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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
LEI Nº 10.826/2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO ................................................................................... 2 
ART. 13 – OMISSÃO DE CAUTELA .................................................................................................................. 2 
CONSUMAÇÃO........................................................................................................................................... 2 
ART. 13 – OMISSÃO DE CAUTELA – PARÁGRAFO ÚNICO .............................................................................. 2 
SUJEITO ATIVO ........................................................................................................................................... 3 
SUJEITO PASSIVO ....................................................................................................................................... 3 
OBJETO MATERIAL ..................................................................................................................................... 3 
ELEMENTO SUBJETIVO .............................................................................................................................. 3 
CONSUMAÇÃO........................................................................................................................................... 3 
ART. 15 – DISPARO DE ARMA DE FOGO ........................................................................................................ 3 
CONDUTAS ................................................................................................................................................. 3 
ELEMENTO ESPACIAL ................................................................................................................................. 4 
SUBSIDIARIEDADE EXPRESSA ..................................................................................................................... 4 
ART. 17 – COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO OU MUNIÇÃO............................................. 4 
PACOTE ANTICRIME ................................................................................................................................... 5 
SUJEITO ATIVO ........................................................................................................................................... 5 
SUJEITO PASSIVO ....................................................................................................................................... 5 
OBJETO MATERIAL ..................................................................................................................................... 5 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA ..................................................................................................................... 5 
ART. 18 – TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO OU MUNIÇÃO ................................. 6 
PACOTE ANTICRIME ................................................................................................................................... 7 
CONSUMAÇÃO: ......................................................................................................................................... 7 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ................................................................................................................ 8 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA ..................................................................................................................... 8 
FIANÇA E LIBERDADE PROVISÓRIA ................................................................................................................ 9 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA ..................................................................................................................... 9 
PACOTE ANTICRIME ................................................................................................................................... 9 
ARMAS DE FOGO APREENDIDAS ................................................................................................................... 9 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
 LEI Nº 10.826/2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
ART. 13 – OMISSÃO DE CAUTELA 
Art. 13 Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que 
MENOR DE 18 ANOS ou PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA 
MENTAL se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou 
que seja de sua propriedade: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do manejo de arma de fogo 
por menor de idade ou pessoa com deficiência mental. 
CARACTERÍSTICAS E ELEMENTO SUBJETIVO DO CRIME 
Crime omissivo, culposo (negligência ou imprudência) e de menor potencial ofensivo. 
SUJEITO ATIVO 
Crime comum. 
SUJEITO PASSIVO 
Menor de 18 anos ou deficiente mental. 
OBJETO MATERIAL 
Qualquer tipo de arma de fogo (proibida ou permitida). Atenção: não estão incluídos os 
acessórios e a munição. Deixar, portanto, culposamente acessório próximo a menor ou 
deficiente mental é fato atípico. 
CONSUMAÇÃO 
A consumação ocorre com o apoderamento da arma pelo menor ou pelo portador de 
deficiência mental, independentemente de gerar ou não algum perigo. O crime é material. 
Ou seja: para sua consumação, não basta a falta de cuidado do agente em relação à 
guarda da arma, mas sim que o menor/deficiente mental efetivamente se apodere dela. 
Exemplo: pai chega à sua casa e deixa arma em cima da mesa, sem nenhuma proteção e 
vai dormir. O filho menor de 18 anos chega em casa e vê a arma. Contudo, sequer a toca, já que 
sempre foi orientado acerca do perigo que tal objeto representa. Nessa situação, o crime não 
se consumou, já que não houve o apoderamento de arma de fogo pelo menor. O fato, portanto, 
será atípico. 
Não é possível a tentativa. 
• Não se exige qualquer relação jurídica entre o sujeito ativo e o sujeito passivo. 
• Se o agente entrega a arma propositalmente a uma criança? Comete crime de 
PORTE ILEGAL. 
• Há o crime mesmo com menor emancipado. 
• O tipo penal não tutela pessoa com necessidades especiais FÍSICAS. 
ART. 13 – OMISSÃO DE CAUTELA – PARÁGRAFO ÚNICO 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou 
diretor responsável de empresa de segurança e transporte de 
valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de 
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua 
guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido o fato. 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
SUJEITO ATIVO 
Crime próprio. Só pode o crime ser praticado por empresário de segurança ou 
empresa de transporte de valores. 
SUJEITO PASSIVO 
É o Estado que fica prejudicado no dever de controlar as armas de fogo no Brasil. 
Duplo dever de comunicação: 
• Dever de registrar ocorrência. 
• Dever de comunicar à PF. 
 A falta de qualquer uma das comunicações já confirma o crime. 
OBJETO MATERIAL 
São objeto material do delito armas de fogo, acessórios ou munições. 
Não há especificação de arma permitida ou restrita. 
ELEMENTO SUBJETIVO 
É unânime o entendimento segundo o qual o crime do Art. 13, parágrafo único, é 
doloso. 
CONSUMAÇÃO 
Crime a Prazo. 
Segundo a lei, a consumação só se dá após 24 horas depois de ocorrido o fato. A 
doutrina, porém, assegura que a consumação se dá 24 horas da ciência do fato. 
ART. 15 – DISPARO DE ARMA DE FOGO 
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar 
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a 
ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de 
outro crime (trata-se de crime subsidiário): 
Pena – reclusão, de 2 a 4 anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançávelSUJEITO ATIVO 
Crime Comum. 
Pode ser sujeito ativo do crime, mesmo aquele que tenha o porte legal de arma. 
SUJEITO PASSIVO 
Coletividade. 
CONDUTAS 
Duas condutas são mencionadas no tipo penal: 
• a) disparar arma de fogo; 
• b) acionar munição, sem que ocorra o disparo (ex.: falha da munição). 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
ELEMENTO ESPACIAL 
Em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em 
direção a ela. 
OBS: Se a conduta ocorrer em local ermo, desabitado, não há o crime. 
Não é necessário que a conduta gere perigo real a alguém, ainda que o elemento espacial 
exija que seja praticado o delito em lugar habitado, em suas adjacências ou em via pública ou 
em direção a ela. 
ELEMENTO SUBJETIVO 
O elemento subjetivo é o dolo. O disparo acidental, portanto, não configura crime. 
CONSUMAÇÃO 
A consumação ocorre com o mero disparo ou acionamento da munição (crime de mera 
conduta). 
SUBSIDIARIEDADE EXPRESSA 
A configuração do delito só existirá caso não exista crime mais grave. Caso o 
disparo/acionamento tenha por finalidade a prática de outro crime, aplica-se o princípio da 
consunção, ficando o crime menos grave (no caso, o disparo do Art.15) absorvido pelo de 
maior gravidade. 
Exemplo: “A”, desejando matar “B”, efetua contra este disparo certeiro de arma de fogo, 
consumando o homicídio. Nessa situação, “A” responderá apenas pelo homicídio. O disparo de 
arma de fogo (crime menos grave) será absorvido pelo homicídio. 
INCONSTITUCIONALIDADE 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. 
ART. 17 – COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO 
OU MUNIÇÃO 
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter 
em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor 
à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou 
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de 
fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
§ 1º. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito 
deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou 
comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em 
residência. 
pena - reclusão, de 6 a 12 anos, e multa. 
§ 2º. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, 
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a 
determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
PACOTE ANTICRIME 
Iniciamos o estudo deste crime trazendo as mudanças decorrentes do Pacote Anticrime 
que, além tornar o crime hediondo e de modificar o preceito secundário do Art. 17, caput 
(reclusão de 4 a 8 anos para reclusão de 6 a 12 anos), acrescentou o parágrafo 2º, trazendo a 
figura do agente disfarçado. 
SUJEITO ATIVO 
Só pode ser comerciante ou industrial, legal ou ilegal, de arma de fogo, acessório ou 
munição. Trata-se, portanto, de crime próprio. Cumpre observar que o parágrafo único 
equipara algumas atividades à atividade comercial ou industrial para essas finalidades. O 
armeiro que exerce a atividade irregularmente, por exemplo, incorre nesse crime. 
SUJEITO PASSIVO 
Coletividade. 
OBJETO MATERIAL 
Interessante destacarmos que o Art. 17 não faz distinção entre arma de fogo de uso 
permitido e arma de fogo de uso restrito. Em outras palavras, o crime é o mesmo tanto para o 
comércio ilegal de arma de fogo de uso proibido como para o comércio ilegal de arma de fogo 
de uso permitido. Porém, o artigo 19 determina que a pena será aumentada em metade no 
caso de arma de uso proibido ou restrito. 
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada 
da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso 
proibido ou restrito. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Trata-se de crime é de perigo abstrato e de mera conduta. Assim, consuma-se com a 
prática de qualquer das condutas previstas em lei, e, uma vez realizada a conduta, presume-se 
de forma absoluta o perigo à segurança pública. 
O crime de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição (art. 17 da Lei n. 
10.826/2003) é delito de tipo misto alternativo e de perigo abstrato, bastando para 
sua caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo prescindível a 
demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a 
incolumidade pública. 
STJ n.º 108/2018. 
• Ex.1: vizinho que vende arma a outro vizinho: não se aplica o Art. 17. 
• Ex.2: dono de restaurante vende sua arma para o cliente: não se aplica o Art. 17, 
porque o dono do restaurante não exerce comércio de armas de fogo. 
• Ex.3: indivíduo que comercializa armas de fogo no fundo de sua residência: 
aplica-se o Art. 17. 
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, 
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a 
determinação legal ou regulamentar, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis 
de conduta criminal preexistente. 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
PACOTE ANTICRIME: A FIGURA DO AGENTE DISFARÇADO 
Figura trazida pela Lei nº 13.964/2019, conhecida como PACOTE ANTICRIME, o § 2º do 
artigo 17 e 18 trouxe a discussão entre as correntes contrárias ao pacote e as que apoiam 
acerca da possível permissão do “Flagrante Provocado ou preparado.” 
A Lei 13.964/2019 dentre tantas alterações importantíssimas, em algumas passagens, 
traz a nova figura do agente disfarçado que não deve ser confundido com outras técnicas 
especiais de investigação como agente infiltrado ou agente que atua em meio a uma ação 
controlada. 
Segundo Rogério Sanches, é possível esboçar a definição de agente disfarçado como 
aquele que, ocultando sua real identidade, posiciona-se com aparência de um cidadão comum 
(não chega a infiltrar-se no grupo criminoso) e, partir disso, coleta elementos que indiquem a 
conduta criminosa preexistente do sujeito ativo. O agente disfarçado ora em estudo não se 
insere no seio do ambiente criminoso e tampouco macula a voluntariedade na conduta 
delitiva do autor dos fatos. 
Os autores, ainda, fazem a distinção entre o agente infiltrado, provocador e o disfarçado: 
PRESENÇA DE ELEMENTOS PROBATÓRIOS RAZOÁVEIS DE CONDUTA CRIMINAL 
PREEXISTENTE 
Para a validade da atuação do agente disfarçado deve haver a demonstração de provas 
em grau suficiente a indicar que o autor realizou antes uma conduta criminosa, circunstância 
objeto da investigação proporcionada pelo disfarce. A investigação realizada pelo agente 
disfarçado, em razão da qualificada apreensão de informações proporcionada pelo disfarce, 
colhe elementos probatórios razoáveis acerca da conduta criminosa preexistente. 
Caso a investigação descarte a conduta criminosa preexistente, ou seja, caso revele 
tratar-se de vendedor casual dos produtos ilícitos, não será possível responder pelos crimes 
especiais criados pela Lei 13.964/2019. Essa observação é crucial para compreender o 
instituto como uma aposta na atuação profissional dos investigadores policiais e não 
simplesmente como um expediente capaz de levar ao alargamento de prisões de pessoas 
desvinculadas da prática de crimes. 
ART. 18 – TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, 
ACESSÓRIO OU MUNIÇÃO 
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do 
território nacional, a qualquer título, de ARMA DE FOGO, 
ACESSÓRIO ou MUNIÇÃO, sem autorização da autoridade 
competente: 
Pena - reclusão, de 8 a 16 anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega 
arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, 
sem autorização da autoridade competente, a agente policial 
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disfarçado,quando presentes elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente. 
PACOTE ANTICRIME 
O Pacote Anticrime modificou o preceito secundário do tipo penal, aumentando a pena e 
acrescentou o parágrafo único, onde encontramos a figura do agente disfarçado. 
São 4 as condutas do tipo: 
➢ 
➢ 
SUJEITO ATIVO: 
Crime Comum. 
SUJEITO PASSIVO: 
Coletividade. Crime Vago. 
OBJETO MATERIAL: 
Objeto material é idêntico ao do Art. 17, inclusive no que toca à causa de aumento de 
pena prevista no Art. 19. 
CONSUMAÇÃO: 
Com a prática de qualquer das condutas típicas. 
A lei presume de forma absoluta o perigo à segurança pública com a entrada de uma 
arma no Brasil de forma clandestina. Dessa forma, sendo o delito de mera conduta, esgota- se 
com a prática da conduta descrita no tipo penal, e não há resultado naturalístico. 
Nesse sentido, preleciona Gabriel Habib: “o crime consuma-se no momento da prática das 
condutas descritas no tipo, independentemente da produção de qualquer resultado, por tratar-se 
de crime de mera conduta. ” 
A tentativa é admitida. 
➢ No caso do favorecimento, a conduta será punível independentemente da efetiva 
entrada ou saída do material do território nacional. Basta que tenha sido praticado 
qualquer ato que configure o favorecimento 
Ex.: PF deixa o amigo embarcar no avião com caixa de munição. Porém antes de 
decolar outra equipe prende o colega. O amigo que foi preso responderá por 
TENTATIVA de tráfico internacional de munição. O PF que o deixou passar 
responderá por crime CONSUMADO do tráfico. Atenção: O facilitador é COAUTOR, 
e não partícipe. 
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➢ Não importa para a caracterização do crime de tráfico de armas se as ações 
nucleares foram praticadas no exercício de atividade comercial ou industrial. 
➢ Ainda que o agente traga para dentro do território nacional uma única arma de 
fogo de uso permitido ou proibido, sem autorização, apenas para uso próprio, sem 
que haja qualquer nexo com o exercício de atividade comercial, estará configurado 
o crime de tráfico internacional de armas. 
Jurisprudência em teses/STJ n.º 108/2018 
1. É típica a conduta de importar arma de fogo, acessório ou munição sem 
autorização da autoridade competente, nos termos do Art. 18 da Lei n. 
10.826/2003, mesmo que o réu detenha o porte legal da arma, em razão do alto 
grau de reprovabilidade da conduta. 
2. O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, 
tipificado no Art. 18 da Lei n. 10.826/03, é de perigo abstrato ou de mera conduta 
e visa a proteger a segurança pública e a paz social. 
3. Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou 
munição não basta apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessário 
que se comprove a internacionalidade da ação. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
Princípio da insignificância 
Não cabe princípio da insignificância no tráfico internacional de munição. 
STF (HC97777) e STJ (HC 45099) 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
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FIANÇA E LIBERDADE PROVISÓRIA 
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de 
liberdade provisória. 
O Art. 21 do Estatuto teve sua inconstitucionalidade declarada pelo STF na 
ADI 3112/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 02/05/2007. 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
PACOTE ANTICRIME 
O Pacote Anticrime ampliou as possibilidades para a aplicação da causa de aumento de 
pena dos agentes que cometerem os crimes dos artigos 14,15, 16, 17 e 18. 
Se antes existia apenas o inciso I, agora, independentemente de serem praticados por 
integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei, agora, qualquer 
agente, desde que reincidente específico em crimes dessa natureza, pode, também, sofrer a 
majoração da pena. 
ARMAS DE FOGO APREENDIDAS 
As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos 
autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz 
competente ao COMANDO DO EXÉRCITO, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, 
para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma 
do regulamento desta Lei. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Legislação Penal Especial. São Paulo: Saraiva, 2019. 
BRASILEIRO, Renato. Legislação Criminal Especial Comentada. Salvador: Juspodivm, 2017. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Arma de fogo encontrada em caminhão configura porte de arma de 
fogo (e não posse). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4e9cec1f583056459111d63e24f3b8ef>. 
Acesso em: 23/02/2020. 
FOUREAUX, Rodrigo. A Lei 13.491/17 e a ampliação da competência da Justiça Militar. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/61251/a-lei-13-491-17-e-a-ampliacao-da-competencia-da-justica-militar. 
GONÇALVES, Victor; Baltazar Júnior, José Paulo. Legislação Penal Especial Esquematizada. São Paulo: Saraiva, 
2019. 
LOPES JR, Aury. Lei 13.491/2017 fez muito mais do que retirar os militares do tribunal do júri. Disponível 
em: https://www.conjur.com.br/2017-out-20/limite-penal-lei-134912017-fez-retirar-militares-tribunal-juri. 
MASSON, Cléber; MARÇAL, Vinicius. Lei de Drogas: Aspectos penais e processuais penais. ed. Método, 2018. 
RENEE DO Ó SOUZA, ROGÉRIO SANCHES CUNHA E CAROLINE DE ASSIS E SILVA HOLMES LINS. A nova figura 
do agente disfarçado prevista na Lei 13.964/2019 em 27 de dezembro de 2019. 
Disponível em: https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-disfarcado-
prevista-na-lei-13-9642019/ 
https://www.alfaconcursos.com.br/
https://www.conjur.com.br/2017-out-20/limite-penal-lei-134912017-fez-retirar-militares-tribunal-juri

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