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Prof. Paulo Vitor Nazário Sermann Processo Administrativo O ADVOGADO e A ADVOGADA - CONVENIADOS •A importância do advogado e deste em conhecer o Processo Administrativo Previdenciário. •“Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” - CRFB/88 •Processo Previdenciário: Processo Administrativo e o Judicial. •Conhecimento e manuseio dos instrumentos do Direito. •Saber se insistir na via administrativa é melhor ou não. •Novo Papel: novos direitos e responsabilidades. RELAÇÃO JURÍDICA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO INSS (Órgão Singular ) OU CRPS - JR/CAJ – ÓRGÃO COMPOSTO E COLETIVO CRPS – CONSELHO PLENO - ÓRGÃO COLETIVO NORMAS PROCESSUAIS CRPS •Lei 8.213/91 – Art. 126. •Decreto 3.048/99 – Art. 303 e 304. •Portaria MDSA 116/2017 - Regimento do CRSS •Subsidiariamente o CPC e a Lei 9.784/99 INSS •Instrução Normativa 77/2015 – Art. 658 a 702. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE •CRFB. Art. 5º: II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; •CRFB. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE •Cumprir a vontade da Lei. Interpretar. Lógica deôntica. •Atos Administrativos Vinculados; •Dever de jamais violar literal texto de lei; •Intolerância ao ato administrativo ilegal. Lei 9.784/99, art. 63, § 2º: “O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.” PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – CONTROLE •RICRSS “Art. 69. É vedado aos órgãos julgadores do CRSS afastar a aplicação, por inconstitucionalidade ou ilegalidade, de tratado, acordo internacional, lei, decreto ou ato normativo ministerial em vigor, ressalvados os casos em que: I - já tenha sido declarada a inconstitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal, em ação direta, após a publicação da decisão, ou pela via incidental, após a publicação da resolução do Senado Federal que suspender a sua execução; e II - haja decisão judicial, proferida em caso concreto, afastando a aplicação da norma, por ilegalidade ou inconstitucionalidade, cuja extensão dos efeitos jurídicos tenha sido autorizada pelo Presidente da República.” PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – VINCULAÇÃO DE INTERPRETAÇÕES •LC 73/93: “Art. 42. Os pareceres das Consultorias Jurídicas, aprovados pelo Ministro de Estado, pelo Secretário-Geral e pelos titulares das demais Secretarias da Presidência da República ou pelo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, obrigam, também, os respectivos órgãos autônomos e entidades vinculadas.” •RICRSS “Art. 68. Os Pareceres da Consultoria Jurídica do MDSA, quando aprovados pelo Ministro de Estado, nos termos da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, vinculam os órgãos julgadores do CRSS, à tese jurídica que fixarem, sob pena de responsabilidade administrativa quando da sua não observância.” •RICRSS “Art. 62. A emissão de enunciados dependerá da aprovação da maioria absoluta dos membros do Conselho Pleno e vincula, quanto à interpretação do direito, todos os Conselheiros do CRSS.” PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – VINCULAÇÃO DE INTERPRETAÇÕES PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - ATUAÇÃO •- Dever de atuar conforme a Lei e o Direito - Lei 9.784/99, Art. 2º: “Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito;” •- Dever de interpretar a norma - Lei 9.784/99, Art. 2º, Parágrafo único: “XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.” PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE •O agente público é apenas o meio de manifestação da vontade estatal. •Valores pessoais. •Responsabilidade objetiva. •Teoria do órgão. PRINCÍPIO DA ESPECIAL PROTEÇÃO AO ADMINISTRADO •Lei 9.784/99, Art. 1º: “Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.” •O ônus da prova é do segurado? •INSS tem privilégios processuais? •In dubio pro misero ou in dubio pro administração? •Início do prazo para o INSS e para o administrado. PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL •Verdade perquirida pela Administração; •Supremacia do Direito Material; •Princípio Inquisitivo e Dispositivo na produção de provas; •Reabertura de processo administrativo; •Revelia; •Prazos e perda do prazo; •Intempestividade Recursal. Portaria MDSA 116/2017, art. 16, II: “propor à composição julgadora relevar a intempestividade de recursos, no corpo do próprio voto, quando fundamentadamente entender que, no mérito, restou demonstrada de forma inequívoca a liquidez e a certeza do direito da parte.” •Lei 9.784/99, art. 63, § 2º: “O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.” •Lei 8.213/91:”Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.” PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL - COISA JULGADA ADMINISTRATIVA •Lei 8.213/91:”Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.” PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL - COISA JULGADA ADMINISTRATIVA PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL - COISA JULGADA ADMINISTRATIVA •RICRSS. Revisão de Acórdão. ”Art. 59. Os órgãos julgadores deverão rever suas próprias decisões, de ofício, ou a pedido, enquanto não ocorrer a decadência de que trata o art. 103-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando: •I - violarem literal disposição de lei ou decreto; •II - divergirem dos Pareceres da Consultoria Jurídica do MDSA, aprovados pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Agrário, bem como, Súmulas e Pareceres do Advogado-Geral da União, na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993; •III - divergirem dos Pareceres da Consultoria Jurídica dos extintos MPS e MTPS, vigentes e aprovados pelos então Ministros de Estado da Previdência Social e do Trabalho e Previdência Social •IV - divergirem de enunciado editado pelo Conselho Pleno; e •V - for constatado vício insanável.” •A coisa julgada administrativa incide apenas no INSS. IN 77/2015: “Art. 550. Observado o disposto no Regimento Interno do CRPS, a matéria julgada pela Junta de Recurso em matéria de alçada e pela Câmara de Julgamento não será objeto de novas discussões por parte do INSS, ressalvadas as seguintes hipóteses: I - oposição de embargos de declaração; II - revisão de acórdão; III - alegação de erro material; ou IV - pedido de uniformização de jurisprudência. § 2º Sendo rejeitada pelo órgão julgador a sugestão de revisão de acórdão, a decisão será mantida nos exatos termos em que foi proferida.” PRINCÍPIO DA VERDADE MATERIAL - COISA JULGADA ADMINISTRATIVA PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL •Dever de provar o direito; •Dever de provocar o reconhecimento do direito; •Princípio Inquisitivo e Dispositivo no requerimento e instrução; •Decisões Ultra, Extra Petita e Reformatio in Pejus (art. 64 da Lei 9.784/99) OUTROS PRINCÍPIOS •MOTIVAÇÃO - Vício de legalidade por falta de motivação; •SEGURANÇAJURÍDICA – estabilidade das relações jurídicas. Não pode oscilar, ou gerar instabilidade. Decadência. Vedação da retroação da interpretação. •AMPLA DEFESA - Lei de Acesso à Informação: Serviço de Informação ao Cidadão – SIC. SISTEMAS CORPORATIVOS SISTEMAS CORPORATIVOS SISTEMAS DE BENEFÍCIOS: •Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) •Sistema Único de Benefícios - SUB (Plenus) •PRISMA •Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade - SABI •Sistema Integrado de Benefícios (SIBE) SISTEMAS DE PROCESSOS: •Meu INSS •Sistema de Agendamento – SAG •Gerenciador de Tarefas – GET •e-Sisrec. CNIS Informações contemporâneas no CNIS são PROVAS de filiação, vínculos, tempo de contribuição, remunerações e contribuições. Decreto 3.048/99: –Art. 19. Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à previdência social, tempo de contribuição e salários-de- contribuição. Embora o CNIS seja prova, o segurado e o INSS podem contestá-lo. CNIS •Informações contemporâneas e extemporâneas. •Quando é extemporâneo? (data de início, remunerações e contribuições). Parecer Conjur/MPS nº 57/2009 - abril de 1973 e fevereiro de 1994 – contribuintes CNIS A pessoa é identificada no CNIS por um número: NIT, que é o mesmo que o PIS/ PASEP/ NIS. –Elo – Associação de NITs. –NIT Inexistente (novo); –NIT Indeterminado • Comprovar titularidade ou recolhimento; –NIT Faixa Crítica (CV) e NIT Terceiros: CNIS Indicadores: –A – Acertados – Ex.: AEXT-VTR. –P – Pendências – Ex.: PREC-MENOR-MIN. – I – Indicativo – Ex.: IREC-FBR, IREC-LC123, IEAN. CNIS CNIS SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) SUB – SISBEN (PLENUS) PRISMA PRISMA PRISMA PRISMA PRISMA SABI SIBE MEU.INSS.GOV.BR SAG •Requerimento.inss.gov.br •Acesso apenas para conveniados •Cadastro cadastroinss@oabpr.org.br •Uma vez cadastrado o conveniado, não pode requerer por outro meio (3ª Cláusula, III, a). •Comunicar término do mandato e óbito. GET – GERENCIADOR DE TAREFAS •Tarefas (serviços) – pendentes, em exigência, vencendo hoje, atrasadas, concluídas, sem responsável, minhas tarefas, fila da unidade... •Subtarefas (s/ e-mail do interessado) e-sisrec Sistema de processo eletrônico de Recurso Administrativo. Protocolo pelo SAG/Meu INSS e acompanhamento portal https://consultaprocessos.inss.gov.br/ PRODUÇÃO DE PROVAS NA VIA ADMINISTRATIVA: INSS E CRPS PRODUÇÃO DE PROVAS - TIPOS As provas são documentais ou testemunhais. Documentos originais, cópias autenticadas em cartório, por advogado, administrativamente e simples (cópia da autenticada). Produção de provas formuladas e de ofício. Cabe prova emprestada. São admitidas todas as provas admitidas em direito exceto as ilícitas. Pautada no princípio da verdade material. A administração deve buscar as provas. Automatização do processo. Convênios celebrados com os cartórios e Secretarias. CNIS é a PROVA PRINCIPAL – Lei e Decreto. PRODUÇÃO DE PROVAS – SEGURADO ESPECIAL A comprovação da atividade rurícola se divide em três momentos: – Benefícios com DER até 17/01/2019 (antiga): • Aceita-se Declaração do Sindicato como prova. – Benefícios com DER a partir de 18/01/2019: • Comprovação por meio da autodeclaração ratificada pelos documentos do Art. 106 Lei 8.213/91. – Benefícios com DER a partir de 18/03/2019 (nova comprovação): PRODUÇÃO DE PROVAS – SEGURADO ESPECIAL Nova comprovação – Lei 8.213/91, Art. 38-B, § 2º: – “Para o período anterior a 1º de janeiro de 2023, o segurado especial comprovará o tempo de exercício da atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no regulamento.” Ofício Circular nº 46/2019 INSS – DER a partir de 18/03/2019. PRODUÇÃO DE PROVAS – SEGURADO ESPECIAL Nova comprovação: – Autodeclaração (Declaração do Trabalhador Rural); – Instrumento ratificador: • Informações de bases governamentais (InfoDAP, RGP, INCRA, CAFIR, etc); • Documentos do Art. 47 e 54 IN 77/2017 (NFPR, CC, CN, NFE, ...); • Apenas um, salvo B41 que precisa de um para cada metade da carência (podendo ser anterior). – Inexistência de elemento descaracterizador; PRODUÇÃO DE PROVAS - MEIOS Carta de Exigência – por e-mail/telefone – comparecimento no prazo de 3 dias – prorrogação – vedação de exigência para procuração e de agendamento – Art. 666 – cumprimento – Início do prazo; OFÍCIO A ÓRGÃOS PÚBLICOS – Decreto 9.094/2017. PRODUÇÃO DE PROVAS - MEIOS PESQUISA INTERNA – Consulta a sistemas corporativos e a processos anteriores (prova emprestada); PESQUISA EXTERNA – Constatação in locu. Vinculo empregatício, União Estável, atividade rural, atividade especial e miserabilidade. “é o serviço externo que visa a elucidar fato verificado por meio de documentação apresentada pelo cidadão, bem como a realização de visitas necessárias ao desempenho das atividades de serviço social, perícia médica, reabilitação profissional” Resolução INSS 120/2010 PRODUÇÃO DE PROVAS JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA – DEC. 3.048/99 ART. 142/151 e OI 177/2007 Suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância relativas a tempo de contribuição (rural, empregado, especial, contribuinte individual), união estável e identidade. Requerimento – clara e minuciosa. Início de Prova Material e interpretações. PRODUÇÃO DE PROVAS - JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA Testemunhas e depoentes. Não podem ser testemunhas: I - os loucos de todo o gênero; II - os cegos e surdos, quando a ciência do fato, que se quer provar, dependa dos sentidos, que lhes faltam; III - os menores de dezesseis anos; e IV - o ascendente, descendente ou colateral, até o terceiro grau, por consanguinidade ou afinidade. Não toque nos fatos. ● ESTUDO DA PRÁTICA ADMINISTRATIVA: ● ATENDIMENTO DO SEGURADO ANÁLISE DO DIREITO E PRÉ INSTRUÇÃO PRIMEIRA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA - INSS SEGUNDA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA – JRPS TERCEIRA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA – CAJ E CP ATENDIMENTO AO SEGURADO CLIENTE PRÁTICA ADMINISTRATIVA – ATENDIMENTO AO SEGURADO CONVERSA COM O SEGURADO: •Prestou Serviço Militar? •Trabalhou na Roça? Como funcionava? Nas terras de quem? Quem mais trabalhava nessas terras? Algum deles se aposentou? Quais documentos você tem? •Já entrou com alguma ação judicial contra empresa (RT)? •Já pagou o carnê do INSS? •Como é seu ambiente de trabalho? Já trabalhou com risco à saúde? Tem algum PPP? •Já pediu benefício no INSS? Entrou com ação contra o INSS? •Está trabalhando ou contribuindo no momento? PRÁTICA ADMINISTRATIVA – ATENDIMENTO AO SEGURADO PROVIDENCIAR: •Procuração com cópia da identidade. •Termo de responsabilidade dos documentos que foram apresentados, elencando cada documento. •Reter e autenticar todos os documentos necessários para provar o direito, incluindo requerimento de J.A. •Imprimir Requerimento em www.meuinss.net e colher a assinatura do segurado PRÁTICA ADMINISTRATIVA – ATENDIMENTO AO SEGURADO PROVIDENCIAR: •Consultas prévias SISBEN e CNIS (APS) •Cópias dos laudos médicos do sistema SABI (SAG) •Cópias dos processos anteriores (SAG) PRÁTICA ADMINISTRATIVA – ATENDIMENTO AO SEGURADO ANALISAR OS DOCUMENTOS: •Olhar minuciosamente as CTPS (todas) para ver se há atividade especial enquadrável. •Confrontar os vínculos empregatícios da CTPS com o CNIS, um a um. •Observar as anotações da CTPS, pois pode haver registro de trabalho temporário ou recebimento de benefício previdenciário (B80, 31, 91), vínculos que não existem no CNIS ou são extemporâneos, sem data de saída, sem remuneração no PBC, regime previdenciário, etc.) •Confrontaros Carnês/GPS com o CNIS e as Microfichas. PREPARANDO OS DOCUMENTOS – PETIÇÃO FORMA: •A) Indicar o ÓRGÃO (APS); •B) Identificação do Interessado, seu Representante Legal e o Procurador; •C) Indicação do local da intimação ou domicílio. •D) Indicação do pedido (específico e genérico), com exposição dos fatos (e PROVAS) e de seus fundamentos (IN 77/2015 ou normas internas da Autarquia); •E) Elencar os documentos que estão sendo apresentados e serão apresentados (IN 77/2015, art 671). Se quiser, juntar contagem do TC; •E) Data e assinatura do requerente/procurador; PREPARANDO OS DOCUMENTOS - ORDEM Documentos devem estar na seguinte ORDEM: 1) Requerimento (www.meuinss.net) assinado pelo segurado. 2) Procuração, documento identificação e CPF do procurador; 3) Documentos pessoais do segurado/dependentes; 4) Comprovantes do evento gerador e demais documentos referentes às relações previdenciárias; 5) Outros. Simulação e lista dos documentos apresentados. http://www.meuinss.net/ PREPARANDO OS DOCUMENTOS - PDF Documentos apresentados devem: → Formato PDF, colorido com 24 bits, resolução 150 DPI. → Cada arquivo até 5Mb, totalizando 50 Mb no protocolo. PDFSam Basic e https://www.ilovepdf.com/pt (5Mb→ 1,7Mb). → Ter o seguinte nome (Acordo): NOME_DO_SEGURADO_123.456.789.09_TERCEIROS.PDF PREPARANDO OS DOCUMENTOS - AUTENTICAÇÃO → Todos devem ser autenticados. Idoneidade e contemporaneidade. Do contrário, será solicitado novo envio ou atendimento presencial. → Retenção dos originais por 10 anos: Res INSS166/2011 §2º. CPC Art. 425 § 1º Os originais dos documentos digitalizados mencionados no inciso VI deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para propositura de ação rescisória. Muita atenção aqui! INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS: 1ª- INSS 2ª – JUNTAS DE RECURSOS - JR 3ª – CÂMARAS DE JULGAMENTO - CAJ PRIMEIRA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA REQUERIMENTO JUNTO AO INSS MEIOS DE REQUERIMENTO FLUXO – INSS DECISÃO FINAL DO INSS - JULGAMENTO PRAZO: 30 DIAS (§ 4º art. 691) prorrogável motivadamente por igual período. Reabertura do processo anterior – art. 696. Concessão do melhor benefício – Art. 687. Reafirmação da DER – Art. 690. Primeiro pagamento por cartão magnético REVISÃO ADMINISTRATIVA REVISÃO ADMINISTRATIVA Identificar o direito do segurado após reanálise do processo ( o que o INSS já reconheceu) e do sistema (CNIS, HISCAL, CONREV). Ex.: MDC e recolhimento em atraso. Ver se há possibilidade de perder. REVISÃO ADMINISTRATIVA REVISÃO ADMINISTRATIVA Art. 563. § 1º Não se consideram novos elementos: I - os documentos apresentados para provar fato do qual o INSS já tinha ciência, inclusive através do CNIS, e não oportunizou ao segurado o prazo para a comprovação no ato da concessão, tais como: a) dados extemporâneos ou vínculos sem data de rescisão; b) vínculos sem salários de contribuição; c) período de atividade rural pendente de comprovação no CNIS; e d) período de atividade especial informados pela empresa através de GFIP; REVISÃO ADMINISTRATIVA II - a decisão judicial de matéria previdenciária, na qual o INSS é parte, e baseada em documentação apresentada no processo administrativo. Monitoramento Operacional de Benefícios - MOB PROCESSO JUNTO AO INSS Lembre-se que o servidor do INSS está vinculado a IN 77/2015. Assim, no âmbito do INSS, seus pedidos precisam estar fundamentados nesta Instrução. Alerte o servidor disso. Se necessário, alerte o Chefe de Benefícios ou o Gerente da APS. Se ainda permanecerem, deliberadamente, descumprindo a IN, registre sua reclamação na ouvidoria pelo site www.inss.gov.br ou ligue na central 135, ou ainda no SRD ou SERAT. SEGUNDA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA RECURSO ORDINÁRIO RECURSO ADMINISTRATIVO Recurso Administrativo ou Ação Judicial? Lei 8.213/91. Art. 126. “§ 3º A propositura de ação que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto.” RECURSO ADMINISTRATIVO - VANTAGENS Prazo largo de 30 dias corridos a contar da ciência. Não há qualquer custas nem sucumbências. O processo é eletrônico, com acompanhamento pela internet. A velocidade do processo e do recebimento do benefício. Distribuição. O INSS não recorre tanto como é no judicial. Coisa Julgada administrativa. Se não conseguir o direito, ainda pode recorrer ao Poder Judiciário; RECURSOS E PROCEDIMENTOS → RECURSOS: - Recurso Ordinário - JRPS; - Recurso Especial - CAJ; RECURSOS E PROCEDIMENTOS → PROCEDIMENTOS - Pedido de Uniformização de Jurisprudência - Reclamação ao Conselho Pleno - Embargos de Declaração; - Reclamação pelo Descumprimento de Decisão do CRSS; - Revisão de Ofício; - Exceção de impedimento de Conselheiro; RECURSO ORDINÁRIO ESTUDO DO RECURSO ORDINÁRIO ÀS JUNTAS DE RECURSOS RECURSO ORDINÁRIO O caminho do Recurso Ordinário (RO). Peça de Interposição no RO Razões descrevendo os fatos e fundamentadas na Lei, no Decreto, nas Jurisprudências e na doutrina. O pedido. Sustentação Oral. Protocolo no SAG/Meu INSS. Oportunidade da APS reparar eventual erro. Reclamação à cgt.crps@previdencia.gov.br RECURSO ORDINÁRIO Tutelas de urgência aplicáveis: → Antecipação da tutela (CPC); → Medida Acauteladora: Lei 9.784/99 “Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.” → Efeito Suspensivo: Lei 9.784/99 “Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.” RECURSO ORDINÁRIO MATÉRIAS DE ALÇADA DAS JUNTAS DE RECURSOS → fundamentada exclusivamente em matéria médica e relativa aos benefícios de auxílio-doença (T1, T2 e NTEP); → proferida sobre reajustamento de benefício em manutenção, em consonância com os índices estabelecidos em lei. RECURSO ORDINÁRIO Dos Acórdãos das Juntas de Recursos podem ser interpostos Embargos de Declaração, Recurso Especial, Pedido de Uniformização de Jurisprudência e Reclamação ao Pleno (matérias de alçada), e Revisão do Acórdão. Vamos ao Recurso Especial. TERCEIRA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA RECURSO ESPECIAL RECURSO ESPECIAL Qual a função da CAJ? Conhecimento integral da causa. RECURSO ESPECIAL RECURSO ESPECIAL DO ADMINISTRADO Quando o segurado pode interpôr o Recurso Especial? Pode arguir novos argumentos e novas provas? Onde o REsp é apresentado? Qual é o prazo? Quando começa? Peça de Interposição no REsp? Contrarrazões do INSS. RECURSO ESPECIAL RECURSO ESPECIAL DO INSS Quando o INSS pode interpôr o Recurso Especial? “RICRSS. Art. 30. O INSS recorrerá das decisões das Juntas de Recurso quando: I - violarem disposição de lei, de decreto ou de portaria ministerial; II - divergirem de Súmula ou de Parecer do Advogado Geral da União, editado na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993. III - divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica do MDSA, dos extintos MTPS e MPS ou da Procuradoria Federal Especializada - INSS, aprovado pelo Procurador-Chefe RECURSO ESPECIAL IV - divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRSS e do antigo CRPS; V - tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres médicos divergentes emitidos pela Assessoria Técnico-Médica no âmbito do CRSS e pelos Médicos peritos do INSS, ressalvados os benefícios de auxílio-doença e assistenciais...; e VI - contiverem vício insanável.” RECURSO ESPECIAL Poderia o INSS recorrer à CAJ com base na IN? Poderia o INSS recorrer à CAJ porque a JRPS não motivou adequadamente? O início do prazo; As contrarrazões do beneficiário; A intempestividade do REsp do INSS e a obrigação de implantar o benefícioantes de recorrer. RECURSO ESPECIAL RESOLUÇÃO Nº 127/INSS/PRES, DE 16/12/2010 – Manual de Recursos de Benefícios da DIRBEN. Item 5.2: "A tempestividade da interposição de recurso do INSS às Câmaras de Julgamento deverá ser demonstrada com a protocolização deste no sistema, observando-se o prazo decorrido desde o recebimento do processo no SRD. Se o INSS perder o prazo para recorrer à CaJ, a decisão da JR será cumprida na íntegra e de imediato. O cumprimento da decisão não escusa o INSS da obrigatoriedade de posterior interposição de recurso especial com pedido de relevação da intempestividade, nos moldes do art. 13, inciso II, do RICRPS.” RECURSO ESPECIAL O Julgamento do REsp é do mesmo modo que do RO? Há sustentação oral? O que acontece com o processo depois que o Acórdão é gerado? EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Prazo: 30 dias; Requisitos: omissão, contradição, ambiguidade, obscuridade ou erro material (qualquer tempo); Efeito suspensivo; Dirigido ao Relator do processo; O caminho percorrido pelos Embargos de Declaração; Caráter integrativo ou modificativo; RECURSO ESPECIAL O que pode ser solicitado em face contra uma decisão da CAJ? Podem ser interpostos Embargos de Declaração, Pedido de Uniformização de Jurisprudência, Reclamação ao Pleno e Revisão do Acórdão. REVISÃO DE ACÓRDÃO REVISÃO DE ACÓRDÃO RICRSS - “Art. 59. Os órgãos julgadores deverão rever suas próprias decisões, de ofício, ou a pedido, enquanto não ocorrer a decadência de que trata o art. 103-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, quando: I - violarem literal disposição de lei ou decreto; II - divergirem dos Pareceres da Consultoria Jurídica do MDSA, aprovados pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Agrário, bem como, Súmulas e Pareceres do Advogado-Geral da União, na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993; REVISÃO DE ACÓRDÃO III - divergirem dos Pareceres da Consultoria Jurídica dos extintos MPS e MTPS, vigentes e aprovados pelos então Ministros de Estado da Previdência Social e do Trabalho e Previdência Social IV - divergirem de enunciado editado pelo Conselho Pleno; e V - for constatado vício insanável.” Por que não é recomendável a Revisão de Ofício no âmbito da Junta de Recursos? EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO DE CONSELHEIRO EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO DE CONSELHEIRO Quando o conselheiro estará impedido? I - participou do julgamento em 1ª instância; II - interveio como procurador da parte, como perito ou serviu como testemunha; III - no processo estiver postulando, como procurador ou advogado da parte, o seu cônjuge ou companheiro ou companheira, ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - seja cônjuge, companheiro ou companheira, parente, consanguíneo ou afim da parte interessada, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO DE CONSELHEIRO V - for amigo íntimo ou notório inimigo da parte interessada; VI - tiver auferido vantagem ou proveito de qualquer natureza antes ou depois de iniciado o processo administrativo, em razão de aconselhamento acerca do objeto da causa; e VII - tiver interesse, direta ou indiretamente, no julgamento do recurso em favor de uma das partes. VIII - houver proferido a decisão indeferitória no âmbito do INSS. EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO DE CONSELHEIRO → Peça simples, por escrito, apresentada até até o momento da apresentação de memoriais ou na sustentação oral; → Dependendo da gravidade da infração, o conselheiro poderá perder o mandato; RECLAMAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO DO CRPS RECLAMAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO DO CRPS Requerimento instruído com cópia da decisão não cumprida e dirigida ao Presidente do CRSS; Protocolada no INSS ou nos órgãos julgadores e e-mail (cgt.crss@mds.gov.br); A CGT intima a APS/SRD para justificar no prazo improrrogável de 5 dias. Após é expedido Ofício pelo Presidente do CRSS à DIRBEN para providências e instauração de PAD; RECLAMAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO DO CRPS PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA EM CASO CONCRETO Cabível quando: I - quando houver divergência na interpretação em matéria de direito entre acórdãos de Câmaras de Julgamento do CRSS, em sede de Recurso Especial, ou entre estes e resoluções do Conselho Pleno; ou II - quando houver divergência na interpretação em matéria de direito entre acórdãos de Juntas de Recursos do CRSS, nas hipóteses de alçada exclusiva previstas no art. 30, § 2º, deste Regimento, ou entre estes e Resoluções do Conselho Pleno. Comprovação com Acórdão Paradigma dos últimos 5 anos; PEDIDO UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA EM CASO CONCRETO Dirigido ao Presidente do Órgão Julgador, que fará o juízo de admissibilidade; Cabe Recurso ao Presidente do CRPS; Julgado pelo Conselho Pleno; PEDIDO UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA EM CASO CONCRETO RECLAMAÇÃO AO CONSELHO PLENO RECLAMAÇÃO AO CONSELHO PLENO Cabível quando Acórdãos de JRPS (alçada) e CAJ violarem a Enunciados do Conselho Pleno e Pareceres da Consultoria Jurídica do MPS ou MDS; Prazo de 30 dias; Dirigido ao Presidente do CRPS, que fará o juízo de admissibilidade irrecorrível; Julgado pelo Conselho Pleno; ENUNCIADOS DO CONSELHO PLENO ENUNCIADO 1 A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o beneficiário fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido. I - Satisfeitos os requisitos para a concessão de mais de um tipo de benefício, o INSS oferecerá ao interessado o direito de opção, mediante a apresentação dos demonstrativos financeiros de cada um deles. II - Preenchidos os requisitos para mais de uma espécie de benefício na Data de Entrada do Requerimento (DER) e em não tendo sido oferecido ao interessado o direito de opção pelo melhor benefício, este poderá solicitar revisão e alteração para espécie que lhe é mais vantajosa, cujos efeitos financeiros remontarão à DER do benefício concedido originariamente, observada a decadência e a prescrição quinquenal. ENUNCIADO 1 III - Implementados os requisitos para o reconhecimento do direito em momento posterior ao requerimento administrativo, poderá ser reafirmada a DER até a data do cumprimento da decisão do CRPS. IV - Retornando os autos ao INSS, cabe ao interessado a opção pela reafirmação da DER mediante expressa concordância, aplicando-se a todas as situações que resultem em benefício mais vantajoso ao interessado. ENUNCIADO 2 Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não competir ao segurado. I - Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência abril de 2003, do contribuinte individual prestador de serviço. II - Não é absoluto o valor probatório da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), mas é possível formar prova suficiente para fins previdenciários se esta não tiver defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade, salvo existência de dúvida devidamente fundamentada. ENUNCIADO 2 III - A concessão de benefícios no valor mínimo ao segurado empregado doméstico independe de prova do recolhimento das contribuições, inclusive a primeira sem atraso, desde que atendidos os demais requisitos legais exigidos, exceto para fins de contagem recíproca. IV - O vínculo do segurado como empregado doméstico será computado para fins de carência, ainda que esteja filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em categoria diversa na Data de Entrada do Requerimento (DER). V - É permitida a contagem, como tempo de contribuição, do tempo exercido na condição de aluno-aprendiz, exceto para fins de contagem recíproca, referente ao período de aprendizado profissional realizado em escolas técnicas, desde que comprovada a remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo empregatício, admitindo-se,como confirmação deste, o trabalho prestado na execução de atividades com vistas a atender encomendas de terceiros. ENUNCIADO 3 A comprovação do tempo de contribuição, mediante ação trabalhista transitada em julgado, somente produzirá efeitos para fins previdenciários quando baseada em início de prova material contemporânea aos fatos, constantes nos autos do processo judicial ou administrativo. I - Não será admitida, para os fins previstos na legislação previdenciária, prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito. II - Não será exigido início de prova material se o objeto da ação trabalhista for a reintegração ou a complementação de remuneração, desde que devidamente comprovado o vínculo anterior em ambos os casos. ENUNCIADO 4 A comprovação de união estável e de dependência econômica, mediante ação judicial transitada em julgado, somente produzirá efeitos para fins previdenciários quando baseada em início de prova material contemporânea aos fatos, constantes nos autos do processo judicial ou administrativo. I - A dependência econômica pode ser parcial, devendo, no entanto, representar um auxílio substancial, permanente e necessário, cuja falta acarretaria desequilíbrio dos meios de subsistência do dependente. II - O recebimento de ajuda econômica ou financeira, sob qualquer forma, ainda que superveniente, poderá caracterizar a dependência econômica parcial, observados os demais elementos de prova no caso concreto. ENUNCIADO 4 III - A habilitação tardia de beneficiários menores, incapazes ou ausentes, em benefícios previdenciários já com dependentes anteriormente habilitados, somente produzirá efeitos financeiros a contar da Data de Entrada do Requerimento (DER), sendo incabível a retroação da Data do Início do Pagamento (DIP) para permitir a entrega de valores a partir do fato gerador do benefício. IV - É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de benefício previdenciário até a data do seu óbito. V - A concessão da pensão por morte ao cônjuge ou companheiro do sexo masculino, no período compreendido entre a promulgação da Constituição Federal de 1988 e o advento da Lei nº 8.213 de 1991, rege-se pelas normas do Decreto nº. 83.080, de 24 de janeiro de 1979, seguido pela Consolidação das Leis da Previdência Social (CLPS) expedida pelo Decreto nº. 89.312, de 23 de janeiro de 1984, que continuaram a viger até o advento da Lei nº. 8.213/91, aplicando-se tanto ao trabalhador do regime previdenciário rural quanto ao segurado do regime urbano. ENUNCIADO 5 O contribuinte individual comprovará a interrupção ou o encerramento da sua atividade, sob pena de ser considerado em débito no período sem contribuição. I - A concessão de prestações ao contribuinte individual inscrito em débito ou aos seus dependentes é condicionada ao recolhimento prévio pelo segurado das contribuições em atraso necessárias à reaquisição da qualidade de segurado ou da carência, conforme o caso, salvo em relação ao prestador de serviço, a partir da competência abril de 2003. ENUNCIADO 6 Cabe ao INSS conceder o salário-maternidade à gestante demitida sem justa causa no curso da gravidez, preenchidos os demais requisitos legais, pagando-o diretamente. I - É vedado, em qualquer caso, o pagamento do salário-maternidade em duplicidade, caso a segurada tenha sido indenizada pelo empregador. II - Poderá ser solicitada diligência a fim de comprovar se houve pagamento do valor correspondente ao salário-maternidade pelo ex-empregador, enquanto não transcorrer o prazo prescricional para pretensão de créditos trabalhistas. ENUNCIADO 7 Não há direito a benefício por incapacidade quando o seu fato gerador é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), salvo agravamento ou progressão da doença. I - Fixada a Data de Início da Incapacidade (DII) antes da perda da qualidade de segurado, a falta de contribuição posterior não prejudica o seu direito às prestações previdenciárias. II - Não será considerada a perda da qualidade de segurado decorrente da própria moléstia incapacitante para a concessão de prestações previdenciárias. III - A revisão dos parâmetros médicos efetuada em sede de benefício por incapacidade não enseja a devolução dos valores recebidos, se presente a boa-fé objetiva. ENUNCIADO 7 IV - É devido o auxílio-doença ao segurado temporariamente incapaz, de forma total ou parcial, atendidos os demais requisitos legais, entendendo-se por incapacidade parcial aquela que permita sua reabilitação para outras atividades laborais. V - Para a acumulação do auxílio-acidente com proventos de aposentadoria, a consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza que resulte sequelas definitivas e a concessão da aposentadoria devem ser anteriores a 11/11/1997, data da publicação da Medida Provisória nº 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528/97. VI - Não se aplica o disposto no artigo 76 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3048/99, para justificar a retroação do termo inicial do benefício auxílio doença requerido após o trigésimo dia do afastamento da incapacidade, nos casos em que a perícia médica fixar o início da atividade anterior à data de entrada do requerimento, tendo em vista que esta hipótese não implica em ciência pretérita da Previdência Social. ENUNCIADO 8 O tempo de trabalho rural do segurado especial e do contribuinte individual, anterior à Lei nº 8.213/91, pode ser utilizado, independente do recolhimento das contribuições, para fins de benefícios no RGPS, exceto para carência. I - O tempo de trabalho rural do segurado especial e do contribuinte individual, anterior à Lei nº 8.213/91, pode ser utilizado para contagem recíproca, desde que sejam indenizadas as respectivas contribuições previdenciárias. II - A atividade agropecuária efetivamente explorada em área de até 4 módulos fiscais, individualmente ou em regime de economia familiar na condição de produtor, devidamente comprovada nos autos do processo, não descaracteriza a condição de segurado especial, independente da área total do imóvel rural. ENUNCIADO 8 III - O exercício de atividade urbana por um dos integrantes do grupo familiar não implica, por si só, na descaracterização dos demais membros como segurado especial, condição que deve ser devidamente comprovada no caso concreto. IV - Quem exerce atividade rural em regime de economia familiar, além das tarefas domésticas em seu domicílio, é considerado segurado especial, aproveitando-se lhe as provas em nome de seu cônjuge ou companheiro (a), corroboradas por outros meios de prova. ENUNCIADO 8 V - O início de prova material - documento contemporâneo dotado de fé pública, sem rasuras ou retificações recentes, constando a qualificação do segurado ou de membros do seu grupo familiar como rurícola, lavrador ou agricultor - deverá ser corroborado por outros elementos, produzindo um conjunto probatório harmônico, robusto e convincente, capaz de comprovar os fatos alegados. VI - Não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício, porém deve ser contemporâneo à época dos fatos a provar, inclusive podendo servir de começo de prova documento anterior a este período. ENUNCIADO 9 O segurado que exerça funções de magistério, nos termos da Lei de Diretrizes Básicas da Educação, poderá ser considerado professor para fins de redução do tempo de contribuição necessário à aposentadoria (B-57), observados os demais elementos de prova no caso concreto. I - Consideram-se funções de magistério as efetivamente exercidas nas instituições de educação básica, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico, inclusive nos casos de reintegração trabalhista transitada em julgado. ENUNCIADO 10 O prazo decadencial previsto no art. 103-Ada Lei 8.213/91, para revisão dos atos praticados pela Previdência Social antes da Lei nº 9.784/99, só começa a correr a partir de 1º/02/99. I - Não se aplicam às revisões de reajustamento e às estabelecidas em dispositivo legal, os prazos de decadência de que tratam os arts. 103 e 103-A da Lei 8.213/91. II - A decadência prevista no art. 103-A da Lei nº 8.213/91 incide na revisão de acúmulo de auxílio-suplementar com aposentadoria de qualquer natureza e na manutenção de benefícios, ainda que irregular, salvo se comprovada a má-fé do beneficiário, a contar da percepção do primeiro pagamento indevido. ENUNCIADO 10 III - A má-fé afasta a decadência, mas não a prescrição, e deve ser comprovada em procedimento próprio, no caso concreto, assegurado o contraditório e a ampla defesa. IV - Não se aplica a decadência prevista no art. 103-A da Lei nº 8.213/91 nos benefícios por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez) e assistenciais sujeitos a revisão periódica prevista na legislação. V - O pecúlio previsto no inciso II do artigo 81 da Lei n.º 8.213/91, em sua redação original que não foi pago em vida ao segurado aposentado que retornou à atividade quando dela se afastou, é devido aos seus dependentes ou sucessores, relativamente às contribuições vertidas até 14/04/94, salvo se prescrito. ENUNCIADO 11 O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é documento hábil à comprovação da efetiva exposição do segurado a todos os agentes nocivos, sendo dispensável o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) para requerimentos feitos a partir de 1º/1/2004, inclusive abrangendo períodos anteriores a esta data. I - Poderá ser solicitado o LTCAT em caso de dúvidas ou divergências em relação às informações contidas no PPP ou no processo administrativo. ENUNCIADO 11 II - O LTCAT ou as demonstrações ambientais substitutas extemporâneos que informem quaisquer alterações no meio ambiente do trabalho ao longo do tempo são aptos a comprovar o exercício de atividade especial, desde que a empresa informe expressamente que, ainda assim, havia efetiva exposição ao agente nocivo. III - Não se exigirá o LTCAT para períodos de atividades anteriores 14/10/96, data da publicação da Medida Provisória n.º 1.523/96, facultando-se ao segurado a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos por qualquer meio de prova em direito admitido, exceto em relação a ruído. ENUNCIADO 12 O fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho. I - Se o EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não há direito à aposentadoria especial. II - A utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva-EPC e/ou EPI não elide a exposição aos agentes reconhecidamente cancerígenos, a ruído acima dos limites de tolerância, ainda que considerados eficazes; III - A eficácia do EPI não obsta o reconhecimento de atividade especial exercida antes de 3/12/1998, data de início da vigência da MP 1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98, para qualquer agente nocivo. ENUNCIADO 13 Atendidas as demais condições legais, considera-se especial, no âmbito do RGPS, a atividade exercida com exposição a ruído superior a 80 decibéis até 05/03/97, superior a 90 decibéis desta data até 18/11/2003, e superior a 85 decibéis a partir de então. I - Os níveis de ruído devem ser medidos, observado o disposto na Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15), anexos 1 e 2, com aparelho medidor de nível de pressão sonora, operando nos circuitos de compensação - dB (A) para ruído contínuo ou intermitente ou dB (C) para ruído de impacto. II - Até 31 de dezembro de 2003, para a aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias contidas na NR-15, devendo ser aceitos ou o nível de pressão sonora pontual ou a média de ruído, podendo ser informado decibelímetro, dosímetro ou medição pontual no campo "Técnica Utilizada" do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). ENUNCIADO 13 III - A partir de 1º de janeiro de 2004, para a aferição de ruído contínuo ou intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias contidas na Norma de Higiene Ocupacional 01 (NHO-01) da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a medição de exposição durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo constar do PPP a técnica utilizada e a respectiva norma. IV - Em caso de omissão ou dúvida quanto à indicação da metodologia ou técnica utilizadas para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) ou solicitada inspeção no ambiente de trabalho, para fins de verificar a técnica utilizada na medição, bem como a respectiva norma. ENUNCIADO 14 A atividade especial efetivamente desempenhada pelo segurado, permite o enquadramento por categoria profissional até 28/04/1995 nos anexos dos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79, ainda que divergente do registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Ficha ou Livro de Registro de Empregados, desde que comprovado o exercício nas mesmas condições de insalubridade, periculosidade ou penosidade. I - É dispensável a apresentação de PPP ou outro formulário para enquadramento de atividade especial por categoria profissional, desde que a profissão ou atividade comprovadamente exercida pelo segurado conste nos anexos dos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79. II - O enquadramento do guarda, vigia ou vigilante no código 2.5.7 do Decreto nº 53.831/64 independe do uso, porte ou posse de arma de fogo ENUNCIADO 15 Para os efeitos de reconhecimento de tempo especial, o enquadramento do tempo de atividade do trabalhador rural, segurado empregado, sob o código 2.2.1 do Quadro anexo ao Decreto nº 53.831/64, é possível quando o regime de vinculação for o da Previdência Social Urbana, e não o da Previdência Rural (PRORURAL), para os períodos anteriores à unificação de ambos os regimes pela Lei nº 8.213/91, e aplica-se ao tempo de atividade rural exercido até 28/04/95, independentemente de ter sido prestado exclusivamente na lavoura ou na pecuária. I - Até a edição da Lei nº 8.213, de 24/07/91, é possível o enquadramento como especial do labor prestado na agricultura (cód 2.2.1 do Decreto nº 53.831/64) desde que o trabalhador estivesse vinculado ao setor rural da agroindústria e a respectiva empresa necessariamente inscrita no extinto Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários - IAPI. II - Após a Lei nº 8.213/91 e até a Lei 9.032/95, admite-se o reconhecimento como especial o trabalho exercido pelo empregado rural na agropecuária, agricultura ou pecuária. ENUNCIADO 16 A suspeita de fraude na concessão de benefício previdenciário ou assistencial não enseja, de plano, a sua suspensão ou cancelamento, mas dependerá de apuração em procedimento administrativo, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa e as disposições do art. 69 da Lei nº 8.212/91. Obrigado a todos e todas!!! Prof. Paulo Vitor Nazário Sermann Insta: Profe Amadinho professor@sermann.adv.br
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