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Responsabilidade Tributária -08 04

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RESPONSABILIDADE
Sumario:
1.Considerações iniciais
2. Modalidades de Responsabilidade
3. Responsabilidade por Substituição
3.1 Regressiva
3.2 Progressiva
4. Responsabilidade por Transferência
4.1 Responsabilidade por Sucessão
4.2 Responsabilidade de Terceiros
4.3 Responsabilidade por Infração
5. Denúncia Espontânea
Sujeito passivo da relação jurídico-tributária: Contribuinte/Responsável.
O Responsável integra a relação jurídica tributária como devedor de um tributo, sem possuir relação pessoal e direta com o fato gerador. (art. 128) 
Ex. Transportador de mercadoria
CONTRIBUINTE
RESPONSÁVEL
O Responsável responde como?
Ver art. 128, CTN
RESPONSABILIDADE
Art. 128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Responsabilidade pessoal ou supletiva
RESPONSABILIDADE
 Por substituição 
Responsabilidade 
 Por transferência (*)
Modalidades de Responsabilidade
Responsabilidade por substituição: o momento em que surge o vínculo jurídico do sujeito passivo é contemporâneo à ocorrência do fato gerador.
Responsabilidade por Transferência: num momento posterior, um evento definido em lei causa a modificação da pessoa que ocupa o pólo passivo da obrigação tributária.
Modalidades de Responsabilidade
Substituição Regressiva: Desde a ocorrência do fato gerador, a sujeição passiva recai sobre uma pessoa diferente daquela que possui relação pessoal e direta com a situação descrita em lei como fato gerador do tributo. Em nenhum momento, o dever de pagar o tributo recai sobre a figura do contribuinte, não havendo qualquer mudança subjetiva na obrigação.
Ex. Fonte Pagadora
Responsabilidade por substituição
Substituição Tributária Regressiva
As pessoas ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aqueles que ocupam posições POSTERIORES nessas mesmas cadeias.
Ex.: Produtor Rural (A) → Indústria de laticínio (B) → Supermercados (C) 
(B) substitui os fornecedores como devedor dos tributos incidentes sobre as alienações feitas ao próprio (B);
(B) sujeito passivo das operações entre (A) e (B), quanto no tocante às vendas que realizar para (C).
Responsabilidade por substituição
A para B (compras)	→ B é responsável
B para C (vendas) 	→ B é contribuinte
Vantagens:
A) otimizar a utilização de mão-de-obra fiscal;
B) concentração de esforços fiscalizatórios;
C) redução da evasão fiscal.
Responsabilidade por substituição
Substituição Tributária Progressiva
As pessoas ocupantes das posições posteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições anteriores nessas mesmas cadeias.
Refinaria → Distribuidora → Postos → Consumidores
Responsabilidade por substituição
A) Operação entre Refinaria e Distribuidora: Refinaria é CONTRIBUINTE;
B) OPERAÇÃO ENTRE Distribuidora e Postos – Refinaria é responsável;
C) Operação entre Postos e Consumidores: Refinaria é Responsável.
Todo TRIBUTO é pago de uma só vez pela Refinaria
Responsabilidade por substituição
Regime de Valor Agregado (art. 8º LC/87/1996)
- O tributo é calculado sobre o valor pelo qual se presume que a mercadoria será vendida ao consumidor final.
- Leva-se em consideração os dados concretos de cada caso.
- Nas situações “B” e “C” acima a Refinaria é responsável pois sua obrigação decorre de expressa determinação legal, apesar de não possuir relação pessoal e direta com a saída da mercadoria do estabelecimento comercial.
Responsabilidade por substituição
Todo o tributo da cadeia produtiva é pago, mesmo somente tendo se verificado o primeiro fato gerador.
Com o PAGAMENTO ANTECIPADO não ocorre o recolhimento do imposto antes da ocorrência do fato gerador.
Responsabilidade por substituição
 Por solidariedade
(*) Por transferência Por sucessão
 De terceiros
Responsabilidade por Transferência
RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
FG
 0 0 
 responsável
RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA
FG
 0 0 
 responsável
RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
ou DE 1º GRAU
Dica: O substituto (responsável) substitui o substituído (contribuinte)
Exemplos: IR e ICMS
No caso do ICMS: a) substituição regressiva (antecedente ou “para trás”) e b) substituição progressiva (subsequente ou “para frente”)
RESPONSABILIDADE
SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA 
(ANTECEDENTE OU “PARA TRÁS”)
Adiamento do recolhimento do tributo
Conveniência da Administração
Exemplos: leite, carne, cana, sucata, etc.
Produtor rural Indústria
RESPONSABILIDADE
SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA 
(SUBSEQUENTE OU “PARA FRENTE”)
Antecipação do recolhimento do tributo
FG presumido ou fictício
Art. 150, § 7º, CF
Exemplos: combustível, veículos, bebidas, refrigerantes, cigarros, etc.
Indústria Concessionárias
RESPONSABILIDADE
§ 7º, art. 150, CF. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 
RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA
ou DE 2º GRAU
A) POR SOLIDARIEDADE (arts. 124 e 125 do CTN)
No Direito Tributário somente existe solidariedade passiva
Mais de um devedor com obrigação de pagar toda a dívida
Responsabilidade por Transferência
Solidariedade: 
a) de fato ou natural (art. 124, I, CTN) e 
b) de direito ou legal (art. 124, II, CTN)
Não comporta benefício de ordem
Efeitos da solidariedade: art. 125, CTN
Responsabilidade por Transferência
Art. 124, CTN. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Responsabilidade por Transferência
Art. 125, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
Responsabilidade por Transferência
RESPONSABILIDADE
(continuação)
 Por substituição 
Responsabilidade 
 Por transferência (*)
RESPONSABILIDADE
 Por solidariedade
(*) Por transferência Por sucessão
 De terceiros
RESPONSABILIDADE
B) POR SUCESSÃO (arts. 129 e 133 do CTN)
Dica: transferência patrimonial com “desaparecimento” do devedor original
 Causa mortis 
Transferência
Por sucessão
 Inter vivos (*)
RESPONSABILIDADE
Sucessão Sucessão 
Imobiliária InterVivos
 (*) Inter 
 Vivos
Sucessão Sucessão
Comercial Empresarial
RESPONSABILIDADE
Quais créditos tributários são assumidos pelo sucessor?
Os CT constituídos, em procedimento de constituição ou ainda não constituídos, contudo relacionados a FG anteriores ao evento determinante da sucessão (todos os FG anteriores à sucessão)
Responsabilidade por Transferência
Art. 129, CTN. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.
RESPONSABILIDADE
B.1) SUCESSÃO IMOBILIÁRIA (TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS) (art. 130, CTN)
Tributos incidentes sobre o imóvel: IPTU ou ITR, taxas de serviço e contribuição de melhoria
Responsabilidade pessoal do adquirente
Exceções que excluem a responsabilidade: prova da quitação dos tributos (certidão negativa) e imóvel arrematado em hasta pública
Responsabilidade por Transferência
Art. 130, CTN. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Responsabilidade por Transferência
B.2) SUCESSÃO INTER VIVOS (TRANSMISSÃO DE BENS MÓVEIS) (art. 131, I, CTN)
Art. 131, I, CTN: bens imóveis ou bens móveis?
Tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos
Responsabilidade pessoal do adquirente ou remitente
Remição X Remissão
Multa: a) doutrina majoritária= sem penalidade (só tributo, juros e correção); b) STJ = com penalidade
Responsabilidade por Transferência
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
RESPONSABILIDADE
B.3) SUCESSÃO EMPRESARIAL (TRANSMISSÃO DECORRENTE DE FUSÃO, INCORPORAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO OU CISÃO) (art. 132, CTN)
CTN (art. 132): Fusão, incorporação e transformação
Lei da S.A. (lei 6.404/76): Fusão, incorporação, transformação e cisão
Divergência com relação à cisão
RESPONSABILIDADE
Dica: a pessoa jurídica que resultar da operação societária será responsável pelas dívidas anteriores
Tributos devidos até a data da transmutação
Responsabilidade exclusiva (pessoal)
Multa: a) doutrina majoritária= responsabilidade abrange as multas (moratórias), menos as de caráter punitivo; b) STJ = julgados estendendo a multa punitiva
Responsabilidade por Transferência
Art. 132, CTN. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Responsabilidade por Transferência
B.4) SUCESSÃO COMERCIAL (TRANSMISSÃO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL, INDUSTRIAL OU PROFISSIONAL) (art. 133, CTN)
Fundo de comércio = conjunto de bens, materiais e imateriais, agregados pelo empresário para a consecução de suas atividades
Estabelecimento = unidade fisicamente autônoma (uma parte dos bens)
Dica: observar a postura do alienante e do adquirente
Responsabilidade por Transferência
Se o adquirente não continua explorando a respectiva atividade: não responde 
 responsabilidade integral (se o
 alienante cessar sua atividade
 Se o ou outra por 06 meses) 
adquirente 
continua
a respectiva responsabilidade subsidiária (se
exploração houver exploração da mesma 
 ou outra atividade pelo alienante
 em 06 meses após alienação) 
Responsabilidade por Transferência
Tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato
Multa: a) doutrina majoritária= responsabilidade abrange as multas (moratórias), menos as de caráter punitivo; 
b) STJ = julgados estendendo a multa punitiva
Responsabilidade por Transferência
Art. 133, CTN. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
Responsabilidade por Transferência
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Responsabilidade por Transferência
I – em processo de falência; (Inciso incluído pela LC nº 118, de 2005)
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.(Inciso incluído pela LC nº 118, de 2005)
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for: (Parágrafo incluído pela LC nº 118, de 2005)
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Responsabilidade por Transferência
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Responsabilidade por Transferência
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
Responsabilidade por Transferência
B.5) SUCESSÃO CAUSA MORTIS (art. 131,II e III, CTN)
Tributos relativos aos bens transmitidos
Responsabilidade exclusiva (pessoal)
Ver esquema
Multa: a) doutrina majoritária= responsabilidade abrange as multas (moratórias), menos as de caráter punitivo; b) STJ = julgados estendendo a multa punitiva
Responsabilidade por Transferência
	TRIBUTO	CONTRIBUINTE	RESPONSÁVEL	TIPO	CTN
	Até a morte	de cujus	Espólio	Pessoal	Art. 131, III
	Até a morte, descoberto após partilha	de cujus	Sucessores e cônjuge meeiro	Pessoal
	Art. 131, II
	Após a morte, descoberto após partilha	Espólio
	Sucessores e cônjuge meeiro
	Pessoal
	Art. 131, II
	Após a morte, descoberto antes da partilha	Espólio
	Inventariante	Solidária	Art. 134, IV
Responsabilidade por Transferência
Art. 131, CTN. São pessoalmente responsáveis:
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelode cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
Responsabilidade por Transferência
RESPONSABILIDADE
(continuação)
C) RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS (arts. 134 e 135 do CTN)
Dica: dever de zelo ou de gestão ou de vigilância que terceiros (responsável) devem ter com o patrimônio de outrem (contribuinte)
 
Responsabilidade por Transferência
 
 com atuação 
 regular (art. 134)
Responsabilidade
 De Terceiros
 com atuação
 irregular (art. 135)
RESPONSABILIDADE
C.1) RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DECORRENTES DE ATUAÇÃO REGULAR
Requisitos: a) impossibilidade de cumprimento da OT principal pelo contribuinte; e b) O terceiro colabora com o não-pagamento do tributo, mediante ação ou omissão a ele atribuíveis (tem relação direta com o nascimento da OT não cumprida) 
O CTN fala em responsabilidade solidária, mas se trata de responsabilidade subsidiária
Responsabilidade por Transferência
Art. 134, CTN. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
Responsabilidade por Transferência
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; (atualmente temos a figura do administrador judicial)
Responsabilidade por Transferência
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. (praticamente extinta)
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
Responsabilidade por Transferência
C.2) RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DECORRENTES DE ATUAÇÃO IRREGULAR
O contribuinte é vítima de ato praticado por terceiro com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos
Responsabilidade pessoal dos terceiros por sua atuação irregular (tributo, juros e todas as multas, moratórias ou punitivas)
Responsabilidade por Transferência
O terceiro pode ser: a) as pessoas referidas no artigo anterior; b) os mandatários, prepostos e empregados; e c) os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Obs.: o não pagamento do tributo, sem dolo ou fraude, apenas representa mora e não “infração legal”
A doutrina entende que o art. 135 é caso de responsabilidade por substituição, pois surge desde o momento do FG
Responsabilidade por Transferência
Obs.: O empregador que desconta o IRRF ou contribuição previdenciária e não os recolhe ao erário configura “infração legal”
Obs.: A dissolução irregular da sociedade, deixando débitos tributários pendentes e nenhum patrimônio para garantir o pagamento configura “infração legal” 
Responsabilidade por Transferência
Súmula nº 430 do STJ:
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.
Súmula nº 435 do STJ:
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
Responsabilidade por Transferência
Art. 135, CTN. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Responsabilidade por Transferência
Responsabilidade Objetiva
A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. É imputada a determinadas pessoas independentemente da análise da existência de dolo ou culpa na prática do respectivo ato.
Ex.: se o sujeito passivo da obrigação acessória de entregar a declaração de imposto de renda das pessoas físicas, até o ultimo dia útil de abril, não a cumprir, será punido com a respectiva multa. Não haverá relevância na alegação, por exemplo, de que o sujeito estava doente, viajando, ou que contratou um contador para elaborar a declaração e este não cumpriu a avença infringida a legislação, a punição se impõe.
Responsabilidade por Infrações
A adoção da responsabilidade objetiva visa facilitar a punição das infrações à legislação tributária.
Não importa a vontade do infrator
Se houver dúvida sobre a caracterização de sonegação, fraude ou conluio, o contribuinte deve ser punido com a multa mais suave (art. 121, I, CTN).
Responsabilidade por Infrações
Responsabilidade pessoal do agente (art. 137)
- a regra básica sobre a responsabilidade por infrações é que as consequências da prática de ato ilícito devem ser atribuídas pessoalmente ao infrator (quem agrediu o ordenamento jurídico)
Ex. Funcionário que deixa de emitir, dolosamente, uma nota fiscal. A responsabilidade é pessoal do empregado que deixou de cumprir a obrigação acessória
Responsabilidade por Infrações
- a punição da multa deve ser imposta ao próprio agente, permanecendo a pessoa jurídica (vítima de quem atua em seu nome) na condição de sujeito passivo do tributo, mas não da multa.
- no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito. Quando o órgão diretivo delibera, nesta situação o agente é apenas um braço executório da vontade de outrem (aí a responsabilidade pela infração recai na pessoa jurídica). O agente só é responsável se por decisão própria pratica o ilícito
Responsabilidade por Infrações
- O dolo específico do agente seja elementar (a própria descrição da infração se refere à conduta dolosa) (inciso II)
- A punição vai para quem age com o objetivo específico de prejudicar pessoas cujos interesses deveriam defender (inciso III)
Responsabilidade por Infrações
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
(arts. 136 e 137, CTN)
responsabilidade objetiva (art. 136)
Regra: infrator responde pela multa, independente de dolo ou culpa
Exceção: salvo disposição em lei em contrário
Responsabilidade por Infrações
Responsabilidade pessoal do agente (art. 137)
Regra: punição aplicada ao infrator (pessoa física ou pessoa jurídica)
Exceção: responsabilidade pessoal do agente infrator (por trás da pessoa jurídica)
Responsabilidade por Infrações
Art. 136, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
Art. 137, CTN. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
Responsabilidade por Infrações
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
Responsabilidade por Infrações
O CTN tra medida de política tributária que visa atrair de volta à legalidade contribuintes que dela se afastaram, oferecendo em troca a garantia de não aplicação de medidas punitivas.
Requisitos: Tempestividade (antes de início do procedimento-comunicação do Fisco deve ser formal); Espontaneidade (depois do termo não dá mais); Pagamento;
- o ato que formaliza o início de procedimento relativo à infração deve identificar os PERÍODOS objeto de apuração e os TRIBUTOS
PARCELAMENTO – não pode ser equiparado a Pagamento (STJ).
Denúncia Espontânea
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
(art. 138, CTN)
Impropriedade terminológica
Requisitos: a)	denúncia espontânea da infração (confissão); b) pagamento de eventual tributo, se for o caso (com juros e correção); c) antes de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração (formal comunicação)
Finalidade: afastar a aplicação de multa
Multa: a) STJ e parte da doutrina– todo tipo; e b) Parte da Doutrina – Apenas punitiva (formal)
Denúncia espontânea
STJ: não se aplica o art. 138 do CTN às infrações meramente formais (descumprimento de obrigações acessórias)
Súmula nº 360 do STJ:
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.
Denúncia espontânea
Art. 138, CTN. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
RESPONSABILIDADE

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