foi Deus o Pai. A Bíblia diz que Deus ressuscitou a 
Cristo. A Bíblia diz que o Senhor disse em João 10 que Ele tinha poder para 
entregar a sua vida e também para reassumi-la, porque Ele é Deus com Deus, 
com o Pai, mas no que concerne à Trindade, vamos chamar de econômica, ao 
revelar de Deus, Deus o Pai, ressuscitou ao Filho encarnado, porque o Filho 
encarnado estava em submissão ao Pai em todos os assuntos, até na 
ressurreição. Então Ele foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, 
como Paulo disse. Não foi anjo que ressuscitou a Cristo. Foi anjo que fez o 
sinal, removendo a pedra para que tornasse acessível a visitação àquele 
túmulo, a prova de que o Senhor não estava ali. 
 
 
 
PRIMEIRO FATO 
 
Vamos então ler esse lindo relato de Mateus 28. 1 ¶ No findar do 
sábado, ao entrar o primeiro dia da semana (isso significa que era a vigília da 
manhã. Não tinha nascido o sol. O dia entra depois da meia noite na contagem 
de tempo da forma judaica. Então era madrugada, antes do sol nascer), Maria 
Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2 E eis que houve um 
grande terremoto; (é assim que é descrito. Primeiro fato: um grande 
terremoto, e veja que não foi um terremoto ocasional) porque um anjo do 
Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. 3 
O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. (o 
versículo 4 é uma pura conseqüência dessa coisa estarrecedora que aconteceu 
aqui. Olhe o que diz o verso 4, que lindo testemunho) 4 E os guardas 
tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos. 5 Mas o anjo, 
dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; (interessante não é? Comunhão 
do anjo, mensageiro de Deus, com aquelas mulheres com relação a Cristo e 
àqueles que não tinham nada a ver com isso, estavam ali como mortos. Não 
participaram disso. Mortos. Eles não faziam parte desse plano. Não estavam 
incluídos nisso. Não é. Você veja que linda cena de comunhão.) porque sei 
que buscais Jesus, que foi crucificado. 6 Ele não está aqui; ressuscitou, como 
tinha dito. (Veja que o anjo disse para a mulher a mesma coisa que eu já 
enfatizei para os irmãos, o que João viu, depois que ele veio correndo para o 
túmulo. O anjo chama as mulheres e diz assim. “Vinde ver onde ele jazia”. 
O anjo queria que elas vissem aquela mortalha, aquela mortalha oca, sem o 
corpo dentro, porque aquilo era impressionante para eles, como foi para João, 
assim como para as mulheres. Ele não se contentava em dar o recado. Não. 
Ele disse entre aqui no túmulo. Ele estava ali, naquele lugar. Olhem lá onde 
ele jazia.) 7 Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele 
ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. É 
como vos digo! 8 E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas 
de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. 9 E eis que 
Jesus ( preste atenção na narrativa. Elas então já saíram, não viram a Jesus, só 
a notícia do anjo, e elas vão correndo dar a notícia que o anjo havia mandado e 
agora no verso 9 diz assim) 9 E eis que Jesus (primeira aparição do Senhor. 
Vejam que não é na porta do túmulo, mas é no caminho, quando elas estão 
correndo para avisar os discípulos, o que o anjo havia ordenado) veio ao 
encontro delas e disse: Salve! Tem uma outra tradução que coloca uma outra 
palavra, talvez mais significativa: Regozijai. O Senhor Jesus se coloca diante 
delas e diz assim: Se encham de gozo, porque Eu estou aqui. Eu venci a 
morte, ressuscitei. Não há mais nenhuma condenação sobre vocês. Vocês 
agora são meus, irreversivelmente meus. A morte não tem domínio sobre 
vocês. Não é? Então Jesus expressou tudo isso em uma palavrinha: 
Regozijai. Salve! Olhem o que é que diz a seqüência agora. E elas, 
aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. 10 Então, Jesus lhes 
disse: Não temais! (segunda vez. No início o anjo disse a mesma coisa, no 
verso 5 e agora Jesus diz) Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia 
e lá me verão. Então elas vão fazer isso. 
 
 
SEGUNDO FATO 
 
 Qual que é o próximo ato? Agora na verdade, nós temos um ato duplo. 
O próximo ato é que elas chegam lá para dar a notícia e Pedro e João quando 
ouvem essa notícia, eles não se contém. Não é assim? Eles saem correndo 
para averiguar os fatos e vão para o sepulcro e quando eles chegam no 
sepulcro, vocês conhecem a narrativa de João 20, João era mais novo do que 
Pedro, corre mais, chega primeiro, e pára na porta. Pedro vem atrás dele, 
entra direto dentro do túmulo. Depois João, segunda narrativa de João 20, 
abaixa, porque a porta do túmulo era baixa, no máximo um metro e meio de 
altura segundo a história, João se abaixa e vê os lençóis. Impressionante, 
aquela mortalha oca. Ele registra, lá em João 20 que ele viu e creu. Agora 
irmãos, depois disso, nesse momento eles não vêem o Senhor. As mulheres 
sim. O Senhor as encontrou no meio do caminho, quando disse salve, ou 
regozijai. Mas eles não o viram. Eles sabiam que ele não estava lá, mas não 
viram a ele. Então eles vão embora, e esse seria então o segundo fato. Pedro e 
João vão averiguar o sepulcro. O segundo fato importante. 
 
 
TERCEIRO FATO 
 
 
Terceiro fato, uma ocasião tão significativa agora, Pedro e João saem de 
alguma forma também se você ajuntar os relatos e ler, você precisa de ler os 
quatro Evangelhos, os capítulos finais de todos eles, Mateus 28, Marcos 16, 
Lucas 24 e João 20, os últimos capítulos dos quatro Evangelhos, as quatro 
narrativas da ressurreição, e você vai poder montar o quadro todo e você vai 
ver que cena linda. Pedro e João vêem o fato do túmulo estar vazio, eles saem 
de alguma maneira eles tem temor em relação àquilo, e eles saem dali como 
que confusos, atemorizados com o que aconteceu, o Senhor não está aqui, 
mas nessa hora então, o terceiro fato então acontece. O fato na nossa narrativa 
cronológica, que é muito importante registrar porque a Bíblia faz isso mais de 
uma vez. Maria Madalena fica junto ao túmulo. Ela não vai embora. Irmãos, 
que coisa linda. Porque dessa mulher o Senhor havia expulsado sete 
demônios, essa mulher era um covil de demônios, completamente escravizada, 
possuída, dominada, por esses espíritos e o Senhor os repreendeu e os 
expulsou da vida dessa mulher sete demônios. Irmãos e todo tesouro que ela 
tinha era o Senhor Jesus e se Pedro e João, embora amassem o Senhor, 
pudessem se retirar do túmulo seja por temor, seja por estarem pressionados, 
seja porque eles iriam dar uma notícia rápida para os outros, que realmente o 
túmulo está aberto e eles nada viram, seja por que motivo for. Maria Madalena 
não saiu por motivo nenhum. Ela permaneceu junto do túmulo. Ela só saiu a 
primeira vez porque o anjo mandou. Vai dar notícia para os discípulos que vão 
para a Galiléia e lá me encontrarão. Ela dá a notícia e volta para o túmulo. Ela 
não consegue ficar longe do túmulo e então os discípulos, João e Pedro vão 
embora, depois de ver o túmulo vazio, sem ver o Senhor. Mas, Maria 
Madalena fica na beira do túmulo. 
Eu queria agora ler essa narrativa com os irmãos, que é o terceiro fato 
então. João cap 20. Vamos olhar essa linda narrativa e a gente termina por 
aqui hoje com esse terceiro aspecto, esse terceiro fato na cronologia. João cap 
20. Se você olhar na sua Bíblia de 1 a 10, está registrado exatamente o que eu 
acabei de comentar, até o ponto em que Pedro e João vêem os lençóis ali e vãoembora. O verso 10 diz: voltaram os discípulos outra vez para casa. Isso é o 
verso 10. Mas olhem o verso 11, o contraste. Maria, e essa aqui é a Madalena, 
é a que inicia o cap 20, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao 
sepulcro. Não foi só ela quem foi. Foram várias mulheres. Maria Madalena, 
Maria mãe de Tiago, Salomé, Joana, e Lucas diz ainda que haviam outras 
mulheres, sem citar nomes. Mas João enfatiza Maria Madalena somente. Ele 
punha ênfase nela, porque ele vai falar algo dela. E o versículo 11ele volta na 
Maria, assim como ele começou no verso primeiro. 11 ¶ Maria, entretanto, 
permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, 
abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo. E essa foi uma visão que só ela 
teve, e viu dois anjos – agora não é mais aquele anjo que removeu a pedra e 
que se assentou sobre ela, como vimos em Mateus. Agora são dois anjos, 
dentro do túmulo, não encima da pedra. Veja que é diferente o relato. 12 e 
viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, 
um à cabeceira e outro aos pés. Dois anjos. 13 Então, eles lhe perguntaram: 
Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, 
e não sei onde o puseram. Que coisa impressionante irmãos. Vejam como eu 
falei o aspecto espiritual, veja o aspecto afetivo, veja o aspecto relacional 
desse texto, que coisa maravilhosa. Maria não tinha significado de vida a não 
ser diante do Senhor. Ela não podia se retirar daquele túmulo, por causa do 
que o Senhor significava para ela. 13 .......... levaram o meu Senhor, e não sei 
onde o puseram. 14 Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, 
mas não reconheceu que era Jesus. 15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que 
choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: 
Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Que coisa 
impossível. Uma mulher carregando um homem que tivesse aí mais ou 
menos sessenta quilos, com cinqüenta de faixas, aromas e coisas que o 
embalsamaram, mais de cem quilos. Maria Madalena queria carregá-lo. 
15........, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Aqui no verso 15, ele disse: 
mulher, e agora no verso 16 ele diz: Maria. 16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, 
voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)! Viram a 
diferença aí? Mulher é um termo geral, mas quando Ele chama no verso 16 o 
nome dela, Maria. No Salmo 139 ele diz assim que os nossos nomes foram 
escritos no seu livro quando nem um só dos nossos dias havia ainda. O 
Senhor é aquele que conta as estrelas, que na Bíblia é uma figura dos santos, 
aqueles que pertencem a Deus e as chama pelo nome. Então quando o Senhor 
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni 
(que quer dizer Mestre)! 17 Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; 
porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-
lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. E aqui a 
gente tem o centro dessa narrativa tão importante, a relação do Senhor com 
Maria, algo que foi dado somente nessa relação, essa verdade tão tremenda 
aqui do verso 17. 17 Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda 
não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo 
para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. Primeira vez nos 
Evangelhos que você vai ver Jesus chamar os seus discípulos de seus irmãos. 
Ele chamou de amigo, de servo, mas somente aqui de irmãos, porque agora, a 
cruz já era um fato. Agora os nossos pecados já haviam sido tirados, agora se 
cumpriu o que estava escrito lá no Salmo 22, que o autor de Hebreus registra 
lá na sua carta. Ele que se coloca entre os seus irmãos e diz: aos meus irmãos 
declararei o teu nome, como está no Salmo 22. A meus irmãos. Ainda não 
subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para o 
meu Pai e vosso Pai. Só Maria ouviu isso. Só Maria Madalena ouviu isso. 
Meu Pai e vosso Pai. Que tremenda verdade do Evangelho que o Senhor fez 
na cruz. Só ela ouviu o significado da morte do Senhor explicitado assim. Ele 
é o meu Pai, Ele é o vosso Pai. Vocês são meus irmãos. Subo para o meu 
Pai e vosso Pai, o meu Deus e vosso Deus. 18 Então, saiu Maria Madalena 
anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe dissera estas 
coisas. Os irmãos vejam como que o Espírito Santo fez questão de registrar 
que foi Maria quem foi testemunha dessa verdade tão tremenda. O fato de que 
agora o Senhor ressuscitado, ainda não ascenso, e por isso a gente vai 
compartilhar até a ascensão, porque o fato da ascensão, ele é o complemento 
da ascensão. Jesus não só ressuscitou, mas ele foi ascenso e isso significa 
muito, porque ascenso significa que ele foi até a presença de Deus. Irmão, 
não sei como é que você entende, mas é difícil fugir, para quem sabe você 
começar a pensar um pouco nisso. É difícil fugir da idéia de que céu é 
também um lugar geográfico. É muito difícil você fugir dessa idéia. Você 
pensar no céu como um lugar somente espiritual, uma posição espiritual. 
Muito difícil você fugir da idéia bíblica de que o céu é também um lugar 
geográfico e esse é um dos textos que faz uma forte alusão a isso, porque o 
Senhor Jesus falou: eu ainda não subi. Se o céu é em todo lugar, se o céu é 
uma questão espiritual, o Pai está aqui, está lá também, é tudo uma coisa só, 
então o que é que é subir? Para onde é que Jesus tinha que ir se ele já não 
tivesse ido? Se ele já estava ressuscitado, não tinha mais um corpo físico, 
limitado pelo tempo e pelo espaço, ele podia entrar em um quarto fechado 
passando pela parede, não é isso o que Ele fez? Então o que é que significa 
subir? Subir para onde? Então é muito difícil você escapar dessa sugestão 
bíblica de que o céu é também um lugar geográfico, para onde nós seremos 
transportados para estarmos face a face com o Senhor. Então quando o 
Senhor falou ainda não subi, ele estava se referindo, exatamente ao céu, ou 
seja aquela presença de Deus. „ ainda não estou lá. Estou aqui dando o meu 
testemunho, o testemunho da minha ressurreição, mas eu preciso ir para lá, 
para que a minha vida, com o frescor do meu sacrifício esteja não aqui na 
terra, mas a minha vida ressurreta, com a marca da morte, esteja no ar, na 
presença de Deus, porque é lá que tem valor, e não é assim que o livro de 
Hebreus apresenta o Senhor? Não é assim? Ele é aquele que entrou no Santo 
dos Santos. Na terra era um lugar geográfico, espiritualmente falando também. 
Ele entrou no Santo dos Santos. Na terra era lá onde tinha a Arca da Aliança, 
mas no céu é a presença de Deus, a Shekina. Então o autor de Hebreus diz 
que ele é a âncora da alma, segura e firme, que penetrou no véu, onde Jesus 
entrou como um precursor por nós. O livro de Hebreus todo mostra esse lugar 
onde Jesus entrou. Ele chama dos Santo dos Santos, na presença de Deus. 
Então foi isso que Ele disse para Maria: ainda não subi para meu Pai. Ele 
passou quarenta dias aqui dando testemunho e depois ele finalmente subiu. Aí 
João, quando tem a visão Dele lá em Patmos, a visão Dele nesse lugar, nos 
céus: „Eu vi no meio do trono um cordeiro, como que recentemente imolado‟. 
Vejam que coisa maravilhosa os fatos. Tudo isso são fatos. Os fatos sobre o 
qual repousam a nossa fé. Os fatos que incorporam a nossa fé. Esse é o nosso 
Senhor e é por isso que quando os discípulos puderam ver isso, o que é que 
vocês acham que eles poderiam fazer, a não ser fazer o que eles fizeram!!!! 
Ali chamados diante das autoridades, açoitados: „preguem mais uma vez para 
vocês verem o que é que vai acontecer? Por enquanto é açoite. Da próxima 
vez vai ser cabeça que vai rolar. Continuem pregando e vocês vão ver o que 
vai acontecer‟. Era assim que o Sinédrio ameaçou os discípulos e a Bíblia diz 
assim queeles responderam para eles. “Olha. Mais importa para nós obedecer 
a Deus do que aos homens.‟ E eles disseram mais: “Nós não podemos deixar 
de falar das coisas que temos visto e ouvido”. Tal era o impacto dessas 
verdades no coração deles. Isso regia a vida deles e a pregação deles. Então 
veja que importância a gente poder caminhar por esses fatos porque a nossa 
fé tem o mesmo conteúdo, esse único conteúdo, robustecido e fundamentado 
na ressurreição e ascensão de Cristo. Que o Senhor nos ajude seguir este 
caminho até a ascensão, até o Monte das Oliveiras. Que o Espírito Santo nos 
ajude a ver cada fato com clareza, para que a nossa fé possa ser fortalecida 
Nele. Amém. Vamos orar. 
 Pai. Obrigado porque nós temos um regozijo em nosso coração, 
verdadeiro, porque o Senhor ressuscitou, não foi retido pela morte, porque era 
impossível que fosses retido por ela. Muito obrigado porque o Senhor nos 
resgatou para si, nos fez um povo exclusivamente seu, filhos do Teu Pai, 
irmão Teu. Nós somos gratos a Ti Jesus, pela tua morte, pela tua ressurreição. 
Pedimos ao Senhor que ministre ao nosso coração, o Senhor mesmo, esse 
conteúdo da nossa fé, de forma clara e firme, nos dando a alegria e o regozijo 
no nosso íntimo, de pertencermos ao Senhor vivo ressurreto que reina sobre 
nós, que rege as nossas vidas e pedimos a Ti Senhor, que esse impacto da Tua 
ressurreição e da Tua ascensão, tenha um significado mais profundo, 
verdadeiro, em nossas vidas. Nós Ti pedimos agradecidos em nome de Jesus. 
Amém.

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