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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Lilian Araújo de Oliveira Costa
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Resumo
A ludicidade tem uma grande importância no desenvolvimento infantil. Na educação infantil o objetivo é compreender o lúdico, conhecer a sua importância e o que significa o brincar. Por meio do brincar a criança desenvolve uma relação com ela mesma e com o mundo. Construindo os benefícios da ludicidade na sua vida. Abrange também, jogos, brincadeiras, e o uso de brinquedos e a influência no desenvolvimento cognitivo, psíquico, motor, cultural, físico, social e na criatividade da criança. Neste artigo, trata-se de uma pesquisa de vários autores que aborda o tema pesquisado, proporcionando ao leitor uma consciência mais clara sobre a ludicidade aplicada na educação infantil, com uma pesquisa fundamentada e enriquecida.
Palavras-chave: Ludicidade. Desenvolvimento. Educação. Infantil.
1 INTRODUÇÃO
O tema orientado do artigo diz respeito aos jogos lúdicos, entretenimentos nas aulas na educação infantil. Tornando a prática e sua relação ao ensino e aprendizagem, a construção de conhecimento e não simplesmente uma brincadeira de criança. Mas sim, um processo educativo e por acreditar que leve o aluno ao desenvolvimento de competências e habilidades. Estimulando o aluno de forma lúdica ao conhecimento.
Na educação infantil a ludicidade diz respeito a jogos lúdicos, brincadeiras, entretenimento nas aulas. Tornando a pratica e sua relação ao ensino e aprendizagem, simplesmente atrativa para as crianças. Um processo educativo e leve para aprendizagem dos alunos.
O lúdico promove na educação um mundo de conhecimento, pensamento, oralidade e sentido.
Segundo Carvalho (1992, p.14), os jogos na vida da criança são de fundamental importância, pois quando brinca, explora e manuseia tudo em torno dela, por meio de esforços físicos e mentais sem se sentir comandada pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade.
O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre que englobe uma significação. É de 
grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais ais como estão postos. (KISHIMOTO, 1996 p.26)
As atividades lúdicas tornam possível desenvolver na criança atenção, a imaginação, as memorizações em muitos aspectos. Faz do professor um mediador com aulas mais alegres, bem planejadas e com conteúdo, tendo como aliados jogos/brinquedos/brincadeiras sempre buscando a reflexão, a analise, identificando interesses e as necessidades das crianças, trazendo um trabalho pedagógico de acordo com a realidade, experiência e emoções e descobertas
 O que serve de alerta para nos professores, é saber que as brincadeiras na educação infantil são de seriedade e transformadoras, jamais pensem que “é perda de tempo”. Brincar é uma necessidade, exercita a criatividade, fantasia e o desenvolver-se da criança. Brincando ela organiza o mundo, realiza papeis e cria situações que a prepara para o futuro.
A forma lúdica se torna ainda mais essencial para o desenvolvimento dos alunos da educação infantil, tornando prazeroso o aprender, melhorando a cada dia a educação no quadro social dos alunos. Brinca faz parte do universo das crianças, por isso nas brincadeiras as crianças se organizam, constroem regras para si e para o grupinho. Portanto, o brincar é uma das formas de linguagem que a criança possui para interagir. Bem organizada a utilização da brincadeira não é apenas uma recreação, mas uma boa aula.
Segundo o Referencial Curricular da Educação Infantil:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (BRASIL, 1998, P. 23, v 01)
A ludicidade tem grande importância no desenvolvimento na educação infantil ela está presente nas salas de aula, os jogos, e as brincadeiras se tornam fundamental para a construção da infância, porém nem sempre toda a criança tem acesso. Pois existe uma realidade que não se aplica a todas as crianças, por questões econômicas e sociais. E na escola, as crianças conseguem ter a oportunidade de brincar de forma que possa desenvolver-se. Ludicidade dá a oportunidade de livre escolha de atividades que possibilitem a criança mesma a escolher. Entendemos o que é atividade lúdica quando analisamos algumas ideias às abordagens psicogenéticas e a sócio-históricas. Dentro dessas abordagens podemos compreender melhor a natureza da importância da atividade lúdica. Existe uma estreita relação entre o desenvolvimento infantil, o brincar e a educação.
2 APRENDIZAGEM E A LUDICIDADE
Ultimamente os jogos e as brincadeiras vêm sendo estudada e pesquisada, uma vez que muitos pesquisadores comprovam a importância dos mesmos para o desenvolvimento infantil. A natureza infantil já envolve o brincar, para isso não é necessário regras, e não é preciso mandar as crianças brincar. Assim o brincar é algo muito importante para as crianças, envolve o cognitivo e o afetivo, além de melhorar as habilidades motoras. O termo “lúdico” abrange o brincar, atividade individual e coletiva. Os profissionais de educação associam ludicidade ao prazer. O prazer é o resultado do livre, gratuito, e podendo associar a qualquer atividade, o inverso pode retirar o prazer de qualquer atividade. Mukhina (1995, p.155) aponta que o jogo é extremamente importante para o desenvolvimento da criança porque ele “[...] dá origem às mudanças qualitativas na psique infantil”. 
Segundo Vygotsky (1989) o lúdico é considerado educativo quando desperta o interesse da criança peça disciplina, o professor precisa aproveitar esse interesse para facilitar a aprendizagem do aluno. Os jogos e brincadeiras despertam na criança o gosto pela vida. Os jogos são essenciais para estimular a vontade de aprender do aluno, muitas vezes são esquecidas na sala de aula, levando o aluno ao fracasso na aprendizagem.
Este aspecto é confirmado por Kishimoto (2000, p.22), ao referir que: 
Ao permitir a manifestação imaginária infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo [...], desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo.
O objetivo do jogo como atividade lúdica é disponibilizar ao aluno que está jogando, conhecimento, espontaneidade, liberdade e criatividade não deixando de ser significativamente independente de quem o joga, deixando de lado os sistemas educacionais rígidos.
Trabalhar com os jogos em sala de aula possibilita diversos objetivos, podemos observar o seguinte:
· Respeitar as regras do jogo;
· Aceitar as regras;
· Aprender a lidar com os resultados, positivos ou negativos;
· Lidar com frustrações;
· Saber interagir com outros participantes;
· Desenvolver a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas.
Lembrando que os jogos devem fazer uma ligação aos conteúdos e aos objetivos dentro da aprendizagem, tornando o ensino mais prazeroso fazendo o trabalho dos profissionais da área de educação ter mais significado 
Na abordagem psicogenética de Jean Piaget, explica-se a origem e a evolução da inteligência humana, dá-se o nome de Epistemologia genética “estudo da passagem dos estados inferiores do conhecimento aos estados mais complexos ou rigorosos” (Piaget, 1974 p.48). Para Piaget (1976), a inteligência se mostra dinâmica, e uma capacidade que se trabalha com dados de informações disponíveis.São expressas em vários estágios, na tentativa de crianças desenvolverem pequenas atividades, desde amarrar os cadarços de seu sapato, até organizar seus brinquedos. De acordo com a idade da criança ela vai desenvolvendo maiores habilidades para realizar diferentes atividades. Piaget (1964) o desenvolvimento é gradual e que as estruturas do pensamento deve estar preparadas para assimilar conhecimento, e que “a criança não é um adulto em miniatura”. A inteligência para Piaget, não é inata, mas construída com base em processos de auto-regulação.
Já na abordagem sócio-histórica, surge um contraposto a outro pensamento psicológico e sua construção se dá a partir da “desconstrução” dos pressupostos sobre os quais os sistemas atuais se ergueram. Para Vygotsky, a teoria histórico-cultural, impera que as condições sociais, históricas, vão interagir com as bases biológicas do comportamento.
Abordagem Vygotskyana aponta tipos de elementos mediadores, dentre os quais estão instrumentos e os signos. Toda a cultura é mediadora, o próprio sujeito e sua experiência anterior são mediadores. 
Vygotsky (1988) define como sendo elemento existente entre o trabalho e o objeto do seu trabalho o que dispõe a grande quantidade de mudança da natureza.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Partimos do princípio de que a criança aprende a brincar brincando. Por meio do brincar existe a compreensão de regras e a necessidade de relações interpessoais, esse processo proporciona “[...] o estabelecimento de trocas sociais, o sentimento de pertencimento e a criação de vínculos afetivos, fundamentais no processo de subjetivação das crianças”.
Concluímos que quando Vygotsky discute sobre o desenvolvimento, ele mostra o papel das emoções e as abordagens no trato humano. Os sentidos que cada um atribui a si mesmo determinam as suas ações e, sua personalidade é sempre resultado dos sentidos e significados que os outros lhe atribuem. Possibilitando aos professores e profissionais da educação produzir novos sentidos e experimentar maneiras de aprender e ensinar na educação infantil de forma significativa, prazerosa e afetuosa. O espaço para o lúdico beneficia a todos, principalmente as crianças. 
REFERÊNCIAS
Luciane Maria Schlindwein, Ilana Laterman, Leila Peters (Organizadoras). A criança e o brincar nos tempos e espaços da escola / Florianópolis: NUP, 2017. 236 
Bacelar, Vera Lúcia da Encarnação. Ludicidade e educação infantil / Vera Lúcia da Encarnação Bacelar. - Salvador: EDUFBA, 2009.
FRINET, Célestin, Pedagogia do Bom Senso. São Paulo: Martins Fontes, 1998. KISHIMOTO, Tizuco Morchiba, Jogo, brinquedo e a educação. 4.ed.São Paulo: Cortez, 2002.
STERN, Philippe. História Social da Criança e da Família. Ed. Guanabara. Rio de Janeiro/RJ. 1993. 
VYGOSTKY. In: GARCIA, Regina Leite. Revistando a Pré Escola. São Paulo: Ed. Cortez, 1991. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Tradução de Neto, J. C. e Colab. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2001.

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