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14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/48 GESTÃO DA QUALIDADE GESTÃO DA QUALIDADE E DE PROCESSOSE DE PROCESSOS Esp. Carlos Henrique de Blasi I N I C I A R 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/48 introdução Introdução Certamente, você já ouviu dizer que qualidade é questão de obrigação de toda empresa. Mas o que é a “qualidade”? Como ela é desenvolvida dentro das organizações? Entender de qualidade é extremamente importante para suportar a estrutura e o funcionamento do processo da gestão da qualidade. Nesse sentido, esta unidade tem como objetivo apresentar as considerações iniciais relevantes para um melhor entendimento da gestão da qualidade. Estaremos discutindo a importância da aplicação da qualidade no mercado atual e a sua utilização como estratégia competitiva, os gurus da qualidade e o seu desenvolvimento relacionado às transformações tecnológicas e econômicas ao longo do tempo, além de sua relação com as teorias da Administração. Assim, ao �nal da unidade, o aluno deverá ter uma visão mais ampla dos elementos que cercam os conceitos da qualidade e estar apto a desenvolver-se nos processos da gestão da qualidade. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/48 Para iniciarmos os estudos da gestão da qualidade, temos que salientar a importância da qualidade como fator estratégico nas empresas e o desenvolvimento do conceito da qualidade ao longo do tempo até os dias de hoje. Trataremos dessas questões a seguir. Qualidade como Fator Estratégico As grandes transformações tecnológicas, sociais e econômicas, ocorridas no início do século XX até a década de 1990, in�uenciaram bastante o consumidor e, consequentemente, a Ciência da Administração de Empresas na busca de novas ferramentas para atender a esse novo mundo do trabalho e a esse novo consumidor. A partir de 1990, com o desenvolvimento da internet e da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), as mudanças aceleraram. A nova revolução tecnológica praticamente quebrou as barreiras do conhecimento e das distâncias geográ�cas, facilitando o relacionamento entre as empresas e um maior acesso do consumidor aos seus produtos. Fine (1998 apud OSTERWALDER, 2004) indica que essas Introdução à Gestão daIntrodução à Gestão da QualidadeQualidade 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/48 mudanças tecnológicas provocaram novas competições mercadológicas e as seguintes alterações de cenários: ambiente mais dinâmico e muito mais complexo; crescimento exponencial de produtos e serviços: com mais ofertas e acessos de produtos e serviços aos consumidores; necessidade de aumento de produtividade: para melhor competitividade; vantagem competitiva temporal: do que hoje o consumidor gosta não signi�ca dizer que se amanhã surgir algo novo ele não mudará de opinião. A perda de vantagem competitiva por uma empresa passa a ser mais fácil e de difícil controle das empresas líderes; perda de liderança por di�culdades às mudanças: muitas empresas não estão preparadas para as mudanças exigidas pelo mercado. A consequência desse novo cenário mercadológico é que o consumidor passou a fazer suas escolhas muito mais pela relação qualidade-preço. Na perspectiva de adaptar a esse novo cenário mercadológico, as empresas vêm se evoluindo. Oliveira (2011, p. 7-8) apresenta essa evolução das empresas em termos estratégicos e operacionais ao longo dos últimos anos: 1. estruturas organizacionais mais enxutas: custos adequados e processos decisórios mais ágeis;qualidade total como premissa, e não como objetivo: a partir do momento em que todos atuarem na qualidade total ela deixa de ser vantagem competitiva. 2. redução do ciclo de vida dos produtos: aumento da exigência dos consumidores oportunizado pelo avanço tecnológico. 3. redirecionamento da estrutura do poder: foco no consumidor �nal. 4. necessidade de vantagens competitivas reais, duradouras e sustentadas: com a gradativa redução de preços estabelecida pelo mercado, é no custo que se pode buscar margens �nanceiras melhores. 5. empresas maiores não quer dizer que são melhores: as empresas menores se apresentam com maior agilidade para atender às necessidades e expectativas dos consumidores. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/48 6. globalização: necessidade de quali�cação das empresas, sejam elas pequenas ou grandes, tanto para enfrentar a concorrência interna quanto para competir no mercado internacional. 7. contexto ecológico e responsabilidade social: preocupação ambiental e social do consumidor como agente transformador da sociedade. Portanto, ao analisarmos toda essa mudança no mercado consumidor e a evolução das empresas, percebemos que a qualidade está relacionada ao posicionamento estratégico da empresa perante o mercado. Segundo Campos (2011, p. 2), “o verdadeiro critério da boa qualidade é a preferência do consumidor. É isto que garantirá a sobrevivência de sua empresa”. O sucesso da qualidade de um produto ou serviço está em gerenciar todos os processos da empresa de forma que se tenha excelência em todas as atividades. Esse é o segredo da longevidade das empresas. Construção dos conceitos da qualidade. A evolução da qualidade. A Ciência da Administração acompanhou todas as transformações tecnológicas, sociais e econômicas ocorridas ao longo dos tempos. Na questão da qualidade, não foi diferente. O quadro a seguir apresenta a evolução da qualidade no decorrer dos tempos, de acordo com Albrecht (2002, p. 19 apud OLIVEIRA, 2011, p. 196): 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/48 PERÍODO CARACTERÍSTICA Anos 1920 Simpli�cação e padronização do trabalho. Homem econômico. Administração cientí�ca de Taylor e as linhas de montagem de Ford. Anos 1930 Método de prevenção para garantir a qualidade do produto durante o processo de produção, e não mais, só no �nal. Walter Shewhart, nos laboratórios Bell, desenvolveu um método amplamente utilizado até hoje: o Controle Estatístico de Processos (CEP), método de prevenção para garantir a qualidade do produto durante o processo de produção. Anos 1950 Início do desenvolvimento da gestão da qualidade nos EUA. O controle de qualidade norte-americano era imitado pelos japoneses. Estudos e práticas da gestão da qualidade de Armand Vallin Feigenbaum, William Edwards Deming e Joseph Juran. Anos 1960 Japoneses impõem um controle de qualidade mais radical: o Controle de Qualidade Total (TQC), com Genichi Taguchi, e os círculos de qualidade, de Kaoru Ishikawa. Anos 1970 Consolida-se a administração por objetivos nos EUA. Prevalecem as ideias de Peter Drucker. Gestão para melhorar o desempenho da fabricação e das práticas de negócios com forte ênfase nos aspectos das relações humanas. Sucesso da qualidade na indústria japonesa. Contribuição de Philip Crosby. Anos 1980 Ênfase no ambiente e tecnologia. Abordagem de sistema aberto. Início das ideias com foco nos clientes e nos serviços. Crescimento das ideias de Marketing de Philip 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/48 Quadro 1.1 – Evolução da qualidade Fonte: Adaptado de Oliveira (2011, p. 196). Oliveira (2011) resume em quatro grandes momentos a evolução da qualidade: 1ª Era da Inspeção – Anos 20: o controle é baseado na inspeção �nal do produto ou serviço e seu objetivo é evitar defeitos. 2ª Era do Controle Estatístico da Qualidade – Anos 30 e 40: o foco não era mais no �nal do produto, mas no processo pelo controle estatístico. 3ª Era da Garantia da Qualidade – Anos 50: baseada em processos, normase procedimentos formais. Essa fase não se importava mais somente com a linha de produção, mas com tudo o que in�uenciava no produto �nal, por exemplo, fornecedores. Passa-se a se preocupar, então, com toda a cadeia de valor. Kotler e Michael Porter. Os EUA agora imitam o Japão nos métodos de qualidade de produção, criando a gestão de qualidade total. Motorola e Xerox são algumas das empresas líderes desse processo. Início das normas técnicas de modelo de gestão de qualidade: ISO 9000. Anos 1990 Ênfase no ambiente e tecnologia. Abordagem de sistema aberto. Consolidação do foco em serviços e clientes. Gestão globalizada de negócios. Consolidação das normas técnicas de modelo de gestão de qualidade: ISO 9000 e suas especi�cações Fusão de vários planos de qualidade na área produtiva. Exemplo: Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). ANOS 2000 até a atualidade O processo de interação com os consumidores se consolida, inclusive com questões ecológicas e sociais. A qualidade se efetiva com uma premissa para o desenvolvimento das empresas, bem como a sustentação para toda e qualquer vantagem competitiva que seja real, sustentada e duradoura. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/48 4ª Era da Qualidade Total – Anos 80: preocupa-se em atender às expectativas e necessidades do cliente. A qualidade passa a fazer parte da estratégia das empresas com participação de todos. Para enfrentar o desa�o de de�nir o conceito de qualidade, Paladini (2012, p. 6) apresenta alguns aspectos sobre a qualidade: pode-se considerar que qualidade seja algo abstrato, visto que nem sempre os clientes de�nem concretamente quais suas preferências e necessidades: nesse caso, a gestão da qualidade pode atuar de forma a indicar as prioridades e necessidades dos clientes; pode-se considerar que qualidade seja sinônimo de perfeição: nesse caso, a gestão da qualidade pode atuar na melhoria dos processos produtivos com maior e�ciência, melhor produtividade e menores custos; pode-se considerar que a qualidade nunca se altere para certos produtos ou serviços: nesse caso, a gestão da qualidade pode atuar na consciência de itens que são efetivamente de agrado ao consumidor; pode-se considerar que o conceito de qualidade seja considerado um aspecto subjetivo e que varia de pessoa para pessoa: a gestão da qualidade pode atuar de forma a permitir que o cliente inter�ra na produção; pode-se considerar que qualidade seja capacidade de fabricação, a �m de que um produto ou serviço seja caracterizado exatamente conforme seu projeto: a gestão da qualidade pode atuar em processos produtivos mais con�áveis; pode-se considerar a qualidade como requisito mínimo de funcionamento em situações em que os produtos são extremamente simples: a gestão da qualidade pode atuar de forma a agregar itens que aumentam a qualidade do próprio produto ou serviço; pode-se considerar como qualidade a diversidade de opções que um produto ou serviço oferece: a gestão da qualidade pode atuar de forma a investir em um número maior de clientes, cujas preferências passariam a ser atendidas por essas novas alternativas; pode-se pensar também a área com base na qual todo o processo de “produção da qualidade” se desenvolve: a gestão da qualidade pode atuar 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/48 no desenvolvimento da qualidade por toda a empresa a partir de um núcleo básico. Paladini (2012) também aponta que nenhum dos itens anteriores, isoladamente, esgota o conceito de qualidade. Assim, chega-se a alguns conceitos pertinentes como: “Qualidade é a condição necessária de aptidão para o �m a que se destina” (Organização Europeia de Controle da Qualidade – EOQC, 1972). “Qualidade é adequação ao uso” (JURAN; GRYNA, 1991, apud PALADINI, 2012). “Qualidade é o grau de ajuste de um produto à demanda que pretende satisfazer” (JENKINS, 1971). Campos (2004, p. 2) aponta que “um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma con�ável, acessível, segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. Segundo Chiavenato (2004), enquanto a melhoria contínua da qualidade é aplicável no nível operacional, a qualidade total estende o conceito de qualidade para toda a organização, abrangendo todos os níveis organizacionais, desde o pessoal do escritório e do chão de fábrica até a alta cúpula, em um envolvimento total. Podemos concluir, portanto, que a qualidade total é muito mais do que uma ferramenta de trabalho, mas ações em toda a empresa voltadas para a satisfação do consumidor e para a competitividade mercadológica. A relação Empresa-cliente A relação de consumo com o cliente é fundamental para a questão da qualidade nas empresas, pois a qualidade é de�nida pelo consumidor. Nesse sentido, faremos um breve histórico da relação empresa-cliente ao longo do tempo, dividido em três fases: cliente feudal ou cliente da Idade Média, cliente ignorado ou a Era do Produto, e o reencontro ou a Era do Cliente. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/48 Segundo Almeida (1995), a relação histórica entre o cliente e fornecedor apresenta um processo evolutivo. Para Almeida, o papel do cliente tem três fases: o cliente feudal, a Era do Produto e a Era do Cliente. A Era do Cliente Feudal Na Idade Média, a relação entre o produtor e o cliente era muito próxima, pois quem produzia vendia diretamente ao consumidor. Esse contato produtor/cliente permitia que o fornecedor conhecesse as necessidades do cliente com maior precisão e, consequentemente, proporcionava maior oportunidade de atender às suas expectativas. O Cliente Feudal é aquele que consome o que é oferecido pelas mãos de um artesão. A unidade industrial típica da Idade Média [...] um mestre como empregador em pequena escala, trabalhando lado a lado com seus ajudantes. E não só esse mestre artesão produzia os artigos que tinha de vender, como também era ele mesmo que realizava a venda. Numa parede da o�cina costumava haver uma janela para a rua, onde se penduravam os artigos à venda e se realizava a venda mesma (HUBERMAN, 2010, p. 63). À medida que a produção evoluía de artesanal para industrial, a distância entre o consumidor/produtor aumentava. As atividades de mercador e comércio deixaram de ser atribuição do produtor e passaram a ser atribuição do intermediário: o comerciante. Para resolver o problema de escoamento da produção, vários intermediários surgiram no processo e, por conseguinte, surgiu outro grande problema: o distanciamento entre cliente/produtor. Segundo Almeida, (1995) as empresas se distanciavam cada dia mais de seus clientes consolidando-se, até hoje, a relação de consumo na forma fornecedor/cliente, com forte presença do intermediário. No apogeu desse cenário, entra a Era do Produto. A Era do Produto A Era do Produto é marcada pelo início do séc. XX, com o advento da produção em massa industrial e das Grandes Guerras Mundiais (1914 a 1918 e 1939 a 1945). O 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/48 seu apogeu foi no pós-guerra da Segunda Guerra Mundial, conforme Almeida (1995). No período das guerras, além de a produção ter sido direcionada para equipamentos e produtos bélicos, como roupas para o exército, botas, armas e munições, havia também uma di�culdade muito grande de deslocamento da produção. A consequência disso foi um desabastecimento geral de mercadorias. Assim, no pós-guerra, tudo o que se fabricava vendia. As empresas não se preocupavam com a qualidade, e sim com a quantidade. Não interessava se o produto era bom ou ruim: o necessário era abastecer e o cliente passou a �car em segundo plano. É nesse mesmo período que surge a famosa frase de Henry Ford: “As pessoas podem comprar o ModeloT de qualquer cor, contanto que seja preto.” Mas, por volta da década de 1970, a situação começou a mudar. Os japoneses, que, após a Segunda Guerra Mundial, impulsionaram a sua indústria pela gestão de qualidade total, passaram a distribuir produtos no mundo inteiro a custos baixos e com qualidade. Entramos, então, na Era do Cliente. A Era do Cliente Em meio à era do descaso com o consumidor, alguns fatores contribuíram para uma mudança na relação fornecedor/cliente: o mundo vivia uma grande instabilidade �nanceira com a crise do petróleo, abalando e estrutura do comércio em geral e diminuindo o poder de compra do consumidor; a indústria japonesa passou a fornecer ao mundo produtos industriais com mais qualidade e menores preços pela sua gestão de qualidade, totalmente guiados, em especial, pelos especialistas de qualidade Dr. Deming e Dr. Juran; além do aumento da globalização nos negócios. Nesse cenário, o consumidor foi o mais bene�ciado na relação fornecedor/cliente, pois passou a ter disponíveis mais produtos e com mais qualidade e menores preços, segundo Huberman (2010). O consumidor volta ao centro das atenções nas empresas. A partir da década de 1990, o poder do consumidor ganha mais força ainda com o mundo mais aberto no campo político, facilitando o comércio internacional e o desenvolvimento das tecnologias da comunicação. Esse comércio sem barreiras 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/48 caminha para uma guerra comercial internacional, conforme aponta Huberman (2010). Nesse cenário de múltiplas opções de consumo, o consumidor passou a incluir em sua cesta de exigências, além da qualidade no produto, que as empresas passassem a ter melhores serviços prestados e um melhor atendimento aos anseios da sociedade nas questões sociais e ambientais. Portanto, o papel do consumidor é de ser cada vez mais preponderante na relação fornecedor/cliente e perdura-se até os dias de hoje. praticarVamos Praticar Com o decorrer do tempo, a qualidade total desenvolveu-se acompanhando as novas formas de gestão surgidas com os modernos formatos da Administração e da qualidade. A �gura a seguir apresenta essa evolução. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/48 Em cada uma das fases A, B e C da evolução da qualidade, temos as seguintes características: Fase da Qualidade A: Deteção de erros e reti�cação. Fase da Qualidade B: Métodos estatísticos e análise de qualidade. Fase da Qualidade C: Sistemas de e planejamento da qualidade. Ao relacionarmos o quadro às características das fases da Qualidade A, B e C, temos, respectivamente: a) Instrução, controle de qualidade e garantia de qualidade. b) Inspeção, controle da qualidade e garantia da qualidade. c) Instrução, checagem e garantia da qualidade. d) Inspeção, controle da qualidade e checagem. e) Inspeção, checagem e instrução. Figura - Visão evolutiva da gestão da qualidade total Fonte: Elaborada pelo autor. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/48 Vimos que as transformações tecnológicas, sociais e econômicas ocorridas ao longo dos tempos in�uenciaram também os processos de qualidade e sua gestão. Muitos pro�ssionais e estudiosos do assunto contribuíram para essa evolução. Assim, serão apresentados, agora, os principais gurus da qualidade, seus conceitos e suas contribuições para o desenvolvimento da qualidade total. Contribuição dos Gurus daContribuição dos Gurus da QualidadeQualidade Figura 1.2 - Walter Andrew Shewhart (1891 – 1967) Fonte: ArgonSim / Wikimedia Commons. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/48 Nasceu nos EUA. Físico, engenheiro e estatístico. PHD em Física pela Universidade da Califórnia. Trabalhou em empresas como a Western Electric e na Bell Telephones. É considerado o “pai” do controle estatístico da qualidade. Na companhia Bell, Shewhart se destacou com os controles estatísticos de processos ao sugerir à direção a utilização da carta de controle desenvolvida por ele. Tal ferramenta é utilizada até hoje para controles de processos. Antes da sua invenção, os controles da indústria eram feitos após a fabricação. A partir da carta de controle, podem-se controlar os processos evitando a produção de peças defeituosas. Entre as contribuições de Shewhart para o controle da qualidade destacam-se: a carta de controle, com os seguintes benefícios: controle do processo antes do �m da produção; desenvolvimento da ideia dos “intervalos de tolerância”, sinalizando quando o processo está sob controle; ações de correção em tempo; publicação do livro “Controle econômico de qualidade de produção de manufatura”: princípios básicos de controle da qualidade de produção com foco em métodos estatísticos. modelo de inspiração para a ferramenta PDCA – partindo da ideia de controle de produção de Taylor – especi�cação, produção e inspeção: Shewhart propõe os mesmos passos do modelo anterior; no entanto, de forma cíclica, como um sistema de contínuo aprendizado. Posteriormente, evoluiu tal modelo em mais etapas mantendo o caráter cíclico. Deming adaptou esse modelo cíclico às necessidades japonesas com muito sucesso, com pequenas melhorias, popularizando-o e transformando-o no que conhecemos hoje como ciclo PDCA. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/48 Nasceu nos EUA. PhD em Matemática. Professor, consultor em várias empresas e autor de vários livros. Após diversos estudos e contribuições na área da Estatística, e inspirado nos estudos do Controle Estatístico de Processos, Deming começa a desenvolver estudos na área da qualidade também. Na década de 1950, Deming vai ao Japão para realizar um trabalho para o censo japonês e passa a frequentar o Japão constantemente, dando palestras e conferências a empresários. Seus princípios de Administração e métodos para controle de qualidade levam o Japão a um sucesso tão grande que ele é considerado o pai do milagre japonês. Deming transformou os conceitos sobre a gerência e adotava a abordagem humana na organização, onde o papel do gerente é focar nos aspectos que contribuem para a motivação da equipe centrada em um ambiente mais favorável ao trabalho, como citado nos seus 14 princípios da qualidade. Segundo Pearson (2011 p. 6), “as posições de Deming podem ser analisadas a partir de três crenças básicas: constância de �nalidade; melhoria constante; conhecimento profundo”. Essas crenças são demonstradas nas sete doenças mortais de uma organização, por exemplo, a ênfase nos lucros a curto prazo e a avaliação focada apenas em resultados �nanceiros e em seus 14 pontos da qualidade citados a seguir: 1. Criar constância de propósito para melhorar os produtos e serviços. 2. Adote a nova �loso�a – a �loso�a da qualidade. 3. Cessar a dependência da inspeção em massa. Figura 1.3 - William Edwards Deming (1900 – 1993) Fonte: FDA / Wikimedia Commons. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/48 4. Acabar com a aprovação de orçamentos baseada apenas no preço. 5. Melhorar constantemente o sistema de produção e serviço. 6. Instituir treinamentos para que os funcionários em geral e a administração em especial conheçam toda a empresa. 7. Adotar e instituir a liderança que deve ajudar as pessoas e máquinas a desempenharem melhor suas funções. 8. Afastar o medo. 9. Romper a barreira entre os diversos setores. 10. Eliminar slogans, exortações e metas de produtividade, pois geram frustrações. 11. Suprir nas cotas numéricas de mão de obra, porque não respeita o ritmo de produção de cada um. 12. Romper as barreiras que impedem os trabalhadores de sentirem orgulho de seutrabalho. 13. Estimular a formação e o autoaprimoramento. 14. Concretizar a transformação, abraçando cada um dos 13 princípios anteriores. Figura 1.4 – Interação dos três aspectos da qualidade segundo Deming. Fonte: Pearson (2011, p. 15). 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/48 Nasceu na Romênia e, em 1912, migrou com a família para os Estados Unidos, onde construiu toda a sua vida. Engenheiro eletricista, trabalhou como executivo industrial, consultor de qualidade da área industrial, administrador do governo e professor. Doutorou-se em Direito. Precursor da qualidade total ao tratá-la junto com a estratégia empresarial. Desenvolveu a tão conhecida Trilogia de Juran: a gestão da qualidade dividida em três pontos: planejamento, melhoria e controle de qualidade, conforme �gura a seguir: 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/48 Segundo Juran, a qualidade permeia dois conceitos em destaque: a qualidade está relacionada à satisfação do cliente; a qualidade está relacionada à ausência de defeitos. Juran (1992, p. 6 apud PEARSON, 2011, p. 17) complementa que “é plenamente possível que um produto não tenha de�ciências e ainda não tenha boas vendas porque algum outro produto concorrente tem um desempenho melhor”. Juran ainda destaca a questão do custo da qualidade, expondo uma representação grá�ca dos valores das categorias do Custo da Qualidade – COQ. Nesse grá�co, destaca-se que: há três custos na não qualidade: custos da falha (interna e externa); custo de avaliação; custo de prevenção; e que os custos das falhas serão reduzidos à medida que se aumentam os custos com avaliação e prevenção; há um ponto ótimo de esforço da qualidade: até onde os investimentos da qualidade são menores do que o retorno obtido. A partir desse ponto, os custos associados à melhoria da qualidade seriam muito superiores aos benefícios obtidos. Figura 1.6 - Trilogia de Juran Fonte: Adaptada de Pearson (2011, p. 18). 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/48 Podemos acrescentar, ainda, outras contribuições de Juran para a qualidade: responsável por transformar a indústria japonesa em potência mundial, junto com Deming; autor do Manual de Controle da Qualidade: referência mundial; popularização do Diagrama de Pareto, transformando-o em uma aplicação imprescindível na gestão da qualidade. O grá�co mostra a ordem de prioridades que um gestor deve utilizar para resolver as causas. Nasceu no Japão. Formou-se em engenharia química e posteriormente tornou-se professor. Atuou com destaque na Nissan e participou ativamente da União Japonesa de Cientistas e Engenheiros – JUSE. Obteve as primeiras noções de qualidade com os norte-americanos quando eles atuaram no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, na recuperação do país, sendo um dos grandes tradutores das teorias norte-americanas para a realidade da cultura japonesa. Respeitadíssimo em seu país pelas contribuições na qualidade, recebeu diversos prêmios, como a medalha de 2ª Ordem do Sagrado Tesouro, atribuída pelo imperador japonês. Principais contribuições para o controle da qualidade: Figura 1.7 - Kaoru Ishikawa (1915 – 1989) Fonte: FELDSPATH / Wikimedia Commons. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/48 criação, em conjunto com os membros da JUSE, dos círculos de controle de qualidade – CQC. Segundo Pearson (2014, p. 22), “os CQC são pequenos grupos de funcionários que conduzem, de forma voluntária, procedimentos de controle de qualidade de uma empresa.” O CQC estimula a criatividade dos trabalhadores na solução dos problemas. Criação do Diagrama de Causa e Efeito, que passou a se chamar Diagrama de Ishikawa ou Diagrama Espinha de Peixe, ferramenta de fácil manuseio, cuja utilização visa promover a melhoria dos processos e resolver problemas, encontrando as causas-raízes; reunião e divulgação das sete ferramentas da qualidade, que, juntas, tinham a capacidade de resolver 90% dos problemas existentes no controle da qualidade. São elas: histograma, Diagrama de Pareto, Diagrama de Ishikawa, carta de controle, �uxograma de processos, Diagrama de Dispersão, folha de veri�cação; difusão da “revolução do pensamento”, trazendo novas ideias sobre a qualidade japonesa, que, antes, era toda americanizada. Essas ideias mudaram o patamar do Japão para excelência em qualidade. Nasceu nos EUA. Foi doutor em Ciências pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Foi diretor mundial de produção da General Electric (GE) e vice-presidente da American Society for Quality Control. Atuou como empresário na organização fundada por ele mesmo: a General Systems Company, onde atuou até a morte. Dedicou toda a sua vida às questões da qualidade. Entre seus prêmios, Figura 1.8 - Armand Vallin Feigenbaum (1922-2014) Fonte: Racconish / Wikimedia Commons. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/48 destacam-se a Medalha Nacional de Tecnologia e Inovação, entregue pelo presidente americano da época, Bush, e o prêmio francês Georges Boreal, por proeminência em qualidade. Autor de vários livros, entre os quais podemos destacar “Total Quality Control” (Controle Total da Qualidade), no qual se ressalta o novo conceito defendido por Feigenbaum sobre a qualidade: toda a organização deve estar engajada para garantir a qualidade; todas as áreas e todas as funções devem garantir a qualidade do seu trabalho. Feigenbaum trouxe o conceito da qualidade total como responsabilidade de todos da organização. Segundo ele, o controle da qualidade total é: [...] um sistema e�caz para integrar os esforços de desenvolvimento, manutenção e de melhoria da qualidade dos vários grupos em uma organização, de modo a permitir produtos e serviços com níveis mais econômicos que permitam a plena satisfação do cliente (PALADINI, 2012). Portanto, suas principais contribuições foram: conceito de que qualidade é o que o cliente acha que é; a responsabilidade pela qualidade na empresa é de todos, desde o chão de fábrica à direção; fábrica oculta: a falta de métodos para reduzir custos e despesas geram prejuízos enormes às fábricas; custo da falta da qualidade, demonstrado em números por ele: o investimento em qualidade total pode ser superado pelas diminuições consideráveis dos custos nos retrabalhos, reclamações, refugos e custos da inspeção. O desenvolvimento do controle total da qualidade proposto por Feigenbaum colaborou para que outros estudiosos pudessem desenvolver mais sobre o assunto e também para a aplicabilidade em várias empresas. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/48 Nasceu nos Estados Unidos. Foi engenheiro, consultor, empresário e escritor (publicou 13 livros) com forte contribuição para a gestão e métodos da gestão da qualidade. Começou a trabalhar na qualidade como técnico e posteriormente passou a atuar na gestão da qualidade na empresa Martin-Marietta. Em 1965, foi vice-presidente da International Telephone & Telegraph – ITT – onde trabalhou por 14 anos. Em 1979, fundou a Philip Crosby Associates – empresa de consultoria e treinamento de qualidade – e lançou o seu mais famoso livro sobre a qualidade: “Quality is Free”. Uma de suas características nos estudos da qualidade era a de que ela vinha da prática nas empresas no seu dia a dia. Principais heranças de Crosby: o “zero defeito”: o conceito de fazer certo à primeira vez; a iniciativa da qualidade deve começar na liderança; os 14 passos para a melhoria da qualidade; os quatro absolutos de Crosby: o qualidade signi�ca conformidade com as exigências do cliente; o desempenho padrão é igual a zerodefeito; Figura 1.9 - Philip Crosby (1926- 2001) Fonte: Philip B. Crosby (on-line). 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/48 o os resultados da qualidade vêm da prevenção; o a qualidade é medida pelo custo da não qualidade; os seis Cs de Crosby: compreensão, compromisso, competência, comunicação, correção, continuação. Algumas frases de Crosby ajudam-nos a entender o que ele pensava sobre a qualidade e o conceito de zero defeito: “Fazer o trabalho direito logo da primeira vez.” (CROSBY, 1990, p. 15 apud RODRIGUES, 2014, p. 19) “Qualidade não custa dinheiro. Embora não seja um dom, é gratuita. Custam dinheiro as coisas desprovidas de qualidade. Tudo o que envolve a não execução correta, logo de saída, de um trabalho.” (CROSBY, 1990, p. 15 apud PEARSON, 2014, p. 20). Existem vários outros personagens que auxiliaram para a qualidade, por exemplo, Ohno, Garvin, Shingo, Taguchi. Em relação a Shingo e Taguchi, podemos ressaltar: Shigeo Shingo (1909 a 1990): desenvolveu sistemas que minimizavam o erro humano e forneciam qualidades ao maquinário para uma montagem precisa, utilizados na Toyota com muito sucesso; colaborou, também, com o Poka Yoke, sistema que garante a qualidade de um produto, impedindo que ele seja usado ou operado de maneira errada, além de outras contribuições; Taguchi (1924 a 2012): famoso por desenvolver uma metodologia para melhorar a qualidade e reduzir custos, conhecida nos Estados Unidos como Métodos de Taguchi. Entre várias contribuições, Taguchi propunha que, em vez de procurar produzir em função de um intervalo de especi�cações, passasse-se a pretender produzir para valores-alvo especí�cos e precisos. praticarV P ti 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/48 praticarVamos Praticar Em relação aos gurus da qualidade que contribuíram para essa evolução, analise as a�rmativas a seguir e marque o que se pede: I. Deming contribuiu criando a concepção do zero defeito e popularizando o conceito de fazer certo pela primeira vez. II. Juran foi o responsável por popularizar o Diagrama de Pareto e, ao publicar o Manual de Controle da Qualidade, argumentava que o conceito da qualidade deveria ser incorporado a todos os processos da organização desde o planejamento do produto até o desenvolvimento, a produção, a venda e a pós-venda. III. Feigenbaum teve como principais contribuições a criação do Círculo de Controle da Qualidade (CQC), o qual estimula a criatividade dos trabalhadores na solução dos problemas, e a criação do Diagrama de Causa e Efeito. Está correto o que se a�rma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II apenas. e) II e III apenas. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/48 A necessidade imperativa de atender às solicitações dos clientes obriga as empresas a buscarem a qualidade de seus produtos. Dessa forma, estaremos estudando a abordagem gerencial TQC, peça fundamental nesse contexto. Conceitos TQC A qualidade de um produto ou serviço é de extrema importância para a sobrevivência de uma empresa. Além disso, engloba toda a organização. A grande questão é: como a empresa garantirá que o sucesso da qualidade em seus produtos e serviços cheguem ao consumidor? Nesse cenário, é que surge o TQC (Controle de Qualidade Total). Historicamente, o TQC foi usado pela primeira vez por Armand Feigenbaum, em 1956, preconizando que a qualidade é o resultado do conjunto de todos, e não de uma área especí�ca. Abordaremos, portanto, esse conceito de TQC japonês, apesar de terem outros vieses do conceito aplicados principalmente nos EUA e na Alemanha. Conforme Campos (2004, p. 16), os princípios básicos de TQC são: TQC: Total Quality ControlTQC: Total Quality Control 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/48 produzir e fornecer produtos e/ou serviços que atendam concretamente às necessidades do cliente; garantir a sobrevivência da empresa por meio do lucro contínuo adquirido pelo domínio da qualidade; identi�car o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais alta prioridade; falar, raciocinar e decidir com dados e com base em fatos; gerenciar a empresa ao longo do processo, e não por resultados; reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento de suas causas fundamentais; o cliente é o rei. Não permitir a venda de produtos defeituosos; procurar prevenir a origem de problemas cada vez mais a montante; nunca permitir que o mesmo problema se repita pela mesma causa; de�nir e garantir a execução da visão e estratégia da alta direção da empresa. Segundo Campos (2004, p. 15), “TQC é o controle exercido por todas as pessoas para a satisfação das necessidades de todas as pessoas”. Campos (2004) salienta, ainda, que o objetivo maior do TQC é garantir a qualidade do produto para o seu cliente interno e externo. E, para isso, é necessário controlar as dimensões abordadas na Figura 1.3 a seguir. Quadro 1.2 – Componentes da qualidade total. Autor: Campos (2004, p. 12). 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/48 Campos (2014) prossegue a�rmando que essas dimensões têm os seguintes signi�cados: qualidade: ligada diretamente à satisfação do cliente interno e externo. Em relação ao cliente interno, são medidos os resultados �nais e/ou intermediários dos processos da empresa, como a qualidade dos treinamentos, qualidade da informação, qualidade das operações do chão de fábrica e administrativas, entre outros. Sobre o cliente externo, é medida a qualidade do produto e/ou serviço (ausência de defeito e características que vão agradar o consumidor). custo: custo �nal e intermediário dos produtos e/ou serviços, como os custos de treinamentos, vendas e preços, que também re�etem a qualidade. Cobra-se pelo valor agregado. entrega: medidas de qualidade das entregas tanto �nal quanto intermediária. Índices de atraso e entregas erradas. moral: qualidade da satisfação dos funcionários. Medida pelo índice de turnover e absenteísmo, entre outros. segurança: avalia-se a qualidade da segurança tanto para os empregados quanto para os usuários dos produtos e serviços da empresa. A segurança interna é medida por índices, como número de acidentes do trabalho, e a segurança dos usuários, pela responsabilidade civil pelo produto. A �m de que se possa atuar de forma a garantir toda essa qualidade proposta pela organização, é necessário que haja um controle de todas essas atividades. Assim, o princípio da abordagem gerencial do TQC indica que todos os empregados devem saber utilizar e praticar os métodos de qualidade que vão em direção aos objetivos da empresa. J. M. Juran aponta para a necessidade de um comitê para a qualidade total e um departamento de administração da qualidade em tempo integral (JURAN; GRYNA, 1991:212, apud PALADINI, 2012). Tais métodos de controle de qualidade, utilizados por todos da organização, servem para sustentar que cada empregado possa assumir as próprias responsabilidades garantindo, portanto, a gestão participativa. São exemplos desses métodos o Diagrama de Causa e Efeito, MASP - Método de Análise e Solução de Problemas - , as sete ferramentas da qualidade e vários modelos de processos que serão estudados adiante. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/48 CWQC – ou TQC na visão japonesa Carvalho e Paladini (2012) apresentam quatro períodos distintos relacionados ao controle da qualidade no Japão, conforme tabela a seguir: 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/48 PERÍODO CENÁRIO PRÁTICAS DO CONTROLE DA QUALIDADE 1945 - 1955 Japãopós-guerra, revitalização da indústria (produção de 10% do nível antes da guerra). Busca de uma inspeção mais eficiente; seleção de produtos aceitáveis do restante; introdução dos princípios do controle de qualidade e aprendizado sobre os métodos estatísticos disseminados por Deming. 1945 - 1965 Esforços de reconstrução da indústria. Inserção de qualidade nos processos (prevenção); introdução dos círculos de controle da qualidade (CCQ) e de procedimentos para especificação da produção e de padrões operacionais; além de capacitação dos funcionários. 1965 - 1975 Crescimento industrial moderado desacelerado pela crise do petróleo na década de 1970. Melhora da qualidade; promoção da conscientização ambiental e contribuição com responsabilidade social; desenvolvimento de métodos para redução de custos; surgimento do CWQC, parte vital do TQC; e introdução do 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/48 gerenciamento pelas diretrizes. 1975 - 1988 Crescimento industrial acentuado, ameaça para a indústria americana e europeia em vários setores. Disseminação dos princípios do TQC, advindos da indústria manufatureira para outros setores industriais; disseminação no mundo por meio de conferências; introdução de diversos cursos de capacitação (pela Union of Japanese Scientists and Engineers – JUSE), destacando‑se cursos básicos e avançados sobre TQC e outros métodos e técnicas. 1988 até os dias de hoje Busca de maior competitividade em face das respostas de outras nações, particularmente dos Estados Unidos. As normas internacionais de garantia da qualidade (série ISO 9000) e normas setoriais (TL 9000, do setor de telecomunicações; QS 9000; e ISO TS 16949, do segmento automotivo); introdução do prêmio japonês da qualidade (Japan Quality Award) em 1995. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/48 Quadro 1.3 – Evolução do controle da qualidade no Japão. Fonte: Carvalho e Paladini (2012, p. 92). Paladini (2012) ainda destaca as contribuições de japoneses nesse processo de TQC japonês, como à de Kaoru Ishikawa, que considera o controle da qualidade como o desenvolvimento, o projeto, a produção, o marketing e os serviços com o melhor custo‑benefício para que os clientes venham a adquirir os produtos com satisfação. Segundo Carvalho e Paladini (2012), muitos autores traduzem o TQC japonês como o compromisso total da empresa com a qualidade total, enaltecendo o papel da cultura da qualidade nas empresas. Vários programas, sistemas, estratégias e técnicas de administração de processos utilizadas até hoje se originaram da gestão da qualidade japonesa. Elencamos quatro deles: Just in time: segundo Oliveira (2011), é a guerra total contra o desperdício. Em cada etapa do processo, devem-se produzir quantidades necessárias, no tempo exato e na qualidade esperada. Seu objetivo é eliminar tudo o que não gera valor ao produto, como inspeções e estoques exagerados. Algumas características importantes nesse processo são a �exibilidade na produção, célula de produção formada por grupos de trabalhos multifuncionais com autonomia para atuação na qualidade e a redução de desperdícios. Kanban: para Paladini (2012), o kanban utiliza dispositivos em forma de cartões ou placas para sinalizar quantidades e tipos de materiais e serviços em produção, em deslocamento, em montagem, em espera, em acabamento ou transformação, fazendo o controle do �uxo de materiais dos produtos acabados até a matéria-prima. Esse sistema de “puxar” a mercadoria tende a levar o estoque a zero. Kaizen: processo de pequenas melhorias do qual o funcionário da empresa participa com sugestões constantes. Método 5S: surgido no Japão no �m da década de 1960, aproveitado tanto nos processos produtivos quanto nos escritórios, e utilizado na vida 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/48 pro�ssional e na pessoal. Compreende cinco fases: Seiri (utilidade); Seiton (arrumação); Seiso (limpeza); Seiketsu (higiene); Shitsuke (disciplina). Aplicação do TQC nas Organizações Para a implantação dos controles, é necessário que sejam de�nidas anteriormente as metas, os métodos e os indicadores do que se quer medir. Então, vejamos: A fábrica de doces “Gosto Especial” precisa aumentar sua produtividade na fabricação de doces para atender à uma nova demanda de mercado. Ela tem de ultrapassar as 1000 unidades por hora, fabricadas atualmente, para 1500 unidades por hora, em 10 dias. Desse modo, segue quadro com os controles de produção, considerando a data inicial 20/07/2019: 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/48 Quadro 1.4 – Controle de metas Fonte: Elaborado pelo autor. Repare que, ao ser medido o percentual de confeiteiros treinados e veri�cada a contratação de mais uma máquina para fazer doces, estamos controlando o processo, e não o resultado direto do aumento da produtividade. A elevação da produtividade será consequência dos resultados dos processos. Uma maneira de veri�car se, da forma como as coisas estão andando, você vai atingir os objetivos é controlar os resultados alcançados comparando-os com os previstos. OBJETIVO META DIRETRIZES INDICADORES O que se pretende alcançar. Quanti�ca o objetivo. Imposição ou restrições ao método, à maneira de fazer. Mostra como o colaborador, a equipe, o setor, a empresa estão se saindo frente aos objetivos. Elevar a produtividade. De 1.000 u/h de doces para 1.500 u/h de doces até 30/07/2019. Treinar os confeiteiros. Percentual (%) de confeiteiros treinados até 30/07/2019. Contratar mais uma máquina que faz doces até 30/07/2019. Efetivação da contratação da máquina de fazer doces até 30/07/2019. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/48 praticarVamos Praticar Para que uma empresa alcance os níveis de qualidade visados pelo TQC, ela deve promover uma transformação radical em seus processos tanto na produção quanto na administração. As empresas devem estar preparadas para absorver e incorporar as mudanças sejam elas quais forem – sociais, econômicas, políticas, tecnológicas, ambientais – de forma rápida e madura; caso contrário, a sobrevivência empresarial estará ameaçada. BALLESTERO, A. E. Gestão da qualidade, produção e operações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2019. Ao detectar a necessidade de se implantar um sistema de gestão de Controle de Qualidade Total (CQT) em sua empresa, Paulo, dono de uma indústria de ferro e aço, percebeu que era necessário conhecer um pouco mais como deve ser o controle de qualidade desse sistema. O CQT se baseia na ideia de que o controle de qualidade: a) Deve ser um processo centralizado nas mãos dos supervisores técnicos e gestores, os quais possuem a habilidade especí�ca para a tarefa. b) Deve �car alocado exclusivamente em uma seção da empresa, servindo de staff aos outros departamentos. c) Deve haver a participação de todos os envolvidos no respectivo processo, como clientes, parceiros, fornecedores e colaboradores. d) Deve atuar de forma cooperada com as empresas concorrentes do setor. e) Deve ser avaliada por uma empresa ou avaliadora externa independente contratada para tal �m. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/48 Historicamente, a indústria é marcada por quatro grandes momentos evolutivos, conforme a �gura seguinte: A Indústria 4.0A Indústria 4.0 Figura 1.10 - Evolução da indústria Fonte: Elenabsl / 123RF. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/48 Indústria 1.0 (1760 a 1840): substituiçãodo trabalho manual por máquinas e ferramentas. Uso da energia a vapor. Crescimento da indústria têxtil e de ferro. É lançada a primeira locomotiva a vapor. Indústria 2.0 (1860 a 1945): avanços na indústria química, elétrica, de petróleo e de aço, que permitem invenções como o navio a vapor, a prensa móvel, a energia elétrica, o telefone e a produção em massa de bens de consumo. Indústria 3.0 (1950 a 2000): revolução digital, automação e robotização das linhas de produção são as palavras desse período. Grandes transformações tecnológicas, sendo a internet a mais importante delas. Indústria 4.0 (2000 aos dias atuais): o conceito da indústria 4.0 foi criado pelos alemães em 2011 e difundido na Europa e nos EUA. Ele se refere às chamadas fábricas inteligentes, que reúnem inovações tecnológicas da informação para aprimorar o processo da manufatura, impulsionado pelo avanço das tecnologias de comunicação e informação. Conforme a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0 (Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, 2019), “as principais tecnologias que permitem a fusão dos mundos físico, digital e biológico são a Manufatura Aditiva, a IA, a IoT, a Biologia Sintética e os Sistemas Ciberfísicos (CPS)”. A Agenda Brasileira para a Indústria 4.0 também de�ne tais tecnologias como: Manufatura Aditiva ou Impressão 3D: adição de material para fabricar objetos, formados por várias peças, constituindo uma montagem. Inteligência Arti�cial: segmento da computação que busca simular a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões, resolver problemas, dotando softwares e robôs de uma capacidade de automatizar vários processos. Internet das Coisas: representa a possibilidade de que objetos físicos estejam conectados à internet podendo, assim, executar de forma coordenada uma determinada ação. Um exemplo seriam carros autônomos que se comunicam entre si e de�nem o melhor momento (velocidade e trajeto, por exemplo) de fazer um cruzamento em vias urbanas. Biologia Sintética: convergência de novos desenvolvimentos tecnológicos nas áreas de química, biologia, ciência da computação e engenharia, 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/48 permitindo o projeto e à construção de novas partes biológicas tais como enzimas, células, circuitos genéticos e redesenho de sistemas biológicos existentes. Sistemas Ciberfísicos: sintetizam a fusão entre o mundo físico e digital. Dentro desse conceito, todo objeto físico (seja uma máquina ou uma linha de produção) e os processos físicos que ocorrem em função desse objeto são digitalizados. Ou seja, todos os objetos e processos na fábrica têm um irmão gêmeo digital. Com esse novo cenário tecnológico, acredita-se que tenhamos mais interação e informação por parte do consumidor, além de mais facilidade de customização de produtos e serviços, acrescidas de uma maior produtividade e e�ciência nas organizações. Veri�ca-se, também, uma mudança na relação das formas de trabalho com maior interação entre máquinas e gestão voltada à inovação. E o controle da qualidade? Com toda essa tecnologia, os desvios já são previstos pelas próprias máquinas e corrigidos ou sinalizados automaticamente durante o processo produtivo, o que con�gura, cada vez mais, a qualidade na fabricação dos produtos. Um bom exemplo disso é a utilização da impressão em 3D para produção de peças: uma peça é impressa em 3D, tamanho real, e pode testar a sua qualidade, aumentando a precisão na produção. Alguns estudiosos do assunto preveem a chegada da Indústria 5.0 em breve, com novas alterações nos processos produtivos; conceito ainda muito a evoluir. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 39/48 saiba mais Saiba mais Para exempli�carmos esse novo momento da Indústria 4.0, em entrevista ao Conselho Nacional da Indústria (CNI), a presidente do grupo SAP Brasil, Cristina Palmaka, revela a parceria entre a SAP e a Harley-Davidson: “Por meio da sensorização dos mais de três mil componentes de uma motocicleta, é possível personalizar e customizar um modelo da marca em cerca de seis horas via website, processo que chegava a levar cerca de 21 dias e tinha que ser realizado em lojas e revendedoras”. Con�ra a reportagem completa no site: ACESSAR https://noticias.portaldaindustria.com.br/artigos/cristina-palmaka/a-industria-40-e-o-caminho-do-crescimento/ 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 40/48 reflita Re�ita Paulo é dono de uma grande loja de celulares em São Paulo, que �ca próxima à Rua 25 de Março, maior centro comercial popular da América Latina. As vendas, que sempre foram ótimas, nos últimos meses não andavam bem. Procurando soluções, Paulo percebeu que deveria melhorar a qualidade da loja. Assim, colocou um ar- condicionado muito bom, manteve a porta fechada da loja para que o clima fresco pudesse ser preservado e para que os clientes se sentissem mais seguros dentro da loja. Providenciou também um tapete vermelho na entrada da loja. So�sticou a vitrine. Passados 60 dias das mudanças, Paulo percebeu que o número de clientes que entrou na loja anteriormente era maior do que o atual, após as mudanças. Alguns clientes passaram a questionar um pouco mais sobre os preços que Paulo estava praticando, mesmo ele tendo mantido os valores. Resumindo: as vendas caíram ainda mais! O que você percebeu que deu errado na visão de Paulo sobre melhorar a qualidade da loja? Re�ita. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 41/48 praticarVamos Praticar O conceito de Indústria 4.0 propõe uma alteração completa na maneira que as fábricas operam. Utilizando a inteligência arti�cial correlacionada em diferentes dispositivos e descentralizando o controle de cadeias produtivas, a revolução implica a adoção gradual de sistemas físico-cibernéticos, que se comunicam entre si e com outras tecnologias, por exemplo, máquinas, produtos e pessoas. Esse processo deve tornar as produções cada vez mais e�cientes, autônomas e customizáveis. Segundo o levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para esse conceito, será de, no mínimo, R$73 bilhões por ano. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 42/48 INFORCHANNEL. Indústria 4.0: o futuro do setor fabril mundial. 2019. Disponível em: <https://inforchannel.com.br/industria-4-0-o-futuro-do-setor-fabril-mundial/> . Acesso em: 15 ago. 2019. Sobre as revoluções na indústria, analise as a�rmativas a seguir e marque o que se pede: I. No cenário da Indústria 4.0, devido à maior gama de informações que o consumidor passou a receber, as suas exigências quanto aos produtos tornaram-se cada vez maior, di�cultando a customização dos produtos e serviços para a indústria. II. A passagem da manufatura para o sistema fabril é considerada a primeira revolução industrial. III. A terceira revolução industrial foi marcada pelo advento da informática e da tecnologia da informação. a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas.Justi�cativa: A a�rmativa e) II e III, apenas. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 43/48 indicações Material Complementar L I V R O Os 7 hábitos das pessoas altamente e�icazes COVEY, S. R. Editora: Best Seller ISBN: 8576840626 Comentário: O livro apresenta formas de se tornar cada vez mais e�caz na administração de problemas na vida pro�ssional e na pessoal. Stephen Covey oferece ferramentas importantes para o desenvolvimento organizacional e pessoal. É considerado, nessa área, o livro mais in�uente do século XX pela revista Forbes. Imperdívelpara quem quer alcançar a qualidade. 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 44/48 F I L M E Tucker: um homem e seu sonho Ano: 1988 Comentário: Além de abordar o empreendedorismo, trata também das questões de implantação de qualidade, inovação e das di�culdades dos processos produtivos logo após a Segunda Guerra Mundial. Atenção para os detalhes da vantagem competitiva utilizada pelo protagonista para atender o consumidor. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em: T R A I L E R 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 45/48 conclusão Conclusão A gestão da qualidade é de extrema importância para que as organizações possam sobreviver no mercado. Não é mais uma questão de luxo. E qualidade tem a ver com a experiência do cliente com o seu produto e serviço. Para ter sucesso nesse quesito, é fundamental utilizarmos ferramentas que possam contribuir para que os processos sejam mais e�cientes e que ajudem empresas a atingir os seus objetivos agregando valor ao produto �nal. Os precursores da qualidade, como Shewhart, Feigenbaum, Crosby, Juran, Deming e Ishikawa, contribuíram muito para os avanços da Gestão da Qualidade Total e seu sucesso. No entanto, os novos avanços tecnológicos e a constante evolução da indústria não permitem que a gestão da qualidade pare por aí. É necessário que novos processos de gestão da qualidade venham a acompanhar toda essa evolução. referências Referências Bibliográ�cas 14/10/2020 Ead.br https://fmu.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 46/48 ALMEIDA, S. Cliente eu não vivo sem você. 11. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1995. ARAÚJO, L. C. G. de; GARCIA, A. A.; MARTINES, S. Gestão de processos: melhores resultados e excelência organizacional. 2. ed. 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