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Juliana Chagas – UERJ 2019.1 Alterações adquiridas dos dentes São aquelas que acontecem depois que o dente já completou sua erupção ou odontogênese. Cárie Alteração adquirida mais comum. Doença microbiana infecto-contagiosa dos tecidos calcificados dos dentes, caracterizada pela desmineralização da parte inorgânica e destruição de substância orgânica. Ácidos presentes, depósitos aderidos aos dentes Afeta esmalte, dentina e cemento, além de também poder afetar todas as faces. Fatores determinantes - Microrganismos - Substrato (dieta) + Biofilme dentário - Indivíduo susceptível (placa bacteriana) - Tempo Precisa-se de mais tempo para que ocorra a formação do biofilme descalcificação dentaria O exame radiográfico funciona como um guia, um guia para o exame clínico O processo da cárie deve ser paralisado Atrição Desgaste mecânico da superfície dentária à hábitos mastigatórios (antagonista/interproximal) Fisiológica: idade Patológica: mais acentuado. Bruxismo R: áreas radiolúcidas na superfície oclusão e incisal – perda de esmalte. - Dentição decídua e permanente - A perda da estrutura dental é lenta ao longo do tempo - Ocorre aposição da dentina secundária reparadora (exp pulpar e sensibilidade dentinária rara) - Dentes anteriores são mais acometidos: palatina de sup – vestibular de inf. - Pode ser o dente com seu antagonista, na superfície interproximal. As faces oclusais quase horizontais. Nessa radiografia também há calcificação pulpar. Obs.: em caso de endo, a calcificação pulpar é tida como uma barreira. A terapêutica utilizada para o bruxismo é uma placa relaxante que o paciente usa para dormir, protegendo os dentes e evitando o desgaste e o estresse muscular e a articulação temporomandibular. Abrasão Desgaste mecânico não fisiológica produzido por agente externo (escovação, grampos de prótese, cachimbo, alfinete, taxinha, fio dental). R: imagem radiolúcida – perda dos tecidos duros dentários. Juliana Chagas – UERJ 2019.1 Comum na região cervical em caninos, pré- molares e dentes adjacentes à área desdentadas. Pode ocorrer retração gengival, reabsorção óssea. Frente a agressão o dente pode produzir dentina esclerosada. As bordas incisais em dentes anteriores é mais comum. Erosão Perda de substância dentária devido desgaste químico (substância ácida/vapores), sem participação bacteriana. Quando há perda por erosão devido a ingestão de subst. Ácidas o desgaste é mais frequente na superfície vestibular. Tem uma característica marcante: há lesões côncavas lesões de dentina margeada por esmaltes. Isso ocorre, pois, a velocidade de destruição da dentina é maior que a do esmalte. R: áreas radiolúcidas na coroa dos dentes; a forma da coroa pode ser côncava, e na fase vestibular é mais frequente. Diagnóstico diferencial entre erosão e cárie é feita na anamnese. Dentina Primária: formada antes da conclusão da coroa dentária. Dentina reacional Secundária fisiológica: deposição ao longo da vida. O estímulo é lento e vai de acordo com o envelhecimento. R: diminuição da luz dos canais e câmara pulpar. É mais comum nos condutos radiculares. Terciária/Esclerosada: deposição devido a injúria local – cárie, doença periodontal, atrição, abrasão, erosão, fratura, procedimentos dentários, materiais odontológicos. R: diminuição da luz dos canais e câmara pulpar. Raramente oblitera completamente a câmara pulpar. Há deposição de D2° na segunda imagem Quando o dente rompe na arcada tem a câmara pulpar e o conduto mais amplo e a medida q ele envelhece tem-se a deposição de d2° e câmara e conduto estreito. Se o dente sofre uma agressão - Linha mais opaca: dentina terciaria Calcificações Pulpares É a segunda alteração adquirida mais comum. Está presente com mais frequência em idosos, após traumatismos, e cárie. Nódulo Pulpar Ele pode ser livre, aderente e intersticial. Rx: área radiopaca no interior da câmara pulpar ou dos canais radiculares. Significado clínico: endodontia Não há tratamento. Juliana Chagas – UERJ 2019.1 São assintomáticos e podem assumir grandes tamanhos. Calcificação difusa Rx: diminuição da luz dos canais e câmara pulpar. É mais comum nos condutos radiculares. Sua frequência aumenta com a idade. Em dentes senil pode haver obliteração total. Significado clínico: endodontia Não há tratamento. Diminuição devida a deposição de dentina secundária. Imagem 1: difícil visualizar a câmara e o conduto Imagem 2: difícil visualizar no canino O diagnóstico é calcificação pulpar difusa no 13. Pode acometer decíduo e permanente. Reabsorções dentárias Reabsorção Fisiológica – dentes decíduos Reabsorção Patológica Interna: E: idiopática. C: assintomática. Rx: Modificação da luz do canal radicular “ampola dilatada) – aumento da área de tecido pulpar/câmara pulpar ou conduto radicular. - Porção mediana para o espaço pericementário - Fratura espontânea na raiz T: endodontia (hidróxido de cálcio). Na Reabsorção dentária patológica há modificação da luz do canal. imagem 1 e 2: fisiológica Diagnóstico diferencial de reabsorção interna p externa RI: Há modificação do contorno do canal radicular. RE: há sobreposição de imagem radiolúcida sobre o canal. Exemplos de RI Externa: E: Trauma, dente reimplantado, tratamento ortodôntico, alteração patológica, dentes inclusos e impactados. Rx: Pode ocorrer em qualquer superfície do dente (apical + frequente). Ocorre a diminuição do espaço da raiz/ ápice arredondado mantém lâmina dura e espaço pericementário. A luz do canal é mantida e projetada sobre a reabsorção. T: endodontia (hidróxido de cálcio). Juliana Chagas – UERJ 2019.1 Reabsorção externa devido a impactação. RX coronária Hipercementose Deposição excessiva de cemento na superfície radicular. Pode ser local ou generalizada. C: assintomático; PM>1M E: processo inflamatório periapical, cementoma periapical, trauma oclusal, doenças sistêmicas (Paget: acromegalia, gigantismo). R: aumento do volume radicular, aumento da radiopacidade cemento, espaço normal ligamento periodontal e lâmina dura. T: não tem. Significado clínico: exodontia. Plano de tratamento – deve observar o risco de fratura. Remanescentes dentários – raízes residuais Remanescente dentário 51 (I1) e 75 (I2). Anquilose – Ancilose Também conhecido como dente submerso. E: desconhecida/ Trauma; infecção. C: decíduo mais acometido 2MI; dente em infra- oclusão, ausência do permanente, extrusão do antagonista. Rx: ausência total ou parcial do espaço periodontal com áreas aparentes de união dente/osso. É comum observar hipodontia no sucessor permanente. Conseguimos observar só no sentido mesio-distal, radiograficamente. Juliana Chagas – UERJ 2019.1 A imagem 1 não pode ser impactação pois os pre molares não estavam ali quando o 1M nasceu. Fratura dentária Solução de continuidade dos tecidos duros dos dentes. TRANSVERSAL – coroa; raiz (crianças). OBLÍQUA – coroa; raiz ou ambas (crianças). LONGITUDINAL – coroa e raiz. E: trauma, tratamento restaurador ou protético (longitudinal) C: paciente joves: 90% na maxila anterior Rx: traço radiolúcido contínua. Extensão e relação fratura x câmara pulpar. Cálculo dental Biofilme dental (placa bacteriana) mineralizado. É mineralizado pelos sais de cálcio da saliva.
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