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Tipos de neurônios NEUROANATOMORFOLOGIA

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Tipos de neurônios: função e anatomia
 
Por Pol Clapers Guardi, Psicólogo. 5 novembro 2019
Desde o ato de saborear um sorvete de chocolate, passando por uma turbulenta dor de barriga até decidir que durante uns meses você não comerá mais sorvete, os neurônios assumem um papel chave em todo esse processo. Os neurônios governam os nossos sentidos e sensações, são eles que nos permitem pensar, decidir, ter emoções e muitas outra coisas que formam a nossa mente e nos fazem ser quem somos. O que são neurônios? Quais são as suas funções e como é a sua anatomia? Se você quer saber mais sobre essas pequenas e importantes células, continue lendo esse artigo de Psicologia-Online - Tipos de neurônios: função e anatomia. Aqui, você encontrará toda a informação sobre os 9 tipos de neurônios existentes, assim como a sua estrutura e as suas múltiplas funções.
Sistema nervoso periférico: função e anatomia
 
Por Irene Alabau, Psicóloga. Atualizado: 4 novembro 2019
Você sabe qual é a função do sistema nervoso periférico, como é a sua anatomia ou por que o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico devem trabalhar coordenadamente?
O sistema nervoso periférico é formado por um grande número de nervos e é responsável por funções tão diversas como a respiração, os movimentos voluntários ou as respostas em situações de perigo. Além disso, sem a existência deste sistema, o cérebro não poderia receber informações, impedindo uma tomada de decisão que favoreça à sobrevivência. Se você quer saber mais sobre esse sistema, continue lendo esse artigo de Psicologia-Online - Sistema nervoso periférico: funções e partes.
Também lhe pode interessar: Diferença entre sistema nervoso central e periférico
Índice
1. O que é o sistema nervoso periférico
2. Sistema nervoso periférico: função
3. Sistema nervoso periférico: anatomia
4. Sistema nervoso periférico: doenças
O que é o sistema nervoso periférico
O sistema nervoso é o conjunto de nervos e células especializadas, os neurônios, responsável por controlar todas as funções do organismo, além de relacionar e coordenar as ações de diferentes órgãos e partes do corpo.
Sua atividade é realizada através da emissão e recepção de sinais elétricos ou impulsos nervosos. Do ponto de vista anatômico, o sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal.
Sistema nervoso periférico: definição
O sistema nervoso periférico (SNP) é a parte do sistema nervoso que é composto pelos nervos e neurônios que estão fora do cérebro e da medula espinhal. Essa rede neural do SNP conecta o cérebro e a medula espinhal com o restante do organismo, permitindo a troca de informações.
O sistema nervoso periférico é constituído por sistema nervoso somático e autônomo.
· O sistema nervoso periférico somático: é responsável pela informação do tipo sensorial e motora.
· O sistema nervoso periférico autônomo: é responsável pelo controle das funções involuntárias corporais. O sistema nervoso periférico autônomo ou vegetativo, por sua vez, é dividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático.
Imagem: researchgate.net
Sistema nervoso periférico: função
Quais é a função do sistema nervoso periférico? A seguir, explicamos as principais funções do sistema nervoso periférico:
· A função principal do sistema nervoso periférico é a de conexão e relação entre o cérebro e a medula espinhal com o restante do corpo: os órgãos, os membros e a pele.
· Possibilita que o cérebro e a medula enviem e recebam informações do ambiente, o que permite a reação aos estímulos externos e do ambiente.
· Esse sistema permite a ativação da musculatura para realizar movimentos tanto voluntários como involuntários.
· O sistema nervoso periférico cumpre um papel básico, garantindo a manutenção de condições internas estáveis. Depende dele o controle da respiração, a digestão, a salivação, etc. Permite realizar essas funções sem a necessidade de pensar conscientemente nelas.
· As respostas de fuga ou luta também dependem deste sistema. Ele prepara e mobiliza o corpo para responder de maneira rápida diante de situações de perigo ou ameaça.
· Graças a ele, informações sobre o ambiente são transmitidas ao cérebro, o que é necessário para gerar respostas. Essas reações têm a função de proteger o organismo e são vitais para a sobrevivência.
· Os nervos do sistema nervoso periférico não são capazes de tomar decisões complexas, mas sem a transmissão de informação ao cérebro, ele não poderia elaborar respostas.
No seguinte artigo, você pode ver outras diferenças entre sistema nervoso central e periférico.
Imagem: afh.bio.br
Sistema nervoso periférico: anatomia
Como é a anatomia do sistema nervoso periférico? As principais partes do sistema nervoso periférico incluem os nervos cranianos, os nervos espinhais e os gânglios nervosos. O sistema nervoso é formado por gânglios nervosos e 43 pares de nervos; 12 pares de nervos cranianos e 31 pares espinhais.
Nervos cranianos
Os nervos cranianos são parte do sistema nervoso periférico. Os 12 pares de nervos cranianos estão localizados na parte da cabeça e pescoço. Suas funções são sensitivas, motoras ou mistas:
1. Nervo Olfativo (I): é responsável pelos estímulos e informação olfativa.
2. Nervo Óptico (II): envia os estímulos visuais ao cérebro.
3. Nervo Oculomotor (III): intervém nos movimentos musculares do olho.
4. Nervo Troclear (IV): controla um dos músculos do olho que permite o movimento dos globos oculares.
5. Nervo Trigêmeo (V): transmite informação sensorial sobre o rosto e a boca, além de ser responsável pela mastigação.
6. Nervo Abdutor (VI): possibilita a abdução, ou seja, o movimento do olho para o lado oposto do nariz.
7. Nervo Facial (VII): controla vários músculos da face, podendo criar expressões faciais, além de receber informações gustativas da língua.
8. Nervo Vestibulococlear (VIII): responsável pelos impulsos auditivos, o equilíbrio e a orientação.
9. Nervo Glossofaríngeo (IX): esse nervo está relacionado com a recepção de sinais da língua e da faringe e da emissão de ordens para essas áreas.
10. Nervo Vago (X): conduz os impulsos da faringe e da laringe ao cérebro, recebe informações gustativas da epiglote e influência na ação de deglutição.
11. Nervo Acessório (XI): ativa os músculos torácicos, abdominais e das costas.
12. Nervo Hipoglosso (XII): transmite informações aos músculos da garganta e da língua.
Nervos espinhais
Os nervos espinhais surgem da medula espinhal e conduzem os estímulos do restante do corpo. Esses nervos têm uma parte sensitiva e motora. Os 31 pares de nervos espinhais são distribuídos da seguinte forma:
· Oito pares de nervos cervicais (C1 a C8) que saem da coluna cervical.
· Doze pares de nervos dorsais ou torácicos (T1 a T12) que emergem da coluna torácica.
· Cinco pares de nervos lombares (L1 a L5) saindo da área lombar.
· Cinco pares de nervos sacrais (S1 a S5) que surgem do osso sacro, localizado na base da coluna vertebral.
· Um par de nervos coccígeos no cóccix.
Gânglios nervosos
Os gânglios são um grupo de corpos neuronais que fazem parte do sistema nervoso periférico. Estão localizados intercalados no trajeto dos nervos e são divididos em gânglios sensoriais ou autônomos, em relação à função que desempenham.
Sistema nervoso periférico: doenças
O sistema nervoso periférico não é protegido por estruturas ósseas, o que o torna relativamente vulnerável à uma série de doenças. As doenças podem ser adquiridas ou desde o nascimento.
Doenças mais comuns do sistema nervoso periférico
As patologias mais comuns deste sistema são neuropatias, elas se referem ao dano ou doença de um ou vários nervos.
Existem vários tipos de doenças, devido à quantidade de nervos que formam o SNP. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente ou de maneira lenta, podendo levar anos. A sintomatologia geralmente ocorre em ambos os lados do corpo e começa pelos dedos dos membros. A neuropatia geralmente se manifesta mediante insensibilidade, dor, ardência, formigamento,debilidade, dormência, etc. Alguns dos tipos de neuropatias mais comuns são as seguintes:
· Síndrome do túnel do carpo: pressão sobre o nervo do punho, causando insensibilidade e perda do movimento na palma da mão e dos dedos. Essa síndrome está associada às pessoas que trabalham normalmente com as mãos, realizando movimentos repetitivos.
· Compressão do nervo cubital: lesão no nervo cubital, que está localizado em todo o braço. A dor ou dormência começa pelas mãos, podendo chegar ao cotovelo.
· Compressão do nervo peroneal: esse nervo está localizado na parte inferior da perna. Existe uma perda de controle e massa muscular nos tornozelos, pés e pernas.
· Síndrome de Guillain-Barré: outra das doenças do sistema nervoso periférico é o transtorno no qual o próprio sistema ataca, por engano, os nervos. As primeiras manifestações são formigamento e debilidade nos membros, se espalhando rapidamente e produzindo paralisia no corpo. Com tratamento, a maioria das pessoas se recuperam desta síndrome.
· Neuropatia alcoólica: é devido ao dano dos nervos por causa da intoxicação alcoólica, além de uma má nutrição, característica do alcoolismo. A sintomatologia inclui dores e debilidade nos membros.
· Neuropatia diabética: essa doença do sistema nervoso periférico se desenvolve devido ao desgaste dos nervos produzido pelos elevados níveis de açúcar no sangue. Os sintomas se manifestam tanto nos membros como no rosto.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Sistema nervoso periférico: função e anatomia, recomendamos que entre na nossa categoria de Neuropsicologia.
Bibliografia
· Brain, W. R. (1965). Enfermedades del sistema nervioso. El Ateneo.
· Castañeda Fernández, J. A., & Corral García, J. (2003). Neuropatías periféricas. Medisan, 7(4).
· Fajardo, L. E. G., Linares, M. P. M., & Olaya, H. L. G. (2001). Inflamación y dolor: cambios en el sistema nervioso periférico y central. Medunab, 4(10), 59-72.
· Guyton, A.C. (1994). Anatomía y fisiología del sistema nervioso. Neurociencia básica. Madrid: Editorial Médica Panamericana.
Glândula pineal: função, doenças e sintomas
 Avaliação: 5 (1 voto) 2 comentários
Por Marissa Glover, Psicóloga. 19 julho 2019
Como bem sabemos, é comum ouvir que o cérebro é o grande mistério, já que tem uma infinidade de funções e características que até agora não foi possível terminar de estudar. Uma das partes do cérebro que é interessante conhecer e investigar é a glândula pineal ou epífise, que também é chamada de "terceiro olho" no contexto do espiritismo, e que se localiza no interior do cérebro da maioria das espécies invertebradas. Descartes chamou esta glândula de "morada da alma", uma vez que acreditava que essa era a fonte de poder do nosso cérebro.
Nesse artigo de Psicologia-Online, falaremos sobre a glândula pineal: função, doenças e sintomas. Conheça todos os detalhes sobre essa glândula pineal em formato resumo.
Também lhe pode interessar: O que é sistema límbico: funções, anatomia e doenças associadas
Índice
1. Glândula pineal: função
2. Glándula pineal: doenças
3. Glândula pineal: sintomas de transtornos relacionados
Glândula pineal: função
Consiste numa glândula bem pequena, de tamanho aproximado de um grão de arroz, que começa a aparecer e desenvolver-se a partir da semana 7 da gestação até aos 2 anos de idade. Contudo, o seu peso vai aumentando até à adolescência. A glândula pineal está intimamente relacionada com a saúde mental e, entre as suas principais funções, se encontra a produção de melatonina.
A glândula pineal também é chamada de reguladora dos ciclos e se encarrega de executar diferentes funções no corpo. A principal função da glândula pineal é produzir melatonina. A melatonina é um hormônio encarregue de regular o processo do sono e é, em simultâneo, produzida pela serotonina. Em seguida, descrevemos todas as funções da epífise com mais detalhe:
· Regular o ritmo circadiano do corpo. Como mencionado anteriormente, por ser encarregada de produzir a melatonina, envia ao corpo os sinais que fazem com que nos sintomas cansados ou com sono a determinadas horas do dia, assim como mais ativos e em alerta.
· Regula as emoções. Ajuda a evitar que ocorram alguns distúrbios do sono ou distúrbios depressivos. Esta glândula também faz que se gerem determinados hormônios como as endorfinas, que se encarregam de aumentar a nossa felicidade e bem-estar emocional em geral.
· Metabolismo ósseo. É fundamental para aumentar a massa óssea e evitar que surjam doenças como a osteoporose.
· Maturação sexual. É muito importante na hora de estabelecer quando vai ser o início da puberdade, uma vez que a atrasa para que a passagem de criança a adulto se gestione corretamente. Resumidamente, regula o início da maturação e a motivação sexual de cada indivíduo.
· Pigmentação da pele. A melatonina que esta glândula produz está relacionada com o tom da pele de muitas espécies.
· Funções mentais. Foi comprovado que a glândula pineal tem relação com a concentração e a memória, tendo um efeito sobre as funções cognitivas das pessoas.
Glándula pineal: doenças
Quando a glándula pineal não funciona de forma correta, podem aparecer determinadas doenças na pessoa afetada, entre as quais se encontram as seguintes:
· Transtornos mentais. Os principais transtornos mentais que podem aparecer nesse caso seriam os transtornos do sono por se encontrarem alterados no ritmo circadiano da pessoa. Por outro lado, também se encontram os transtornos depressivos ao não fornecer ao cérebro endorfinas suficientes que, como já vimos, são os hormônios encarregados pelo bem-estar psicológico e pela felicidade.
· Osteoporose. Um funcionamento deficiente na produção de massa óssea daria lugar ao aparecimento de doenças como esta, deteriorando seriamente os ossos.
· Tumores ou cistos na glândula pineal.
· Défice nas funções cognitivas.
Glândula pineal: sintomas de transtornos relacionados
Quando temos algum transtorno ou problema relacionado ou a glândula pineal, podemos detectá-lo se prestamos atenção a um conjunto de sintomas que podem estar indicando que algo está errado. Alguns dos sintomas que indicam problemas ou doenças na glândula pineal são:
· Experienciar mudanças repentinas no ritmo circadiano ou de sono, o que pode ser notado quando surgem problemas de sono como encontrar-se muito ativo e não conseguir descansar o suficiente, estar cansado o tempo todo, etc.
· Náuseas, dores de cabeça que podem ser confundidas facilmente com a cefaleia, tremor e até vómitos.
· Osteoporose
· Mudanças frequentes no ciclo menstrual e na ovulação nas mulheres.
· Experienciar um desequilíbrio emocional que provoca mal estar e insatisfação.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Glândula pineal: função, doenças e sintomas, recomendamos que entre na nossa categoria de Neuropsicologia.
Área de Broca e Wernicke: função e diferenças
 
Por Claudia Pradas Gallardo. Atualizado: 16 dezembro 2019
Como funciona a nossa capacidade para comunicar e compreender a linguagem?
Esta pergunta foi estudada pelos diversos ramos da Psicologia e foi um mistério até à chegada dos avanços científicos e tecnológicos da área. As técnicas de neuroimagem e neuropsicologia confirmaram a existência de duas áreas fundamentais para a fala e a compreensão da linguagem: a área de Broca e a área de Wernicke. Os dois sistemas foram descobertos há séculos atrás, mas apenas há escassas décadas foi possível averiguar como funcionam exatamente.
Nesse artigo de Psicologia-Online "Área de Broca e Wernicke: função e diferenças", falaremos sobre esses conjuntos de neurônios tão importantes no nossocérebro, onde se encontram e como funcionam exatamente.
Também lhe pode interessar: Sistema nervoso periférico: função e anatomia
Índice
1. Onde se localizam a área de Broca e Wernicke
2. Diferença entre área de Broca e Wernicke
3. Área de Wernicke: função e doenças
4. Área de Broca: função e doenças
Onde se localizam a área de Broca e Wernicke
Em primeiro lugar, é importante ter claro que estas áreas formam parte do Sistema Nervoso Central (SNC), ou seja, se localizam nos lóbulos do cérebro.
· A área de broca (1) se encarrega de produzir a linguagem e está localizada no hemisfério esquerdo, mais concretamente na parte inferior do lóbulo frontal.
· A área de Wernicke (2) é a responsável pela compreensão sonora e, normalmente, pode ser encontrada no hemisfério esquerdo, embora em 30% das pessoas canhotas e 10% das pessoas destras se encontre no hemisfério direito. Essa zona pertence ao lóbulo temporal e está altamente relacionada com a zona auditiva.
· A área de Broca e a área de Wernicke estão conectadas através de um grupo de fibras nervosas conhecido como o fascículo arqueado.
Em seguida, você encontrará uma imagem para indicar onde se localizam a Área de Broca e Wernicke
Diferença entre área de Broca e Wernicke
Embora ambos os sistemas estejam relacionados com a capacidade de comunicar própria do ser humano, existem diversas diferenças entre a área de Broca e Wernicke que devemos mencionar.
Em primeiro lugar, é importante saber que a área de Broca está involucrada no ordenamento dos fonemas (unidade mínima da linguagem) em palavras e na união das palavras para formar frases e orações, enquanto que a área de Wernicke é responsável por processar os sons que escutamos e relacioná-los com a fala e com a linguagem que já conhecemos.
Ou seja, graças à área de Wernicke, entendemos o que nos é dito[1]. Além disso, a área de Wernicke está do lado do sistema encarregue de processar os sons, pelo que é mais fácil recordar a sua função se soubermos onde se encontra.
Resumindo: a principal diferença entre a área de Broca e a Área de Wernicke é que a primeira é responsável por planificar o modo de falar, e a segunda garante que compreendemos o que nos é dito.
Em seguida, mostramos uma imagem da conexão entre a área de Broca e Wernicke através do fascículo arqueado:
Imagem: PsicoWisdom
Área de Wernicke: função e doenças
Finalmente, para compreender a área de Broca e Wernicke: função e diferenças, é indispensável conhecer a origem de ambos os termos.
Estes conceitos foram descobertos a partir de casos médicos nos quais as pessoas que sofriam de lesões em certas áreas do cérebro não podiam falar ou compreender a linguagem e, ao fazer uma análise forense, descobriam que todas as áreas lesionadas eram as mesmas.
Em 1874, Karl Wernicke descobriu que certos pacientes cujos cérebros tinham sido danificados não podiam falar de uma forma estruturada. Embora pronunciassem bem e as suas palavras tivessem sentido, não era possível entender a mensagem. O que acontecia é que eram incapazes de compreender a linguagem.
A lesão que todos estes pacientes tinham em comum estava situada na parte posterior do lóbulo temporal, nas áreas 21 e 22 de Brodmann[2]. A partir do estudo desse tipo de lesões, Wernicke deu o seu nome à área afetada, afirmando que a mesma se encarregava da compreensão da linguagem.
Atualmente, definimos a área de Wernicke como um conjunto de redes neuronais encarregues de processar os sons típicos da fala e traduzi-los para palavras e conceitos, ou seja, a sua função é descodificar fonemas. Apesar de não ser um sistema "seleccionador de palabras", esta área é necessária para executar a produção de um discurso fluido e compreensível.
Afasia de Wernicke
Por afetar a descodificação dos fonemas, a afasia de Wernicke se caracteriza pela incapacidade para compreender uma mensagem ou repeti-la. Como comentado anteriormente, os pacientes com este tipo de lesão não entendem corretamente o que lhes é dito e, como consequência, não geram um discurso lógico.
Área de Broca: função e doenças
Esta zona do córtex cerebral foi descoberta antes da Área de Wernicke, 13 anos antes para ser mais preciso. Em 1861, o neurocirurgião Paul Broca descobriu que algumas pessoas com dificuldades na fala apresentavam uma lesão nas áreas 44 e 45 de Brodmann[2]. Hoje em dia, sabemos que a área de Broca faz parte de um sistema de neurônios encarregue de ordenar os fonemas (unidades mínimas da linguagem) em palavras e, além disso, também é uma zona de acesso a verbos e palavras funcionais.
Ou seja, a zona de Broca se encarrega dos aspetos relacionais da linguagem e a gramática e, além disso, é a zona do sistema nervoso responsável por armazenar as palavras funcionais como os verbos.
Resumindo, as principais funções da área de Broca são:
1. Produzir sons lógicos e compreensíveis (a fala)
2. Processar a linguagem
3. Controlar os neurônios encarregues do movimento facial
Afasia de Broca
As pessoas que sofrem de uma lesão nessa área terminam apresentando afasia de Broca - uma doença neurofisiológica que se caracteriza pela dificuldade em produzir palavras e unir elementos numa oração) perda da habilidade comunicativa). Ou seja, uma pessoa com afasia de Broca não pode se expressar corretamente nem formar frases completas.
Las personas que sufren una lesión en esta área terminan presentando afasia de Broca, esta enfermedad neurofisiológica se caracteriza por la dificultad en producir palabras y unir elementos en una oración (pérdida de la habilidad comunicativa). Es decir, un persona con afasia de Broca no podrá expresarse correctamente ni formar frases completas.
Este tipo de lesões são bastante incapacitantes, mas podem ser melhoradas através de reabilitação e muita prática para reeducar os músculos faciais.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Área de Broca e Wernicke: função e diferenças, recomendamos que entre na nossa categoria de Neuropsicologia.
Referências
1. Castaño, J. (2003). Bases neurobiológicas del lenguaje y sus alteraciones. Rev Neurol, 36(8), 781-5.
2. Brodmann, K. (1909). Localização comparativa do córtex cerebral. Em localização comparativa do córtex cerebral. As áreas de Brodmann são um sistema de classificação do córtex cerebral muito extenso no mundo da neuroanatomia.
Bibliografia
· Binder, J. R. (2015). The Wernicke area Modern evidence and a reinterpretation. Neurology, 10-1212.
Neurotransmissores: tipos, função e classificação
 
Por Marissa Glover, Psicóloga. Atualizado: 28 janeiro 2020
Graças ao funcionamento do nosso sistema nervoso, podemos ter consciência do nosso mundo interno e externo, conseguimos aprender e atribuir um significado a tudo o que nos acontece, o que vemos, podemos aprender e executar essas aprendizagens de forma eficaz. O sistema nervoso se encarrega de coordenar e integrar todas as atividades dos distintos sistemas do nosso corpo. Quando falamos de neurotransmissores, falamos de substâncias químicas geradas pelo corpo que se encarregam de emitir sinais (informação) de um neurônio a outro através de um processo chamado de sinapse. O neurotransmissor é liberado através das vesículas mediante um impulso nervoso, depois atravessa o que é conhecido como o espaço pré-sináptico para, finalmente, interagir com o neurônio pós-sináptico modificando o seu potencial de ação, provocado determinada resposta fisiológica.
Neste artigo de Psicologia-Online, explicaremos o que são neurotransmissores: tipos, função e classificação.
Também lhe pode interessar: Tipos de neurônios: função e anatomia
Índice
1. O que são neurotransmissores
2. Função dos neurotransmissores
3. Tipos de neurotransmissores
4. Classificação dos neurotransmissores
O que são neurotransmissores
Os neurotransmissores são biomoléculas que se encarregam de transmitir a informação de um neurônio para outro quese encontram unidos através de uma sinapse (união intercelular que se encarrega da transmissão da informação entre uma célula e outra através de impulsos elétricos), na qual o neurônio pré-sináptico é o que se encarrega de emitir a informação, e o neurônio pós-sináptico de recebê-la.
Função dos neurotransmissores
A função principal dos neurotransmissores é inibir ou excitar a atividade da célula pós-sináptica, ou seja, dependendo do tipo de receptor, os neurotransmissores podem potenciar ou diminuir o seu funcionamento. É importante mencionar que o efeito que os neurotransmissores exercem nos neurônios pode ser a curto prazo (durante poucos segundos) ou a longo prazo (durante meses e até anos).
As investigações que se realizam sobre os neurotransmissores são muito importantes, já que graças a elas podemos conhecer mais sobre vários dos processos cognitivos superiores nos quais estão implicados, por exemplo, a memória, o pensamento, a atenção, a linguagem, a aprendizagem, etc.
Tipos de neurotransmissores
1. Dopamina
A dopamina é um dos tipos de neurotransmissores mais populares, uma vez que está relacionada com a sensação de bem-estar, prazer e relaxamento. A dopamina tem origem numa zona do cérebro conhecida como substância negra e cumpre uma função muito importante no controle do nosso sistema músculo-esquelético, pelo que coordena o movimento.
Por ser também essencial para o correto funcionamento do sistema nervoso central, desempenha um papel chave no comportamento humano, é por isso que é conhecido como o neurotransmisor da felicidade.
Outra das funções importantes que este tipo de neurotransmissor cumpre é que, ao produzir um efeito despolarizador nos neurônios, faz com que exista uma excelente comunicação entre eles, o que favorece a aprendizagem, a atenção e a memória. Saiba mais sobre o que é dopamina e para que serve nesse outro artigo de Psicologia-Online.
2. Serotonina
Este tipo de neurotransmissor também cumpre uma função como hormônio.Se encontra localizado em diferentes seções do sistema nervoso central e a sua função principal é regular a atividade de outros neurotransmissores.
A serotonina está diretamente implicada em diversos processos como a digestão, a regulação dos níveis de ansiedade e estresse, a regulação térmica corporal, o sono, o apetite, o estado de humor e o desejo sexual.
Você pode ver mais informação no artigo O que é serotonina e para que serve.
3. Noradrenalina
Este tipo de neurotransmissor também é conhecido como o hormônio do estresse e, assim como a serotonina, cumpre uma função dupla (neurotransmissor e hormônio). A noradrenalina se encarrega de ativar o sistema nervoso simpático e se associa com a frequência cardíaca e certos processos encarregues da atenção e da produção de uma resposta ao estresse.
4. Adrenalina
Este neurotransmissor, que é muito similar à noradrenalina, se encarrega de desenvolver mecanismos de sobrevivência quando nos encontramos em perigo real ou até imaginário. Também cumpre algumas reações fisiológicas como a respiração e a pressão arterial.
5. Glutamato
É o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central. O glutamato está relacionado com o neurotransmissor GABA e tem um papel muito importante nos processos de memória e sua recuperação, entre outros processos mentais.
6. Ácido gama-aminobutírico (GABA)
Este tipo de neurotransmissor se encarrega de deter ou inibir a ação de alguns neurotransmissores excitatórios. O objetivo dessa ação é evitar que tenhamos certas reações de medo e ansiedade exagerados e que apenas provocam mal-estar.
7. Acetilcolina
Este neurotransmissor se encontra em diferentes zonas do sistema nervoso central, na sinapse de glândulas e em músculos. Se encarrega de estimular os músculos, ativar os neurônios motores, favorecer os processos de memória e associação e ainda o sono e a vigília.
Classificação dos neurotransmissores
A classificação dos neurotransmissores é a seguinte:
· Aminoácidos: são compostos orgânicos que representam uma grande quantidade de funções do organismo e que se combinam para formar proteínas. Se encarregam, basicamente, de manter a energia e o oxigênio, pelo qual são consideradas essenciais para o processamento do metabolismo.
· Purinas: são compostos químicos que se encarregam, principalmente, de transportar informação atuando como mensageiros químicos.
· Gasotransmissores: são um dos compostos químicos mais importantes, já que realizam múltiplas funções como, por exemplo, ser o maior composto vasodilatador de todo o organismo.
· Peptídeos: se encontram distribuídos por toda a membrana que cobre o encéfalo e se encarregam de emitir uma resposta para o exterior.
· Acetilcolina: a acetilcolina é o único neurotransmissor da sua classe, sendo do tipo excitatório e executando, em algumas ocasiões, alguma função inibidora.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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Bibliografia
· Gomes, T., & Silva, T. (2005). Fisiología del sistema nervioso autónomo (SNA). Hospital del Mar–Esperanza. Disponível em: http://www.scartd.org/arxius/fisio_sna05.pdf
· Martinez, C. M. (2018, 26 junio). Tipos de Neurotransmisores: Cuando la química no te deja sentirte bien. Acessado em 26 de dezembro, 2018. Disponível em: https://blog.cognifit.com/es/tipos-de-neurotransmisores/
· Clasificación de Neurotransmisores. (2018, 12 marzo). Acessado em 26 de dezembro, 2018. Disponível em: https://www.clasificacionde.org/clasificacion-de-neurotransmisores/
Diferença entre sistema nervoso central e periférico
O sistema nervoso é um dos sistemas do corpo humano mais complexos e importantes, já que é formado por milhares de nervos e células que transportam mensagens desde o cérebro e a medula espinhal até outras partes do corpo. Ele é responsável por integrar diferentes funções corporais e por manter a estabilidade das variáveis internas do nosso organismo. O sistema nervoso é responsável por três funções básicas: sensorial, integradora e motora.
Além disso, o sistema nervoso também se divide principalmente em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central (SNC) controla funções voluntárias do nosso corpo, como caminhar, rir e ler. Já o sistema nervoso periférico (SNP) cuida de ações involuntárias, como o batimento do coração, a digestão e a respiração. Nesse artigo de Psicologia-Online te mostraremos qual é a diferença entre sistema nervoso central e periférico apresentando, para isso, as funções e anatomia desses dois sistemas.
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Índice
1. Sistema Nervoso Central: função e anatomia
2. Sistema nervoso periférico: função e anatomia
3. Diferença entre sistema nervoso central e periférico: resumo
Sistema Nervoso Central: função e anatomia
Para poder explicar melhor qual a diferença entre sistema nervoso central e periférico, você deve saber quais são as funções do sistema nervoso central (SNC) e quais as principais partes que o compõem. O SNC é formado por duas partes principais: o encéfalo e a medula espinhal.
Sistema nervoso central: encéfalo
O encéfalo, muitas vezes erroneamente confundido com o cérebro, é protegido pelo crânio e tem um papel central no controle da maioria das funções corporais, incluindo os movimentos, as sensações, os pensamentos, a fala e a memória. Mesmo assim, alguns atos reflexos podem acontecer através da medula espinhal sem a participação de estruturas cerebrais. O encéfalo costuma ser dividido em três partes:
· Cérebro: encarregado de processar a informação que provém dos 5 sentidos e de controlar o movimento, as emoções, a memória, a cognição e o aprendizado. Para ter mais informações sobre o tema, leia mais sobre as partes do cérebro e suas funções.· Cerebelo: funciona como uma ponte para os estímulos da medula espinhal para que estes cheguem ao cérebro.
· Tronco cerebral ou encefálico: faz a comunicação com a medula espinhal e, assim, com os nervos periféricos de todo o corpo.
Além disso, no encéfalo se encontram dois tipos de substância: a massa branca e a massa cinza. A primeira, formada por axônios, transporta impulsos nervosos desde e até a massa cinza. Já a segunda, que é composta por corpos celulares dos neurônios e neuróglias, recebe e armazena os impulsos nervosos.
Sistema nervoso central: medula espinhal
A medula espinhal está conectada ao tronco cerebral e se encontra dentro da coluna vertebral. Ela é composta por 31 segmentos, dos quais de cada um sai um par de nervos cranianos. Estes mantêm a comunicação entre a medula espinhal e as distintas partes do organismo. Os nervos motores e sensoriais também se encontram na medula espinhal, que transmite sinais, ou melhor dizendo, mensagens entre o encéfalo e os nervos periféricos.
Se você ainda ficou com dúvidas sobre o assunto e quer ler mais sobre ele, nesse artigo te oferecemos com mais detalhes tudo sobre o que é sistema nervoso central: anatomia e funções.
Sistema nervoso periférico: função e anatomia
Já o sistema nervoso periférico (SNP) é a divisão do sistema nervoso que contém todos os nervos que se encontram fora do sistema nervoso central. Por isso, sua função principal é a de conectar o SNC aos órgãos, a extremidades do corpo e à pele. Esses nervos se estendem desde o sistema nervoso central até as áreas mais periféricas do corpo, o que faz com que tenhamos reações aos estímulos do nosso entorno. Os nervos que compõem o sistema nervoso periférico são, em realidade, axônios ou fazem de axônios as células neuronais. Além disso, o SNP é dividido em duas partes: o sistema nervoso autônomo e o sistema nervoso somático.
Sistema nervoso autônomo e somático: diferenças
O sistema nervoso autônomo é a parte responsável por regular as funções corporais involuntárias, como o fluxo sanguíneo, os batimentos cardíacos, a digestão e a respiração. E por geralmente controlar aspectos do corpo que não podem ser geridos voluntariamente, essa parte do SNP permite com que essas funções aconteçam sem que haja necessidade de pensar nelas constantemente. Por sua vez, o sistema nervoso autônomo ainda se divide em dois:
· Sistema nervoso simpático: prepara o corpo para gastar energia e enfrentar as possíveis ameaças que o entorno traz.
· Sistema nervoso parassimpático: ajuda a manter as funções normais do corpo e a conservar recursos físicos; uma vez que já tenha se passado a ameaça, esse sistema permite que o corpo volte ao seu estado normal.
Se você quiser saber mais sobre o assunto, leia a matéria de Psicologia-Online sobre sistema nervoso simpático e parassimpático: funções e diferenças.
Já o sistema nervoso somático é o responsável por levar a informação sensorial e motora recebida desde e até o sistema nervoso central. Ele é o encarregado de transmitir a informação sensorial e o movimento voluntário. Esse sistema contém dois tipos principais de neurônios:
· Neurônios sensoriais (aferentes): esses neurônios, também chamados de receptores, levam a informação dos nervos ao SNC. São os neurônios que nos permitem receber informação sensorial e enviá-la ao cérebro e à medula espinhal.
· Neurônios motores (eferentes): também chamados de efetuadores, esses neurônios transportam a informação do cérebro e da medula espinhal às fibras musculares em todo o corpo. Esses neurônios nos permitem realizar ações físicas em resposta a estímulos do nosso entorno.
Saiba mais sobre o sistema nervoso periférico nesse outro artigo de Psicologia-Online.
Diferença entre sistema nervoso central e periférico: resumo
Sabendo mais sobre a anatomia e as funções do sistema nervoso central e periférico, fizemos um resumo das principais diferenças presentes entre eles. Confira-as a seguir:
· O sistema nervoso central está formado pelo encéfalo e pela medula espinhal enquanto o sistema nervoso periférico, por nervos cerebrais, espinhais, motores e sensitivos.
· O SNC controla as funções voluntárias do nosso corpo. Já o SNP controla e está implicado em todas as funções involuntárias do nosso organismo.
· O SNC é um sistema formado por nervos sensoriais e motores relacionados com o cérebro e a medula espinhal de forma aferente e eferente. Já o SNP é formado por células do nervo dorsal e do ventre e pela rede de nervos espinhais e cranianos que se conectam ao cérebro e à medula espinhal em um extremo e aos músculos e órgãos de outro.
· O SNC controla as principais funções do nosso corpo, enquanto que o SNP controla involuntariamente várias funções de órgãos internos, vasos sanguíneos, músculos lisos e cardíacos.
· O SNC está conectado a receptores sensoriais, músculos e glândulas em áreas periféricas do corpo controladas pelo SNP. No caso no SNP, os neurônios sensoriais levam os impulsos nervosos dos receptores sensoriais em várias partes do corpo ao SNC.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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Sistema nervoso periférico: função e anatomia
 
Por Irene Alabau, Psicóloga. Atualizado: 4 novembro 2019
Você sabe qual é a função do sistema nervoso periférico, como é a sua anatomia ou por que o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico devem trabalhar coordenadamente?
O sistema nervoso periférico é formado por um grande número de nervos e é responsável por funções tão diversas como a respiração, os movimentos voluntários ou as respostas em situações de perigo. Além disso, sem a existência deste sistema, o cérebro não poderia receber informações, impedindo uma tomada de decisão que favoreça à sobrevivência. Se você quer saber mais sobre esse sistema, continue lendo esse artigo de Psicologia-Online - Sistema nervoso periférico: funções e partes.
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Índice
1. O que é o sistema nervoso periférico
2. Sistema nervoso periférico: função
3. Sistema nervoso periférico: anatomia
4. Sistema nervoso periférico: doenças
O que é o sistema nervoso periférico
O sistema nervoso é o conjunto de nervos e células especializadas, os neurônios, responsável por controlar todas as funções do organismo, além de relacionar e coordenar as ações de diferentes órgãos e partes do corpo.
Sua atividade é realizada através da emissão e recepção de sinais elétricos ou impulsos nervosos. Do ponto de vista anatômico, o sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal.
Sistema nervoso periférico: definição
O sistema nervoso periférico (SNP) é a parte do sistema nervoso que é composto pelos nervos e neurônios que estão fora do cérebro e da medula espinhal. Essa rede neural do SNP conecta o cérebro e a medula espinhal com o restante do organismo, permitindo a troca de informações.
O sistema nervoso periférico é constituído por sistema nervoso somático e autônomo.
· O sistema nervoso periférico somático: é responsável pela informação do tipo sensorial e motora.
· O sistema nervoso periférico autônomo: é responsável pelo controle das funções involuntárias corporais. O sistema nervoso periférico autônomo ou vegetativo, por sua vez, é dividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático.
Imagem: researchgate.net
Sistema nervoso periférico: função
Quais é a função do sistema nervoso periférico? A seguir, explicamos as principais funções do sistema nervoso periférico:
· A função principal do sistema nervoso periférico é a de conexão e relação entre o cérebro e a medula espinhal com o restante do corpo: os órgãos, os membros e a pele.· Possibilita que o cérebro e a medula enviem e recebam informações do ambiente, o que permite a reação aos estímulos externos e do ambiente.
· Esse sistema permite a ativação da musculatura para realizar movimentos tanto voluntários como involuntários.
· O sistema nervoso periférico cumpre um papel básico, garantindo a manutenção de condições internas estáveis. Depende dele o controle da respiração, a digestão, a salivação, etc. Permite realizar essas funções sem a necessidade de pensar conscientemente nelas.
· As respostas de fuga ou luta também dependem deste sistema. Ele prepara e mobiliza o corpo para responder de maneira rápida diante de situações de perigo ou ameaça.
· Graças a ele, informações sobre o ambiente são transmitidas ao cérebro, o que é necessário para gerar respostas. Essas reações têm a função de proteger o organismo e são vitais para a sobrevivência.
· Os nervos do sistema nervoso periférico não são capazes de tomar decisões complexas, mas sem a transmissão de informação ao cérebro, ele não poderia elaborar respostas.
No seguinte artigo, você pode ver outras diferenças entre sistema nervoso central e periférico.
Imagem: afh.bio.br
Sistema nervoso periférico: anatomia
Como é a anatomia do sistema nervoso periférico? As principais partes do sistema nervoso periférico incluem os nervos cranianos, os nervos espinhais e os gânglios nervosos. O sistema nervoso é formado por gânglios nervosos e 43 pares de nervos; 12 pares de nervos cranianos e 31 pares espinhais.
Nervos cranianos
Os nervos cranianos são parte do sistema nervoso periférico. Os 12 pares de nervos cranianos estão localizados na parte da cabeça e pescoço. Suas funções são sensitivas, motoras ou mistas:
1. Nervo Olfativo (I): é responsável pelos estímulos e informação olfativa.
2. Nervo Óptico (II): envia os estímulos visuais ao cérebro.
3. Nervo Oculomotor (III): intervém nos movimentos musculares do olho.
4. Nervo Troclear (IV): controla um dos músculos do olho que permite o movimento dos globos oculares.
5. Nervo Trigêmeo (V): transmite informação sensorial sobre o rosto e a boca, além de ser responsável pela mastigação.
6. Nervo Abdutor (VI): possibilita a abdução, ou seja, o movimento do olho para o lado oposto do nariz.
7. Nervo Facial (VII): controla vários músculos da face, podendo criar expressões faciais, além de receber informações gustativas da língua.
8. Nervo Vestibulococlear (VIII): responsável pelos impulsos auditivos, o equilíbrio e a orientação.
9. Nervo Glossofaríngeo (IX): esse nervo está relacionado com a recepção de sinais da língua e da faringe e da emissão de ordens para essas áreas.
10. Nervo Vago (X): conduz os impulsos da faringe e da laringe ao cérebro, recebe informações gustativas da epiglote e influência na ação de deglutição.
11. Nervo Acessório (XI): ativa os músculos torácicos, abdominais e das costas.
12. Nervo Hipoglosso (XII): transmite informações aos músculos da garganta e da língua.
Nervos espinhais
Os nervos espinhais surgem da medula espinhal e conduzem os estímulos do restante do corpo. Esses nervos têm uma parte sensitiva e motora. Os 31 pares de nervos espinhais são distribuídos da seguinte forma:
· Oito pares de nervos cervicais (C1 a C8) que saem da coluna cervical.
· Doze pares de nervos dorsais ou torácicos (T1 a T12) que emergem da coluna torácica.
· Cinco pares de nervos lombares (L1 a L5) saindo da área lombar.
· Cinco pares de nervos sacrais (S1 a S5) que surgem do osso sacro, localizado na base da coluna vertebral.
· Um par de nervos coccígeos no cóccix.
Gânglios nervosos
Os gânglios são um grupo de corpos neuronais que fazem parte do sistema nervoso periférico. Estão localizados intercalados no trajeto dos nervos e são divididos em gânglios sensoriais ou autônomos, em relação à função que desempenham.
Sistema nervoso periférico: doenças
O sistema nervoso periférico não é protegido por estruturas ósseas, o que o torna relativamente vulnerável à uma série de doenças. As doenças podem ser adquiridas ou desde o nascimento.
Doenças mais comuns do sistema nervoso periférico
As patologias mais comuns deste sistema são neuropatias, elas se referem ao dano ou doença de um ou vários nervos.
Existem vários tipos de doenças, devido à quantidade de nervos que formam o SNP. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente ou de maneira lenta, podendo levar anos. A sintomatologia geralmente ocorre em ambos os lados do corpo e começa pelos dedos dos membros. A neuropatia geralmente se manifesta mediante insensibilidade, dor, ardência, formigamento, debilidade, dormência, etc. Alguns dos tipos de neuropatias mais comuns são as seguintes:
· Síndrome do túnel do carpo: pressão sobre o nervo do punho, causando insensibilidade e perda do movimento na palma da mão e dos dedos. Essa síndrome está associada às pessoas que trabalham normalmente com as mãos, realizando movimentos repetitivos.
· Compressão do nervo cubital: lesão no nervo cubital, que está localizado em todo o braço. A dor ou dormência começa pelas mãos, podendo chegar ao cotovelo.
· Compressão do nervo peroneal: esse nervo está localizado na parte inferior da perna. Existe uma perda de controle e massa muscular nos tornozelos, pés e pernas.
· Síndrome de Guillain-Barré: outra das doenças do sistema nervoso periférico é o transtorno no qual o próprio sistema ataca, por engano, os nervos. As primeiras manifestações são formigamento e debilidade nos membros, se espalhando rapidamente e produzindo paralisia no corpo. Com tratamento, a maioria das pessoas se recuperam desta síndrome.
· Neuropatia alcoólica: é devido ao dano dos nervos por causa da intoxicação alcoólica, além de uma má nutrição, característica do alcoolismo. A sintomatologia inclui dores e debilidade nos membros.
· Neuropatia diabética: essa doença do sistema nervoso periférico se desenvolve devido ao desgaste dos nervos produzido pelos elevados níveis de açúcar no sangue. Os sintomas se manifestam tanto nos membros como no rosto.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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Bibliografia
· Brain, W. R. (1965). Enfermedades del sistema nervioso. El Ateneo.
· Castañeda Fernández, J. A., & Corral García, J. (2003). Neuropatías periféricas. Medisan, 7(4).
· Fajardo, L. E. G., Linares, M. P. M., & Olaya, H. L. G. (2001). Inflamación y dolor: cambios en el sistema nervioso periférico y central. Medunab, 4(10), 59-72.
· Guyton, A.C. (1994). Anatomía y fisiología del sistema nervioso. Neurociencia básica. Madrid: Editorial Médica Panamericana.
O que é cerebelo: anatomia, funções e doenças
 
Por Marta Menéndez, Psicóloga. 8 julho 2019
O cerebelo se encontra na parte posterior do tronco encefálico (é a conexão da medula espinhal com o cérebro) e está formado por duas partes. A função do cerebelo é receber informação de diferentes tipos procedente de outras áreas do cérebro, além de ter um papel fundamental na regulação, coordenação, realização e aprendizagem das condutas motoras.
Embora não cause paralisia ou deterioração intelectual, uma lesão no cerebelo pode levar a uma falta de equilíbrio, movimentos mais lentos e tremores. As tarefas físicas complexas se tornariam instáveis e se deteriam. Você quer saber mais sobre este complexo órgão do sistema nervoso? Nesse artigo de Psicologia-Online, te explicamos com detalhe o que é o cerebelo: anatomia, funções e doenças.
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Índice
1. Cerebelo: anatomia
2. Cerebelo: função
3. Cerebelo: doenças e transtornos
4. Tipos de ataxia
Cerebelo: anatomia
O sistema nervoso central é extremamente complexo. No entanto, para definir as partes do cérebro, podemos fazê-lo em nível básico: está divido em cérebro, troncoencefálico e cerebelo. O cérebro participa nos níveis superiores de pensamento e ação, e cada um dos quatro lóbulos que o formam realiza um trabalho diferente.
Partes do cérebro - Quatro lóbulos cerebrais
· O lóbulo frontal se localiza na parte frontal e superior do cérebro. É responsável pelos níveis mais altos de pensamento e comportamento humano, assim como a planificação, o juízo, a toma de decisões, o controle dos impulsos e a atenção.
· O lóbulo parietal se encontra atrás do lóbulo frontal. Este lóbulo capta informação sensorial e ajuda o indivíduo a compreender a sua posição no ambiente.
· O lóbulo temporal está na parte inferior frontal do cérebro. Este lóbulo está involucrado na memória visual, na linguagem e na emoção.
· Finalmente, o lóbulo occipital está localizado na parte posterior do cérebro. O lóbulo occipital processa a entrada visual dos olhos.
Tronco cerebral e cerebelo
O cerebelo e o tronco encefálico acompanham o cérebro na função física e mental completa. O tronco encefálico maneja funções automáticas vitais como a respiração, a circulação, o sono, a digestão e a deglutição, ou seja, os processos involuntários controlados pelo sistema nervoso autônomo. Também controla os reflexos.
Anatomia do cerebelo
O cerebelo é relativamente pequeno, mas nele se encontra uma grande quantidade de neurônios (aproximadamente 50% do cérebro). A sua anatomia é bastante complexa, uma vez que se divide em três lóbulos (anterior, médio e posterior) mas a sua parte central (o vérmis) também está dividida.
Para que você compreenda melhor a anatomia do cerebelo, dê uma olhada na seguinte imagem:
Cerebelo: função
O cerebelo é a área que se encontra na parte posterior e inferior do cérebro, atrás do tronco encefálico. O cerebelo tem várias funções relacionadas com o movimento e a coordenação. Entre elas, destacamos as seguintes funções:
· Manter o equilíbrio: O cerebelo possui sensores especiais que detectam alterações no equilíbrio e no movimento. Envia sinais para que o corpo se ajuste e se movimente.
· Coordenar o movimento: A maioria dos movimentos corporais requer a coordenação de múltiplos grupos musculares. O cerebelo mede as ações musculares para que o corpo possa se movimentar sem problemas.
· Coordenar a visão: O cerebelo coordena os movimentos oculares.
· Aprendizagem motora: O cerebelo ajuda o corpo a aprender movimentos que requerem prática e ajuste. Por exemplo, o cerebelo desempenha um papel importante em aprender a andar de bicicleta ou tocar um instrumento musical.
Outra função do cerebelo
Graças a novas investigações, alguns especialistas acreditam que o cerebelo tem algum papel no pensamento consciente e não só na regulação de movimentos. Entre essas funções, incluimos o processamento da linguagem e o estado de humor. Contudo, os estudos sobre essas funções ainda não foram explorados com detalhe.
Cerebelo: doenças e transtornos
Como resultado da estreita relação entre o cerebelo e o movimento, os sinais mais comuns de um transtorno cerebeloso implicam uma alteração do controlo muscular.
Os sintomas e sinais podem incluir:
· Falta de controlo e coordenação muscular.
· Dificuldades para caminhar e se mover.
· Dificuldades relacionadas com a fala.
· Movimentos oculares anormais.
· Cefaleias.
Existem diversos trastornos do cerebelo, incluindo:
· apoplexia
· hemorragias cerebrais
· toxinas
· anomalias genéticas
· contaminação
· câncer
Ataxia
O principal sintoma da disfunção do cerebelo é a ataxia. A ataxia é uma perda de coordenação e controle muscular. Um problema subjacente, como um vírus ou um tumor cerebral, pode causar esses sintomas. A perda de coordenação é, com frequência, o primeiro sinal de ataxia, e as dificuldades da fala surgem pouco depois.
Outros sintomas incluem:
· Visão turva
· Dificuldade em engolir
· Fadiga
· Dificuldades com o controle preciso dos músculos.
· Alterações no estado de humor ou no pensamento.
Vários fatores que podem causar ataxia podem ser:
· Genes
· Venenos que danificam o cérebro
· Apoplexia
· Tumores
· Traumatismo cranial
· Esclerose múltipla
· Paralisia cerebral
· Varicela e outras infecções virais
Tipos de ataxia
Os transtornos de ataxia são condições degenerativas. Podem ser genéticas ou esporádicas.
· Uma mutação genética causa ataxia genética ou hereditária. Existem várias mutações e tipos diferentes. Esses transtornos são pouco frequentes e até o tipo mais comum, a ataxia de Friedreich, afeta apenas 1 em cada 40.000 pessoas.
O médico diagnosticará a ataxia de Friedreich depois de descartar uma variedade de outras causas. Os exames genéticos podem identificar a doença, que geralmente aparece na infância.
· A ataxia esporádica é um grupo de transtornos degenerativos do movimento para os quais não existem provas de hereditariedade. geralmente, a condição progride lentamente e pode converter-se em atrofia multissistêmica.
Apresenta uma série de sintomas, incluindo:
· Desvanecimento
· Problemas com a frequência cardíaca
· Disfunção eréctil
· Perda do controle da bexiga
Ataxia cerebelar tem cura?
Geralmente, estes transtornos pioram com o tempo. Não existe um tratamento específico para aliviar ou resolver os sintomas, excepto em casos de ataxia nos quais a causa é uma deficiência de vitamina E. Pelo que podemos afirmar que, em alguns casos, a ataxia é reversível quando a causa subjacente é tratável. Em outros casos, a ataxia resolve-se sem tratamento ou não se pode resolver.
Existem vários dispositivos que podem ajudar as pessoas com ataxia irreversível, como bengalas e sistemas informáticos especializados para apoiar a mobilidade, a fala e o controlo preciso dos músculos.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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Sistema nervoso simpático e parassimpático: funções e diferenças
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Por Claudia Pradas Gallardo. Atualizado: 25 março 2019
Tanto o nosso corpo como a nossa própria mente são regulados pelo cérebro e por todas as conexões que ele mesmo contém. O sistema nervoso é encarregado de conduzir sinais entre os neurônios e coordenar, assim, todas as ações do corpo. O sistema nervoso humano pode ser dividido em duas grandes partes: o sistema nervoso central (SNC), formado pelo cérebro e pelos órgãos próximos a este, e o sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e neurônios que se encontram fora do SNC.
Nesse artigo de Psicologia-Online, focaremos em uma parte bem específica do SNP: o sistema nervoso autônomo (SNA). Além disso, também explicaremos as funções e diferenças do sistema nervoso simpático e parassimpático, duas importantes ramificações do SNA indispensáveis para nossa própria sobrevivência como seres humanos.
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Índice
1. Sistema nervoso autônomo: definição
2. Diferenças entre sistema nervoso simpático e parassimpático
3. Doenças do sistema nervoso simpático e parassimpático
4. Sistema nervoso autônomo: resumo
Sistema nervoso autônomo: definição
O sistema nervoso autônomo, também conhecido como sistema nervoso neurovegetativo ou sistema nervoso visceral, está situado na periferia do sistema nervoso. Apesar de ser ativado por áreas como hipotálamo, a maior parte da sua atividade é centrada na espinha dorsal, nos nervos periféricos e no tronco cerebral, também conhecido como tronco encefálico.
Os nervos que saem do cérebro e vão diretamente a todos os órgãos de nosso corpo (fibras motoras ou eferentes) fazem parte do sistema nervoso autônomo.
Essa organização anatômica se deve ao recebimento e envio da informação das vísceras e de muitos dos órgãos do nosso corpo para poder regular e estimular corretamente suas funções vegetativas.
Sistema nervoso autônomo: funções
O sistemanervoso autônomo controla os músculos que rodeiam nossos órgãos, regula o sistema excretor (suor, urina e outras secreções) e também participa dos seguintes processos:
· Controle dos reflexos e das ações involuntárias
· Pressão sanguínea
· Respiração
· Digestão
· Ereção e ejaculação
· Contração e relaxamento muscular involuntário
Em resumo, tudo que o nosso corpo faz e que não costumamos prestar atenção é controlado pelo sistema nervoso autônomo.
Sistema nervoso autônomo: anatomia
Essa organização de nervos e neurônios está dividida em três partes principais:
· Sistema Nervoso Simpático: encarregado de regular as respostas corporais de ativação.
· Sistema Nervoso Parassimpático: responsável de voltar o corpo ao estado de equilíbrio e conservação depois da ativação do sistema nervoso simpático.
· Sistema Nervoso Entérico: também conhecido como o "segundo cérebro", esse sistema é o menos conhecido dos três e se encarrega de gerar respostas emocionais a partir da secreção de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e os opioides endógenos. Graças a esse sistema entendemos melhor o que são neurotransmissores e como eles se relacionam com as emoções.
Diferenças entre sistema nervoso simpático e parassimpático
Agora que sabemos um pouco mais sobre a anatomia do sistema nervoso autônomo, qual é a ação do sistema nervoso simpático e parassimpático no corpo humano? Qual é a relação que os dois têm entre si? E quais são as diferenças entre sistema simpático e parassimpático?
Tendo em vista que temos incorporado um sistema encarregado unicamente por controlar as funções involuntárias do nosso corpo, agora responderemos com mais detalhes as questões sobre sistema simpático e parassimpático.
A primeira coisa que tem que ser levada em consideração é que as todas as perguntas feitas se relacionam diretamente com as funções do dois sistemas nervosos. Ambos são distintas faces da mesma moeda ao se encarregarem de manter o nosso corpo em equilíbrio ou em homeostase ante a estímulos extremos.
No entanto, a principal diferença reside na função dos dois: enquanto um é responsável por ativar nosso corpo, o outro faz om que ele se relaxe e volte ao seu estado natural.
Função do Sistema Nervoso Simpático
Os nervos e os neurônios desse sistema se encarregam de colocar nosso corpo em um estado de alerta fisiológico. Quando o cérebro manda um sinal de alerta ou ativação cortical por uma situação de estresse, o SNS envia uma mensagem aos músculos e glândulas de nosso organismo para que coloquem nosso corpo em movimento das seguintes maneiras:
· A glândula suprarrenal libera adrenalina por toda a nossa corrente sanguínea
· Dilata as pupilas
· Acelera a frequência cardíaca
· Abre as vias respiratórias para que aumente o oxigênio no sangue
· Inibe o sistema digestivo para concentrar os seus esforços em tarefas de ataque e fuga
· Mantém o tônus muscular
· Estimula o orgasmo
Funções do Sistema Nervoso Parassimpático
Já o sistema nervoso parassimpático é o contrário do SNS. Esse sistema é responsável por fazer o nosso corpo, mais especificamente os órgãos ativados anteriormente, voltar ao seu estado natural. Para isso, ele envia sinais ao cérebro para que este libere acelticolina e para que ela chegue aos neurônios encarregados de relaxar os músculos e órgãos. O SNP também tem como funções:
· Constrição das pupilas
· Redução do volume de ar nos pulmões
· Diminuição da frequência cardíaca
· Estimulação do processo digestivo
· Relaxamento muscular
· Estimulação da excitação sexual. Nesse caso, ele não é responsável por uma resposta contrária ao SNS, mas sim uma complementar
Doenças do sistema nervoso simpático e parassimpático
Como podemos observar, esse conjunto de neurônios e nervos é de extrema importância para a nossa sobrevivência. Apresentar uma doença em qualquer um dos sistemas nervosos pode ser extremamente perigoso para a vida de um indivíduo e, por isso, saber detectá-las o quanto antes é indispensável.
Um desequilíbrio no SNS ou no SNP estará relacionado com a nossa capacidade de gerar respostas corporais adequadas ao nosso entorno. Sendo assim, os principais exemplos de doenças do sistema nervoso simpático e parassimpático são:
· Fibromialgia: quando o sistema nervoso parassimpático não funciona adequadamente, essa doença, caracterizada pelo surgimento de dores fortes, mas sem explicação física aparente, pode se desenvolver.
· Esclerose múltipla: Essa patologia neurodegenerativa pode aparecer pela interação de diversos fatores e um deles é uma falha no sistema nervoso autônomo.
· Hipotensão ortostática idiopática: também conhecida como síndrome de Bradbury-Eggleston ou falência autonômica pura, ela consiste em uma grande e abrupta queda na pressão quando uma pessoa se levanta ou fica ereta muito rapidamente.
· Diabetes: esse desequilíbrio endócrino está estreitamente relacionado com um mal funcionamento do sistema nervoso parassimpático. Como vimos anteriormente, o SNP é o responsável por regular algumas funções do nosso sistema digestivo.
· Mal de Parkinson: mesmo que a aparição dessa doença não esteja diretamente relacionada a falhas do SNA, apresentar Mal de Parkinson pode derivar em uma grande disfunção do sistema como um todo.
· Outras doenças, como botulismo, lepra e doença de Chagas, não são resultado de falhas do sistema nervoso, mas podem causá-las.
Sistema nervoso autônomo: resumo
Para concluir esse artigo, confira um resumo feito por nós sobre a anatomia e as funções do sistema nervoso autônomo, assim como as diferenças do sistema nervoso simpático e parassimpático.
1. Anatomia do sistema nervoso autônomo
O SNA faz parte do nosso sistema nervoso periférico, que é o encarregado por gerar respostas em nosso cérebro e controlar a maior parte das nossas funções orgânicas. Entendemos, então, que o SNA está repartido por todo o nosso corpo e que se diferencia anatomicamente do sistema nervoso central pela sua posição no nosso mapa corporal.
Os nervos, o tronco cerebral, a espinha dorsal e algumas partes do hipotálamo são as regiões mais implicadas no sistema nervoso autônomo. Por sua vez, dividimos o SNA em sistema nervoso simpático, sistema nervoso parassimpático e sistema nervoso entérico.
2. Funções do sistema nervoso autônomo
A principal função do SNA é controlar nossas funções inconscientes e vegetativas. Por exemplo, não somos conscientes do processo digestivo, no entanto, há uma parte do sistema nervoso autônomo encarregado de regulá-lo. O mesmo também acontece com a tensão muscular involuntária, a respiração e muitas outras respostas adaptativas.
3. Diferenças entre sistema nervoso simpático e parassimpático
O sistema nervoso simpático e parassimpático são responsáveis por manter nosso organismo em um equilíbrio constante. Enquanto o primeiro se encarrega de ativar as funções de alerta quando um estímulo nos produz stress, agitação ou sensação de perigo, o segundo é o que dirige o nosso corpo novamente a um estado de tranquilidade e conservação.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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