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Thiago Lopes -
Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães 
 Aula 7 
 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCE-RJ 
 
Aula 7 – AFO na Constituição 
Federal 
AFO p/ TCE-RJ 
Prof. Sérgio Machado 
Prof. Marcel Guimarães 
Thiago Lopes -
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Administração Financeira e Orçamentária – 
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Sumário 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA (ART. 24) ................................................................................................... 6 
MEDIDAS PROVISÓRIAS (ART. 62) .......................................................................................................... 9 
PRECATÓRIOS (ART. 100) ...................................................................................................................... 11 
LEI COMPLEMENTAR (ART. 163, 165 E 169) ............................................................................................ 15 
MOEDA E BANCO CENTRAL (ART. 164) .................................................................................................. 18 
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA (ART. 165 E 166) ................. 21 
EMENDAS IMPOSITIVAS (ART. 166) ....................................................................................................... 36 
TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS POR MEIO DE EMENDAS INDIVIDUAIS IMPOSITIVAS (EMENDA CONSTITUCIONAL 105/19 – ART. 
166-A) ........................................................................................................................................................................ 49 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS (ART. 167) ............................................................................................. 56 
RECURSOS DESTINADOS AOS ÓRGÃOS DOS DEMAIS PODERES (ART. 168) ........................................... 64 
DESPESAS COM PESSOAL (ART. 169) ..................................................................................................... 65 
AUMENTO DE DESPESAS COM PESSOAL ................................................................................................................... 65 
NÃO OBSERVÂNCIA DOS LIMITES DE DESPESAS COM PESSOAL ..................................................................................... 65 
NOVO REGIME FISCAL – EMENDA CONSTITUCIONAL 95/2016 ............................................................... 69 
EMENDA CONSTITUCIONAL 102/2019 – EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO ............................................................................ 71 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL “SECA” .......................................................................................................... 74 
QUESTÕES COMENTADAS – CESPE ....................................................................................................... 85 
LISTA DE QUESTÕES – CESPE ............................................................................................................... 98 
GABARITO – CESPE ............................................................................................................................. 102 
RESUMO DIRECIONADO ...................................................................................................................... 103 
 
 
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 Aula 7 
 
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Dica de um concursado para um concurseiro 
Não existe melhor método de estudo. Existe o melhor método de estudo para você! 
Ciclos, revisões, técnicas de leitura e de resolução de questões são todos muito legais e você deve escutar 
pessoas que têm conhecimento do assunto. Isso pode lhe ganhar muito tempo em sua preparação! 😉 
Agora, o que você não deve ficar fazendo é ficar sempre caçando aquele novo e melhor método de estudo. 
Encontrou algo recomendado por especialistas e que funciona para você? Pronto! Só continue estudando. 
Cada pessoa aprende de uma forma diferente. Alguns gostam de mapas mentais, outros preferem 
resumos, outros preferem a letra da lei. 
Enfim, encontre algo que funcione para você e estude! 😃 Essa é a dica! 😉 
Não existe melhor método de estudo. Existe melhor método de estudo para você! 
 
Mentalidade dos campeões 🏆 
Pessoas de sucesso não nascem assim. Elas se tornam bem-sucedidas estabelecendo o hábito de fazer coisas que 
pessoas sem sucesso não gostam de fazer 
Sabe qual é uma coisa que as pessoas sem sucesso não gostam de fazer? ESTUDAR! 😄 
 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCE-RJ 
 
 Professor Sergio Machado (https://www.youtube.com/channel/UCvAk1WvzhXG6kV6CvRyN1aA) 
 ProfSergioMachado (https://www.facebook.com/profsergiomachado) 
 ProfSergioMachado (https://www.instagram.com/profsergiomachado) 
 
 
 Prof.MarcelGuimaraes (https://www.instagram.com/prof.marcelguimaraes) 
 www.marcelguimaraes.com.br 
 
@profsergiomachado 
@prof.marcelguimaraes 
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A Constituição Federal de 1988 atribuiu grande importância às finanças públicas e aos orçamentos. É 
tanto que há um capítulo e uma seção só para isso! Trata-se da Seção II (dos orçamentos), que fica dentro do 
Capítulo II (das finanças públicas), que, por sua vez, fica dentro do Título VI (da tributação e do orçamento). 
Assim: 
TÍTULO VI 
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO 
CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção I 
NORMAS GERAIS 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
“Então tudo que é relacionado a AFO está dentro desse capítulo II da Constituição, professor?” 🤨 
Não, nem tudo relacionado a AFO está lá. Embora os dispositivos mais importantes sejam aqueles que 
estão no Capítulo II – das finanças públicas (artigos 163 a 169), há outros artigos relacionados à disciplina de 
Administração Financeira e Orçamentária (AFO) espalhados pela Constituição. E é isso que nós vamos ver nesta 
aula! 😉 
Ah! Diversas vezes as questões irão se ater à literalidade da Constituição Federal. Por isso, vamos trazer 
os dispositivos na íntegra e comentá-los quando necessário. 😊 
Ao final da aula, também vamos trazer a “lei seca”, ou, nesse caso, “Constituição Federal seca”, com todos 
os dispositivos pertinentes à nossa disciplina e que apresentamos na aula (na ordem em que aparecem na 
CF/88) 😅. Esse tipo de leitura também é importante. E você também pode usar essa seção como um resumo, 
sempre disponível para consulta. 😉 
Vamos lá? 😃
 
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Competência legislativa (art. 24) 
Vamos começar com uma pergunta: de quem é a competência para legislar sobre Direito Financeiro? E 
para legislar sobre Orçamento? 🤔 
A resposta está lá no artigo 24 da gloriosa CF/88, vejamos: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II – orçamento; (...) 
Não sei vocês, mas eu gosto do mnemônico: 
Tri Fi Pen Ec Ur O 
Tem gente que gosta do PUFETO (Penitenciário, Urbanístico, Financeiro, Econômico, Tributário e 
Orçamento). Escolha o que você achar melhor! 
PUFETO 
Você deve prestar atenção no seguinte: os municípios não estão inseridos expressamente na 
competência concorrente para legislar. Você notou que o caput do artigo 24 somente fala da União, Estados e 
Distrito Federal? 😏 
Pois é. A banca vai tentar fazer pegadinha aqui. Vai colocar os municípios no meio desse bolo. Não caia 
nessa! 😑 
“Espera aí, professor. Então os municípios vão ficarfora dessa?” 🤔 
Não, porque eles possuem competência legislativa suplementar, observe: 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (...) 
“É verdade, professor. Você mesmo já disse que os municípios também possuem PPA, LDO e LOA” 😅 
Pois é... 😄 
Continuando, o artigo 24 ainda nos diz mais: 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados. 
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§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário. 
“Como é isso aí, professor?” 🤨 
Calma! Vou simplificar pra você. ☺ Funciona assim: 
Quem faz as normas gerais é a União. A competência da União se limita a isso! ☝ 
E essa competência da União não impede os Estados de editarem normas suplementares, ou seja, “não 
exclui a competência suplementar dos Estados”. 
Caso a União não edite normas gerais, ou seja, “inexistindo lei federal sobre normas gerais”, então cada 
Estado pode fazer suas próprias normas gerais, exercendo a sua “competência legislativa plena, para atender 
a suas peculiaridades”. 😃 
“E se o Estado tiver exercido sua competência legislativa plena e depois a União venha editar normas gerais? 
O que acontece, professor?” 🤔 
Excelente pergunta! Em outras palavras, você está perguntando: e no caso de superveniência de lei 
federal sobre normas gerais, o que acontece? 
Acontece o seguinte: os dispositivos da lei estadual que forem conflitantes com os dispositivos da lei 
federal (somente esses dispositivos e não a lei toda) terão sua eficácia suspensa. 
Atenção: a lei não será revogada! Essa é a pegadinha! 
Preste atenção! 
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia (e não revoga) da lei 
estadual, somente no que lhe for contrário (e não toda a lei) 
Questões para fixar 
CESPE – SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual – 2019 
A respeito da organização do Estado, a União, os estados federados e o Distrito Federal podem legislar concorrentemente 
sobre 
A) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 
B) ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. 
C) combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores 
desfavorecidos. 
D) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
E) política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores. 
Comentários: 
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Prova de alto nível, mas com uma resolução simples. Observe a alternativa A. Agora observe o disposto na CF/88: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
É só lembrar do Tri Fi Pen Ec Ur O ou do PUFETO. 
Veja que a questão também tomou o cuidado de não citar os municípios, para ficar igualzinha ao artigo 24 da CF/88. 
Pronto, já encontramos nosso gabarito. As demais alternativas são temas de direito constitucional! 😆 
Gabarito: A 
CESPE – PGE-AM - Procurador do Estado – 2018 
A competência legislativa municipal suplementar não se estende ao direito financeiro, uma vez que o constituinte, ao 
tratar da competência concorrente para legislar sobre tal matéria, não contemplou os municípios. 
Comentários: 
Opa! A competência legislativa municipal suplementar se estende ao direito financeiro sim! A banca primeiro diz uma 
mentira e depois coloca uma justificativa “bonita” para você escorregar! Cuidado! 
É verdade que os municípios não estão expressamente inseridos no artigo 24, mas isso não retira deles a sua competência 
legislativa suplementar para legislar sobre direito financeiro. Afinal de contas, municípios também possuem orçamento 
público, não é mesmo? 😏 
Gabarito: Errado 
 
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Medidas Provisórias (art. 62) 
Vejamos: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º. 
Opa! Tem uma ressalva aí! Que ressalva é essa? 🤨 
É para a abertura de créditos adicionais extraordinários: 
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, 
observado o disposto no art. 62.” 
“Créditos adicionais extraordinários, professor? Como assim? O que é isso?” 🤨 
É o seguinte: “a lei orçamentária é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais são 
consignadas dotações”1. Esses são os nossos créditos orçamentários iniciais (ou ordinários), porque eles já 
estão consignados na LOA. Já iniciamos o exercício financeiro com tais créditos. 
Portanto, os créditos orçamentários são classificações, contas, que especificam as ações e operações 
autorizadas pela lei orçamentária. E as dotações são os montantes de recursos financeiros com que conta o 
crédito orçamentário. 
Como dizem os mestres Teixera Machado e Heraldo Reis: “o crédito orçamentário seria o portador de 
uma dotação e esta o limite de recurso financeiro autorizado”. É como se o crédito orçamentário fosse uma 
gaveta e a dotação é o limite de dinheiro que pode estar dentro daquela gaveta. 
 
Beleza! 
Só que nem sempre a execução sai do jeito que foi planejado! 🧐 Às vezes a realidade exige que o 
planejamento seja alterado, e que o orçamento seja retificado! 
“Certo, e aí, professor? Se o orçamento precisar ser retificado, como isso acontece?” 
Por meio de créditos adicionais! 
 
1 GIACOMONI, James. Orçamento público, 16ª edição, p. 303. 
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Então, resumindo, os créditos orçamentários podem sofrer alterações e os mecanismos utilizados para 
fazê-lo são os créditos adicionais. Por isso dizemos que os créditos adicionais são mecanismos retificadores 
do orçamento. 😉 
Os créditos adicionais são assim chamados, porque eles não vêm junto com a LOA, que é o caso dos 
créditos orçamentários iniciais. Eles são adicionados posteriormente! Entendeu o nome agora? Créditos 
adicionais! 😏 
A Lei 4.320/64 nos dá uma definição de créditos adicionais: 
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente 
dotadas na Lei de Orçamento. 
E, também de acordo com a Lei 4.320/64: 
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: 
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; 
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; 
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção 
intestina ou calamidade pública. 
Portanto,temos três “tipos” de créditos adicionais: 
1. Suplementares; 
2. Especiais; e 
3. Extraordinários. 
Pronto, agora que você entendeu o que é um crédito extraordinário, voltemos à regra constitucional: a 
única matéria de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) que pode ser regulada por medida provisória 
é abertura de créditos extraordinários. Eu disse extraordinários (não adicionais, não suplementares, não 
especiais. Só os extraordinários). Atenção para pegadinhas! ☝ 
Resumindo 
É vedada a edição de medidas provisórias sobre qualquer coisa relacionada a orçamento, exceto 
sobre créditos extraordinários. 
 
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Precatórios (art. 100) 
Você sabe o que são precatórios? 🧐 
Precatório é o reconhecimento judicial de uma dívida que o ente público tem com o autor da ação. Você 
“entra na justiça” contra um ente público e ganha a causa. Beleza. Você agora será detentor de um título, 
denominado de precatório. Você receberá a sua indenização por meio de precatórios. Eles estão previstos no 
artigo 100 da CF/88, observe: 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em 
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos 
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
Repare que esses pagamentos serão feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos 
precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo que é proibida a designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias. 
Por exemplo: se eu ganhar uma ação judicial contra um ente público e fizer jus a indenização, não haverá uma dotação no 
orçamento denominada “precatórios devidos ao professor Sérgio em razão da ação nº 1234-5” 😅 
Vou aproveitar a oportunidade para lhe apresentar as regras sobre precatórios (previstas nos parágrafos 
do artigo 100 da CF/88): 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, 
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por 
invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e 
serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste 
artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim 
definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor 
equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o 
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação 
do precatório. 
Veja que os débitos de natureza alimentícia são pagos com preferência sobre todos os demais débitos, a 
não ser de um: débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 anos de idade, ou sejam portadores 
de doença grave, ou pessoas com deficiência (mas só até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para 
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos 
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam 
fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 62, de 2009). 
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§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades 
de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior 
benefício do regime geral de previdência social. 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao 
pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios 
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, 
quando terão seus valores atualizados monetariamente. 
A regra é a seguinte: apresentou antes de 1º de julho? Então será incluído no orçamento do próximo ano. 
Apresentou depois de 1º de julho? Então só será incluído no orçamento do ano subsequente ao próximo. 
Observe os seguintes esquemas: 
 
 
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder 
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento 
integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito 
de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro 
da quantia respectiva. 
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar 
a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, 
perante o Conselho Nacional de Justiça. 
E já que estamos falando sobre execução orçamentária e financeira, observe o seguinte dispositivo da 
LRF: 
2018 2020
Inclusão no orçamento 
de 2019
2019
Pagamento até 
31/12/2019
1º de julho
Precatórios 
apresentados
2018 2020
Inclusão no orçamento 
de 2020
2019
1º de julho
Precatórios 
apresentados
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Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças 
judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância da 
ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição. 
Questões para fixar 
IDECAN – CFR-SP - Analista – 2018 
Na contabilidade pública, o procedimento no qual o gestor compatibiliza o fluxo dos pagamentos com o fluxo dos 
recebimentos, com o objetivo de ajustar a despesa fixada às novas projeções de resultado é definido como: 
A) Fluxo de Caixa. 
B) Programação Orçamentária e Financeira 
C) Descentralização de Créditos Orçamentários. 
D) Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 
Comentários: 
A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos 
recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação. 
Gabarito: B 
CESPE – TRE-MT - Analista judiciário – 2015 
De acordo com o disposto na LRF — Lei Complementar n.º 101/2000 —, após a publicação da LOA, o Poder Executivo 
deverá estabelecer metas trimestrais de arrecadação. 
Comentários: 
Não! A questão quis lhe confundir com as cotas trimestrais previstas lá na Lei 4.320/64. Na verdade, a LRF diz o seguinte: 
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de 
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da 
quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos 
tributários passíveis de cobrança administrativa. 
Eu avisei e disse para você gravar: metas bimestrais de arrecadação! 
Gabarito: Errado 
FGV – TJ-SC - Analista Administrativo – 2015 
Durante a execução orçamentária, as receitas e despesas não se executam de forma perfeitamente ajustada, para isso a 
Lei de ResponsabilidadeFiscal dispõe sobre o estabelecimento da programação financeira e do cronograma de 
desembolsos. De acordo com as disposições legais relativas à programação financeira e ao cronograma de desembolsos: 
A) as metas de arrecadação são desdobradas em cotas trimestrais; 
B) as operações extraorçamentárias não são incluídas na programação financeira; 
C) o cronograma de desembolsos é de execução mensal; 
D) os recursos legalmente vinculados não precisam ser desdobrados em metas de arrecadação; 
E) por ser objeto de publicação oficial, o cronograma só pode ser alterado com autorização legislativa. 
Comentários: 
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a) Errada. De novo, a mesma pegadinha... 😒 As receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas 
bimestrais de arrecadação (art. 13, da LRF). 
b) Errada. As operações extraorçamentárias são incluídas sim na programação financeira, afinal elas também representam 
desembolsos (é dinheiro que sai do bolso da Administração Pública). E ainda temos a Lei 4.320/64: 
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior, levará em conta os créditos 
adicionais e as operações extraorçamentárias. 
c) Correta. Isso mesmo. Agora é cronograma mensal de desembolsos, observe (LRF): 
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e 
observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de execução mensal de desembolso. 
d) Errada. Precisam ser desdobrados em metas de arrecadação sim! E são desdobrados em metas bimestrais de 
arrecadação (art. 13, da LRF). 
e) Errada. O cronograma pode ser alterado sem autorização legislativa, afinal ele não é uma lei, é um ato administrativo. 
Gabarito: C 
 
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Lei Complementar (art. 163, 165 e 169) 
Vamos começar explicando o óbvio: a lei complementar complementa a Constituição! 😉 
“Ó, professor! Não me diga!” 😱 
É! Vou dizer! 😂 
A Lei Complementar (LC) tem o propósito de complementar a Constituição, explicando, adicionando ou 
completando determinado assunto. E a Constituição aponta quais matérias cabem à lei complementar. É como 
se ela dissesse: 
“Olha, o assunto X precisa ser melhor explicado, precisa ser complementado. E quem vai fazer isso é a lei complementar. 
Portanto, cabe à lei complementar dispor sobre o assunto X!” 
Muito bem. Você também tem que saber que, enquanto as leis ordinárias são aprovadas por maioria 
simples: 
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
E tem mais: somente uma lei complementar pode alterar ou revogar outra lei complementar, por conta 
de sua matéria específica e de seu quórum diferenciado (maioria absoluta). Afinal você acha justo uma lei que 
foi designada pela Constituição Federal para tratar de um assunto e que foi aprovada por maioria absoluta ser 
alterada ou revogada por uma lei que não recebeu esse privilégio da Constituição e que pode ser aprovada por 
maioria simples? 🤔 
Não, não é mesmo?! 😄 
Conclusão: 
Uma lei ordinária não pode alterar ou revogar uma lei complementar! 
Então, beleza! Agora é a hora que você pergunta: 
“Professor, no âmbito das finanças públicas, o que a CF/88 exige que seja regulado por meio de lei 
complementar (LC)? Em outras palavras: o que cabe à lei complementar?” 🧐 
Uh! Era aqui onde eu precisava chegar. 😎 
Em seguida, vou transcrever os dispositivos constitucionais e fazer os devidos comentários (essa parte é 
assim mesmo. Tem que saber o que é tema de lei complementar e o que não é. Mas eu destacarei o que é mais 
importante, claro! 😄): 
CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção I 
NORMAS GERAIS 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
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I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
“Espera aí, professor. Tem alguma lei que trata desses temas aí, não tem?” 🧐 
Opa! Tem sim. E o nome dela é: Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 😄 
A LRF dispõe sobre esses assuntos. O artigo 163 serviu de base para a elaboração da LRF. 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
(...) 
Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
“Já sei, professor. A LRF também trata desses assuntos!” 😃 
Huuum! Mais ou menos! 😑 
A LRF aborda parcialmente esses temas. Isso quer dizer que a LRF não é a tão sonhada nova lei de 
finanças públicas (aquela que irá substituir a Lei 4.320/64), prevista no art. 165, § 9º, I, da CF/88. 
Por exemplo: a LRF dispõe sobre PPA, LDO e LOA, mas os prazos de encaminhamento e devolução para sanção dessas 
leis orçamentárias (no âmbito da União) em vigor atualmente ainda são aqueles estabelecidos no art. 35 do ADCT. 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando 
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações 
de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
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O que é execução equitativa? É a execução das programações de caráter obrigatório que que observe 
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas parlamentares 
apresentadas. 
Quais são os critérios da execução equitativa? É a lei complementar quem vai dizer! 😅 
E a lei complementar também vai dispor sobre: 
• procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos; 
• cumprimento de restos a pagar; e 
• limitação das programações de caráter obrigatório. 
“E para que tudo isso, professor?” 
Para realizar o disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
“E esses dispositivos falam sobre o quê?” 
Sobre emendas parlamentares impositivas! O pedacinho de orçamento impositivo que temos dentro 
do nosso orçamento autorizativo! 😉 Eis os mencionados dispositivos: 
Art. 166, § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em 
montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício 
anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 
§ 9º do art. 165. 
Art. 166, § 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas por 
todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, nomontante de até 1% 
(um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
Viu aí onde estão definidos os critérios para a execução equitativa da programação? 😏 
Muito bem! 
Para que mais a CF/88 exige lei complementar, no âmbito das finanças públicas? 🤔 
Limites da despesa com pessoal! 😄 Senão vejamos: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
Então, os limites para despesa com pessoal são estabelecidos onde? 🧐 
Em lei complementar! Mais especificamente na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seus artigos 19 
e 20. 😉 
Ah! Então é assim: 
 
 
Limites da 
despesa com 
pessoal
Lei 
complementar 
(LRF)
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Moeda e Banco Central (art. 164) 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
A União detém a competência para emitir moeda (CF/88, art. 21, VII). 
Certo. E essa competência, essa emissão de moeda pode ser feita por qualquer um? 
NÃO! Somente pelo banco central! 😄 É uma competência exclusiva do banco central. Não é do Banco 
do Brasil. É do Banco Central! 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e 
a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Entenda o seguinte: 
O banco central é o banco dos bancos 🏦 
Se você entender isso, então você conclui que o banco central só pode emprestar dinheiro para 
instituições financeiras. E, por isso, não pode emprestar para o Tesouro Nacional e nem para órgão ou entidade 
que não seja instituição financeira. 
Então, nós perguntamos: 
• se for instituição financeira, pode receber empréstimo do Bacen? PODE! 😃 
• se não for instituição financeira, pode receber empréstimo do Bacen? NÃO! 😤 
Lembre-se: a proibição é para a concessão de empréstimos a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. 😉 
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de 
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
“Que é isso, professor? Comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional? Regular a oferta de moeda 
ou a taxa de juros?” 
É isso mesmo. O banco central regula a oferta de moeda e a taxa de juros por meio da compra e venda de 
títulos de emissão do Tesouro Nacional. 😄 
Pense na lei da oferta e da procura (lá da disciplina de economia). Quando há muita oferta de um 
produto, o seu preço é baixo. Quando há pouca oferta de um produto, o seu preço é alto. Agora imagine que a 
moeda é esse produto. Quando há muita moeda circulando, o preço da moeda é baixo. Quando há pouca 
moeda circulando, o preço da moeda é alto. 
“E o que é esse preço da moeda, professor?” 🧐 
É a taxa de juros. A taxa de juros é o preço da moeda. 
Portanto, 
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• Se o banco central quer reduzir a oferta de moeda (e aumentar a taxa de juros), ele vai vender 
títulos de emissão do Tesouro Nacional: as pessoas vão entregar a sua moeda e receber títulos. 
Isso vai retirar moeda de circulação, enxugando o mercado; 
• Se o banco central quer aumentar a oferta de moeda (e reduzir a taxa de juros), ele vai comprar 
títulos de emissão do Tesouro Nacional: o banco central vai entregar a sua moeda (que não estava 
em circulação) e pegar títulos. Agora essa moeda estará em circulação. 
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Simplificando: as disponibilidades (o dinheiro, a grana, a bufunfa 💰) da União são depositadas no Bacen. 
Agora atenção: a Conta Única do Tesouro Nacional é mantida no Bacen, mas é operacionalizada pelo 
Banco do Brasil. Isso significa que o Banco do Brasil somente arrecada as receitas. Posteriormente, essas 
receitas são recolhidas para o banco central, que é onde está a Conta Única. 
 
“E o resto da Administração Pública? Eles podem depositar onde quiserem?” 🤔 
O resto da Administração Pública vai depositar em instituições financeiras oficiais (ressalvados os casos 
previstos em lei). 
Aqui vai um esqueminha para você visualizar: 
 
Fonte: CRUZ, Victor. Constituição Federal anotada para concursos. 10ª edição. Rio de Janeiro, Ferreira, 2017. 
 
 
Conta Única do 
Tesouro Nacional
Operacionalizada pelo Banco do Brasil
Mantida no Banco Central
• Depositadas no BacenDisponibilidades da União
• Depositadas em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei
Disponibilidades dos 
Estados, DF, Municípios, 
e órgãos ou entidades 
públicas
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Questões para fixar 
VUNESP – Prefeitura de Sorocaba - SP - Procurador do Município – 2018 
A legislação nacional impõe uma série de restrições à aplicação das disponibilidades de caixa dos entes da federação, com 
o intuito de evitar aplicações temerárias de recursos públicos, em prejuízo de toda a sociedade. A respeito desse tema, é 
correto afirmar que 
A) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco do Brasil; as dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, em instituições financeiras brasileiras. 
B) não se aplicam às empresas controladas pela União, pelos Estados e pelos Municípios as restrições constitucionais à 
aplicação de suas disponibilidades de caixa apenas em títulos emitidos por instituições privadas nacionais. 
C) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas na Caixa Econômica Federal, e as reservas internacionais, no 
Banco Central do Brasil. 
D) as disponibilidades de caixa dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas serão aplicadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
E) as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social próprio dos servidores públicos ficarão depositadas em 
conta única, juntamente às demais disponibilidades de cada ente, e serão aplicadas nas condições de mercado. 
Comentários: 
Olha aí a pegadinha logo na alternativa A! As disponibilidades de caixa da União não são depositadas no Banco do Brasil e 
nem são depositadas na Caixa Econômica Federal (alternativa C). Elas são depositadas no Banco Central. 
Já as disponibilidades dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das 
empresas por ele controladas, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em 
lei (justamente como diz a alternativa D). 
Gabarito: D 
CESPE – TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI – 2014 
Com relação às finanças públicas e ao sistema tributário nacional, julgue o item subsequente. 
Cabem ao Banco Central a emissão de moeda, a função de depositário das disponibilidades de caixa da União e a atribuição 
de conceder empréstimos ao Tesouro Nacional. 
Comentários: 
Uh! Quase. O Banco Central emite moeda (inclusive, essa é uma competência exclusiva dele). O Banco Central é 
depositário das disponibilidades de caixa da União (o “resto” da Administração Pública” deposita em instituições 
financeiras oficiais). Mas o Banco Central não concede empréstimos ao Tesouro Nacional. Isso é vedado pela CF/88: 
Art. 164, § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimosao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Gabarito: Errado 
 
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Instrumentos de planejamento governamental – 
PPA, LDO e LOA (art. 165 e 166) 
Esses dispositivos são muito importantes. Muitos deles, nós já vimos, portanto, vamos dar uma revisada. 
Outros serão novidade e, por isso, explicaremos com mais profundidade. 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
A iniciativa não é do Poder Legislativo! No Brasil, adotamos o tipo de orçamento misto: o Poder 
Executivo elabora e executa, enquanto o Poder Legislativo vota e controla. 😄 
 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para 
as relativas aos programas de duração continuada. 
Mnemônicos que você pode usar para gravar: 
PPA regional DOM DK ODD PDC 
Ou então: 
DOM Drift King Oráculo Da Direção Piloto De Corrida. 
Perceba que o PPA estabelecerá diretrizes, objetivos e metas (DOM), de forma regionalizada, não só 
para as despesas de capital (DK), mas também para outras despesas decorrentes dessas despesas de capital 
(ODD – Outras Delas Decorrentes). 
•Legislativo•Executivo
•Executivo•Legislativo
Controle e 
avaliação Elaboração
Discussão, 
votação, 
aprovação
Execução
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§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Atenção: apesar de seu nome ser “Lei de Diretrizes Orçamentárias”, a LDO estabelecerá metas e 
prioridades (MP), enquanto que o PPA estabelecerá diretrizes, objetivos e metas (DOM). 
 
 
A LDO é o elo entre o PPA e a LOA. É a LDO que faz o meio de campo entre esses dois instrumentos 
de planejamento. Ela representa o planejamento tático e busca dar concretude ao PPA. 
 
A LDO também disporá sobre as alterações na legislação tributária. Aqui você também tem que prestar 
atenção em eventuais pegadinhas: a LDO não fará alterações na legislação tributária (por exemplo: aumento 
ou redução de alíquota). Ela simplesmente irá dispor sobre essas alterações, ok? 😉 
 
• DOM (diretrizes, objetivos e metas)PPA
• MP (metas e prioridades)LDO
LDO
Metas e Prioridades (MP)
DK para exercício subsequente
Orienta a elaboração da LOA
Dispõe sobre alterações na 
legislação tributária
Estabelece a política de aplicação 
das ag. financ. oficiais de fomento
PPA LDO LOA
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§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
Esse é o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO). A primeira (e importantíssima) 
informação sobre ele é a sua periodicidade: bimestral (2 meses). 
E se ele é publicado a cada bimestre, quantos relatórios serão produzidos para aquele exercício 
financeiro? 
“Vixe, professor! Deixa eu me lembrar das aulas de Raciocínio Lógico. O ano tem 12 meses. Um relatório a 
cada 2 meses. Então vou dividir 12 por 2, o que dá 6 relatórios para cada exercício financeiro!” 😃 
Opa! Você está afiado, hein?! 😏 
Repare também que ele será publica 30 dias após o encerramento de cada bimestre. 
Isso significa que o RREO do 1º bimestre (referente aos meses de janeiro e fevereiro) será publicado no final de março (30 
dias após o encerramento do mês de fevereiro). 
“E por que é importante saber essa periodicidade, professor?” 🧐 
Principalmente porque existe um outro relatório chamado de Relatório de Gestão Fiscal (RGF), que está 
lá no artigo 54 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Este relatório será publicado até após o encerramento do 
período a que corresponder. 
“E qual é a periodicidade do RGF, professor?” 🤔 
Quadrimestral (4 meses)! 😱 
Já está percebendo que isso é prato cheio para as questões? Elas vão tentar fazer confusão aqui! 😬 
Portanto, grave: 
 
Além disso, você tem que saber que: 
• O RREO está na CF/88 (como acabamos de ver) e na LRF; 
• Já o RGF está somente na LRF. 
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão 
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Alertamos para outra pegadinha: como os planos e programas, muitas vezes, são mais longos do que o 
PPA, as questões adoram dizer que o PPA será elaborado em consonância com os planos e programas. 
Isso é mentira! 😤 
Os planos e programas é que são elaborados em consonância com o PPA (não é o contrário)! ☝ 
• Bimestre (2 meses)RREO
• Quadrimestre (4 meses)RGF
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Preste atenção 
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA (e não o contrário) 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
 
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre 
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
É o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que será acompanhado desse demonstrativo. Não é o 
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (PLDO) e nem é o projeto de Plano Plurianual (projeto de PPA). 
“E esse demonstrativo demonstra o que mesmo, professor?” 🤔 
Ele demonstra qual será o efeito das renúncias de receita sobre as receitas e despesas. E o detalhe é 
que ele é regionalizado, ok? 😉 
Agora repare nesse dispositivo constitucional (vamos voltar um pouco até o artigo 150): 
Art. 150, § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, 
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei 
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou 
o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
• Empresas estatais independentesInvestimento
• PAS (Previdência, Assistência social e Saúde)Seguridade Social
• "O resto": toda a Adm. Pública, exceto OSS e OIFiscal
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Ou seja: qualquer renúncia de receita que estiver relacionada com impostos, taxas ou contribuições só 
poderá ser concedida mediante lei específica! E essa lei específicadeve regular exclusivamente essas 
matérias. 
Isso significa que se governo quiser fazer uma renúncia de receita, ele deve: 
• Demonstrar o efeito regionalizado da renúncia no PLOA; 
• Obedecer às regras do art. 14 da LRF; 
• Editar lei específica. 
Detalhe é que a lei específica deve ser do ente que está concedendo a renúncia de receita e que detém 
aquela competência. 
Por exemplo: a União pode dar isenção do Imposto de Renda por meio de uma lei específica, mas não pode conceder 
isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, pois esse imposto é de competência dos Estados. Ou 
seja: não dá para “fazer cortesia com chapéu alheio”, não é mesmo? 
Continuando... 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Esse é o princípio da exclusividade! 😄 Resumidamente, ele preceitua que a LOA não conterá matéria 
estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. Mas, além da previsão de receitas e fixação de despesas, 
também poderão estar na LOA: 
• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares); 
• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os 
2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos 
para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em 
andamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) 
Reduzir desigualdades 
inter-regionais
OF e OI SIM
OSS NÃO
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Olha só, olha só! 😄 
Com a Emenda Constitucional 102/19 ganhamos um novo anexo! É o anexo com previsão de agregados 
fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a 
continuidade daqueles em andamento. 
Gostou do nome? Bem curtinho, né? 😅 
Como eu já estou me sentindo íntimo dele (e por razões didáticas), vou chamá-lo de “anexo dos 
agregados e das proporções”. 😄 
“Legal, professor. Mas o que é agregado fiscal?” 🤔 
Não me pergunte. Pergunte para quem inventou isso, porque isso não está definido em lugar nenhum! 😂 
Portanto, não se preocupe. A banca não vai perguntar o que é agregado fiscal. Ela vai perguntar sobre o anexo 
que contém os agregados fiscais. 😉 
“Beleza, professor. Mas o que é mesmo esse anexo?” 😅 
Bom, esse anexo irá conter previsão de agregados fiscais. Essa é a primeira coisa que estará no anexo. 
A segunda coisa é a seguinte: a maioria dos investimentos são plurianuais (demoram mais de um ano 
para serem finalizados). Portanto, no início de cada exercício financeiro, podemos ter investimentos em 
andamento. Parte dos recursos para investimentos (que estão na LOA) será utilizada para dar continuidade a 
esses investimentos em andamento. 
Certo. Mas qual é o tamanho dessa parte? Qual é proporção dos recursos para investimentos que serão 
alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento? 
Ora! Quem vai dizer isso é justamente o “anexo dos agregados e das proporções”. 😃 
Por exemplo: a LOA 2020 irá destinar R$ 10.000.000,00 para investimentos, sendo que já temos alguns 
investimentos em andamento, que não serão finalizados em 2019. Então, o “anexo dos agregados e das proporções” 
determina que 20% dos R$ 10.000.000,00 será destinado para dar continuidade a esses investimentos em 
andamento. 
Muito bem! 
Mas você sabe qual vai ser a primeira pegadinha que a banca vai fazer? 😏 
Ela vai dizer que que esse anexo integra a LOA ou o PPA. 
Mentira! 😤 
Esse anexo integrará a LDO! 😃 
Volte lá e leia novamente: “Integrará a lei de diretrizes orçamentárias (...) anexo com...”. 
Preste atenção 
O “anexo dos agregados e das proporções” integrará a LDO 
Continuando: esse anexo aborda qual prazo? 🤔 
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Resposta: o anexo será para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios 
subsequentes. 
Por exemplo: o anexo 2021 será para o exercício financeiro de 2021 e, pelo menos, para os exercícios financeiros de 
2022 e 2023. 
Notou a marcação no “pelo menos”? 🧐 
É. Essa aqui é uma pegadinha sutil que a banca pode tentar. 
Por isso, eu pergunto: o anexo pode ser para o exercício a que se refere e para os três seguintes? 🤔 
E já respondo: SIM! 😃 
Pode ser para o exercício a que se refere e para os quatro seguintes? 🤔 
SIM! 😃 
Sim, porque a CF/88 fala que o anexo será para exercício a que se refere e, pelo menos, para os 2 (dois) 
exercícios subsequentes. Esse é o mínimo. No mínimo, ele será para o exercício a que se refere e para os 2 
exercícios subsequentes. 😏 
Preste atenção 
O “anexo dos agregados e das proporções” será para exercício a que se refere e, pelo menos, para 
os 2 exercícios subsequentes 
Mas cuidado! Se uma questão simplesmente afirmar que esse anexo será para exercício a que se refere e 
para os três subsequentes, marque “errado”! 😤 
Marque errado, porque não é isso que diz a CF/88. Ela não estabelece que o anexo (obrigatoriamente) 
seja para o exercício a que se refere e para os três subsequentes. A regra que está lá é: no mínimo, para o 
exercício a que se refere e para os dois exercícios subsequentes. 
Agora, se a questão afirmar que o anexo poderá ser para exercício a que se refere e para os três 
subsequentes, aí sim você pode marcar “certo”, porque isso é permitido pela CF/88. 
Mais um detalhe: existe outro anexo que possui um prazo parecido com esse. É o Anexo de Metas Fiscais 
(AMF), que também integra a LDO. Alguma dúvida de que a banca pode tentar fazer pegadinhas aqui? 😅 
Então vamos ler a LRF: 
Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
Repare que o prazo aqui é fixo! O prazo é: “para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes”. 
Pronto. Só esses. Não será mais do que isso. 
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Já no “anexo dos agregados e das proporções”, o prazo é flexível. O prazo é “para o exercício a que se 
refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes”. 
 
Continuando na CF/88, vale dizer também que essa regra, esse anexo, vale somente para o Orçamento 
Fiscal (OF) e para o Orçamento da Seguridade Social (OSS), que fazem parte da Lei Orçamentária Anual 
(LOA), beleza? 😉 
Observe na CF/88: 
§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente aos 
orçamentos fiscal e da seguridade social da União. 
Em frente... 
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a 
especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. 
“Eita, professor! Eu achei que a LOA só continha previsões para o exercício a que ela se refere”. 
Pois é. Depois da EC 102/19, eu possodizer: você achou errado! 😅 
Agora a LOA poderá sim conter previsões de despesas para exercícios seguintes, especificando quais 
são os investimentos plurianuais e quais investimentos estão em andamento. 
Só para lembrar: quem irá definir a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na LOA para dar 
continuidade àqueles em andamento? 
Isso mesmo o “anexo dos agregados e das proporções”, que integra a LDO. 😏 
Vamos relembrar: qual o instrumento que não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação 
da despesa? A LOA. 
Então é a LOA (e não a LDO) que poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes. 
“Por que você está enfatizando isso, professor?” 🤨 
Porque eu já estou prevendo as pegadinhas da banca. Ela vai dizer que é a LDO que poderá conter 
previsões de despesas para exercícios seguintes. Mas você já sabe que isso é mentira. A LDO conterá é o “anexo 
dos agregados e das proporções”. 
AMF
•para o exercício a que se
referirem e para os dois
seguintes
Anexo dos agregados 
e das proporções
•para o exercício a que se refere
e, pelo menos, para os 2
(dois) exercícios subsequentes
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“Beleza, professor. Não vou confundir. Mas e o princípio da anualidade? O fato de a LOA prever despesas 
para exercícios seguintes não é uma exceção ao princípio da anualidade?” 
Excelente pergunta! 😄 
É o seguinte: enquanto houver leis orçamentárias aprovadas a cada ano para o exercício seguinte, o 
orçamento é anual. Todo ano nós temos uma LOA, que se refere àquele ano específico. Sim, agora ela poderá 
prever despesas para exercícios seguintes, mas se essas despesas não estiverem previstas nas leis 
orçamentárias anuais futuras (subsequentes), elas não poderão ser executadas. Portanto, veja que esses 
créditos ainda terão vigência até o fim daquele exercício financeiro (diferentemente dos créditos especiais e 
extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício, que poderão ser reabertos, nos limites de 
seus saldos, e terão vigência até o término do exercício financeiro subsequente. Esses são considerados 
exceções ao princípio da anualidade). 
A doutrina ainda não se pronunciou sobre o assunto, por isso eu espero que a banca não entre nesse 
mérito. Mas se ela decidir fazê-lo, esteja preparado para tudo. Analise a questão com carinho e você deve se 
sair bem. 
Mas se eu contar como doutrina, eis o meu posicionamento: pelos motivos citados anteriormente, a 
previsão de despesas para exercícios seguintes não é uma exceção ao princípio da anualidade. 
Prosseguindo: 
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo, por 
Estado ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações 
sobre a execução física e financeira. 
Repare que esse registro é centralizado (não “descentralizado”). Ele é feito por estados. E ele conterá, 
pelo menos (novamente, atenção a esse “pelo menos”, porque isso significa que o registro ainda poderá conter 
outras informações): 
• análises de viabilidade; 
• estimativas de custos; e 
• informações sobre a execução física e financeira. 
Eu não sei como será esse registro, mas imagino que seja algo assim: 
Estado Análise de viabilidade 
Estimativas de 
custos (R$) 
Informações sobre a execução 
física e financeira 
Outras 
informações 
Ceará Em anexo 15.000.000,00 Obra no muncípio de Fortaleza, 70% concluída - 
• Anexo de agregados fiscais e proporção
dos recursos de investimentos que serão
alocados na LOA
LDO
• Previsões de despesas para exercícios
seguintesLOA
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Paraíba Em anexo 20.000.000,00 Obras realizadas por meio de convênios federais - 
Rio de 
Janeiro Em anexo 30.000.000,00 
Obras paralisadas por falta de 
recursos - 
São Paulo Em anexo 50.000.000,00 Obras 90% concluídas - 
Beleza! 😄 
Pulamos agora para o artigo 166: 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual 
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
No âmbito federal, esses projetos serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Não é só 
pela Câmara dos Deputados e nem só pelo Senado Federal. É pelas duas! 🧐 
 
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas 
anualmente pelo Presidente da República; 
 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos 
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação 
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
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§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, 
na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
Então, preste atenção! As emendas são: 
• Apresentadas na Comissão mista (que sobre elas emitirá parecer); e 
• Apreciadas pelo Plenário. 
São verbos diferentes, ok? 😉 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem 
ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
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§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual. 
A única condição para que as emendas ao PLDO sejam aprovadas é que elas sejam compatíveis com o 
PPA. Só isso! 😌 
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Em outras palavras: 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos 
(não é na proposta e nem nas leis) a que se refere este artigo enquanto não iniciada (e não finalizada) a votação 
(e não a discussão), na Comissão mista (não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta (somente da parte 
que está sendo alterada). 
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão 
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que 
se refere o art. 165, § 9º. 
A lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, é a nova lei de finanças públicas, que irá dispor, dentre 
outras matérias, sobre a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias 
e da lei orçamentária anual. 
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as 
demais normas relativas ao processo legislativo. 
Sabe as normas relativas ao processolegislativo que você estuda em direito constitucional? Elas se 
aplicam aos projetos de PPA, LDO e LOA. A não ser que essas normas contrariem algum dispositivo da Seção 
II – dos orçamentos, caso em que será aplicada a regra específica desta seção. 
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, 
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
Condições 
para 
aprovação 
de 
emendas 
ao PLOA
compatíveis 
com PPA e 
LDO
se 
demandar 
recursos 
públicos, 
indique os 
recuros
Recurso só 
poderão ser 
provenientes 
de anulação 
de despesas
Mas não
poderão 
ser 
anuladas 
despesas 
com
Pessoal
Serviços da 
dívida
TRANS TRI CO
se estiver 
relacionada 
a erros ou 
omissões 
Poderá haver reestimativa de 
receita e aumento da despesa
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“Professor, como eu vou memorizar isso?” 😕 
Você pode usar o mnemônico: 
VER-SE 
• V: veto 
• E: emenda 
• R: rejeição 
• S: suplementares 
• E: especiais 
Para concluir, vamos falar sobre os prazos dos instrumentos de planejamento. Eles não estão no artigo 
165 e 166, mas sim no artigo 35 do ADCT, acompanhe: 
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as 
seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato 
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento 
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
*PPA é elaborado a cada 4 anos 
Para não confundir os prazos, grave o prazo da LDO. 
Faça assim: LDO termina com a letra O. Passe um traço (–) e divida essa letra O no meio. Ficou parecendo um 8 não foi? 
Parece um 8, mas é a letra O partida no meio. Viu? 8 meses e meio! 😃 
Prazos
PPA* e LOA
Para o Executivo 
encaminhar ao Legislativo
4 meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro
Para o Legislativo devolver 
ao Executivo para sanção
encerramento da sessão 
legislativa
LDO
Para o Executivo 
encaminhar ao Legislativo
8 ½ meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro 
Para o Legislativo devolver 
ao Executivo para sanção
encerramento do primeiro 
período da sessão 
legislativa
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“Mas quando é que começam e terminam as sessões e os períodos legislativos, professor?” 
A resposta está no artigo 57 da CF/88: 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho 
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
Detalhe é que: 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Repare que o dispositivo fala em aprovação (e não votação) do PLDO. Não basta só começar a votar. Ele 
(o projeto de LDO) deve ser aprovado! E atenção: o que deve ser aprovado é o projeto de LDO e não a LDO 
propriamente dita, pois esta já é a lei em vigor. 
Isso só acontece com o PLDO, ok? Não acontece com o projeto de PPA e com o projeto de LOA! Ou seja: 
a sessão legislativa poderá ser interrompida mesmo sem a aprovação do projeto de lei do PPA e do orçamento 
anual. 
Concluímos, então, que, de acordo com a CF/88, não se admite a rejeição o PLDO. Tem que aprovar! 
Caso contrário, a sessão não será interrompida! 😤 
Questões para fixar 
CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – Administração – 2018 
O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei 
orçamentária enquanto não iniciada a discussão da parte para a qual se propõe alteração. 
Comentários: 
Certa, né? 😅 NÃO! ERRADA! 😳 
O chefe do Poder Executivo poderá enviar mensagem ao Poder Legislativo para propor modificação nos projetos de lei 
orçamentária enquanto não iniciada a votação (e não a discussão) da parte para a qual se propõe alteração. Olha só a 
literalidade da CF/88: 
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos 
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Está vendo o nível de atenção que você deve dar a esse dispositivo constitucional? Eu avisei! 😄 
Gabarito: Errado 
FCC – TRF- 3ª – Analista judiciário – 2016 
Quanto ao processo de elaboração, discussão, votação e aprovação da proposta orçamentária, a Constituição Federal 
estabelece que no caso de emendas ao projeto da lei do orçamento anual, somente são admitidas as indicações de recursos 
advindos de anulação de despesa. 
Comentários: 
Exatamente! Se quiser fazer uma emenda ao PLOA tem que indicar de onde os recursos necessários para realiza-la serão 
tirados. E somente será admitido tirar dinheiro da anulação de uma outra despesa. Lembrando que nem todas as despesas 
poderão ser anuladas! Algumas despesas jamais poderão ser anuladas. Isso tudo está lá na CF/88: 
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Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso: 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam 
sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
Gabarito: Certo 
CESPE – DPF – Delegado – 2013 
Cabe à comissão mista permanente de senadores e deputados federais examinar e emitir parecer sobre as contas 
apresentadas pelo presidente da República. 
Comentários: 
Sim! É isso mesmo, confira (CF/88): 
Art. 166, § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
Gabarito: Certo 
Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019 
A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos 
investimentos plurianuais e daqueles em andamento. 
Comentários: 
É isso mesmo! Esse é aquele velho “copia e cola” que as bancas gostam. Observe: 
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos 
investimentos plurianuais e daqueles em andamento. 
Esse dispositivo foi inserido pela EC 102/19. Aquele aluno que não está ligado nas novidades vai pensar: “LOA contendo 
previsões de despesas para exercícios seguintes? Nada disso!”. Mas você já tomou sua vacina aqui! 💉 
Gabarito: Certo 
Questão inédita – Professor Sérgio Machado – 2019 
Integrará a lei orçamentária anual, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, 
anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei 
orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. 
Comentários:Essa é a primeira pegadinha que vão fazer! Eu aposto! 😅 
O “anexo dos agregados e das proporções” integrará a LDO (e não a LOA). 
Gabarito: Errado 
 
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Emendas impositivas (art. 166) 
O orçamento público brasileiro é autorizativo, mas possui traços de orçamento impositivo. 
Nossos traços de orçamento impositivo foram inicialmente inseridos na Constituição Federal em 2015, 
com a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 86/2015. Foi quando a primeira mexa branca apareceu na 
Vampira. 😅 
Recentemente, o nosso orçamento ficou um pouco mais impositivo, por conta da EC 100/2019. Agora a 
mexa branca da Vampira aumentou! 😂 
Com o advento da EC 86/2015 as bancas enlouqueceram! Esse assunto começou a despencar em provas (inclusive 
discursivas). Agora com advento da EC 100/2019, eu imagino que acontecerá a mesma coisa! 😬 
Portanto, muita atenção agora! ☝ 
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enquanto tramita pelo Poder Legislativo (durante a fase de 
discussão, votação e aprovação), pode sofrer alterações por meio de emendas. 
E existem os seguintes tipos de emendas ao orçamento: 
• individual (de autoria de cada senador ou deputado); 
• Coletivas: 
o de bancada (e autoria das bancadas estaduais ou regionais); 
o de comissão (presentadas pelas comissões técnicas da Câmara e do Senado); e 
• de relatoria. 
As emendas individuais ganharam grande destaque (na mídia e nas provas 😅) depois da EC 86/2015, 
pois elas representavam o único pedacinho de orçamento impositivo que tínhamos em nosso orçamento 
autorizativo. As emendas individuais impositivas eram a única gota de orçamento impositivo no meio desse 
oceano de orçamento autorizativo. 🌊 
Mas agora essa gota tem companhia: a EC 100/2019 trouxe o orçamento impositivo para as emendas de 
bancada! 😃 
E eu já quero chamar a sua atenção aqui! ☝ 
Como você viu, as emendas coletivas podem ser emendas de bancada ou emendas de comissão. Em 
outras palavras: emendas coletivas são gênero e emendas de bancada e de comissão são espécies. 
Pois bem: 
Dentre as emendas coletivas, somente as emendas de bancada é que são impositivas! As emendas 
de comissão não o são! 
Portanto, se uma questão disser que as emendas coletivas são impositivas, pode marcar errado sem 
medo! 😏 
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Beleza! Agora vamos lá! 😏 
A EC 86/15 adicionou diversos parágrafos ao artigo 166 da CF/88. Quatro anos mais tarde, a EC 100/19 
alterou alguns deles e adicionou mais outros. Vou apresentá-los agora. Lá vai: 
“Espera aí, professor! Espera aí! Por que essa coisa de orçamento impositivo? Por que isso surgiu, por que foi 
ampliado? Qual o objetivo disso tudo?” 
Respondo com uma palavra só: política! 😬 
É. Os parlamentares estão lá para representar o seu eleitorado, para trazer obras, melhorias, 
investimentos para a sua base eleitoral. 
Imagine um deputado que prometeu a seus eleitores a construção de uma praça. Com muito esforço, ele 
conseguiu colocar isso no orçamento. Mas o chefe do Poder Executivo sabe que o orçamento é autorizativo e 
não está nem um pouco interessado em fazer essa obra. O deputado, então, empenhado em trazer essa 
melhoria para o seu povo, arregaça as mangas e começa a babar o chefe do Poder Executivo! 😄 São longas 
conversas, negociações inacabáveis. Numa dessas, o chefe do Executivo pode até pedir aquela “ajudinha” ao 
parlamentar, para que vote a favor de seus projetos. Ou seja: é o famoso “toma lá dá cá”. 
Mas no final das contas, a praça não foi construída. E quem saiu mais “queimado” nessa história foi o 
deputado, que prometeu e não cumpriu. 
Cansados dessa história, os parlamentares tiveram uma ideia: “isso só acontece porque o orçamento é 
autorizativo. Se ele fosse impositivo, o Poder Executivo seria obrigado a executar o que está no orçamento e 
esse jogo político não existiria”. 
E foi assim que nasceram as emendas parlamentares impositivas! 😄 Antes, somente as emendas 
individuais eram impositivas. Hoje, as emendas de bancadas também são! 😉 
Agora sim! Vamos conhecer os parágrafos ao artigo 166 da CF/88! Eles serão apresentados em ordem 
didática, comentando sempre que necessário, ok? 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro 
e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
Emendas 
parlamentares
Individuais EC 86/2015
Coletivas
De bancada EC 100/2019
De comissão
de Relatoria
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§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste 
artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente 
líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação 
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas 
por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no 
montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019) 
Esses são os parágrafos mais importantes desse assunto. Você deve saber que as emendas individuais e 
as emendas de bancada serão de execução obrigatória. A LOA e suas demais emendas são autorizativas, ou 
seja, a Administração está autorizada (e não obrigada) a executar aquela programação. Mas as emendas 
individuais e as de bancada são diferentes: elas serão de execução obrigatória! 
Mas, obviamente, há um limite para isso. E preste atenção, porque aqui tem novidade! ☝ 
Para as emendas individuais impositivas esse limite é de 1,2%, sendo que metade deste percentual 
(0,6%) será destinada a ações e serviços públicos de saúde (só saúde! Educação, segurança, seguridade social 
não!). 
Para as emendas de bancada esse limite é de 1% (por sinal, ele será de 0,8% em 2020, passando a ser 1% 
somente em 2021). 
“E metade desse 1% vai para a saúde também, não é, professor?” 😃 
Não! Não é! 😤 Nas emendas de bancada não existe isso de metade do percentual ser destinado a ações 
e serviços públicos de saúde. Preste atenção para não cair em pegadinhas! 
Preste atenção! 
Somente as emendas individuais terão metade de seu percentual destinado a ações e serviços 
públicos de saúde. As emendas de bancada não! 
“Beleza, professor. Mas 1,2% e 1% de que?” 🧐 
Aqui há uma pegadinha sutil. No que diz respeito às emendas individuais impositivas, perceba que no § 
9º, quando ainda estamos na segunda etapa do ciclo orçamentário (discussão, votação e aprovação), ainda no 
planejamento, utiliza-se como base de cálculo a receita corrente líquida (RCL) prevista no projeto 
encaminhado pelo Poder Executivo (veja que ainda estamos no projeto de lei orçamentária). 
Já no § 11, na terceira etapa do ciclo orçamentário (execução), utiliza-se como base de cálculo a receita 
corrente líquida (RCL) realizada no exercício anterior. 
 
 
 
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Planejamento Execução 
Aprovadas no limite de 
É obrigatória a execução orçamentária e 
financeira das emendas parlamentares 
individuais, em montante correspondente a 
1,2%

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