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Atividade bimestral - Direito Tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO
ATIVIDADE BIMESTRAL
Aluno: José Evangelista Bueno Filho
(1) O que é a “obrigação tributária”?
Obrigação tributária é o vínculo que liga um sujeito detentor de direito (ativo) a outro possuidor de um dever (passivo) e que tem por objeto uma obrigação em pecúnia. Ela surge com o fato gerador. 
(2) O que é “obrigação principal”? E a “obrigação acessória” ou “deveres instrumentais”?
Obrigação principal no direito tributário é uma obrigação surgida com a ocorrência de um fato gerador e que tem como consequência a obrigação de um pagamento em pecúnia. Sua natureza é uma obrigação de dar.
Já a obrigação acessória é uma obrigação ligada à principal, mas que não representa o pagamento em si, serve apenas para possibilitar que os tributos sejam recolhidos e fiscalizados. É uma obrigação de fazer ou não fazer. Exemplos: emissão de nota fiscal e declaração de imposto de renda. 
(3) O que significa a expressão contida no art. 113, §3º “A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária”?
O art. 113, §3º dispõe que se a obrigação acessória (de fazer ou não fazer) não for cumprida, exemplo, uma empresa que deixa de emitir a nota fiscal referenda à venda de um produto, sua penalidade será a imposição de uma multa a ser suprida mediante o pagamento em pecúnia e, assim sendo, ela se transforma em uma obrigação de dar em pecúnia (obrigação principal).
Em outras palavras, existindo uma obrigação de dar ou fazer (acessória) e não sendo ela cumprida, a penalidade pelo não cumprimento será sua conversão em obrigação de dar “em pecúnia” (obrigação principal), embora o fato gerador não seja o mesmo.
(4) O que é o “crédito tributário”? Quais as acepções de “crédito tributário” são possíveis?
 É possível notar duas acepções sobre crédito tributário trazida pelo código. A primeira como sinônimo de um direito subjetivo em contraposição a um dever também subjetivo. Nessa concepção, o crédito não é o objeto da obrigação, ele é um direito.
Na segunda concepção, é trazida uma ideia de critério quantitativo. Neste caso funciona como objeto da obrigação. Exemplo do disposto no art. 139, CTN “O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta”.
(5) O que é “lançamento tributário”? Qual a diferença entre a teoria declaratória e a teoria constitutiva do “lançamento tributário”?
O lançamento tributário é o ato de identificar o fato gerador e constituir uma obrigação, vinculando desde sujeitos ativo e passivo, onde este terá que pagar àquele um valor em pecúnia. 
A teoria declaratória traz que incidência é diferente de aplicação. O lançamento serve apenas para declarar um acontecimento que já ocorreu.
Já a teoria constitutiva entende que a incidência se dá no mesmo momento da aplicação. O lançamento tributário declara o fato e constitui uma relação jurídica a partir de então. Nessa concepção, a relação jurídica surge com o lançamento do fato.
(6) Diferencie ato, procedimento e norma. Qual é a natureza jurídica do “lançamento tributário”?
Ato – é uma ação desenvolvida dentro de um procedimento.
Procedimento – é uma pluralidade de atos ou sucessão de ações previstos dentro de uma norma.
Norma - é uma regra de conduta que regula os procedimentos e os atos.
A natureza jurídica do “lançamento tributário” é de ser uma norma jurídica concreta e individual. O lançamento tributário é o resultado de uma aplicação normativa.
(7) Quais são as espécies de “lançamento tributário”? Explique cada
uma, citando 1 exemplo de tributo para cada tipo.
	São três as espécies de lançamento tributário: (a) de ofício; (b) por declaração; (c) por homologação.
	(a) de ofício: é aquela feita pela autoridade administrativa. Ela própria verifica a ocorrência do fato gerador. A previsão está contida nos artigos 148 e 149, do CTN. São nove as possibilidades trazidas no código tributário (art. 149). Exemplos: lançamentos de IPTU, IPVA e contribuição para o serviço de iluminação pública;
	(b) por declaração: é aquela feita pela autoridade administrativa com base em informações prestadas pelo contribuinte. A autoridade administrativa precisa de informações do contribuinte para elaborar o lançamento. Está prevista no art. 147, do CTN. Exemplos: imposto de importação de bagagem e ITBI.
(c) por homologação: é aquele em que o próprio contribuinte faz o lançamento. Ele próprio verifica a existência do fato gerador, faz o cálculo do tributo e efetua o pagamento. O contribuinte preenche todos os critérios da regra matriz e encaminha à autoridade administrativa para homologação. O prazo para homologação é de cinco anos. Exemplo: declaração de imposto de renda.
(8) Qual é a diferença entre “tempo/local do fato” e “tempo/local no
fato”?
	Tempo/local do fato: é o momento do qual o lançamento do tributo é feito.
	Tempo/local no fato: é a indicação do momento em que se operou o fato gerador.
(9) Diferencie “erro de fato” e “erro de direito”, bem como “vício material” e “vício formal”.
Erro de fato é o erro na prova.
Erro de direito é o erro na interpretação da lei.
Vicio material é um erro contido no conteúdo da norma, por exemplo, quanto à alíquota ou quanto ao contribuinte.
Vício formal é um erro quanto ao procedimento adotado. Diz respeito a erro formal. Exemplo: inexistência de publicidade do ato praticado.
(10) Explique e dê 2 (dois exemplos) de causas de: a) suspensão da exigibilidade do crédito tributário; b) extinção das obrigações tributárias; c) exclusão do crédito tributário.
a) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário: é a suspensão do direito do credor de postular o crédito tributário. É a suspensão da exigibilidade e não do crédito em si.
O código tributário nacional prevê seis possibilidades: (I) moratória, (II) depósito do seu montante integral, (III) reclamações e recursos do processo tributário administrativo, (IV) concessão de medida liminar em mandado de segurança, (V) concessão de medida liminar ou tutela antecipada em ações judiciais, (VI) parcelamento.
 Exemplo de suspensão pelo depósito do montante integral: O contribuinte impugna o tributo em juízo (apresenta defesa). Para discutir esse tributo em juízo, necessário que ele efetue o pagamento integral (tributo + juros + multa). Se ele ganhar, recebe o dinheiro de volta. Se perder, converte em renda para o ente. Funciona como garantia enquanto se discute esse tributo. Nesse período de discussão em juízo, fica suspensa sua exigibilidade.
Exemplo de suspensão por reclamação e recurso do processo tributário administrativo: após notificado, o contribuinte apresenta reclamação na primeira instância ou recurso na segunda e terceira instância administrativa. Enquanto estiver discutindo esse crédito na esfera administrativa, ficará suspensa sua exigibilidade. Não poderá ter atos de execução.
b) extinção das obrigações tributárias: é o fim da relação jurídica tributária. São onze as possibilidades trazidas pelo código tributário: (I) o pagamento, (II) a compensação, (III) a transação, (IV) remissão, (V) prescrição e decadência, (VI) conversão de depósito em renda, (VII) o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, (VIII) a consignação em pagamento, (IX) a decisão administrativa irreformável, (X) a decisão judicial transitada em julgado, (XI) a dação em pagamento em bens imóveis.
Exemplo de extinção pelo pagamento: o sujeito é notificado e na sequencia paga o tributo. É a causa natural. É uma das principais formas de extinção.
Exemplo de extinção pela compensação: quando as partes possuem mutuamente crédito e débito entre si. É feita uma compensação entre crédito e débito.
c) exclusão do crédito tributário: quando surge algum motivo que dê ao contribuinte o direito em não pagar o crédito tributário. São causas de exclusão: (I) isenção, (II) anistia.
A isenção é a dispensa de um tributo devido. É o perdão de um não cumprimento de obrigação acessória pelo contribuinte.
Exemplo de exclusão pela isenção: quando o ente federativo concede isenção para produção de aparelhosrespiratórios. A isenção vai atuar em algum critério da regra matriz (material, espacial, temporal, pessoal ou quantitativo). No caso do exemplo atacou o critério material.
Exemplo de exclusão pela anistia: o sujeito tem perdoada sua multa pela não emissão de nota fiscal. A anistia não vai excluir o crédito propriamente dito, mas apenas as penalidades referentes ao descumprimento de obrigações acessórias.

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