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Neoplasias hepaticas Podem ser benignas ou malignas Primaria: adenoma de hepatócito Maligna: temos primaria que vem dos hepatócitos que é o carcinoma hepatocelular e o colangiocarcinoma que tbm é primaria porem esse se origina do epitélio dos ductos biliares Tumores secundários: metastáticos; uma neoplasia de outro local cai na corrente sanguínea e migra para o fígado e se prolifera ADENOMA HEPATICO Neoplasia do fígado Primaria- se origina dos hepatócitos Surge em pacientes que fazem uso prolongado de contraceptivos orais e anabolizantes Quando para de tomar o hormônio regride e some Classificação morfomolecular 1- Adenoma hepatocelular inativado por HNF1- contraceptrivos orais 2- Adenoma hepatocelular com B catenina ativada- contraceptivos orais e esteroides anabolizantes- ou seja esse aparece nos dois Essas cels neoplásicas tem características displasicas e tem rico de transformar em maligna (hepatocarcinona) que necessita remoção cirúrgica 3- Adenoma hepatocelular inflamatório – DHGNA – inflamatório que responde a proliferação de células neoplásicas; o risco de se transformar em maligno é menor que os anteriores Se não involui não precisa tirar- caso seja benigno- sempre necessário fazer bioposia Ou seja: se for gene com silecincimento do HNF1 alfa- não tem chance de virar maligna; já se encontra uma lesão com B catenina ativada é perigoso se transformar em maligna e precisa ser retirado A DHGNA tem baixo risco de transformação- mas pode transformar Macroscopicamente: Podem ser 1 ou vários nódulos, bem delimitados e situado próximo a capsula que reveste o fígado; coloração pode ser avermelhada ou esverdeada, podendo ser amarelada Esverdeado: produção de bile Amarelado: acumulo de vesículas de gordura no citoplasma Microscopicamente: trabéculas de células de hepatócitos neoplásicos, delimitado por tec. Conjuntivo fibroso e capilares sanguíneos Ps: são trabéculas pois uma se dispõe do lado da outra, ou seja não é um cordão- é mais espessada que um cordão Não consegue observar tríade portal, apenas a presença de artérias hepáticas que se proliferam para levar sangue a essa massa neoplásica As bolinhas brancas são gordura- acumulo de lipídeo no interior das cels neoplásicas CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC) Hepatocarcinoma (sinônimo) FATORES DE RISCO: · Ásia e África: · Infecção crônica por HBV. · A presença de Aflatoxina – É um contaminante alimentar. Ela é uma toxina produzida por um tipo de fungo (aspergilos) e acaba contaminando grãos e cereais que são armazenados em ambientes muito úmidos, o que favorece a proliferação do fungo e a produção dessa toxina. · Em países ocidentais as principais causas do carcinoma hepatocelular: · Cirrose, que vai ser levada ao alcoolismo crônico. · Infecção crônica por HCV. · DHGNA – Doença hepática gordurosa não alcoólatra (esteatose, vem aumentando a incidência desse tipo de doença devido ao aumento no número de pessoas obesas). · Todas essas alterações podem terminar em cirrose e a cirrose é um fator predisponente para o aparecimento do carcinoma hepatocelular. PATOGENIA: · Infecção viral crônica por HBV (DNA): · No caso do HBV, ele é um vírus de DNA, ele precisa do material genético de uma outra célula para ele conseguir se multiplicar. Vírus da hepatite B e hepatite C são hepatotrópicos (a partir do momento que eles infectam o indivíduo, eles migram diretamente para o fígado). · No caso do HBV, ele é um vírus de DNA, ele vai integrar o seu componente genético, algumas partículas virais, dentro do hepatócito para favorecer a sua replicação e ele continuar vivo e proliferando dentro desse indivíduo. · Existem alguns genes específicos desse vírus que são os causadores das mutações genéticas que vão favorecer o aparecimento do carcinoma hepatocelular. Esses genes são principalmente o HBx preS2/preS e preCore/core (esses foram recém descobertos). Esses três genes virais são responsáveis pela transformação maligna dos hepatócitos, o que eles irão fazer? Eles vão inativar alguns genes supressores de tumores, principalmente o TP53 e vão ativar alguns oncogenes, que vão favorecer a multiplicação das células que contenham os genes integrados no núcleo da célula. · No caso da Aflotoxina: · Essa toxina é diretamente tóxica para o hepatócito. · No caso da Aflotoxina pode ocorrer a formação de adutos de DNA (adição de componentes no material genético do hepatócito), podem ocorrer mutações no DNA e quebras no DNA dos hepatócitos. · A Aflotoxina causando todas essas alterações no DNA, ela vai levar a uma inativação de TP53 que é um gene supressor (impede a proliferação celular) de tumor. Gene supressor de tumor – Se ele está inativado, o que vai ocorrer? Uma proliferação descontrolada de células. Em países ocidentais: Alcoolismo crônico, infecção crônica por HCV e DHGNA: · Todos podem caminhar para cirrose e aí qual será o problema da cirrose que está implicado no aparecimento do carcinoma hepatocelular? · Regeneração dos hepatócitos. Esses hepatócitos estão sendo constantemente agredidos, o que favorece a regeneração celular. Se eles estão sendo agredidos por esses componentes, a célula pode morrer, as células vizinhas que não morreram, entram em regeneração celular, começam a se multiplicar e qual o problema? O fato de ter morte – regeneração, morte – regeneração, em algum desses momentos da regeneração pode ocorrer uma mutação nesse DNA e aí surgir uma célula neoplásica que dará o início para a transformação desses hepatócitos e o surgimento de um carcinoma hepatocelular. A displasia é a respeito da doença hepática crônica- pode ocorrer durante ou depois da cirrose Ela sera percebida por ser de grandes células ou pequenas células · Pode ter a presença de displasia de grandes células – Nesse caso, tem um aumento no risco de desenvolvimento de carcinoma hepatocelular, podendo ou não evoluir para um carcinoma hepatocelular. Se a pessoa tem uma hepatopatia crônica, faz biopsia e encontra esse tipo de célula no fígado, vai se fazer um acompanhamento desse paciente porque pode ficar com uma displasia de grandes células para o resto da vida e não desenvolver o carcinoma hepatocelular, como também pode evoluir dessa displasia para o carcinoma hepatocelular. · Pode ter a presença de displasia de pequenas células – O fato de encontrar em uma biopsia a presença de displasia de pequenas células, isso já se refere que tem uma grande chance de esse indivíduo desenvolver um carcinoma hepatocelular porque ela é tida como uma lesão diretamente pré-maligna (é o estágio anterior ao carcinoma hepatocelular). Isso quer dizer que se não fizer nada com esse paciente, diretamente esse paciente vai evoluir para um carcinoma hepatocelular. · Observação: Independente do tipo de doença hepática crônica, essas duas displasias podem estar presentes na biopsia. Quando se fala desses dois tipos de displasia, isso é uma característica morfológica microscópica, tem que se avaliar a biopsia para se encontrar esses dois tipos de displasia. · Pequenas células: diretamente pre maligna; Região de hepatócitos normais delimitados por sinusoides. · Observa – se uma diminuição do tamanho das células, tem uma diminuição na relação de citoplasma e núcleo, o citoplasma fica menor em relação a um citoplasma normal. · Os núcleos podem ficar mais hipercromáticos (ficam mais corados, mais roxinhos). · Grandes células: maior risco de desenvolvimento de carcinoma hepatocelular- porem não é certeza de evolução maligna; As células vão se apresentar maiores, com um citoplasma mais abundante, consequentemente os núcleos também serão maiores e o nucléolo dessas células ficará evidente. MACROSCOPIA: · Massa unifocal bem delimitada, nódulos multifocais (podem ser bem delimitados, mas podem começar a ser infiltrativo, tem tamanho variável), câncer difusamente infiltrativo (não tem crescimento expansivo). · Esses nódulos que estarão presentes no carcinoma hepatocelular podem apresentar uma alteração de coloração, e essa coloração vai variar muito dependendo do componente queestá presente dentro desse nódulo, podendo ter: · Brancos (estroma) –Se deve ao aumento de componente estromatoso, aumento de fibrose em relação ao número de hepatócitos. · Amarelados (esteatose) – Se deve ao acúmulo de gordura nesses hepatócitos neoplásicos. · Esverdeados (bile) – Se deve a capacidade dessas células neoplásicas de produzirem bile. MASSA UNIFOCAL GRANDE Massa neoplásica única e grande Áreas esverdeadas e áreas esbranquiçadas Branco: tecido conjuntivo fibroso (estroma) Verde: hepatócitos neoplásicos fazendo bile NODULOS MULTIFOCAIS DE TAMANHOS VARIAVEIS Tem 3 nodulos de diferentes tamanhos As cores são esverdeadas e amareladas, lembrando que amarelado é esteatose, as áreas enegrecidas é sinal de hemorragia NEOPLASIA DIFUSAMENTE INFILTRANTE Inúmeras massas neoplásicas dispersas pelo órgão- caracteriza neoplasia difusa hepatocelular - os 3 figados tem em comum hepatomegalia e cirrose · Microscopicamente, esse hepatocarcinoma pode ser bem diferenciado ou indiferenciado. Bem diferenciado vai lembrar muito os hepatócitos normais de origem e indiferenciado sua morfologia será o mais distante possível do hepatócito de origem, o mais diferente possível do hepatócito normal. · Morfologicamente, o carcinoma hepatocelular, na histologia, ele pode ter uma disposição trabecular, uma disposição pseudoglandular ou uma disposição sólida, isso independente da sua morfologia macroscópica. · Padrão trabecular: trabéculas espessas, e estarão delimitadas por tecido conjuntivo fibroso · Padrão pseudoglandular: hepatócitos se arranjando como se fossem glândulas – eles imitam estrutura glandular, pode encontrar no meio dele substancias como ex infiltrado inflamatório · Padrão solido: há grande proliferação e elas ficam muito próximas, sendo chamada um padrão solido pq não da pra dizer qual das anteriores é · Pode ocorrer mistura desses 3 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL · A presença elevada de alfa – fetoproteína (maior que 400ng/ml) confere a positividade de um carcinoma hepatocelular. Essa alfa – fetoproteína está presente em cerca de 80% dos pacientes. · O indivíduo vai apresentar níveis anormais de transaminases, bilirrubinas, TGO, TGP, fosfatase alcalina. · SINAIS CLÍNICOS: · A grande maioria dos carcinomas hepatocelulares são mascarados por sintomas de cirrose ou hepatite crônica. · Os sintomas podem ser: · Mal – estar. · Fadiga. · Perda de peso. · Dor abdominal. · Massa ou inchaço abdominal. EVOLUÇÃO DA DOENÇA · Em geral, quando descoberto, ele tem um prognóstico ruim. · Tumores pequenos (nódulo entre 1-5cm), se ele for removido por cirurgia, se tiver sucesso na cirurgia, geralmente tem – se um bom prognóstico. · Tumores maiores de 5 cm, mesmo feito a cirurgia, o prognóstico é ruim e a sobrevida é curta (cerca de 2 anos após o diagnóstico), e tendo maior chance de desenvolver metástases intra e extra hepáticas. · Principais locais que migram as células neoplásicas do fígado – Pulmão, coração, invasão de órgãos adjacentes ao fígado. CARCIONA FIBROLAMELAR · Variante do CHC · Etiologia desconhecida · <35 anos · Melhor prognostico que o CHC · Não esta associada com quadro de cirrose, nem com nada já dito anteriormente · Normalmente é uma lesão única, grande e rígida – sua estrutura forma irradiações chamadas lamela que é a presença de tecido conjuntivo fibroso ao redor dos hepatócitos neoplásicos- além disso tem um aumento de numero de mitondrias deixando bem mais rosa (eusoniofilico) · Os exames laboratoriais normalmente são normais · O diagnostico é feito por imagem e assim faz a biopsia para caracterizar as cels desse tumor COLANGIOCARCINOMA (CC) · Surge no epitélio dos ductos biliares dentro e fora do fígado · 2 tumor mais comum · Ele é considerado primário porque está ocorrendo no epitélio dos ductos que estão presentes no fígado, são células que compõe o fígado. · O colangiocarcinoma pode ser classificado como extra-hepático ou como intra – hepático. · Extra – hepático: Esse tumor é comum de ocorrer na junção dos grandes ductos biliares hepáticos direito e esquerdo. Está presente principalmente na junção de grandes ductos direito e esquerdo. · Intra – hepático: Tendem a ocorrer nos ductos biliares interlobulares (estão ocorrendo nos ductos biliares que estão na periferia dos lóbulos, as ramificações que estão ao redor dos lóbulos hepáticos). · Presentes na junção dos ductos principais biliares direito e esquerdo. A neoplasia surge de maneira a obstruir os grandes ductos hepáticos, ocorre na bifurcação. · No caso do intra-hepático, a neoplasia vai ocorrer nos pequenos ramos dos ductos biliares que ocorrem entre os lóbulos hepáticos e da mesma maneira que no extra – hepático, o crescimento é para a região interna, para a parte interna do ducto biliar, o que também vai ocasionar a obstrução desse ducto biliar. SINTOMAS: · Sinais de obstrução biliar, pode ter uma associação com colangite (inflamação nos ductos biliares) ou massa hepática sintomática (raramente). · Intra – hepático: · Vai se originar no epitélio dos ductos biliares interlobulares. · Inicialmente, ocorre uma mutação em uma única célula na superfície do lóbulo hepático, essa célula começa a se proliferar e ela vai dar origem a uma massa volumosa que vai envolver grande parte desse fígado. · Vai ter um crescimento nodular, geralmente esbranquiçado (deposição de conjuntivo fibroso) e aspecto duro. · Extra – hepático: · Vai ocorrer principalmente na bifurcação dos grandes ductos hepáticos direito e esquerdo. Tende a ter um crescimento infiltrativo, essa neoplasia vai se iniciar no epitélio do ducto e ela vai começar a caminhar em direção a todo o ducto principal. Explicando novamente – Ele ocorre principalmente na bifurcação dos ductos principais direito e esquerdo. A massa neoplásica se origina na bifurcação e ela tende a crescer de maneira infiltrativa por todo o ducto, por ambos os ductos e aí é como se o tumor fosse se “arrastando” pelos ductos hepáticos direito e esquerdo · O crescimento será infiltrativo e as lesões tendem a ser menores, por que? Porque a obstrução será precoce e acaba manifestando sinais e sintomas clínicos que faz com que o indivíduo procure o médico mais rapidamente em comparação com o colangiocarcinoma intra-hepático. · Independente dessa lesão ser intra ou extra-hepática, o que vai se observar microscopicamente será o mesmo tipo de lesão. Será encontrado formato glandulares, são células neoplásicas derivadas do ducto biliar que vão estar presentes entre um estroma de tecido conjuntivo fibroso que é chamado de desmoplasma (intensamente colageinisado). Explicando novamente – Independente de ser intra ou extra-hepático, o que vai se observar microscopicamente? Uma invasão de formações glandulares (essas formações têm origem no epitélio dos ductos biliares), e esses formatos glandulares das celulas neoplásicas estarão dispersas em um estroma desmoplásico (mesma coisa que está intensamente colageinisado, grande quantidade de fibras colágenas). · Uma característica comum dos colangiocarcinomas é produzir metástases. Procurar ao redor próximo do tumor, vasculhar por invasões perineurais. · Centralmente tem um nervo e essa formação nervosa está circundada por glândulas malignas, por células neoplásicas malignas que estão ao redor do nervo. · Invasão perineural é característico desse carcinoma. TUMORES METASTATICOS · Mais comum que neoplasia hepática primaria · Fontes: colon, mama, pulmão, estomago e pâncreas: Hepatomegalia · Podem substituir mais de 80% do parênquima hepático · Desnutrição maciça dos hepatócitos ou obstrução dos ductos biliares