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CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO AULA 2 A prescrição representa uma sanção pela inércia do titular de um direito violado que consiste na perda da pretensão (possibilidade de fazer valer em juízo o direito violado) ou da exceção (direito de defesa) em razão do decurso de tempo. Tem como fundamento a paz social e a segurança jurídica que ficariam comprometidos caso uma ação tivesse prazo indeterminado para ser ajuizada. A prescrição distingue-se da decadência, porque esta (decadência) é a perda do direito material, em razão do tempo, eliminando-se, por conseqüência, o direito de ação e demais pretensões, ao passo que aquela (prescrição) é a perda da ação e de toda a capacidade defensiva, mantendo-se intacto o direito material, tanto é que, no Direito Civil, o pagamento de dívida prescrita é válido, pois apesar de haver a prescrição, o direito continua existindo, não podendo ser objeto de restituição, conforme o art. 882 do CC. Art. 882 do CC - Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. Resumo esquemático: PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA DIREITO Mantém-se intacto. é perdido. MATERIAL é perdido. AÇÃO E DEMAIS PRETENSÕES São perdidos. São perdidos. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 1 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO A decadência pode ser legal (quando o prazo estiver previsto na lei) ou convencional (quando sua previsão decorrer de cláusula pactuada pelas partes em um contrato). Entretanto, a prescrição é sempre legal, pois o prazo prescricional não pode ser pactuado pelas partes (art. 192 do CC). Para o estudo destes dois importantes institutos jurídicos, faz-se necessário distinguirmos duas espécies de direitos: os direitos subjetivos e os direitos potestativos. 1) Direitos subjetivos: compreendem os direitos reais (sobre a coisa) e pessoais. O titular de um desses direitos tem a prerrogativa de receber do devedor uma prestação consistente em dar, fazer ou não fazer. Assim, para se obter esses direitos, é preciso uma prestação do sujeito passivo (devedor). Por conta dessa colaboração necessária do devedor, há possibilidade que tais direitos sejam violados. Quando isso ocorre, surge para o titular uma "pretensão" que representa a possibilidade de o titular exigir a prestação do devedor. Deve-se notar que o direito ao crédito já existia desde o dia em que se convencionou o pagamento ao credor. Entretanto, a pretensão só nasce no dia do vencimento. Ex: se eu compro uma geladeira em uma loja, faço o pagamento por ocasião da compra para que um mês depois o bem seja entregue em minha casa e, após os 30 dias, a geladeira não é entregue, então o meu direito de receber a geladeira foi violado. A partir da violação do meu direito, começa a ser contado um prazo para que eu possa ingressar com uma ação cobrando a geladeira da loja. Após decorrer o prazo previsto em lei (prazo prescricional) para tal, ocorre a prescrição. Caso eu ingresse com uma ação após o prazo prescricional estar vencido, a outra parte, a loja, pode alegar a prescrição em sua defesa e, o próprio juiz, pode alegar a prescrição de ofício. 2) Direitos potestativos: compreendem as hipóteses em que a vontade da pessoa tem o condão de criar ou modificar direitos de outra, independente do querer desta. Ou seja, a manifestação de vontade cria para a outra pessoa um estado de sujeição, criando ou alterando os seus direitos, independente de qualquer prestação ou declaração de vontade da pessoa atingida. Ex: se eu compro um relógio e o vendedor age com dolo por ocasião da venda, então surge para mim o direito ingressar com uma ação para anular essa venda. Neste caso, o vendedor fica sujeito (estado de Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 2 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO sujeição) a minha vontade de anular ou não o negócio. O direito de anular a compra e venda corresponde a um direito potestativo. O Código Civil começa a tratar do assunto no art. 189 do CC. Art. 189 do CC - Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. Após a leitura do dispositivo legal, percebe-se que a prescrição atinge a pretensão, ou seja, a prescrição atinge a possibilidade de fazer valer um direito que foi violado acarretando a perda do direito de ação e de toda a sua capacidade defensiva em razão do decurso de tempo. O direito violado continua existindo, porém deixa de ter proteção jurídica. Conclui-se que os direitos potestativos não geram prescrição, pois não podem ser violados, sujeitando-se apenas à decadência, cujo termo inicial é o prazo fixado pela lei (decadência legal) ou vontade unilateral ou bilateral (decadência convencional). Nos termos do art. 190 do CC, os prazos para fazer uso da pretensão (possibilidade de fazer valer o direito que foi violado) também são aplicáveis à exceção (possibilidade de defesa). Art. 190 do CC - A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 3 IMPORTANTE: Pela prescrição se perde o direito de resolver a pendência judicialmente. Todavia, o direito material em si permanece existindo, só que sem proteção jurídica para solucioná-lo. Para exemplificar, temos aquele que paga uma dívida prescrita. Pelo fato da dívida ainda existir, aquele que pagou não pode pedir a restituição do valor. CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO A renúncia à prescrição, tratada no art. 191 do CC, é o ato pelo qual o devedor abre mão do direito de argüi-la. Percebe-se então que a prescrição não acarreta a perda do direito, mas sim a pretensão de fazer valer o direito violado. É o que ocorre quando alguém paga uma dívida já prescrita, pois a dívida ainda existe, porém o credor não tem proteção jurídica para fazer valer o seu direito. Art. 191 do CC - A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. Como só se pode renunciar àquilo que se possui, a renúncia a prescrição só pode ocorrer após ela estar consumada, desde que não haja prejuízo de terceiros. São duas as formas de renúncia: expressa ou tácita. a) Renúncia expressa: quando o interessado declara por escrito que não pretende argüir a prescrição. b) Renúncia tácita: quando o interessado pratica algum ato incompatível com o desejo de alegar a prescrição. È o que ocorre com um pedido de parcelamento de débito. Sobre a possibilidade de se alterar os prazos prescricionais, devemos recorrer ao art. 192 do CC. Art. 192 do CC - Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. Percebemos que as partes não podem ampliar, suprimir ou reduzir os prazos prescricionais. Ou seja, apenas a lei é capaz de modificá-los. Conclui-se então que não existe prescrição "convencional". Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 4 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Entretanto o mesmo não acontece com a decadência, que pode ser legal (estabelecida por lei) ou convencional (estabelecida por acordo entre as partes). Os artigos 193 e 211 do CC tratam, respectivamente, da fase em que a prescrição e a decadência podem ser alegadas: Art. 193 do CC - A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição,pela parte a quem aproveita. Art. 211 do CC - Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. Tanto a prescrição como a decadência podem ser argüidas em qualquer fase do processo, isto é, em contestação, durante os debates na audiência, em razões ou contra-razões de apelação, na sustentação oral de apelação e em embargos infringentes. Entretanto, não é admissível a alegação em sede de recurso especial ou extraordinário, ou em ação rescisória, se não foi suscitada na instância ordinária por total falta de prequestionamento. Após a revogação do artigo 194 do CC e alteração do artigo 219, § 5o do Código de Processo Civil pela lei 11.280/2006, o juiz deve suprir de ofício a alegação da prescrição em qualquer situação e não apenas quando favorecer absolutamente incapaz, conforme era previsto antes da mudança. Dessa forma, o legislador pretendeu dar um mínimo de celeridade processual fazendo com que o juiz não precise esperar que uma das partes alegue a prescrição podendo intimar o réu (devedor) para que se manifeste quanto à renúncia à prescrição. Art. 219 § 5o do CPC - O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. Quanto à decadência, se for do tipo legal, deve ser reconhecida de ofício pelo juiz, conforme o artigo 210 do CC, entretanto, no caso da decadência convencional, segundo o artigo 211 do CC, não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 5 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Art. 210 do CC - Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. Art. 211 do CC - Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. Segue quadro resumo: PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA LEGAL DECADÊNCIA CONVENCIONAL RECONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUIZ Deve ocorrer. (art. 219 § 5odo CPC) Deve ocorrer. (art. 210 do CC) Não pode ocorrer. (art. 211 do CC) Ou seja, apenas a prescrição e a decadência legal devem ser reconhecidas de ofício pelo juiz. Vejamos também o art. 195 do CC: Art. 195 do CC - Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. Nas palavras da Profa. Maria Helena Diniz: "as pessoas, que a lei priva de administrar os próprios bens, tem ação regressiva contra os seus representantes legais quando estes derem causa à prescrição ou não a alegarem em tempo hábil. Assegura-se, assim, a incolumidade patrimonial dos incapazes, que têm, ainda, mesmo que não houvesse essa disposição, o direito ao ressarcimento dos danos que sofrerem, em razão do disposto nos arts. 186 e 927 do Código Civil, de que o artigo ora comentado é a aplicação." Sobre o art. 196 do CC: Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 6 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Art. 196 do CC - A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. Percebemos que a morte não interrompe nem suspende a prescrição, que continua a fluir normalmente contra os herdeiros e legatários (sucessores), a não ser quando presente uma das causas suspensivas previstas nos arts. 197 e 198 do CC. Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da prescrição Quando um direito subjetivo é violado, surge a pretensão e, a partir daí, começa a correr o prazo prescricional. No entanto a lei prevê situações em que o prazo sequer inicia sua contagem, ainda que já surgida a pretensão (causas impeditivas) ou que suspendem o curso da prescrição já iniciada (causas suspensivas) ou mesmo fazem com que o prazo reinicie (causas interruptivas). Vejamos o art. 198, I do CC. Art. 198 do CC Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; Analisando o dispositivo legal acima de forma combinada com o art. 196 do CC citado anteriormente, temos que, se o titular do direito violado falecer e transmitir tal direito a um absolutamente incapaz (art. 3o do CC), contra esse incapaz não correrá o curso do prazo prescricional enquanto mantiver a situação de incapacidade absoluta. Ou seja, enquanto o absolutamente incapaz (titular do direito violado) não completar 16 (dezesseis) anos, o prazo prescricional não começará a correr. Sobre o incapaz é interessante vermos o quadro a seguir: PRESCRIÇÃO Relativamente incapazes Corre o prazo contra ou a favor PRESCRIÇÃO Absolutamente incapazes Se contra: a prescrição não corre PRESCRIÇÃO Absolutamente incapazes Se a favor: a prescrição corre. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 7 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Se você ainda não entendeu o que é correr contra ou a favor, segue um exemplo: se A deve para B, então o prazo prescricional corre contra B (credor) e a favor de A (devedor). A diferença da causa suspensiva para a causa impeditiva é que na primeira, o prazo prescricional já começou a contar e, por alguma razão, a contagem fica "parada no tempo", enquanto que, na segunda, o prazo prescricional nem começa a contar. Exemplos: As situações que fazem com que o prazo prescricional não corra (fique parado no tempo) estão elencadas nos arts. 197 a 199 do CC, de onde percebemos tratarem de questões individuais, familiares, de parentesco, de amizade e motivos de ordem moral. Art. 197 do CC - Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 198 do CC - Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (ABSOLUTAMENTE INCAPAZES) II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art. 199 do CC - Não corre igualmente a prescrição: Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 8 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO I - pendendo condição suspensiva; II - não estando vencido o prazo; III - pendendo ação de evicção. Sobre o art. 200 do CC temos: Art. 200 do CC - Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. O artigo acima prevê que, na pendência de apuração criminal, não corre a prescrição antes do trânsito em julgado da sentença a ser prolatado neste âmbito. Art. 201 do CC - Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. Pelo art. 201 do CC, se a obrigação for indivisível e solidários forem os credores, caso a prescrição seja suspensa em favor de um dos credores, tal suspensão aproveitará aos demais. Como exemplo, temos "A" que deve um valioso cavalo de raça (obrigação indivisível) para "B" e "C" (credores solidários). Entretanto, caso "B" se ausente do país a serviço público da União, então contra ele não estará correndo o prazo prescricional (art. 198, II do CC) e, conseqüentemente, não estará correndo o prazo prescricional contra "C". Entretanto, se a obrigação for divisível e vários forem os credores, ocorrendo em relação a um deles uma causa suspensiva de prescrição, esta aproveitará apenas a ele,não alcançando os outros, para os quais correrá a prescrição sem qualquer solução de continuidade. Nos moldes do exemplo anterior, se "A" estiver devendo R$ 10.000,00 (obrigação divisível) para "B" e "C" (credores solidários). Entretanto, caso "B" se ausente do país a serviço público da União, então contra ele não estará correndo o prazo prescricional (art. 198, II do CC) mas o prazo prescricional continuará correndo contra "C". Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 9 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO A interrupção do prazo prescricional funciona de forma diferente da suspensão e do impedimento, pois, quando a causa interruptiva cessa, o prazo prescricional volta a correr desde o início. Veja o exemplo a seguir: Vejamos o art. 2G2 do CC. Art. 202 do CC - A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 10 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. Como saber se uma causa é ou não interruptiva? É preciso decorar todas as causas listadas nos arts. 197, 198, 199 e 202 do CC? Para responder essas perguntas, vou mostrar um pequeno "macete" que pode lhe ajudar muito na hora da prova. Trata-se do seguinte: - nos arts. 197 e 198 do CC, temos situações relacionadas a uma pessoa (ex: pais e filhos, ausentes do país por serviço público, etc.); - no art. 199 do CC não tem jeito, tem que decorar; e - no art. 202 do CC temos, em regra, atos praticados pelo credor (ex: protesto cambial, constituir em mora o devedor, etc.) Dessa forma, é possível fazer uma lista resumida das causas que alteram o curso do prazo prescricional. Vamos a ela: CAUSAS SUSPENSIVAS / CAUSAS INTERRUPTIVAS IMPEDITIVAS 1) situações pessoais; 2) pendendo condição 1) atos praticados pelo suspensiva; credor. 3) não estando vencido o prazo; e 4) pendendo ação de evicção. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 11 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Dando seqüência, temos o art. 204 do CC. Art. 204 do CC - A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. § 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. § 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. § 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. Como regra, a interrupção da prescrição é incomunicável e, por isso, não beneficia os outros credores, nem prejudica os demais devedores. As exceções estão listadas nos parágrafos do art. 204 do CC e representam situações de solidariedade entre os credores ou devedores e, também, situações em que o objeto da prestação é indivisível. A seguir, temos os prazos prescricionais. Através do art. 205 do CC, percebe-se que, em regra, o prazo prescricional é de 10 anos, admitindo-se, porém, em situações específicas, os prazos de 1, 2, 3, 4 ou 5 anos (art. 206 do CC). Art. 205 do CC - A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Art. 206 do CC - Prescreve: § 1o Em um ano: I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo: Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 12 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador; b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo; V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade. § 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem. § 3o Em três anos: I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; V - a pretensão de reparação civil; VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento; Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 13 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação; VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório. § 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas. § 5o Em cinco anos: I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. Não é comum a banca CESPE/UnB cobrar do candidato a "decoreba" dos prazos prescricionais, tanto que eu não achei nenhuma questão neste estilo. Entretanto o mesmo não se pode dizer da banca FCC e CEPERJ,pois ao final da aula você poderá observas algumas questões exigindo este conhecimento. O prazo decadencial, como regra, não pode ser impedido, suspenso ou interrompido (art. 207 do CC), entretanto, no Código Civil poderá ocorrer uma situação de impedimento ou suspensão do prazo decadencial fazendo com que ele não corra contra os absolutamente incapazes. Trata- se de uma exceção à regra (art. 208 do CC). Art. 207 do CC - Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Art. 208 do CC - Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 14 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO IMPORTANTE !!! A única situação no Código Civil onde o curso do prazo decadencial pode ser alterado é no caso de absolutamente incapaz, pois nesta situação o prazo não irá correr. Apesar da prescrição ser a regra, existem determinadas ações que são imprescritíveis, tais como: 1) os direitos da personalidade, como a vida, a honra, o nome, a liberdade, a intimidade, a própria imagem, as obras literárias, artísticas ou científicas, etc., pois não se extinguem pelo seu uso, nem seria possível impor prazos para a sua aquisição ou defesa; 2) o estado da pessoa, como filiação, condição conjugal, cidadania, salvo os direitos patrimoniais dele decorrentes, como o reconhecimento da filiação para receber herança; 3) os bens públicos, por isso, não podem objeto de ação que verse sobre usucapião; 4) o direito de família no que concerne à questão inerente ao direito à pensão alimentícia, à vida conjugal, ao regime de bens; e 5) as nulidade absolutas, por envolverem questões de ordem pública. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 15 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 1. (CESGRANRIO - Advogado - PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A - 2008) É correto afirmar, a respeito da prescrição, que esta atinge a pretensão que nasce da violação do direito (A) subjetivo, não é causa de extinção de direito e só pode ser conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. (B) subjetivo, não é causa de extinção de direito e pode ser conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. (C) subjetivo, é causa de extinção de direito e só pode ser conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. (D) potestativo, não é causa de extinção de direito e pode ser conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. (E) potestativo, não é causa de extinção de direito e só pode ser conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. Esta questão é bastante interessante. Para resolvê-la você deve ter em mente que o prazo prescricional começa a correr quando um direito subjetivo é violado; por outro lado, o prazo decadencial começa a correr com o surgimento de um direito potestativo. Estudamos também que na prescrição o direito subjetivo continua existindo, apesar de perder a proteção jurídica. Por outro lado, na decadência o direito potestativo é extinto. Por fim estudamos que a prescrição deve ser alegada de ofício pelo juiz (sem a provocação do interessado) e a decadência legal também. Por outro lado, na decadência convencional não existe esta prerrogativa do magistrado. Gabarito: B Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 16 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 2. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2008) O prazo para anular venda de ascendente para descendente, sem observância dos requisitos legais, é: (A) prescricional de 1 ano. (B) decadencial de 1 ano. (C) prescricional de 2 anos. (D) decadencial de 2 anos. (E) prescricional de 6 meses. A questão é facilmente resolvida pelo art. 496 do CC, combinado com o art. 179 do CC, estudado na aula anterior. Art. 496 do CC - É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. Art. 179 do CC - Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. Em decorrência do art. 496 não estabelecer prazo para a anulação da venda, devemos recorrer ao art. 179 do CC e verificar que esse prazo é de 2 anos. Entretanto, como saber se o prazo é prescricional ou decadencial? A resposta é simples, pois os prazos prescricionais do CC estão listados em apenas 2 artigos (arts. 205 e 206 do CC). Qualquer prazo diferente do CC é de natureza decadencial. Através do art. 205 do CC, percebe-se que, em regra, o prazo prescricional é de 10 anos, admitindo-se, porém, em situações específicas, os prazos de 1, 2, 3, 4 ou 5 anos (art. 206 do CC). Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 17 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Para concluir, percebemos que não se trata de um prazo prescricional. Gabarito: D 3. (FGV - ADVOGADO - BESC - 2004) A respeito da prescrição, assinale a alternativa correta. (A) O juiz pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais mesmo sem a invocação das partes. (B) A prescrição do principal não implica a prescrição dos acessórios. (C) Corre o prazo da prescrição entre ascendentes e descendentes, durante o pátrio poder. (D) A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos outros. (E) A prescrição pode ser alegada em qualquer instância, pela parte a que aproveita. Análise das alternativas: (A) CERTA (em 2004 foi considerada errada). Após a revogação do artigo 194 do CC e alteração do artigo 219, § 5o do Código de Processo Civil pela lei 11.280/2006, o juiz deve suprir de ofício a alegação da prescrição em qualquer situação e não apenas quando favorecer absolutamente incapaz, conforme era previsto antes da mudança. Dessa forma, o legislador pretendeu dar um mínimo de celeridade processual fazendo com que o juiz não precise esperar que uma das partes alegue a prescrição podendo intimar o réu (devedor) para que se manifeste quanto à renúncia à prescrição. (B) ERRADA. A prescrição em prejuízo do devedor principal também atinge o devedor secundário (ex: fiador). Isso ocorre em decorrência da seguinte regra: todos os acontecimentos que influenciam a obrigação principal, também repercutem na obrigação acessória (contrato de fiança). (C) ERRADA. Determinadas situações podem influenciar o curso do prazo prescricional. Essas situações fazem com que o prazo sequer inicie sua Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 18 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO contagem, ainda que já surgida a pretensão (causas impeditivas) ou que se suspenda o curso da prescrição já iniciada (causas suspensivas) ou mesmo fazem com que o prazo reinicie (causas interruptivas). Dessa forma, entre ascendentes e descendentes, durante o pátrio poder, nos termos do art. 197, II do CC, temos uma situação em que o prazo prescricional não corre, ficando impedido de começar. (D) ERRADA. A base legal da questão é a 1a parte do art. 204 do CC. Art. 204 do CC - A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. § 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aosoutros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. § 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. § 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. Como regra, a interrupção da prescrição é incomunicável e, por isso, não beneficia os outros credores, nem prejudica os demais devedores. As exceções estão listadas nos parágrafos do art. 204 do CC e representam situações de solidariedade entre os credores ou devedores e, também, situações em que o objeto da prestação é indivisível. (E) CERTA. Os artigos 193 e 211 do CC são a base legal da questão: Art. 193 do CC - A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. Art. 211 do CC - Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. Tanto a prescrição como a decadência podem ser argüidas em qualquer fase do processo, isto é, em contestação, durante os debates na Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 19 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO audiência, em razões ou contra-razões de apelação, na sustentação oral de apelação e em embargos infringentes. Gabarito: E 4. (CESGRANRIO - ADVOGADO JUNIOR - PETROBRAS - 2008) Sobre a prescrição e a decadência, qual afirmativa está ERRADA? (A) É nula a renúncia à decadência fixada em lei, sendo possível a renúncia à prescrição. (B) Não correm a prescrição e nem a decadência contra os ausentes do país a serviço de seu empregador estrangeiro. (C) A Petrobras tem ação contra seus representantes legais que derem causa à prescrição ou à decadência, ou não as alegaram oportunamente. (D) A prescrição deve ser pronunciada de ofício pelo juiz, mas este só poderá fazer o mesmo com relação à decadência quando esta for estabelecida por lei. (E) A prescrição e a decadência podem ser alegadas em qualquer grau de jurisdição. Análise das alternativas: (A) CERTA. A renúncia à prescrição, tratada no art. 191 do CC, é o ato pelo qual o devedor abre mão do direito de argüi-la. Percebe-se então que a prescrição não acarreta a perda do direito, mas sim a pretensão de fazer valer o direito violado. É o que ocorre quando alguém paga uma dívida já prescrita, pois a dívida ainda existe, porém o credor não tem proteção jurídica para fazer valer o seu direito. Como só se pode renunciar àquilo que se possui, a renúncia à prescrição só pode ocorrer após ela estar consumada, desde que não haja prejuízo de terceiros. São duas as formas de renúncia: expressa ou tácita. c) Renúncia expressa: quando o interessado declara por escrito que não pretende argüir a prescrição. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 20 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO d) Renúncia tácita: quando o interessado pratica algum ato incompatível com o desejo de alegar a prescrição. È o que ocorre com um pedido de parcelamento de débito. Sobre a renúncia à decadência, basta observarmos o art. 209 do CC: Art. 209 do CC - É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Conclui-se que a decadência resultante de prazo estabelecido em lei não pode ser renunciada pelas partes, nem antes nem depois de consumada, sob pena de nulidade do ato. (B) ERRADA. A base legal reflete os arts. 198, I e II, 207 e 208 do CC Conclui-se que a situação narrada pela alternativa (ausência do país a serviço público) faz com que não corra, apenas, o prazo prescricional. Ou seja, o prazo decadencial correrá. O prazo decadencial, como regra, não pode ser impedido, suspenso ou interrompido (art. 207 do CC), entretanto, poderá ocorrer apenas uma situação de impedimento ou suspensão do prazo decadencial fazendo com que ele não corra contra os absolutamente incapazes. Trata-se de uma exceção à regra (art. 208 do CC). (C) CERTA. A solução ocorre através do art. 195 do CC: Nas palavras da Profa. Maria Helena Diniz: "as pessoas, que a lei priva de administrar os próprios bens, tem ação regressiva contra os seus representantes legais quando estes derem causa à prescrição ou não a alegarem em tempo hábil. Assegura-se, assim, a incolumidade patrimonial dos incapazes, que têm, ainda, mesmo que não houvesse essa disposição, o direito ao ressarcimento dos danos que sofrerem, em razão do disposto nos arts. 186 e 927 do Código Civil, de que o artigo ora comentado é a aplicação." (D) CERTA. Conforme comentários da alternativa (A) da questão anterior. (E) CERTA. Conforme comentários da alternativa (E) da questão anterior. Gabarito: B Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 21 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 5. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2005) À luz do Código Civil, sobre a prescrição e a decadência, é correto afirmar que: (A) suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. (B) prescreve em 3 (três) anos a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele. (C) prescreve em 2 (dois) anos a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa. (D) a ação de evicção não impede o curso da prescrição. (E) não é nula a renúncia à decadência fixada em lei. Análise das alternativas: (A) CERTA. A solução está no art. 201 do CC. Pelo art. 201 do CC, se a obrigação for indivisível e solidários forem os credores, caso a prescrição seja suspensa em favor de um dos credores, tal suspensão aproveitará aos demais. (B) ERRADA. Em desacordo com o art. 206, § 1o, II do CC, cujo prazo é de 1 ano. (C) ERRADA. Em desacordo com o art. 206, § 3o, IV do CC, cujo prazo é de 3 anos. (D) ERRADA. A pendência de ação de evicção (art. 199, III do CC) é uma causa impeditiva e, por isso, obsta a prescrição. Evicção é a perda da coisa por sentença que a atribui a outrem. Se, por exemplo, um terceiro move ação reivindicatória do imóvel adquirido por B, enquanto pendente essa ação, não corre a prescrição da ação de indenização que o adquirente poderá mover em face do alienante, em razão da evicção. (E) ERRADA. Conforme comentários da alternativa (A) da questão anterior. Gabarito: A 6. (FGV - ISS-Angra dos Reis-RJ - 2010) Assinale a alternativa correta. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 22 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO (A) A prescrição diz respeito aos direitos potestativos que, por essência, não possuem pretensão, já que não podem ser objeto de violação. A decadência, por sua vez, refere-se aos direitos subjetivos patrimoniais, aqueles que trazem consigo a possibilidade de que o seu titular exija determinado comportamento de alguém. (B) A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor, exceto se este for absolutamente incapaz, ou estiver ausente do País a serviço dos entes federativos, ou se achar a serviço das Forças Armadas em tempo de guerra. (C) A decadência pode ser legal ou convencional, sendo que ambas podem ser conhecidas de ofício pelo juiz. O mesmo ocorre com a prescrição, que também pode ser conhecida ex officio pelo magistrado. (D) A prescrição pode ser alegada de ofício pelo juiz, ou também pela parte a quem aproveita, em qualquer grau de jurisdição, independentemente de seu prequestionamento. (E) Em face do princípio da supremacia do interesse público, caso a prescrição ou a decadênciaconvencional beneficiem a Fazenda Pública, o juiz pode conhecê-las de ofício. Análise das alternativas: (A) ERRADA. A assertiva inverteu os conceitos de prescrição e decadência. Estudamos que a prescrição se refere a direitos subjetivos, ao passo que a decadência trata dos direitos potestativos. (B) CERTA. A assertiva trata da continuidade do curso prazo prescricional prevista no art. 196 do CC que poderá ser suspensa se houver uma das causas suspensivas prevista no art. 198 do CC. (C) ERRADA. Já estudamos em diversas questões anteriores que apenas a decadência legal e a prescrição podem ser alegadas de ofício pelo juiz. A decadência convencional deve ser questionada pela parte. (D) ERRADA. Existe sim a possibilidade de alegação da prescrição em qualquer grau de jurisdição (art. 193 do CC), entretanto, tal afirmação não é absoluta tendo em vista não ser aplicável esta possibilidade em sede de recursos extraordinário e especial. Isso porque, seu conhecimento Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 23 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO pelos Tribunais superiores exigirá a ocorrência do prévio prequestionamento. Ou seja, quando se tratar de recurso extraordinário ou especial para os ttribunais superiores a alegação da prescrição depende de prequestionamento. (E) ERRADA. A decadência convencional não pode ser alegada de ofício pelo juiz. Gabarito: B 7. (FGV - OAB - Exame da Ordem - 2010.2) A respeito das diferenças e semelhanças entre prescrição e decadência, no Código Civil, é correto afirmar que: (A) a prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto a decadência gera a extinção do direito subjetivo. (B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, enquanto os prazos decadenciais legais não se suspendem ou interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito absolutamente incapaz, contra o qual não corre nem prazo prescricional nem prazo decadencial. (C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, mesmo após consumadas. (D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a decadência pode ser declarada de ofício pelo juiz. Análise das alternativas: (A) ERRADA. Semelhante à alternativa A da questão anterior. As palavras prescrição e decadência estão invertidas e a prescrição não acarreta a extinção do direito. Ou seja, temos dois erros. O correto seria o seguinte: a decadência acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto a prescrição gera a perda da proteção jurídica do direito subjetivo. (B) CERTA. De acordo com os arts. 208 e 198, I do CC. (C) ERRADA. A assertiva está incorreta, pois, segundo o art. 191 do CC, pode ocorrer a renúncia à prescrição após a sua consumação. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 24 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO (D) ERRADA. Mais uma vez as palavras prescrição e decadência estão invertidas. O correto seria o seguinte: "a decadência é exceção que deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a prescrição pode ser declarada de ofício pelo juiz." Gabarito: B 8. (FUNIVERSA - SEPLAG-DF - Correição - 2009) A prescrição tem como conseqüência a extinção do poder de exigir uma prestação, que ocorre em face da inércia do credor, fazendo fluir o prazo legal sem tomar nenhuma medida assecuratória de seu direito. Acerca desse tema, com base no Novo Código Civil Brasileiro e atualizações posteriores atinentes à matéria, assinale a alternativa correta. (A) A prescrição poderá ser alegada somente até a prolação da sentença. (B) O juiz, salvo aos absolutamente incapazes, não poderá suprir a prescrição de ofício. (C) A partir da vigência do Novo Código Civil, a interrupção da prescrição somente poderá ocorrer uma vez. (D) Não corre a prescrição pendendo condição resolutiva. (E) Não havendo prazo legal para a contagem da prescrição, será este de vinte anos. Análise das alternativas: (A) ERRADA. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição nos termos do art. 193 do CC. (B) ERRADA. Após a revogação do art. 194 do CC em 2006, o juiz não só pode como deve suprir a alegação da prescrição de ofício. (C) CERTA. Nos termos do art. 202 do CC. (D) ERRADA. Segundo o art. 199, I do CC, não corre a prescrição pendendo condição suspensiva. (E) ERRADA. De acordo com o art. 205 do CC, não havendo prazo legal para a contagem da prescrição, será este de dez anos. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 25 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO Gabarito: C 9. (CEPERJ - CEDAE - Advogado - 2009) O atual Código Civil estabeleceu a prescrição ordinária em: (A) 5 (cinco) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. (B) 10 (dez) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. (C) 20 (vinte) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. (D) 5 (cinco) anos para ações pessoais e 10 (dez) anos para ações reais. (E) 10 (dez) anos para ações pessoais e 20 (vinte) anos para ações reais. A questão trata do prazo prescricional comum, utilizado como regra, previsto no art. 205 do CC (10 anos). Gabarito: B 10. (CEPERJ - IPEM - Advogado - 2010) No que se refere à prescrição, o Código Civil dispõe que: (A) A renúncia da prescrição poderá ser apenas expressa. (B) Os prazos prescricionais podem ser alterados por acordo das partes. (C) O juiz pode suprir, de ofício, a alegação da prescrição. (D) A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição. (E) A prescrição ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Análise das alternativas: (A) ERRADA. O art. 191 do CC admite a renúncia expressa e a renúncia tácita. (B) ERRADA. Segundo o art. 192 do CC, os prazos prescricionais não podem ser alterados por acordo das partes. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 26 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO (C) ERRADA. Conforme o art. 219 § 5- do CPC pronunciar de ofício a prescrição, quando ela existir, é uma obrigação do juiz; dessa forma, o erro está na palavra pode. (D) CERTA. De acordo com o art. 193 do CC. (E) ERRADA. Como regra, a prescrição ocorre em 10 anos, salvo disposição legal em contrário. Gabarito: D 11. (FGV - FISCAL DE RENDAS-RJ - 2011) A respeito da prescrição e decadência, é correto afirmar que (A) os prazos prescricionais podem ser alterados de comum acordo entre as partes. (B) a prescrição que tenha sido iniciada contra alguém continuará a correr contra o seu sucessor. (C) a decadência estabelecida em lei não poderá ser conhecida ex officio pelo juiz, somente por provocação das partes. (D) a prescrição poderá ser suspensa uma única vez e se dará, entre outras hipóteses, por despacho do juiz. (E) prescreve em dez anos a pretensão para a cobrança de dívidas líquidas constantes em instrumento público ou particular. Análise das alternativas: (A) ERRADA. Segundo o art. 192 do CC, os prazos prescricionais não podem ser alterados por acordo das partes. (B) CERTA. Conforme o art. 196 do CC. (C) ERRADA. A decadência legal, se existir, deve ser conhecida de ofício pelo juiz, nos termos do art. 210 do CC. (D) ERRADA. A unicidade é característica da interrupção e não da suspensão, nos termos do art. 202 do CC. (E) ERRADA. Conforme o art. 206, § 5°, I do CC, tal prazo é de 5 anos. Gabarito: B. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 27 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR /DIREITO E LEGISLAÇÃO 12. (CEPERJ - SEE-RJ - Professor de Direito e Legislação - 2007) Conforme estabelece o Código Civil em vigor, a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa prescreve no prazo de: (A) três anos (B) cinco anos (C) dois anos (D) quatro anos (E) um ano Conforme o art. 206, § 3°, IV do CC, tal prazo é de 3 anos. Gabarito: A Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 28 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 1. (CESGRANRIO - Advogado - PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A - 2008) É correto afirmar, a respeito da prescrição, que esta atinge a pretensão que nasce da violação do direito (A) subjetivo, não é causa de extinção de direito e só pode ser conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. (B) subjetivo, não é causa de extinção de direito e pode ser conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. (C) subjetivo, é causa de extinção de direito e só pode ser conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. (D) potestativo, não é causa de extinção de direito e pode ser conhecida pelo juiz mesmo sem provocação do interessado. (E) potestativo, não é causa de extinção de direito e só pode ser conhecida pelo juiz se houver provocação do interessado. 2. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2008) O prazo para anular venda de ascendente para descendente, sem observância dos requisitos legais, é: (A) prescricional de 1 ano. (B) decadencial de 1 ano. (C) prescricional de 2 anos. (D) decadencial de 2 anos. (E) prescricional de 6 meses. 3. (FGV - ADVOGADO - BESC - 2004) A respeito da prescrição, assinale a alternativa correta. (A) O juiz pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais mesmo sem a invocação das partes. (B) A prescrição do principal não implica a prescrição dos acessórios. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 29 LISTA DAS QUESTÕES CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO (C) Corre o prazo da prescrição entre ascendentes e descendentes, durante o pátrio poder. (D) A interrupção da prescrição por um credor aproveita aos outros. (E) A prescrição pode ser alegada em qualquer instância, pela parte a que aproveita. 4. (CESGRANRIO - ADVOGADO JUNIOR - PETROBRAS - 2008) Sobre a prescrição e a decadência, qual afirmativa está ERRADA? (A) É nula a renúncia à decadência fixada em lei, sendo possível a renúncia à prescrição. (B) Não correm a prescrição e nem a decadência contra os ausentes do país a serviço de seu empregador estrangeiro. (C) A Petrobras tem ação contra seus representantes legais que derem causa à prescrição ou à decadência, ou não as alegaram oportunamente. (D) A prescrição deve ser pronunciada de ofício pelo juiz, mas este só poderá fazer o mesmo com relação à decadência quando esta for estabelecida por lei. (E) A prescrição e a decadência podem ser alegadas em qualquer grau de jurisdição. 5. (FGV - TJ-MS - Juiz Substituto - 2005) À luz do Código Civil, sobre a prescrição e a decadência, é correto afirmar que: (A) suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. (B) prescreve em 3 (três) anos a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele. (C) prescreve em 2 (dois) anos a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa. (D) a ação de evicção não impede o curso da prescrição. (E) não é nula a renúncia à decadência fixada em lei. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 30 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 6. (FGV - ISS-Angra dos Reis-RJ - 2010) Assinale a alternativa correta. (A) A prescrição diz respeito aos direitos potestativos que, por essência, não possuem pretensão, já que não podem ser objeto de violação. A decadência, por sua vez, refere-se aos direitos subjetivos patrimoniais, aqueles que trazem consigo a possibilidade de que o seu titular exija determinado comportamento de alguém. (B) A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor, exceto se este for absolutamente incapaz, ou estiver ausente do País a serviço dos entes federativos, ou se achar a serviço das Forças Armadas em tempo de guerra. (C) A decadência pode ser legal ou convencional, sendo que ambas podem ser conhecidas de ofício pelo juiz. O mesmo ocorre com a prescrição, que também pode ser conhecida ex officio pelo magistrado. (D) A prescrição pode ser alegada de ofício pelo juiz, ou também pela parte a quem aproveita, em qualquer grau de jurisdição, independentemente de seu prequestionamento. (E) Em face do princípio da supremacia do interesse público, caso a prescrição ou a decadência convencional beneficiem a Fazenda Pública, o juiz pode conhecê-las de ofício. 7. (FGV - OAB - Exame da Ordem - 2010.2) A respeito das diferenças e semelhanças entre prescrição e decadência, no Código Civil, é correto afirmar que: (A) a prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto a decadência gera a extinção do direito subjetivo. (B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, enquanto os prazos decadenciais legais não se suspendem ou interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito absolutamente incapaz, contra o qual não corre nem prazo prescricional nem prazo decadencial. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 31 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO (C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, mesmo após consumadas. (D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a decadência pode ser declarada de ofício pelo juiz. 8. (FUNIVERSA - SEPLAG-DF - Correição - 2009) A prescrição tem como conseqüência a extinção do poder de exigir uma prestação, que ocorre em face da inércia do credor, fazendo fluir o prazo legal sem tomar nenhuma medida assecuratória de seu direito. Acerca desse tema, com base no Novo Código Civil Brasileiro e atualizações posteriores atinentes à matéria, assinale a alternativa correta. (A) A prescrição poderá ser alegada somente até a prolação da sentença. (B) O juiz, salvo aos absolutamente incapazes, não poderá suprir a prescrição de ofício. (C) A partir da vigência do Novo Código Civil, a interrupção da prescrição somente poderá ocorrer uma vez. (D) Não corre a prescrição pendendo condição resolutiva. (E) Não havendo prazo legal para a contagem da prescrição, será este de vinte anos. 9. (CEPERJ - CEDAE - Advogado - 2009) O atual Código Civil estabeleceu a prescrição ordinária em: (A) 5 (cinco) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. (B) 10 (dez) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. (C) 20 (vinte) anos, sem distinções para ações pessoais ou reais. (D) 5 (cinco) anos para ações pessoais e 10 (dez) anos para ações reais. (E) 10 (dez) anos para ações pessoais e 20 (vinte) anos para ações reais. Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 32 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO 10. (CEPERJ - IPEM - Advogado - 2010) No que se refere à prescrição, o Código Civil dispõe que: (A) A renúncia da prescrição poderá ser apenas expressa. (B) Os prazos prescricionais podem ser alterados por acordo das partes. (C) O juiz pode suprir, de ofício, a alegação da prescrição. (D) A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição. (E) A prescrição ocorre em cinco anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 11.(FGV - FISCAL DE RENDAS - RJ - 2011) A respeito da prescrição e decadência, é correto afirmar que (A) os prazos prescricionais podem ser alterados de comum acordo entre as partes. (B) a prescrição que tenha sido iniciada contra alguém continuará a correr contra o seu sucessor. (C) a decadência estabelecida em lei não poderá ser conhecida ex officio pelo juiz, somente por provocação das partes. (D) a prescrição poderá ser suspensa uma única vez e se dará, entre outras hipóteses, por despacho do juiz. (E) prescreve em dez anos a pretensão para a cobrança de dívidas líquidas constantes em instrumento público ou particular. 12. (CEPERJ - SEE-RJ - Professor de Direito e Legislação - 2007) Conforme estabelece o Código Civil em vigor, a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa prescreve no prazo de: (A) três anos (B) cinco anos (C) dois anos (D) quatro anos (E) um ano Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 33 CURSO ON-LINE - PROCON-DF - DIREITO CIVIL FISCAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR / DIREITO E LEGISLAÇÃO GABARITO 1-B 2-D 3-A 4-B 5-A 6-B 7-B 8-C 9-B 10-D 11-B 12-A Prof. Dicler Ferreira www.pontodosconcursos.com.br 34
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