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Projeto de Estágio Uniasselvi

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NOME:
FPH (FLX 5138)
PROJETO DE ESTÁGIO:
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO - DAS SOCIEDADES ÁGRAFAS À IDADE MÉDIA.
ITAETÊ
2020
SUMÁRIO
1 PARTE I: PESQUISA	3
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA	3
1.2 OBJETIVOS	3
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA	4
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO	6
2.1 METODOLOGIA	6
2.2 CRONOGRAMA	7
REFERÊNCIAS	8
APÊNDICES	9
1 PARTE I: PESQUISA
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA 
O presente projeto tem a área de concentração voltada para as Dinâmicas do Ensino de História, enfatizando o tema, História da Educação - das Sociedades Ágrafas à Idade Média.
O objetivo desse trabalho é mostrar um breve relato da evolução da educação no decorrer do tempo, entre as sociedades Ágrafas (pré-história) até a Idade Média, onde foi constituída as primeiras universidades. Pois a educação, principalmente a educação formal, não tem apenas como objetivo principal a formação social do indivíduo, ela antes de tudo, é essencial para a aquisição da autonomia do indivíduo, podendo assim, construir seus valores intrínsecos, libertar-se. É comum, principalmente entre alunos do ensino médio, abandonarem a escola, sendo que na maioria das vezes, a causa desse abandono é a desmotivação que infelizmente, segundo IBGE, são oito vezes maior entre jovens de famílias mais pobres, devido principalmente, à problemas socioeconômicos. Portanto, a finalidade principal desse trabalho é contribuir para que de alguma forma, os alunos encontrem motivação através da história da educação, haja vista que, para que hoje pudéssemos usufruir do ensino público, universalizado, muitas lutas e batalhas tiveram que ser travadas e vencidas no decorrer da história.
1.2 OBJETIVOS
· Contribuir para valorização e compreensão da importância da escola na atualidade, pois ela nem sempre foi acessível à todos;
· Conscientizar o educando que sucesso ou fracasso, depende único e exclusivamente dele mesmo.
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA
Segundo (SAVIAVI 2000), “a educação é um fenômeno próprio do ser humano”. De acordo com o autor, para se compreender a natureza da educação, precisamos compreender a natureza humana, pois a educação formal deve ter por finalidade a formação humana. Sendo assim, não basta formar o indivíduo apenas para a sobrevivência, simplesmente como um instrumento para o mercado de trabalho, pois o ser humano distingue-se dos outros seres vivos pela sua capacidade de adaptar a natureza a si, transformando-a, enquanto os demais seres vivos adaptam-se a ela.
No entanto, é importante salientar que a escola é considerada como a instituição social mais importante no processo de mediação entre conhecimento do meio, da sociedade com o indivíduo, sendo a educação escolar a ferramenta que gera a cidadania, capaz de mudar destinos, pois a educação tem o seu caminho para a equidade social dependendo de fatores que necessitam da colaboração social, empresarial e principalmente, da esfera federal – União, Estados e Municípios. Portanto, sem dúvida, a educação é a principal responsável para formar indivíduos idôneos e tornar uma nação desenvolvida. 
Excluem-se da escola os que não conseguem aprender, excluem- se do mercado de trabalho os que não têm capacidade técnica porque antes não aprenderam a ler, escrever e contar e excluem-se, finalmente, do exercício da cidadania esses mesmos cidadãos porque não conhecem os valores morais e políticos que fundam a vida de uma sociedade livre, democrática e participativa (BARRETO, 1994, p 59)
Assim sendo, segundo o autor, a vida social é tão importante para os seres humanos, que necessita a construção de conhecimento sobre as regras que regulam as relações sociais e a conduta com os outros, entendendo também o funcionamento das instituições sociais nas quais se desenvolve a vida.
Com isso, pode-se afirmar que é exigida da educação escolar a formação de cidadãos comprometidos que não se alienem do momento histórico, social, econômico e político, que sejam fazedores da sua própria história.
Os jovens que não são adequadamente educados ordinariamente caem na vagabundagem, e não mais nada além de arrastar os pés pelas ruas. Ficam agrupados nas esquinas, entretendo-se com conversas dissolutas, tornando-se indóceis, libertinos, dados ao jogo, blasfemadores e briguentos; entregam-se a bebida, a imoralidade, ao roubo e ao crime. Transformam-se, por fim, nos mais depravados e revoltados membros do estado (PETITAT, 1994, p. 109)
Segundo o autor citado acima, é pela falta de uma educação adequada e a falta de oportunidade para todos, que muitos jovens se perdem no mundo obscuro das drogas e da marginalidade, tornando membros odiosos do Estado.
Pode-se afirmar que a escola é uma instituição social que possui objetivos e que esses objetivos, segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 419), são o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos indivíduos por meio da aprendizagem dos conteúdos, conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, para que se tornem cidadãos participativos na sociedade em que vivem.
Saviani (1980) concorda em afirmar que o homem é o influenciador sob o meio, portanto, a função das instituições educacionais seria de ordenar e sistematizar as relações homem-meio para criar boas condições de desenvolvimento das novas gerações. Segundo ele, o sentido da educação, a sua finalidade essencial é o próprio homem, libertando-o para ser autor de sua própria história.
É imprescindível, ao se falar sobre a evolução da educação, salientar que nem sempre o homem dominou a escrita, esse período foi conhecido como pré-história. Compreende-se como pré-história o estudo do passado da humanidade, do surgimento do homem até a escrita. Sendo um dos períodos principais da história humana por ser o mais longo.
Essas comunidades existentes da pré-história, eram denominadas como sociedade Ágrafas, ou seja, as comunidades humanas que não possuíam forma de escrita.
Em geral, as comunidades Ágrafas tinham algumas características em comum, dentre as principais, deve-se ao fato de não possuírem as moedas como símbolos de troca econômico e também a ausência de divisão de classes, isto é, determinadas tarefas cotidianas eram destinadas aos homens, como a caça, a pesca e questões ligadas à guerra; sendo que às mulheres cabiam o preparo do alimento e a coleta de frutos e grãos, enquanto as crianças eram meras observadoras.
Certamente você já deve ter ouvido o termo sedentarismo, esse termo surgiu nas sociedades Ágrafas, pois essa era uma outra classificação importante dessas sociedades, a divisão entre nômades e sedentários. Eram caracterizadas como nômades as sociedades que ainda não conhecia a agricultura, viviam migrando de lugar à lugar, sempre em busca de alimentos, sobreviviam da coleta de fruto e raízes. Já as comunidades sedentárias possuíam produção agrícola com a existência de excedentes, não precisavam migrar em busca de alimentos, sua residência era fixa em um determinado local, por isso o termo sedentário.
Foi a partir das comunidades sedentárias que a humanidade vivenciou uma das principais revoluções sociais da humanidade devido a produção de alimentos maior que a necessidade de consumo das comunidades, pois o ser humano aprendeu a utilizar o reino vegetal ao seu favor, a chamada Revolução Agrícola, ocorrida há aproximadamente 10 mil anos. Período esse também conhecido como Neolítico, ou seja, Período da Revolução Agrícola.
É certo que a educação tem como principal meta adequar os indivíduos ao meio social, porém, assim como a educação, de igual modo o poder era difuso, ou seja, a ausência de instituições. Não havia exército, marinha, igreja, isto é, nenhuma forma de hierarquia racionalizada como na contemporaneidade, assim como a ausência de instituições como creches, escolas, colégios e universidades.
Se desejássemos, agora, ir colocando marcos decisivos para o desenvolvimento deste curso, poderíamos dizer que, numa sociedade sem classes como a comunidade primitiva, os fins da educação derivamda estrutura homogênea do ambiente social, identificam-se com os interesses comuns do grupo e se realizam igualitariamente em todos os seus membros, de modo espontâneo e integral: espontâneo na medida em que não existe nenhuma instituição destinada a inculcá-lo, integral no sentido que cada membro da tribo incorporava mais ou menos bem tudo o que na referida comunidade era possível receber e elaborar (PONCE, 2015, p. 24).
Segundo o autor, nas comunidades ditas primitivas, ou comunidades Ágrafas, o processo de ensino/aprendizagem era de forma natural, transmitida informalmente através da vivência do dia-a-dia da comunidade, pois não existia uma instituição formal que se responsabilizasse pela educação, sendo ela de responsabilidade de todos os indivíduos. Em outras palavras, o aprendizado nessa época era concentrado nas necessidades do momento, essas necessidades se focavam em atividades de sobrevivência, se aprendia observando e fazendo, o aprendizado era para todos.
Assim também concorda (ARANHA, 1996), ao afirmar que o papel do educador nas comunidades Ágrafas era difuso, ou seja, diluído entre os diversos personagens sociais que compõem a comunidade. Embora a Revolução Agrícola foi a principal revolução tecnológica vivida durante o período da pré-história, foram os mesopotâmicos que inventaram o primeiro sistema de escrita, fazendo com isso, que a humanidade deixasse a pré-história adentrando na história.
Segundo (ARANHA, 1996), foi através da invenção da escrita que possibilitou ao homem um grande desenvolvimento social, político, econômico, como também em questões ligadas à inteligência e sentimentos, pois segundo ele, o registro de ideais, sentimentos, pensamentos, além de propriedades, heranças, dívidas e dividendos, é parte fundamental nas sociedades humanas.
Além das questões citadas acima, não há dúvida de que a invenção da escrita foi de grande importância para a humanidade por várias razões, principalmente, talvez a mais importante, foi devido a possibilidade do desenvolvimento da lei como forma de resolver conflitos, uma vez que outrora, os mais fortes (nobres), possuíam legitimidade social para impor sua vontade através da violência.
Se os mesopotâmicos inventaram a escrita possibilitando ao homem o desenvolvimento de normas de conduta, foram os fenícios que deixaram um importante legado no que se refere as questões educacionais, pois foram os inventores do alfabeto, que influenciou as civilizações como Grécia e Roma e por consequência, a sociedade ocidental.
É certo que uma das principais funções da educação é adequar os indivíduos ao meio social e certamente, ser alfabetizado é uma das principais formas de se ter poder em uma sociedade, também que a ampliação da alfabetização representa um aumento de práticas democráticas no corpo social. No entanto, é importante salientar que na antiguidade, a força física era a principal forma de trabalho, pois não contava-se ainda com a tecnologia, devido a isso, as sociedades eram compostas por massas analfabetas, apenas uma pequena parcela era letrada, os mais favorecidos economicamente, os nobres, ao restante, eram negado o direito de aprender ler e escrever.
Os mesopotâmicos inventaram a escrita, os fenícios inventaram o alfabeto, no entanto, dentre as principais sociedades da antiguidade que já possuíam uma cultura escrita, além das já citadas foram, os egípcios, os hebreus e os persas. Porém, foi na Grécia antiga, principalmente em Atenas e Esparta que se constitui como princípio de organização social e educativa que serviu de modelo para diversas sociedades no decorrer dos séculos.
Foi na Grécia, principalmente em Atenas que surge pela primeira vez o termo democracia, demos que quer dizer “povo” e cracia, que quer dizer “governo”, em outras palavras, “governo através do povo”. Atenas era basicamente composta, por três classes sociais, cidadãos atenienses, os escravos e os metecos, que se tratava de homens livres, porém sem direitos à cidadania. No entanto, nessa chamada democracia ateniense, só se conseguia direitos políticos certas camadas da sociedade, apenas àqueles que tinham condições financeiras para adquirir um escudo denominado “Hoplom”, consequentemente ser participante do exército. Assim sendo, para a democracia ateniense, para ter direitos políticos necessariamente precisava integrar o exército, direito esse que era negado às mulheres, que não poderiam ingressar no exército e consequentemente na política. Em linhas gerais, Atenas tinha como principal função educar, formar um cidadão, em outras palavras, preocupava em capacitar indivíduos para assumir funções públicas.
Esparta seguiu um modelo autocrático de relações sociais, percebia-se um exemplo de sociedade militarizada e profundamente hierarquizada, isto é, apenas um grupo seleto mantinha o poder, pois era formada basicamente por três categorias sociais: os espartanos, que compunha o topo da coluna social; os periecos (da periferia), que eram homens livres, mas sem direitos políticos e os hilotas, que eram servos da Grécia, não escravos, mas de propriedade do Estado, que trabalhavam na produção agrícola. O modelo de educação espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares e códigos de conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências extremas de desempenho. O Estado regia a vida dos indivíduos, treinava-os desde seus seis anos de idade a servir os interesses do Estado espartano, matar ou morrer por seu Estado, pois essa era uma das primeiras características que a educação forjava na mentalidade do potencial guerreiro espartano, que o Estado como entidade, era mais importante que a própria família.
Os principais nomes da filosofia grega são os de Sócrates, Platão e Aristóteles. No entanto, Sócrates foi o principal grego, cidadão ateniense, procurava compreender a natureza humana e suas contradições. Foi o criador do método denominado “maiêutica”, com o intento de possibilitar os seres humanos a “dar à luz a novas ideias”. Suas formulações intelectuais têm grande importância para o desenvolvimento intelectual do ocidente. Porém, Sócrates foi vítima do seu próprio intelecto, pois seus pensamentos eram considerados destrutivos pelas autoridades. Foi julgado e punido, sendo obrigado a se envenenar.
Ao contrário de Atenas, que para se ter direitos políticos necessariamente precisava integrar o exército, Roma, em 111 A.C., instituiu o Soldo, isto é, pagamento de salário aos militares. Roma sofreu forte influência Grega em sua cultura, principalmente na cultura educacional, pois muitos professores gregos foram trazidos para Roma com o intuito de ensinar os filhos das famílias mais abastardas.
 Segundo o site infoEscola, foram os romanos os primeiros a promover um sistema de ensino oficial, a partir de um organismo centralizado e sob responsabilidade do Estado. Isto não significa, porém, que o acesso à educação se dava igualmente a todas as crianças em idade escolar. Pelo contrário, o sistema de educação romano era um sistema de privilégios em que poucos tinham acesso à escola.
O rendimento da força humana era tão exíguo que um homem não podia estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Portanto, aos filósofos caberia a direção da sociedade, aos guerreiros, protegê-la e aos escravos, manter as duas classes anteriores. A separação entre força física e força mental impunha ao mundo antigo estas duas enormidades: para trabalhar, era necessário gemer nas misérias da escravidão e, para estudar, era preciso refugiar-se no egoísmo da solidão (PONCE, 2015, p. 71).
Aqueles que tinham condições sociais favoráveis, tinham acesso à educação, no entanto, os plebeus pouco tinham acesso à educação formal e por isso cresciam sem instrução, não aprendendo a ler nem a escrever submetendo-se a dura vida de escravidão para manter as classes mais favorecidas.
Uma das principais razões para se estudar a História da Educação é desmitificar preconceitos, a Idade Média foi considerada, até os dias de hoje como a “Idade das trevas” ou “Noite de MilAnos”, títulos esses dadas pelos Iluministas que viviam no domínio da razão. Isso devido ao fato de que na Idade Média, o Cristianismo era o único conhecimento válido, o conhecimento da Bíblia era negado aos fiéis em que o analfabetismo era uma constante. O conhecimento do ser humano sobre seu próprio corpo, conhecimento científico e da natureza era obscurecido pela fé católica-romana, em outras palavras, foi um período de pouco progresso da aprendizagem humana, período que houve um domínio da religião e da fé sobre a razão.
Para Ribeiro et al (2017, on-line):
O período medieval representa mais de 1000 anos, contando com Idade média alta e baixa; a Educação desenvolve-se subordinada à Igreja. Todo conhecimento está a serviço da fé, este deve revelar as verdades de Deus a autoridade indiscutível está presente nos textos sagrados. A razão deve conciliar-se com a fé. Este conhecimento é reservado ao poder eclesiástico. Desenvolvem-se, neste momento histórico, diferentes modelos pedagógicos para classes sociais distintas, surgem os colégios com alunos e professores, os quais servem a autoridade da igreja, ou outro poder que a represente. 
No entanto, pode-se afirmar que muitas das transformações técnicas de pesquisa que a história enquanto disciplina passou foi uma das principais contribuições da Idade Média, assim como o desenvolvimento de escolas e universidades. Assim sendo, a igreja se tornou o palco fixo por qual se moveu toda a história da idade média, e onde também se deram os primeiros ensaios daquilo que temos como educação na contemporaneidade.
Após a queda de Roma em 476 d.C., ela ficou dividida em pequenos Estados e frequentemente estavam em guerras, foi nesse contexto de perca de referência que entra a Igreja Católica Romana que estabeleceu estabilidade em meio ao caos. Porém, neste período, apenas o clero e a nobreza poderiam aprender a ler e a escrever, o ensino era administrado pelo clero, no entanto, voltado a induzir as pessoas à fé, isto é, voltados aos seus próprios interesses. As grandes massas, assim como em eras passadas, continuavam analfabetas, a igreja católica era a única fonte de legitimidade e poder.
Basicamente, havia três grandes grupos sociais na Idade Média, os servos, que em geral eram analfabetos. Segundo (SILVA 1982), os servos possuíam uma série de obrigações para seus senhores, devendo trabalhar nas terras senhorias, pagando com uma porcentagem das colheitas, sendo sua educação realizada no interior das famílias, onde aprendia a dura lida de lavrar a terra, sem direitos à educação institucionalizada; a nobreza, detentora de propriedades rurais e os sacerdotes, que segundo (SILVA 1982), formavam um dos estamentos mais privilegiados, pois a igreja possuía um poder temporal (econômico) muito vasto, além do poder espiritual de influenciar a mentalidade dos fiéis, sendo a principal instituição educacional da Idade Média.
No que tange a educação institucionalizada, apenas a nobreza e o clero tinha esse direito, pois era algo extremamente caro. Os filhos da nobreza ingressavam na cavalaria e possuíam uma educação para a guerra. Segundo (MONROE, 1979), a cavalaria foi uma escola para a nobreza guerreira, na qual os jovens aprendiam regras hierárquicas, equitação e as leis dos combates medievais. Portanto, segundo (JUNIOR 1986), apenas os que possuíam armadura e cavalo poderiam ser guerreiros, pois esses eram os requisitos primordiais para ingressar à essa escola.
Enquanto parte da burguesia estudavam em escola como a cavalaria que era uma escola que preparava o cidadão para a guerra, outra parte da burguesia preferia um outro tipo específico de educação, a preceptoria. Tratava-se de uma espécie de ensino particular em que um professor se dedicava a ensinar os filhos de uma família rica. A função principal dos preceptores, que em sua grande maioria, segundo (NUNES, 1979), eram homens que tiveram uma formação sacerdotal, padres, monges, ou freis, devido ao fato da igreja ser a principal instituição a zelar pelo conhecimento, era preparar os filhos da nobreza para o ensino médio, denominado como trivium e para o ensino superior, denominado quadrívium, também conhecido como as sete artes liberais que segundo (ARANHA, 1996), tratava-se do ensino da gramática, retórica e dialética, correspondendo ao ensino médio (trivium). E o ensino de geometria, aritmética, astronomia e música, correspondendo ao ensino superior (quadrivium). Assim aparece o termo ensino superior que dará base para a introdução das faculdades posteriormente.
Desde o período do descobrimento da agricultura nas chamadas sociedades Ágrafas, a humanidade veio aprimorando através dos séculos o cultivo da terra. Evidentemente passou a haver muito excedente da produção agrícola e com isso, trocas comerciais eram cada vez mais comuns entre os medievais. Essas trocas comerciais, eram realizadas em feiras que ficou à cargo e responsabilidade por esse comércio os burgueses. Portanto, uma grande gama de pessoas migrou para algumas cidades devido ao fomento à economia das cidades onde elas se encontravam. Assim sendo, o surgimento da vida urbana prescindiu a uma gama de profissionais que pudessem adequar as cidades a uma melhor qualidade de vida, surgindo assim as corporações de ofício.
Segundo (JUNIOR, 2001), as corporações de ofício eram instituições de artesãos que fabricavam produtos manufaturados como tecidos e/ou sapatos. Era uma espécie de escola profissionalizante, pois iniciavam ainda criança em uma espécie de sistema de aprendizagem entre os artesãos e que galgavam posto como oficial, podendo chegar a mestre, posição que possibilitava abrir uma corporação própria.
Diante de todo o contexto econômico, a monetarização foi uma das principais características das cidades medievais. De acordo com (NOVINSKI, 1988), devido ao aumento da monetarização, outras profissões se tornaram necessárias e muito importante, dentre elas a de advogado, que buscava estabelecer justiça entre os antagônicos interesses presentes e a de médico, que buscava a cura para as mais diferentes doenças. 
Diante do exposto, é imprescindível salientar que a Igreja teve uma participação importante no fomento das universidades, pois elas foram instituições surgidas com o apoio do clero que visava ter seus membros, por questão de honra e status, participando como catedrático de uma universidade. No entanto, pode-se afirmar que foi devido a todo contexto socioeconômico como, as trocas comerciais nas feiras, o fomento à economia devido à grande gama de pessoas que migrou para algumas cidades como, Coimbra, Salamanca ou Paris, tornando-se um mercado consumidor para os produtos produzidos pelas corporações de ofício e revendido pelos comerciantes locais que surgiu a necessidade de novas profissões como advogados e médicos, profissionais esses formados nas principais universidades da época e provavelmente, as mais conceituadas da contemporaneidade, como é o caso de Salamanca na Espanha, Oxford na Inglaterra, Sorbonne na França e Coimbra em Portugal.
Essa denominação está evidentemente relacionada com a divisão fundamental da sociedade antiga entre homens livres e escravos. A estes pertencia, via de regra, o trabalho manual. Àqueles cabia o desenvolvimento das atividades intelectuais. As disciplinas integrantes das artes liberais eram consideradas dignas de serem postas a serviço somente dos livres. (GIORDANI, 1976 p.173)
Assim sendo, pode-se afirmar que as universidades foram instituições surgida com o apoio do clero e da progressiva ascensão socioeconômico da era medieval, que em seu surgimento, visava o ensino de jovens, da burguesia e membros da igreja para profissões liberais como direito, medicina e o de teologia, que segundo (JUNIOR, 1997), a teologia era conhecida como a Rainha das Ciências, pois era o curso superior de maior prestígio da Idade média. As universidades conseguiram se firmar como a principal instituição do sistema de ensino, ao serem formuladoras das reformas educacionais e propositoras de novas ideias científicas. No entanto,apenas os de condições financeiras favoráveis poderiam pertencer a elas, os menos favorecidos continuavam analfabetas e na dura lida do campo e escravidão. 
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO
2.1 METODOLOGIA
Para a composição desse projeto, foi feito pesquisas bibliográficas, verificando assim, como estudiosos tratam do assunto e também pesquisas em sites especializados no que se refere ao tema do projeto. As escolas cedentes com relação ao Roteiro de Observação Virtual: escola de ensino fundamental II, Centro de Educação Municipal Flávio José de Oliveira, situado na rua Bela Vista, 510 – Cana Brava – Itaetê – BA e escola do ensino médio Colégio Estadual José Américo Araújo, situado na av. Magalhães Neto, s/n, Centro – Itaetê. Para a construção do projeto de extensão foi escolhido Metodologia e Estratégia de Ensino e de Aprendizagem abordando o Projeto Práticas pedagógicas na educação básica em tempos de ensino à distância. Na próxima etapa do projeto será elaborado e Paper e por fim, realizar a socialização.
2.2 CRONOGRAMA	Comment by Marcos Poffo: Manter esta escrita, não alterar o conteúdo.
Com relação ao cronograma, é importante destacar que as entregas seguirão as datas já publicadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), na disciplina de Estágio Curricular Obrigatório no qual estou matriculado.
	ETAPA
	AÇÃO A SER REALIZADA
	DATA PARA POSTAGEM (Flex) ou ENTREGA (Semipresencial)
	Etapa 1
	Escrita do Projeto de Estágio.
Postar/Entregar o Projeto de Estágio.
	Verificar cronograma da disciplina de estágio no AVA em Notas e Avaliações – Postagem/Entrega da Etapa 1.
	Etapa 2
	Observação virtual e preenchimento do Roteiro de Observação
(O modelo está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem da disciplina de Estágio). 
Postar/Entregar o Roteiro de Observação Virtual.
	Verificar cronograma da disciplina de estágio no AVA em Notas e Avaliações – Postagem/Entrega da Etapa 2.
	Etapa 3
	Escrita do Paper de Estágio e elaboração do projeto de extensão de acordo com o Programa de Extensão escolhido.
Postagem do produto virtual.
	Verificar cronograma da disciplina no AVA em Notas e Avaliações – Postagem/Entrega da versão completa do paper.
	Etapa 4
	Realização da Socialização de Estágio.
	Verificar cronograma da disciplina de estágio no AVA em Notas e Avaliações – Socialização do paper.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1996.
BOURDIEU, P.; PASSERON J. A Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1975.
BOURDIEU, P. A Escola Conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. Escritos de Educação. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
BARRETO, Vicente. "Educação e Violência: reflexões preliminares". In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994.
COIMBRA, C.M. B. Desvios e Lacunas na formação do Psicólogo: a quem servem? Revista Pro-Psi, Conselho Regional de Psicologia, 5 (6): 10.11, ano 2, setembro, 1985.
GIORDANI, Mario Curtis. História dos Reinos Bárbaros – Vol. 2 - Civilização. Petrópolis: Vozes, 1976.
JÚNIOR, Hilário Franco. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1986.
JÚNIOR, Hilário Franco. As cruzadas. São Paulo: Brasiliense, 1987.
JÚNIOR, Hilário Franco. A Idade Média: nascimento do ocidente. São Paulo:
Brasiliense, 2001.
LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2012.
MONROE, Paul. História da Educação. Rio de Janeiro: Companhia Editora
Nacional, 1979.
NÉRICI, I. G. Didática - uma introdução. São Paulo: Atlas, 1993.
NOVINSKI, Anita. A Inquisição. São Paulo: Brasiliense, 1988.
NUNES, Ruy Afonso da Costa. História da educação na Idade Média. São Paulo: Edusp, 1979b.
PONCE, A. Educação e luta de classes. Tradução de José Severo de Camargo. 24.ed. São Paulo, SP. Câmara Brasileira do livro, 2015.
PETITAT, A. Produção da escola / produção da sociedade: análise sócio-histórica de alguns momentos decisivos da evolução escolar no ocidente. 1.ed. Porto Alegre, RS. Artes Médicas, 1994.
RIBEIRO ET AL.  Breve história da educação. Revista Gestão Universitária. Disponível em: (http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/breve-historia-da-educacao). Acessado em 13/04/2020, ás 11:30 horas.
SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1980.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 7 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Sociedade feudal: guerreiros, sacerdotes e trabalhadores. São Paulo: Brasiliense, 1982.
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/25883-abandono-escolar-e-oito-vezes-maior-entre-jovens-de-familias-mais-pobres acessado em 10/04/2020 ás 16:00 horas
https://www.infoescola.com/historia/educacao-na-roma-antiga/
acessado em 09/04/2020, ás 10:30 horas
 
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