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AO JUÍZO DA VARA CÍVIL DA COMARCA DE ARAÇATUBA/SP
MARIA, brasileira, viúva, dona de casa, portadora da carteira de identidade nº XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na rua Bergamo 123, apt. 205, Araçatuba/SP, endereço eletrônico, vem, perante Vossa Excelência, com absoluto respeito, por meio de seu advogado que a esta subscreve, com endereço profissional xxx, endereço eletrônico xxx, apresentar AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MORAIS E MATERIAS, em desfavor de ROBERTO, brasileiro, estado civil, comerciante, residente e domiciliado em Recife/PE, pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
I. DA PRELIMINAR DE JUSTIÇA GRATUITA 
A requerente não tem condições de suportar as custas processuais e os honorários advocatícios, vez que isso lhe causa prejuízo no sustento próprio. Portanto, solicita-se a gratuidade da justiça, conforme dicção do art. 98 do CPC.
II. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
A requerente tem interessem em realizar a audiência de conciliação ou mediação. 
III. DOS FATOS 
Marcos, marido da AUTORA, caminhava tranquilamente pela rua até que, de súbito, um ar-condicionado que era manejado, às alturas, pelo RÉU. O senhor Marcos, ainda vivo, fora encaminhado para o hospital, mas não resistiu aos graves ferimentos e veio a falecer depois de estar internado por um dia. 
Como se podia esperar, A AUTORA, esposa do senhor Marcos, ficou transtornada com a situação e não soube se orientar devidamente. Em meio ao caos que ficou a sua vida, organizou-se para ir até a cidade onde aconteceu o acidente e realizar o translado do corpo do de cujus para que o sepultamento ocorra no lugar de sua moradia, que é Araçatuba/SP. 
O falecido não deixou filhos e, com todo seu esforço diário, conseguia colocar comida na mesa e sustentar sua família com um salário mínimo. Todos os detalhes que envolveram a internação no hospital particular e o translado, somados, dão o montante de R$ 6.000,00 (seis mil reais), custando R$ 3.000,00 (três mil reais) cada serviço realizado. Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado o por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado.
IV. DOS FUNDAMENTOS 
O artigo 938 do Código Civil trata da matéria, determinando, de maneira extensiva, como responsável pela queda de objetos o habitante de edifício, não necessariamente o proprietário da construção ou da unidade autônoma, sendo incluso, desse modo, o mero possuidor da posse direta, como o arrendatário, comodatário, locatário e usufrutuário. 
Além do que já foi exposto, demonstra-se, com base no art. 186 do Código Civil que houve potencial dano ao senhor Marcos. Combinado com o art. 927 do mesmo código, fica adstrito que aquele que causa dano a outrem tem o dever de repará-lo. 
Como quem garantia o sustento da família era o de cujus, a situação da AUTORA complica-se perante o mercado de trabalho, já que não terá tempo, nem meios de oportunizar tentativas de conseguir emprego. Para isso, deve a REQUERIDA arcar com essas despesas, remediando o que fora feito. Tal remediação deve ser dada por pensão, que valha o mesmo que o de cujus auferia em sua atividade labora, isto é, o valor de um salário mínimo vigente no País. Deve-se ser dada a pensão por termo aproximado da expectativa de vida do cidadão brasileiro, que hoje é de 75 anos. 
Ademais, os custos com as atividades hospitalares também devem ser restituídos, uma vez que a AUTORA não dispõe de condições para arcar com o que fora feito em prol de seu falecido marido. A partir da morte, causou-se na AUTORA o constante sofrimento pela perda, valendo-se de remédios específicos para ficar controlada. Tal situação lança base para que sejam indenizados os danos morais.
V. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer a esse juízo:
A) Citação da parte REQUERIDA, para que apresente defesa no prazo estabelecido por lei, sob pena de revelia;
B) Designação de audiência de conciliação ou mediação e a respectiva citação da parte para o comparecimento, sob pena de sofrer com os efeitos da revelia; 
C) Pagamento, pela PARTE RÉ, dos valores que foram gastos, PELA AUTORA, com despesas hospitalares e funerárias; 
D) Condenação da parte ré ao pagamento de pensão no valor de um salário mínimo vigente no País, pelo período de 25 anos.
E) Condenação ao pagamento por danos morais no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);
F) Condenação da PARTE RÉ ao pagamento de custas e honorários advocatícios. 
VI. DAS PROVAS 
Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, sem exceção de nenhuma, em especial a documental e pericial. 
VII. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Nestes termos, pede deferimento. 
LOCAL/DATA
ADVOGADO (A)
OAB/UF

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