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Garota Interrompida

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS – UNIFASB
CURSO DE PSICOLOGIA
BYANCA BRITO FERREIRA
RESENHA CRÍTICA DO FILME “GAROTA INTERROMPIDA”
Barreiras 
2020
BYANCA BRITO FERREIRA
RESENHA CRITÍCA DO FILME “GAROTA INTERROMPIDA”
Trabalho de Processo de Aval Psicológica III – Documentos Psicológicos apresentado ao Centro Universitário São Francisco de Barreiras – UNIFASB, como requisito para avaliação da disciplina.
Orientadora: Leandra Pereira
Barreiras
2020
RESENHA CRÍTICA
O filme “Garota Interrompida (Girl Interrupted, em inglês) baseado em um livro que conta uma história verídica, realizado em 1999 pela Columbia Pictures mas com a passagem de tempo na década de 60, tem como atriz principal Winona Ryder, cuja sua personagem de nome Susanna Ryder tem a vida interrompida durante 18 meses, ao ser internada no hospital psiquiátrico por apresentar o diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline. No entanto, o processo interventivo realizado pelo psiquiatra da obra é errôneo como também antiético, ocorrendo que as determinações feitas pelo médico assim como a interrupção sofrida pela protagonista levam a acreditar que tenha uma incapacidade e a sua lucidez, a qual, apenas se mantém preservada através da convivência no hospital. 
Em alguns momentos da obra, a Susanna tem falas marcantes como “Sei exatamente como é querer morrer, como dói sorrir, como você tenta se encaixar e não consegue. Como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro”, a qual descreve sinais de um indivíduo com diagnostico de TPB quando cita sobre dor e acaba por se entender que existe um vazio interno, existencial.
Os pacientes com esse transtorno têm dificuldade de controlar sua raiva muitas vezes se tornam inadequados e intensamente irritados. Eles podem expressar sua raiva com sarcasmo cortante, amargura ou falação irritada, muitas vezes direcionada ao cuidador ou amante por negligência ou abandono, também podem mudar abrupta e radicalmente sua autoimagem, mostrada pela mudança súbita dos seus objetivos, valores, opiniões, carreiras ou amigos. As alterações de humor (p. ex., disforia intensa, irritabilidade, ansiedade) costumam durar apenas algumas horas e raramente duram mais do que alguns dias; elas podem refletir a extrema sensibilidade às tensões interpessoais em pacientes com transtorno de personalidade borderline. (Silberstein, S. M. MSD Manuals.[Internet]. 2020)
Dessa forma, ao longo do filme, é perceptível variadas situações que desencadeiam os sintomas e também a percepção de alguns sinais, mas, o primeiro ponto principal é o processo de tratamento e intervenção do psiquiatra de Susanna Ryder, como antes mencionado errôneo e antiético. No inicio da obra, é transmitido uma conversa entre os dois, em que, o médico obtém o diagnóstico de TPB, no entanto, comete o erros éticos, tais como: não falar para sua paciente sobre o transtorno, prescrever receita sem passar a informação sobre o medicamento como também destinar uma internação, a qual apenas os pais tinham conhecimento. 
Com essa postura, as consequências são várias, como, a não oportunidade e liberdade de questionamento por parte da Susanna, o declínio da sua saúde mental com base em que ela não sabia o que estava acontecendo, com o que foi diagnosticada, o tratamento recebido dentro do hospital, as relações que as mantinha lúcida mas também eram prejudiciais, a relação com os pais, entre outras situações abordadas que em um todo formava um sistema de relações complexas, a qual afetava diretamente a personagem principal. Com base nisso, é fundamental e de extrema importância um psicodiagnóstico/avaliação clinica correto e adequado, uma vez que, apesar do filme abordar o TPB com um psiquiatra, o qual também pode diagnosticar, mas no filme o fez de forma errônea, a psicologia também se insere nessa área.
Um psicodiagnóstico completo e corretamente administrado, na visão de Arzeno (1995), permite estimar o prognóstico do caso e a estratégia e/ou abordagem terapêutica mais adequada para ajudar o cliente. As entrevistas diagnósticas vinculares familiares são de grande utilidade para decidir entre a recomendação de um tratamento individual, vincular ou familiar. Na obra, é perceptível que o diagnostico psicológico não seguiu as recomendações éticas como também não foi completo e administrado de forma correta, o que interfere e acarreta danos a longo prazo.
Por fim, Garota Interrompida surpreende pro ser uma história verídica, mas a relação e a intervenção do psiquiatra não é uma surpresa, na década de 60 até os dias atuais, existem profissionais desqualificados para área que está inserido ou que não admite que não seria possível tratar aquele paciente e essa desqualificação como também não admissão pode ocasionar sérios danos a uma vida, no caso da Susanna, danos foram realizados a partir também da intervenção e ações errôneas do médico psiquiatra, no entanto, a personagem em filme não deixa claro mas em sua vida real, com intervenção e tratamento qualificado ocasionou a remissão do TPB. 
 REFERÊNCIAS
American Psychiatric Association (2014). DSM-5 – Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
O campo, M. D., Arzeno, M. E., & Piccolo, E. D. (1981). O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo.
Silberstein, S. M. MSD Manuals.[Internet]. 2020.

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