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Aula 02-Direito Civil

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CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL 
FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
AULA 2 
A prescrição representa uma sanção pela inércia do titular de um 
direito violado que consiste na perda da pretensão (possibilidade de fazer 
valer em juízo o direito violado) ou da exceção (direito de defesa) em 
razão do decurso de tempo. Tem como fundamento a paz social e a 
segurança jurídica que ficariam comprometidos caso uma ação tivesse 
prazo indeterminado para ser ajuizada. 
A prescrição distingue-se da decadência, porque esta (decadência) é 
a perda do direito material, em razão do tempo, eliminando-se, por 
conseqüência, o direito de ação e demais pretensões, ao passo que aquela 
(prescrição) é a perda da ação e de toda a capacidade defensiva, 
mantendo-se intacto o direito material, tanto é que, no Direito Civil, o 
pagamento de dívida prescrita é válido, pois apesar de haver a prescrição, 
o direito continua existindo, não podendo ser objeto de restituição, 
conforme o art. 882 do CC. 
Art. 882 do CC - Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida 
prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. 
Resumo esquemático: 
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA 
DIREITO 
Mantém-se intacto. é perdido. 
MATERIAL 
é perdido. 
AÇÃO E 
DEMAIS PRETENSÕES 
São perdidos. São perdidos. 
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL 
FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
A decadência pode ser legal (quando o prazo estiver previsto na lei) 
ou convencional (quando sua previsão decorrer de cláusula pactuada pelas 
partes em um contrato). Entretanto, a prescrição é sempre legal, pois o 
prazo prescricional não pode ser pactuado pelas partes (art. 192 do CC). 
Para o estudo destes dois importantes institutos jurídicos, faz-se 
necessário distinguirmos duas espécies de direitos: os direitos subjetivos e 
os direitos potestativos. 
1) Direitos subjetivos: compreendem os direitos reais (sobre a coisa) e 
pessoais. O titular de um desses direitos tem a prerrogativa de receber do 
devedor uma prestação consistente em dar, fazer ou não fazer. Assim, 
para se obter esses direitos, é preciso uma prestação do sujeito passivo 
(devedor). Por conta dessa colaboração necessária do devedor, há 
possibilidade que tais direitos sejam violados. Quando isso ocorre, surge 
para o titular uma "pretensão" que representa a possibilidade de o titular 
exigir a prestação do devedor. Deve-se notar que o direito ao crédito já 
existia desde o dia em que se convencionou o pagamento ao credor. 
Entretanto, a pretensão só nasce no dia do vencimento. 
Ex: se eu compro uma geladeira em uma loja, faço o pagamento por 
ocasião da compra para que um mês depois o bem seja entregue em 
minha casa e, após os 30 dias, a geladeira não é entregue, então o meu 
direito de receber a geladeira foi violado. A partir da violação do meu 
direito, começa a ser contado um prazo para que eu possa ingressar com 
uma ação cobrando a geladeira da loja. Após decorrer o prazo previsto em 
lei (prazo prescricional) para tal, ocorre a prescrição. Caso eu ingresse 
com uma ação após o prazo prescricional estar vencido, a outra parte, a 
loja, pode alegar a prescrição em sua defesa e, o próprio juiz, pode alegar 
a prescrição de ofício. 
2) Direitos potestativos: compreendem as hipóteses em que a vontade 
da pessoa tem o condão de criar ou modificar direitos de outra, 
independente do querer desta. Ou seja, a manifestação de vontade cria 
para a outra pessoa um estado de sujeição, criando ou alterando os seus 
direitos, independente de qualquer prestação ou declaração de vontade da 
pessoa atingida. 
Ex: se eu compro um relógio e o vendedor age com dolo por ocasião da 
venda, então surge para mim o direito ingressar com uma ação para 
anular essa venda. Neste caso, o vendedor fica sujeito (estado de 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
sujeição) a minha vontade de anular ou não o negócio. O direito de anular 
a compra e venda corresponde a um direito potestativo. 
O Código Civil começa a tratar do assunto no art. 189 do CC. 
Art. 189 do CC - Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a 
qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 
205 e 206. 
Após a leitura do dispositivo legal, percebe-se que a prescrição 
atinge a pretensão, ou seja, a prescrição atinge a possibilidade de fazer 
valer um direito que foi violado acarretando a perda do direito de ação e 
de toda a sua capacidade defensiva em razão do decurso de tempo. O 
direito violado continua existindo, porém deixa de ter proteção jurídica. 
Conclui-se que os direitos potestativos não geram prescrição, pois 
não podem ser violados, sujeitando-se apenas à decadência, cujo termo 
inicial é o prazo fixado pela lei (decadência legal) ou vontade unilateral ou 
bilateral (decadência convencional). 
Nos termos do art. 190 do CC, os prazos para fazer uso da 
pretensão (possibilidade de fazer valer o direito que foi violado) também 
são aplicáveis à exceção (possibilidade de defesa). 
Art. 190 do CC - A exceção prescreve no mesmo prazo em que a 
pretensão. 
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IMPORTANTE: Pela prescrição se perde o direito de resolver a 
pendência judicialmente. Todavia, o direito material em si 
permanece existindo, só que sem proteção jurídica para 
solucioná-lo. Para exemplificar, temos aquele que paga uma 
dívida prescrita. Pelo fato da dívida ainda existir, aquele que 
pagou não pode pedir a restituição do valor. 
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FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 
A renúncia à prescrição, tratada no art. 191 do CC, é o ato pelo 
qual o devedor abre mão do direito de argüi-la. Percebe-se então que a 
prescrição não acarreta a perda do direito, mas sim a pretensão de fazer 
valer o direito violado. É o que ocorre quando alguém paga uma dívida já 
prescrita, pois a dívida ainda existe, porém o credor não tem proteção 
jurídica para fazer valer o seu direito. 
Art. 191 do CC - A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, 
e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a 
prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de 
fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 
Como só se pode renunciar àquilo que se possui, a renúncia a 
prescrição só pode ocorrer após ela estar consumada, desde que não 
haja prejuízo de terceiros. São duas as formas de renúncia: expressa ou 
tácita. 
a) Renúncia expressa: quando o interessado declara por escrito que 
não pretende argüir a prescrição. 
b) Renúncia tácita: quando o interessado pratica algum ato 
incompatível com o desejo de alegar a prescrição. È o que ocorre 
com um pedido de parcelamento de débito. 
Sobre a possibilidade de se alterar os prazos prescricionais, 
devemos recorrer ao art. 192 do CC. 
Art. 192 do CC - Os prazos de prescrição não podem ser alterados por 
acordo das partes. 
Percebemos que as partes não podem ampliar, suprimir ou reduzir 
os prazos prescricionais. Ou seja, apenas a lei é capaz de modificá-los. 
Conclui-se então que não existe prescrição "convencional". 
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Entretanto o mesmo não acontece com a decadência, que pode ser 
legal (estabelecida por lei) ou convencional (estabelecida por acordo entre 
as partes). 
Os artigos 193 e 211 do CC tratam, respectivamente, da fase em 
que a prescrição e a decadência podem ser alegadas: 
Art. 193 do CC - A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de 
jurisdição,pela parte a quem aproveita. 
Art. 211 do CC - Se a decadência for convencional, a parte a quem 
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não 
pode suprir a alegação. 
Tanto a prescrição como a decadência podem ser argüidas em 
qualquer fase do processo, isto é, em contestação, durante os debates na 
audiência, em razões ou contra-razões de apelação, na sustentação oral 
de apelação e em embargos infringentes. Entretanto, não é admissível a 
alegação em sede de recurso especial ou extraordinário, ou em ação 
rescisória, se não foi suscitada na instância ordinária por total falta de 
prequestionamento. 
Após a revogação do artigo 194 do CC e alteração do artigo 219, § 
5o do Código de Processo Civil pela lei 11.280/2006, o juiz deve suprir de 
ofício a alegação da prescrição em qualquer situação e não apenas quando 
favorecer absolutamente incapaz, conforme era previsto antes da 
mudança. Dessa forma, o legislador pretendeu dar um mínimo de 
celeridade processual fazendo com que o juiz não precise esperar que 
uma das partes alegue a prescrição podendo intimar o réu (devedor) para 
que se manifeste quanto à renúncia à prescrição. 
Art. 219 § 5o do CPC - O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. 
Quanto à decadência, se for do tipo legal, deve ser reconhecida de 
ofício pelo juiz, conforme o artigo 210 do CC, entretanto, no caso da 
decadência convencional, segundo o artigo 211 do CC, não pode ser 
reconhecida de ofício pelo juiz. 
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Art. 210 do CC - Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, 
quando estabelecida por lei. 
Art. 211 do CC - Se a decadência for convencional, a parte a quem 
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não 
pode suprir a alegação. 
Segue quadro resumo: 
PRESCRIÇÃO 
DECADÊNCIA 
LEGAL 
DECADÊNCIA 
CONVENCIONAL 
RECONHECIMENTO 
DE OFÍCIO PELO 
JUIZ 
Deve ocorrer. 
(art. 219 § 5odo 
CPC) 
Deve ocorrer. 
(art. 210 do CC) 
Não pode ocorrer. 
(art. 211 do CC) 
Ou seja, apenas a prescrição e a decadência legal devem ser 
reconhecidas de ofício pelo juiz. 
Vejamos também o art. 195 do CC: 
Art. 195 do CC - Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas 
têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que 
derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
Nas palavras da Profa. Maria Helena Diniz: "as pessoas, que a lei 
priva de administrar os próprios bens, tem ação regressiva contra os seus 
representantes legais quando estes derem causa à prescrição ou não a 
alegarem em tempo hábil. Assegura-se, assim, a incolumidade patrimonial 
dos incapazes, que têm, ainda, mesmo que não houvesse essa disposição, 
o direito ao ressarcimento dos danos que sofrerem, em razão do disposto 
nos arts. 186 e 927 do Código Civil, de que o artigo ora comentado é a 
aplicação." 
Sobre o art. 196 do CC: 
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Art. 196 do CC - A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a 
correr contra o seu sucessor. 
Percebemos que a morte não interrompe nem suspende a 
prescrição, que continua a fluir normalmente contra os herdeiros e 
legatários (sucessores), a não ser quando presente uma das causas 
suspensivas previstas nos arts. 197 e 198 do CC. 
Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da prescrição 
Quando um direito subjetivo é violado, surge a pretensão e, a partir 
daí, começa a correr o prazo prescricional. No entanto a lei prevê 
situações em que o prazo sequer inicia sua contagem, ainda que já 
surgida a pretensão (causas impeditivas) ou que suspendem o curso da 
prescrição já iniciada (causas suspensivas) ou mesmo fazem com que o 
prazo reinicie (causas interruptivas). 
Vejamos o art. 198, I do CC. 
Art. 198 do CC Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; 
Analisando o dispositivo legal acima de forma combinada com o art. 
196 do CC citado anteriormente, temos que, se o titular do direito violado 
falecer e transmitir tal direito a um absolutamente incapaz (art. 3o do CC), 
contra esse incapaz não correrá o curso do prazo prescricional enquanto 
mantiver a situação de incapacidade absoluta. Ou seja, enquanto o 
absolutamente incapaz (titular do direito violado) não completar 16 
(dezesseis) anos, o prazo prescricional não começará a correr. 
Sobre o incapaz é interessante vermos o quadro a seguir: 
PRESCRIÇÃO 
Relativamente 
incapazes 
Corre o prazo contra ou a favor 
PRESCRIÇÃO 
Absolutamente 
incapazes 
Se contra: a prescrição não 
corre 
PRESCRIÇÃO 
Absolutamente 
incapazes 
Se a favor: a prescrição corre. 
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Se você ainda não entendeu o que é correr contra ou a favor, 
segue um exemplo: se A deve para B, então o prazo prescricional corre 
contra B (credor) e a favor de A (devedor). 
A diferença da causa suspensiva para a causa impeditiva é que na 
primeira, o prazo prescricional já começou a contar e, por alguma razão, a 
contagem fica "parada no tempo", enquanto que, na segunda, o prazo 
prescricional nem começa a contar. Exemplos: 
As situações que fazem com que o prazo prescricional não corra 
(fique parado no tempo) estão elencadas nos arts. 197 a 199 do CC, de 
onde percebemos tratarem de questões individuais, familiares, de 
parentesco, de amizade e motivos de ordem moral. 
Art. 197 do CC - Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, 
durante a tutela ou curatela. 
Art. 198 do CC - Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (ABSOLUTAMENTE 
INCAPAZES) 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos 
Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em 
tempo de guerra. 
Art. 199 do CC - Não corre igualmente a prescrição: 
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I - pendendo condição suspensiva; 
II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
Sobre o art. 200 do CC temos: 
Art. 200 do CC - Quando a ação se originar de fato que deva ser 
apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva 
sentença definitiva. 
O artigo acima prevê que, na pendência de apuração criminal, não 
corre a prescrição antes do trânsito em julgado da sentença a ser 
prolatado neste âmbito. 
Art. 201 do CC - Suspensa a prescrição em favor de um dos credores 
solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. 
Pelo art. 201 do CC, se a obrigação for indivisível e solidários forem 
os credores, caso a prescrição seja suspensa em favor de um dos 
credores, tal suspensão aproveitará aos demais. Como exemplo, temos 
"A" que deve um valioso cavalo de raça (obrigação indivisível) para "B" e 
"C" (credores solidários). Entretanto, caso "B" se ausente do país a 
serviço público da União, então contra ele não estará correndo o prazo 
prescricional (art. 198, II do CC) e, conseqüentemente, não estará 
correndo o prazo prescricional contra "C". 
Entretanto, se a obrigação for divisível e vários forem os credores, 
ocorrendo em relação a um deles uma causa suspensiva de prescrição, 
esta aproveitará apenas a ele,não alcançando os outros, para os quais 
correrá a prescrição sem qualquer solução de continuidade. Nos moldes do 
exemplo anterior, se "A" estiver devendo R$ 10.000,00 (obrigação 
divisível) para "B" e "C" (credores solidários). Entretanto, caso "B" se 
ausente do país a serviço público da União, então contra ele não estará 
correndo o prazo prescricional (art. 198, II do CC) mas o prazo 
prescricional continuará correndo contra "C". 
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A interrupção do prazo prescricional funciona de forma diferente da 
suspensão e do impedimento, pois, quando a causa interruptiva cessa, o 
prazo prescricional volta a correr desde o início. Veja o exemplo a seguir: 
Vejamos o art. 2G2 do CC. 
Art. 202 do CC - A interrupção da prescrição, que somente poderá 
ocorrer uma vez, dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a 
citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei 
processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
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IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou 
em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe 
reconhecimento do direito pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data 
do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a 
interromper. 
Como saber se uma causa é ou não interruptiva? 
É preciso decorar todas as causas listadas nos arts. 197, 198, 
199 e 202 do CC? 
Para responder essas perguntas, vou mostrar um pequeno "macete" que 
pode lhe ajudar muito na hora da prova. Trata-se do seguinte: 
- nos arts. 197 e 198 do CC, temos situações relacionadas a uma pessoa 
(ex: pais e filhos, ausentes do país por serviço público, etc.); 
- no art. 199 do CC não tem jeito, tem que decorar; e 
- no art. 202 do CC temos, em regra, atos praticados pelo credor (ex: 
protesto cambial, constituir em mora o devedor, etc.) 
Dessa forma, é possível fazer uma lista resumida das causas que 
alteram o curso do prazo prescricional. Vamos a ela: 
CAUSAS SUSPENSIVAS / CAUSAS INTERRUPTIVAS 
IMPEDITIVAS 
1) situações pessoais; 
2) pendendo condição 1) atos praticados pelo 
suspensiva; credor. 
3) não estando vencido o 
prazo; e 
4) pendendo ação de evicção. 
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Dando seqüência, temos o art. 204 do CC. 
Art. 204 do CC - A interrupção da prescrição por um credor não 
aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra 
o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos 
outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário 
envolve os demais e seus herdeiros. 
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor 
solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão 
quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o 
fiador. 
Como regra, a interrupção da prescrição é incomunicável e, por isso, 
não beneficia os outros credores, nem prejudica os demais devedores. As 
exceções estão listadas nos parágrafos do art. 204 do CC e representam 
situações de solidariedade entre os credores ou devedores e, também, 
situações em que o objeto da prestação é indivisível. 
A seguir, temos os prazos prescricionais. Através do art. 205 do 
CC, percebe-se que, em regra, o prazo prescricional é de 10 anos, 
admitindo-se, porém, em situações específicas, os prazos de 1, 2, 3, 4 ou 
5 anos (art. 206 do CC). 
Art. 205 do CC - A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não 
lhe haja fixado prazo menor. 
Art. 206 do CC - Prescreve: 
§ 1o Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados 
a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da 
hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra 
aquele, contado o prazo: 
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a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da 
data em que é citado para responder à ação de indenização proposta 
pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a 
anuência do segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da 
pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários 
judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e 
honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que 
entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da 
publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas 
e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento 
da liquidação da sociedade. 
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a 
partir da data em que se vencerem. 
§ 3o Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas 
temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações 
acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com 
capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de 
má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação 
da lei ou do estatuto, contado o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da 
sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do 
balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, 
ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento; 
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c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à 
violação; 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a 
contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; 
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro 
prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório. 
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data 
da aprovação das contas. 
§ 5o Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de 
instrumento público ou particular; 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores 
judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o 
prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos 
ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu 
em juízo. 
Não é comum a banca CESPE/UnB cobrar do candidato a "decoreba" 
dos prazos prescricionais, tanto que eu não achei nenhuma questão neste 
estilo. Entretanto o mesmo não se pode dizer da banca FCC e CEPERJ,pois ao final da aula você poderá observas algumas questões exigindo 
este conhecimento. 
O prazo decadencial, como regra, não pode ser impedido, suspenso 
ou interrompido (art. 207 do CC), entretanto, no Código Civil poderá 
ocorrer uma situação de impedimento ou suspensão do prazo decadencial 
fazendo com que ele não corra contra os absolutamente incapazes. Trata-
se de uma exceção à regra (art. 208 do CC). 
Art. 207 do CC - Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à 
decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a 
prescrição. 
Art. 208 do CC - Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 
198, inciso I. 
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IMPORTANTE !!! 
A única situação no Código Civil onde o curso do prazo 
decadencial pode ser alterado é no caso de absolutamente 
incapaz, pois nesta situação o prazo não irá correr. 
Apesar da prescrição ser a regra, existem determinadas ações que 
são imprescritíveis, tais como: 
1) os direitos da personalidade, como a vida, a honra, o nome, a 
liberdade, a intimidade, a própria imagem, as obras literárias, 
artísticas ou científicas, etc., pois não se extinguem pelo seu uso, 
nem seria possível impor prazos para a sua aquisição ou defesa; 
2) o estado da pessoa, como filiação, condição conjugal, cidadania, 
salvo os direitos patrimoniais dele decorrentes, como o 
reconhecimento da filiação para receber herança; 
3) os bens públicos, por isso, não podem objeto de ação que verse 
sobre usucapião; 
4) o direito de família no que concerne à questão inerente ao direito 
à pensão alimentícia, à vida conjugal, ao regime de bens; e 
5) as nulidade absolutas, por envolverem questões de ordem 
pública. 
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1. (CESGRANRIO - Advogado - PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A -
2008) É correto afirmar, a respeito da prescrição, que esta atinge 
a pretensão que nasce da violação do direito 
(A) subjetivo, não é causa de extinção de direito e só pode ser 
conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 
(B) subjetivo, não é causa de extinção de direito e pode ser 
conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. 
(C) subjetivo, é causa de extinção de direito e só pode ser 
conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 
(D) potestativo, não é causa de extinção de direito e pode ser 
conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. 
(E) potestativo, não é causa de extinção de direito e só pode ser 
conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 
Esta questão é bastante interessante. Para resolvê-la você deve ter 
em mente que o prazo prescricional começa a correr quando um direito 
subjetivo é violado; por outro lado, o prazo decadencial começa a correr 
com o surgimento de um direito potestativo. 
Estudamos também que na prescrição o direito subjetivo continua 
existindo, apesar de perder a proteção jurídica. Por outro lado, na 
decadência o direito potestativo é extinto. 
Por fim estudamos que a prescrição deve ser alegada de ofício pelo 
juiz (sem a provocação do interessado) e a decadência legal também. Por 
outro lado, na decadência convencional não existe esta prerrogativa do 
magistrado. 
Gabarito: B 
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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
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2. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2008) O prazo para anular 
venda de ascendente para descendente, sem observância dos 
requisitos legais, é: 
(A) prescricional de 1 ano. 
(B) decadencial de 1 ano. 
(C) prescricional de 2 anos. 
(D) decadencial de 2 anos. 
(E) prescricional de 6 meses. 
A questão é facilmente resolvida pelo art. 496 do CC, combinado 
com o art. 179 do CC, estudado na aula anterior. 
Art. 496 do CC - É anulável a venda de ascendente a descendente, 
salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante 
expressamente houverem consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do 
cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. 
Art. 179 do CC - Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, 
sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois 
anos, a contar da data da conclusão do ato. 
Em decorrência do art. 496 não estabelecer prazo para a anulação 
da venda, devemos recorrer ao art. 179 do CC e verificar que esse prazo é 
de 2 anos. 
Entretanto, como saber se o prazo é prescricional ou decadencial? 
A resposta é simples, pois os prazos prescricionais do CC estão 
listados em apenas 2 artigos (arts. 205 e 206 do CC). Qualquer prazo 
diferente do CC é de natureza decadencial. 
Através do art. 205 do CC, percebe-se que, em regra, o prazo 
prescricional é de 10 anos, admitindo-se, porém, em situações específicas, 
os prazos de 1, 2, 3, 4 ou 5 anos (art. 206 do CC). 
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Para concluir, percebemos que não se trata de um prazo 
prescricional. 
Gabarito: D 
3. (FGV - ADVOGADO - BESC - 2004) A respeito da prescrição, 
assinale a alternativa correta. 
(A) O juiz pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais 
mesmo sem a invocação das partes. 
(B) A prescrição do principal não implica a prescrição dos 
acessórios. 
(C) Corre o prazo da prescrição entre ascendentes e descendentes, 
durante o pátrio poder. 
(D) A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos 
outros. 
(E) A prescrição pode ser alegada em qualquer instância, pela 
parte a que aproveita. 
Análise das alternativas: 
(A) CERTA (em 2004 foi considerada errada). Após a revogação do 
artigo 194 do CC e alteração do artigo 219, § 5o do Código de Processo 
Civil pela lei 11.280/2006, o juiz deve suprir de ofício a alegação da 
prescrição em qualquer situação e não apenas quando favorecer 
absolutamente incapaz, conforme era previsto antes da mudança. Dessa 
forma, o legislador pretendeu dar um mínimo de celeridade processual 
fazendo com que o juiz não precise esperar que uma das partes alegue a 
prescrição podendo intimar o réu (devedor) para que se manifeste quanto 
à renúncia à prescrição. 
(B) ERRADA. A prescrição em prejuízo do devedor principal também 
atinge o devedor secundário (ex: fiador). Isso ocorre em decorrência da 
seguinte regra: todos os acontecimentos que influenciam a obrigação 
principal, também repercutem na obrigação acessória (contrato de 
fiança). 
(C) ERRADA. Determinadas situações podem influenciar o curso do prazo 
prescricional. Essas situações fazem com que o prazo sequer inicie sua 
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contagem, ainda que já surgida a pretensão (causas impeditivas) ou que 
se suspenda o curso da prescrição já iniciada (causas suspensivas) ou 
mesmo fazem com que o prazo reinicie (causas interruptivas). 
Dessa forma, entre ascendentes e descendentes, durante o pátrio 
poder, nos termos do art. 197, II do CC, temos uma situação em que o 
prazo prescricional não corre, ficando impedido de começar. 
(D) ERRADA. A base legal da questão é a 1a parte do art. 204 do CC. 
Art. 204 do CC - A interrupção da prescrição por um credor não 
aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra 
o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aosoutros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário 
envolve os demais e seus herdeiros. 
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor 
solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão 
quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o 
fiador. 
Como regra, a interrupção da prescrição é incomunicável e, por isso, 
não beneficia os outros credores, nem prejudica os demais devedores. As 
exceções estão listadas nos parágrafos do art. 204 do CC e representam 
situações de solidariedade entre os credores ou devedores e, também, 
situações em que o objeto da prestação é indivisível. 
(E) CERTA. Os artigos 193 e 211 do CC são a base legal da questão: 
Art. 193 do CC - A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de 
jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Art. 211 do CC - Se a decadência for convencional, a parte a quem 
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não 
pode suprir a alegação. 
Tanto a prescrição como a decadência podem ser argüidas em 
qualquer fase do processo, isto é, em contestação, durante os debates na 
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audiência, em razões ou contra-razões de apelação, na sustentação oral 
de apelação e em embargos infringentes. 
Gabarito: E 
4. (CESGRANRIO - ADVOGADO JUNIOR - PETROBRAS - 2008) 
Sobre a prescrição e a decadência, qual afirmativa está ERRADA? 
(A) É nula a renúncia à decadência fixada em lei, sendo possível a 
renúncia à prescrição. 
(B) Não correm a prescrição e nem a decadência contra os 
ausentes do país a serviço de seu empregador estrangeiro. 
(C) A Petrobras tem ação contra seus representantes legais que 
derem causa à prescrição ou à decadência, ou não as alegaram 
oportunamente. 
(D) A prescrição deve ser pronunciada de ofício pelo juiz, mas este 
só poderá fazer o mesmo com relação à decadência quando esta 
for estabelecida por lei. 
(E) A prescrição e a decadência podem ser alegadas em qualquer 
grau de jurisdição. 
Análise das alternativas: 
(A) CERTA. A renúncia à prescrição, tratada no art. 191 do CC, é o ato 
pelo qual o devedor abre mão do direito de argüi-la. Percebe-se então que 
a prescrição não acarreta a perda do direito, mas sim a pretensão de fazer 
valer o direito violado. É o que ocorre quando alguém paga uma dívida já 
prescrita, pois a dívida ainda existe, porém o credor não tem proteção 
jurídica para fazer valer o seu direito. 
Como só se pode renunciar àquilo que se possui, a renúncia à 
prescrição só pode ocorrer após ela estar consumada, desde que não 
haja prejuízo de terceiros. São duas as formas de renúncia: expressa ou 
tácita. 
c) Renúncia expressa: quando o interessado declara por escrito que 
não pretende argüir a prescrição. 
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d) Renúncia tácita: quando o interessado pratica algum ato 
incompatível com o desejo de alegar a prescrição. È o que ocorre 
com um pedido de parcelamento de débito. 
Sobre a renúncia à decadência, basta observarmos o art. 209 do 
CC: 
Art. 209 do CC - É nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
Conclui-se que a decadência resultante de prazo estabelecido em lei 
não pode ser renunciada pelas partes, nem antes nem depois de 
consumada, sob pena de nulidade do ato. 
(B) ERRADA. A base legal reflete os arts. 198, I e II, 207 e 208 do CC 
Conclui-se que a situação narrada pela alternativa (ausência do país 
a serviço público) faz com que não corra, apenas, o prazo prescricional. 
Ou seja, o prazo decadencial correrá. 
O prazo decadencial, como regra, não pode ser impedido, suspenso 
ou interrompido (art. 207 do CC), entretanto, poderá ocorrer apenas uma 
situação de impedimento ou suspensão do prazo decadencial fazendo com 
que ele não corra contra os absolutamente incapazes. Trata-se de uma 
exceção à regra (art. 208 do CC). 
(C) CERTA. A solução ocorre através do art. 195 do CC: 
Nas palavras da Profa. Maria Helena Diniz: "as pessoas, que a lei 
priva de administrar os próprios bens, tem ação regressiva contra os seus 
representantes legais quando estes derem causa à prescrição ou não a 
alegarem em tempo hábil. Assegura-se, assim, a incolumidade patrimonial 
dos incapazes, que têm, ainda, mesmo que não houvesse essa disposição, 
o direito ao ressarcimento dos danos que sofrerem, em razão do disposto 
nos arts. 186 e 927 do Código Civil, de que o artigo ora comentado é a 
aplicação." 
(D) CERTA. Conforme comentários da alternativa (A) da questão anterior. 
(E) CERTA. Conforme comentários da alternativa (E) da questão anterior. 
Gabarito: B 
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5. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2005) À luz do Código Civil, 
sobre a prescrição e a decadência, é correto afirmar que: 
(A) suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, 
só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. 
(B) prescreve em 3 (três) anos a pretensão do segurado contra o 
segurador, ou a deste contra aquele. 
(C) prescreve em 2 (dois) anos a pretensão de ressarcimento de 
enriquecimento sem causa. 
(D) a ação de evicção não impede o curso da prescrição. 
(E) não é nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
Análise das alternativas: 
(A) CERTA. A solução está no art. 201 do CC. Pelo art. 201 do CC, se a 
obrigação for indivisível e solidários forem os credores, caso a prescrição 
seja suspensa em favor de um dos credores, tal suspensão aproveitará 
aos demais. 
(B) ERRADA. Em desacordo com o art. 206, § 1o, II do CC, cujo prazo é 
de 1 ano. 
(C) ERRADA. Em desacordo com o art. 206, § 3o, IV do CC, cujo prazo é 
de 3 anos. 
(D) ERRADA. A pendência de ação de evicção (art. 199, III do CC) é uma 
causa impeditiva e, por isso, obsta a prescrição. Evicção é a perda da 
coisa por sentença que a atribui a outrem. Se, por exemplo, um terceiro 
move ação reivindicatória do imóvel adquirido por B, enquanto pendente 
essa ação, não corre a prescrição da ação de indenização que o 
adquirente poderá mover em face do alienante, em razão da evicção. 
(E) ERRADA. Conforme comentários da alternativa (A) da questão 
anterior. 
Gabarito: A 
6. (FGV - ISS-Angra dos Reis-RJ - 2010) Assinale a alternativa 
correta. 
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(A) A prescrição diz respeito aos direitos potestativos que, por 
essência, não possuem pretensão, já que não podem ser objeto de 
violação. A decadência, por sua vez, refere-se aos direitos 
subjetivos patrimoniais, aqueles que trazem consigo a 
possibilidade de que o seu titular exija determinado 
comportamento de alguém. 
(B) A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr 
contra o seu sucessor, exceto se este for absolutamente incapaz, 
ou estiver ausente do País a serviço dos entes federativos, ou se 
achar a serviço das Forças Armadas em tempo de guerra. 
(C) A decadência pode ser legal ou convencional, sendo que ambas 
podem ser conhecidas de ofício pelo juiz. O mesmo ocorre com a 
prescrição, que também pode ser conhecida ex officio pelo 
magistrado. 
(D) A prescrição pode ser alegada de ofício pelo juiz, ou também 
pela parte a quem aproveita, em qualquer grau de jurisdição, 
independentemente de seu prequestionamento. 
(E) Em face do princípio da supremacia do interesse público, caso 
a prescrição ou a decadênciaconvencional beneficiem a Fazenda 
Pública, o juiz pode conhecê-las de ofício. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. A assertiva inverteu os conceitos de prescrição e decadência. 
Estudamos que a prescrição se refere a direitos subjetivos, ao passo que a 
decadência trata dos direitos potestativos. 
(B) CERTA. A assertiva trata da continuidade do curso prazo prescricional 
prevista no art. 196 do CC que poderá ser suspensa se houver uma das 
causas suspensivas prevista no art. 198 do CC. 
(C) ERRADA. Já estudamos em diversas questões anteriores que apenas a 
decadência legal e a prescrição podem ser alegadas de ofício pelo juiz. A 
decadência convencional deve ser questionada pela parte. 
(D) ERRADA. Existe sim a possibilidade de alegação da prescrição em 
qualquer grau de jurisdição (art. 193 do CC), entretanto, tal afirmação 
não é absoluta tendo em vista não ser aplicável esta possibilidade em 
sede de recursos extraordinário e especial. Isso porque, seu conhecimento 
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pelos Tribunais superiores exigirá a ocorrência do prévio 
prequestionamento. 
Ou seja, quando se tratar de recurso extraordinário ou especial para 
os ttribunais superiores a alegação da prescrição depende de 
prequestionamento. 
(E) ERRADA. A decadência convencional não pode ser alegada de ofício 
pelo juiz. 
Gabarito: B 
7. (FGV - OAB - Exame da Ordem - 2010.2) A respeito das 
diferenças e semelhanças entre prescrição e decadência, no 
Código Civil, é correto afirmar que: 
(A) a prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, 
enquanto a decadência gera a extinção do direito subjetivo. 
(B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, 
enquanto os prazos decadenciais legais não se suspendem ou 
interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito 
absolutamente incapaz, contra o qual não corre nem prazo 
prescricional nem prazo decadencial. 
(C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, 
mesmo após consumadas. 
(D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem 
beneficia, enquanto a decadência pode ser declarada de ofício pelo 
juiz. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. Semelhante à alternativa A da questão anterior. As palavras 
prescrição e decadência estão invertidas e a prescrição não acarreta a 
extinção do direito. Ou seja, temos dois erros. O correto seria o seguinte: 
a decadência acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto 
a prescrição gera a perda da proteção jurídica do direito subjetivo. 
(B) CERTA. De acordo com os arts. 208 e 198, I do CC. 
(C) ERRADA. A assertiva está incorreta, pois, segundo o art. 191 do CC, 
pode ocorrer a renúncia à prescrição após a sua consumação. 
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(D) ERRADA. Mais uma vez as palavras prescrição e decadência estão 
invertidas. O correto seria o seguinte: "a decadência é exceção que 
deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a 
prescrição pode ser declarada de ofício pelo juiz." 
Gabarito: B 
8. (FUNIVERSA - SEPLAG-DF - Correição - 2009) A prescrição tem 
como conseqüência a extinção do poder de exigir uma prestação, 
que ocorre em face da inércia do credor, fazendo fluir o prazo legal 
sem tomar nenhuma medida assecuratória de seu direito. Acerca 
desse tema, com base no Novo Código Civil Brasileiro e 
atualizações posteriores atinentes à matéria, assinale a alternativa 
correta. 
(A) A prescrição poderá ser alegada somente até a prolação da 
sentença. 
(B) O juiz, salvo aos absolutamente incapazes, não poderá suprir a 
prescrição de ofício. 
(C) A partir da vigência do Novo Código Civil, a interrupção da 
prescrição somente poderá ocorrer uma vez. 
(D) Não corre a prescrição pendendo condição resolutiva. 
(E) Não havendo prazo legal para a contagem da prescrição, será 
este de vinte anos. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de 
jurisdição nos termos do art. 193 do CC. 
(B) ERRADA. Após a revogação do art. 194 do CC em 2006, o juiz não só 
pode como deve suprir a alegação da prescrição de ofício. 
(C) CERTA. Nos termos do art. 202 do CC. 
(D) ERRADA. Segundo o art. 199, I do CC, não corre a prescrição 
pendendo condição suspensiva. 
(E) ERRADA. De acordo com o art. 205 do CC, não havendo prazo legal 
para a contagem da prescrição, será este de dez anos. 
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Gabarito: C 
9. (CEPERJ - CEDAE - Advogado - 2009) O atual Código Civil 
estabeleceu a prescrição ordinária em: 
(A) 5 (cinco) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. 
(B) 10 (dez) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. 
(C) 20 (vinte) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. 
(D) 5 (cinco) anos para ações pessoais e 10 (dez) anos para ações 
reais. 
(E) 10 (dez) anos para ações pessoais e 20 (vinte) anos para 
ações reais. 
A questão trata do prazo prescricional comum, utilizado como regra, 
previsto no art. 205 do CC (10 anos). 
Gabarito: B 
10. (CEPERJ - IPEM - Advogado - 2010) No que se refere à 
prescrição, o Código Civil dispõe que: 
(A) A renúncia da prescrição poderá ser apenas expressa. 
(B) Os prazos prescricionais podem ser alterados por acordo das 
partes. 
(C) O juiz pode suprir, de ofício, a alegação da prescrição. 
(D) A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição. 
(E) A prescrição ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja 
fixado prazo menor. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. O art. 191 do CC admite a renúncia expressa e a renúncia 
tácita. 
(B) ERRADA. Segundo o art. 192 do CC, os prazos prescricionais não 
podem ser alterados por acordo das partes. 
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(C) ERRADA. Conforme o art. 219 § 5- do CPC pronunciar de ofício a 
prescrição, quando ela existir, é uma obrigação do juiz; dessa forma, o 
erro está na palavra pode. 
(D) CERTA. De acordo com o art. 193 do CC. 
(E) ERRADA. Como regra, a prescrição ocorre em 10 anos, salvo 
disposição legal em contrário. 
Gabarito: D 
11. (FGV - FISCAL DE RENDAS-RJ - 2011) A respeito da prescrição 
e decadência, é correto afirmar que 
(A) os prazos prescricionais podem ser alterados de comum 
acordo entre as partes. 
(B) a prescrição que tenha sido iniciada contra alguém continuará 
a correr contra o seu sucessor. 
(C) a decadência estabelecida em lei não poderá ser conhecida ex 
officio pelo juiz, somente por provocação das partes. 
(D) a prescrição poderá ser suspensa uma única vez e se dará, 
entre outras hipóteses, por despacho do juiz. 
(E) prescreve em dez anos a pretensão para a cobrança de dívidas 
líquidas constantes em instrumento público ou particular. 
Análise das alternativas: 
(A) ERRADA. Segundo o art. 192 do CC, os prazos prescricionais não 
podem ser alterados por acordo das partes. 
(B) CERTA. Conforme o art. 196 do CC. 
(C) ERRADA. A decadência legal, se existir, deve ser conhecida de ofício 
pelo juiz, nos termos do art. 210 do CC. 
(D) ERRADA. A unicidade é característica da interrupção e não da 
suspensão, nos termos do art. 202 do CC. 
(E) ERRADA. Conforme o art. 206, § 5°, I do CC, tal prazo é de 5 anos. 
Gabarito: B. 
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12. (CEPERJ - SEE-RJ - Professor de Direito e Legislação - 2007) 
Conforme estabelece o Código Civil em vigor, a pretensão de 
ressarcimento de enriquecimento sem causa prescreve no prazo 
de: 
(A) três anos 
(B) cinco anos 
(C) dois anos 
(D) quatro anos 
(E) um ano 
Conforme o art. 206, § 3°, IV do CC, tal prazo é de 3 anos. 
Gabarito: A 
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1. (CESGRANRIO - Advogado - PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A -
2008) É correto afirmar, a respeito da prescrição, que esta atinge 
a pretensão que nasce da violação do direito 
(A) subjetivo, não é causa de extinção de direito e só pode ser 
conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 
(B) subjetivo, não é causa de extinção de direito e pode ser 
conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. 
(C) subjetivo, é causa de extinção de direito e só pode ser 
conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 
(D) potestativo, não é causa de extinção de direito e pode ser 
conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. 
(E) potestativo, não é causa de extinção de direito e só pode ser 
conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 
2. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2008) O prazo para anular 
venda de ascendente para descendente, sem observância dos 
requisitos legais, é: 
(A) prescricional de 1 ano. 
(B) decadencial de 1 ano. 
(C) prescricional de 2 anos. 
(D) decadencial de 2 anos. 
(E) prescricional de 6 meses. 
3. (FGV - ADVOGADO - BESC - 2004) A respeito da prescrição, 
assinale a alternativa correta. 
(A) O juiz pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais 
mesmo sem a invocação das partes. 
(B) A prescrição do principal não implica a prescrição dos 
acessórios. 
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LISTA DAS QUESTÕES 
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(C) Corre o prazo da prescrição entre ascendentes e descendentes, 
durante o pátrio poder. 
(D) A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos 
outros. 
(E) A prescrição pode ser alegada em qualquer instância, pela 
parte a que aproveita. 
4. (CESGRANRIO - ADVOGADO JUNIOR - PETROBRAS - 2008) 
Sobre a prescrição e a decadência, qual afirmativa está ERRADA? 
(A) É nula a renúncia à decadência fixada em lei, sendo possível a 
renúncia à prescrição. 
(B) Não correm a prescrição e nem a decadência contra os 
ausentes do país a serviço de seu empregador estrangeiro. 
(C) A Petrobras tem ação contra seus representantes legais que 
derem causa à prescrição ou à decadência, ou não as alegaram 
oportunamente. 
(D) A prescrição deve ser pronunciada de ofício pelo juiz, mas este 
só poderá fazer o mesmo com relação à decadência quando esta 
for estabelecida por lei. 
(E) A prescrição e a decadência podem ser alegadas em qualquer 
grau de jurisdição. 
5. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2005) À luz do Código Civil, 
sobre a prescrição e a decadência, é correto afirmar que: 
(A) suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, 
só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. 
(B) prescreve em 3 (três) anos a pretensão do segurado contra o 
segurador, ou a deste contra aquele. 
(C) prescreve em 2 (dois) anos a pretensão de ressarcimento de 
enriquecimento sem causa. 
(D) a ação de evicção não impede o curso da prescrição. 
(E) não é nula a renúncia à decadência fixada em lei. 
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6. (FGV - ISS-Angra dos Reis-RJ - 2010) Assinale a alternativa 
correta. 
(A) A prescrição diz respeito aos direitos potestativos que, por 
essência, não possuem pretensão, já que não podem ser objeto de 
violação. A decadência, por sua vez, refere-se aos direitos 
subjetivos patrimoniais, aqueles que trazem consigo a 
possibilidade de que o seu titular exija determinado 
comportamento de alguém. 
(B) A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr 
contra o seu sucessor, exceto se este for absolutamente incapaz, 
ou estiver ausente do País a serviço dos entes federativos, ou se 
achar a serviço das Forças Armadas em tempo de guerra. 
(C) A decadência pode ser legal ou convencional, sendo que ambas 
podem ser conhecidas de ofício pelo juiz. O mesmo ocorre com a 
prescrição, que também pode ser conhecida ex officio pelo 
magistrado. 
(D) A prescrição pode ser alegada de ofício pelo juiz, ou também 
pela parte a quem aproveita, em qualquer grau de jurisdição, 
independentemente de seu prequestionamento. 
(E) Em face do princípio da supremacia do interesse público, caso 
a prescrição ou a decadência convencional beneficiem a Fazenda 
Pública, o juiz pode conhecê-las de ofício. 
7. (FGV - OAB - Exame da Ordem - 2010.2) A respeito das 
diferenças e semelhanças entre prescrição e decadência, no 
Código Civil, é correto afirmar que: 
(A) a prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, 
enquanto a decadência gera a extinção do direito subjetivo. 
(B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, 
enquanto os prazos decadenciais legais não se suspendem ou 
interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito 
absolutamente incapaz, contra o qual não corre nem prazo 
prescricional nem prazo decadencial. 
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(C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, 
mesmo após consumadas. 
(D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem 
beneficia, enquanto a decadência pode ser declarada de ofício pelo 
juiz. 
8. (FUNIVERSA - SEPLAG-DF - Correição - 2009) A prescrição tem 
como conseqüência a extinção do poder de exigir uma prestação, 
que ocorre em face da inércia do credor, fazendo fluir o prazo legal 
sem tomar nenhuma medida assecuratória de seu direito. Acerca 
desse tema, com base no Novo Código Civil Brasileiro e 
atualizações posteriores atinentes à matéria, assinale a alternativa 
correta. 
(A) A prescrição poderá ser alegada somente até a prolação da 
sentença. 
(B) O juiz, salvo aos absolutamente incapazes, não poderá suprir a 
prescrição de ofício. 
(C) A partir da vigência do Novo Código Civil, a interrupção da 
prescrição somente poderá ocorrer uma vez. 
(D) Não corre a prescrição pendendo condição resolutiva. 
(E) Não havendo prazo legal para a contagem da prescrição, será 
este de vinte anos. 
9. (CEPERJ - CEDAE - Advogado - 2009) O atual Código Civil 
estabeleceu a prescrição ordinária em: 
(A) 5 (cinco) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. 
(B) 10 (dez) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. 
(C) 20 (vinte) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. 
(D) 5 (cinco) anos para ações pessoais e 10 (dez) anos para ações 
reais. 
(E) 10 (dez) anos para ações pessoais e 20 (vinte) anos para 
ações reais. 
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10. (CEPERJ - IPEM - Advogado - 2010) No que se refere à 
prescrição, o Código Civil dispõe que: 
(A) A renúncia da prescrição poderá ser apenas expressa. 
(B) Os prazos prescricionais podem ser alterados por acordo das 
partes. 
(C) O juiz pode suprir, de ofício, a alegação da prescrição. 
(D) A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição. 
(E) A prescrição ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja 
fixado prazo menor. 
11.(FGV - FISCAL DE RENDAS - RJ - 2011) A respeito da 
prescrição e decadência, é correto afirmar que 
(A) os prazos prescricionais podem ser alterados de comum 
acordo entre as partes. 
(B) a prescrição que tenha sido iniciada contra alguém continuará 
a correr contra o seu sucessor. 
(C) a decadência estabelecida em lei não poderá ser conhecida ex 
officio pelo juiz, somente por provocação das partes. 
(D) a prescrição poderá ser suspensa uma única vez e se dará, 
entre outras hipóteses, por despacho do juiz. 
(E) prescreve em dez anos a pretensão para a cobrança de dívidas 
líquidas constantes em instrumento público ou particular. 
12. (CEPERJ - SEE-RJ - Professor de Direito e Legislação - 2007) 
Conforme estabelece o Código Civil em vigor, a pretensão de 
ressarcimento de enriquecimento sem causa prescreve no prazo 
de: 
(A) três anos 
(B) cinco anos 
(C) dois anos 
(D) quatro anos 
(E) um ano 
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