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CINESIOTERAPIA Definição: Éa designação dos processos terapêuticos que visam a reabilitação funcional por meio da realização de movimentos ativos e passivos, com o objetivo de prevenir, eliminar ou diminuir os distúrbios do movimento e da função osteomuscular. ATIVA: Participação ativa e consciente do doente, onde há execução voluntária de seus movimentos. PASSIVA: O movimento é executado manualmente por um terapeuta, por meio de aparelhagem especial, que imitam os movimentos fisiológicos (exercícios físicos passivos) ou realizam-se manipulações de diferentes segmentos ou tecidos, com o auxílio de diversas metodologias especiais. Base de Função: - Flexibilidade e Mobilidade Muscular; - Controle Neuromuscular; - Estabilidade; - Equilíbrio Muscular; - Performance Muscular; - Capacidade Cardiorespiratória. Exercicio Terapêutico: FUNÇÃO > INDEPENDÊNCIA > MOVIMENTO Treinamento planejado e sistemático de movimentos corporais, posturas ou atividades físicas, com objetivo de prevenir fatores de risco de diversas patologias, tratar, melhorar, restaurar ou potencializar a função cinesiológica. Individuais ou Coletivos. CIF – MODELO DE INCAPACITAÇÃO: Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidades e Saúde = Consequencias funcionais sobre o corpo comprometendo o desempenho humano básico e habilidade em desempenhar funções. Incapacidade física, emocional, social e cognitiva. FUNÇÕESDOCORPO: são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas); ESTRUTURAS DO CORPO: são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e seus componentes; DEFICIÊNCIAS: são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, tais como, um desvio importante ou uma perda; ATIVIDADE: é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo; PARTICIPAÇÃO: é o envolvimento de um indivíduo num a situação da vida real; LIMITAÇÕES DA ATIVIDADE: são dificuldades que um indivíduo pode ter na execução de atividades; RESTRIÇÕES NA PARTICIPAÇÃO: são problemas que um indivíduo pode enfrentar quando está envolvido em situações da vida real; FATORES AMBIENTAIS: constituem o ambiente físico, social e atitudinal em que as pessoas vivem e conduzem sua vida. Todos esses Fatores influenciam diretamente na INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIO TERAPÊUTICO. INTERVENÇÃO Devemos ter conhecimento de Patologia e Fisiopatologia da Doença e Comprometimentos gerados pela Patologia. COMPROMETIMENTOS Musculoesquelético = Dor, fraqueza mus., limitação de amp. de movim. e postura. Neuromuscular = Dor, equilíbrio, coordenação, desenvolvimento motor e tônus. Cardiovascular/Pulmonar = Circulação compromet, dor, dimin.. capac aeróbica. Tegumentares = Hipomobilidade, aderência e elasticidade. LIMITAÇÕES Funcionais = Alcançar objetos, empurrar/puxar, rodar, arremessar, agachar/ajoelhar, subir/descer escada, pular e chutar. INCAPACIDADES Cuidados pessoais, tarefas ocupacionais, gerenciamento do lar e ativ. recreativas. PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO: 1 – Primária: Promoção à Saúde; 2 – Secundária: Diagnóstico precoce; 3 – Terciária: Reabilitação reduzindo/limitando a incapacidade. TRATAMENTO: Decisão Clínica: Pensamento analítico (crítico), Escolha, implementação, modificação e Regras de Previsão Clínica. Prática Baseada em Evidências: Converter problema em pergunta. Pesquisa Científica. MODELO DE TRATAMENTO ENCAMINHAMENTO/CONSULTAS EXAME: História. Revisão de Órgãos e Sistemas. Testes e Medidas. AVALIAÇÃO: Achados para diagnóstico, prognóstico e tratamento. DIAGNÓSTICO: Identificação das disfunções. Sinais/Sintomas. Comprometimentos. Limitações funcionais. Incapacidades. PROGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO: Projeção do nível ideal de melhora e tempo esperado. Descrição do atendimento. Previsão de resultados. Planejamento de alta. INTERVENÇÃO: Coordenação, documentação. Instruções para paciente. Intervenção nos procedimentos. RESULTADOS REEXAME ADESÃO DE UM PROGRAMA MOTOR - Características do Paciente: Idade, sexo, motivação, comprometimento, memória, etc. - Fatores relacionados à Condição de Saúde aos comprometidos: Condição aguda ou crônica, dor. - Variáveis relacionadas ao programa: Instruções, retorno, motivação, horário, etc. AMPLITUDE DE MOVIMENTO Movimentos completos de cada articulação envolvendo Músculos, Fáscias, Cápsula Articular, Ligamentos, Tendões, Vasos e Nervos. SAGITAL (Ântero Posterior): Divide em metade Direita e Esquerda. FRONTAL (Coronal): Divide em metade Anterior e Posterior. TRANSVERSO: Divide em metade Superior e Inferior. AMPLITUDE ARTICULAR (Goniometria) Membros Superiores: Membros Inferiores: Coluna Vertebral: AMPLITUDE MUSCULAR (Excursão Funcional): É a distância que um músculo é capaz de se encurtar após ser alongado ao máximo. - Músculos Uniarticulares: Amplitde não ultrapassa limites da articulação. - Músculos Biarticulares ou Multiarticulares: Amplitude ultrapassa limites da articulação. - Insuficiência Ativa: ENCURTAMENTO do músculo até o limite de amplitude. - Insuficiência Passiva: ALONGAMENTO do músculo até o limite de amplitude. Fatores que diminuem amplitude: Patologias Articulares, Neurológicas e Musculares, Cirurgias, Traumas e Imobilização prolongada. ADM PASSIVA: Movimento dentro da amplitude de movimento livre, produzido por forças externas (Sem contração voluntária). Ex: Gravidade, Ap. Mecânico, Aux. Terapeuta. Indicações: Inflamação aguda, pós operatório, quando paciente não pode realizar o mov. Metas: Diminuir complicações da imobilização. Limitações: Não previne atrofia muscular, não aumenta força de resistência, não auxilia na circulação. ADM ATIVA: Movimento dentro da amplitude de movimento livre, produzido por contração ativa dos músculos que cruzam essa articulação. ADM ATIVO-ASSISTIDA: Movimento ativo no qual uma força externa oferece assistência para os músculos mobilizadores primários para completar o movimento. Indicações (Ambas): Fraqueza muscular, Condicionamento aeróbico, Capacidade de contração. Metas: Manter elasticidade e contratilidade muscular, Estimular integridade óssea, Favorecer a circulação. Demonstrar o movimento correto ao paciente, antes deste ser realizado. MOBILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES: Observar efeitos da gravidade e posições alternativas. ALONGAMENTO Plasticidade e adaptação postural dos músculos esqueléticos. Elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles patologicamente (ou não) encurtadas e aumentar o movimento articular. ADAPTAÇÃO: Imobilização prolongada, Desalinhamento postural e desequilíbrio postural, Mobilidade restrita e sedentarismo, Doenças de tecido conectivo ou neuromuscular, Processos patológicos e traumas e Deformidades congênitas ou adquiridas. TERMINOLOGIA - MOBILIDADE: Habilidade das estruturas ou segmentos de se moverem ou serem movidos, permitindo amplitude de movimento em atividades funcionais. - MOBILIDADE FUNCIONAL: Habilidade de iniciar, controlar ou manter movimentos ativos para realizar tarefas motoras simples ou complexa. - HIPOMOBILIDADE: Mobilidade diminuída ou restrita. - FLEXIBILIDADE: Habilidade de mover articulações por meio de uma amplitude de movimento livre de dor e sem restrição. Flexibilidade dependente de Extensibilidade. - EXTENSIBILIDADE: Capacidade do músculo distender, alongar, estirar as fibras musculares, aumentando o comprimento muscular e permitindo uma adm completa sem restrição. - CONTRATURA: Encurtamento de músculo ou estrutura mole que cruza a articulação, resultando na limitação da adm. Tipos de Contratura: -MIOSTÁTICA (MIOGÊNICA): Unidade musculotendínea adaptativamente encurtada com perda de ADM. Resolvida com período curte de alongamento. -PSEUDOMIOSTÁTICA: Comprometimento da mobilidade e limitação da ADM, resultantes de lesão no SNC (AVE, TRM ou TCE). Espasmos e defesa muscular também as causa. -ARTROGÊNCIA OU PERIARTICULAR: Resultado de patologia intra-articular. Aderências, proliferação sinovial, edema articular, irregularidades na cartilagem articular ou formação de osteófitos. Quando a cápsula articular ou os tecidos conjuntivos que cruzam ou se inseremna articulação perdem a mobilidade, restringindo o movimento. -FIBRÓTICA E CONTRATURA IRREVERSÍVEL: As alterações fibróticas do tecido conjuntivo do músculo e estruturas periarticulares podem causar aderências desses tecidos e desenvolverem contratura fibrótica. A perda permanente da extensibilidade, que não pode ser revertida por meio de intervenções não-cirúrgicas, pode ocorrer quando o tecido conjuntivo e muscular são substituídos por grandes aderências fibróticas e tecido cicatricial não extensível. TECIDOS: ELÁSTICO = Capacidade que o músculo tem de se distender/alongar, aumentando seu comprimento, retornando normalmente ao seu comprimento de repouso. PLÁSTICO = Capacidade que o músculo tem de se distender/alongar, aumentando seu comprimento, mantendo-o mesmo após a liberação da força de alongamento. Para promover alongamento, é necessário que se rompa o LIMIAR ELÁSTICO, chegando ao LIMITE PLÁSTICO. INDICAÇÕES 1 – ADM limitada devido os tecidos moles perderem sua extensibilidade em decorrer de aderências, contraturas e formação de tecido cicatricial. 2 – Restrição de mobilidade que pode levar a deformidades estruturais. 3 – Fraqueza muscular e encurtamento dos tecidos opostos. 4 – Parte de um programa de preparo físico para prevenir lesões. 5 – Antes e depois de exercícios vigorosos, podendo minimizar as dores pós posteriores. CONTRA-INDICAÇÕES 1 – Bloqueio ósseo; 2 – Fratura recente sem consolidação; 3 – Processo inflamatório agudo ou infeccioso; 4 – Dor aguda com movimentos articulares ou alongamento muscular. 5 – Hipermobilidade; 6 – Tecidos moles encurtados favorecendo estabilidade. 7 – Tecidos encurtados possibilitam à pacientes com paralisia ou fraqueza muscular grave de realizar habilidades funcionais. MÉTODOS TERAPÊUTICOS Intervenções para aumentar mobilidade dos tecidos moles: Alongamento manual ou mecânico (Passivo ou Assistido), Técnicas de facilitação ou inibição neuromuscular. Mobilização e Manipulação Articular e tecidos moles. TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO E INIBIÇÃO NEUROMUSCULAR: Conhecido como facilitação neuromuscular proprioceptiva (PNF) ou KABAT: Buscam relaxar de forma reflexa a tensão dos músculos encurtados, antes e depois do alongamento. INIBIÇÃO ATIVA: Técnica que relaxa reflexamente o músculo ao ser alongado antes da manobra de alongamento. 1 - Sustentar-Relaxar (Hold-Relax): Paciente faz contração isométrica no final da adm, antes que o musculo seja alongado passivamente. 2 - Sustentar-Relaxar com Contração Agonista: Paciente faz contração isométrica de pré alongamento do músculo retraído e relaxamento, seguido por contração excêntrica do músculo oposto. 3 - Contração Agonista: Agonista é o músculo oposto ao Músculo retraído ou Antagonista. Realiza-se uma contração excêntrica do músculo oposto ao que será alongado. DETERMINANTES DAS INTERVENÇÕES 1 – ALINHAMENTO = Posicionamento do membro ou corpo, de modo que a força de alongamento seja direcionada ao grupo muscular apropriado. 2 – ESTABILIZAÇÃO = Fixação de um local de inserção do músculo à medida que a força é aplicada à outra inserção. 3 – INTENSIDADE = Magnitude da força de alongamento aplicada. 4 – DURAÇÃO = Período de tempo no qual a força de alongamento é aplicada durante o alongamento. 5 – VELOCIDADE = Velocidade de aplicação inicial da força de alongamento. 6 – FREQUÊNCIA = Número de sessões de alongamento por dia ou semana. 7 – MODO DE ALONGAMENTO = Maneira que a força de alongamento é aplicada (estática, balística ou cíclica). Grau de participação do paciente (Passivo, Ativo, Assistido) ou Fonte de força de alongamento (Manual, Mecânico ou próprio paciente).
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