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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX Maria Emília Pires Teles ARQUITETURA BRASILEIRA DO SÉCULO XX Cidade: Manaus (AM) BELO HORIZONTE 2019 HISTÓRIA DA CIDADE: MANAUS A cidade de Manaus, localizada no Norte do Brasil, começou a ser colonizada em 1669, em uma aldeia indígena entorno da Fortaleza de São José da Barra. Esta foi construída com o intuito de assegurar o domínio da coroa portuguesa na região, área da confluência do rio Negro com o Amazonas e o Solimões, além de controlar o portão de entrada dos confins ocidentais da Amazônia, reservados à Espanha através do Tratado de Tordesilhas. O povoado desenvolveu-se ao entorno da região, elevando-se à categoria de cidade, em 1848, com a denominação de Cidade da Barra do Rio Negro. Apenas em 1856, recebeu o nome de ‘’Manaós’’ em homenagem à nação indígena considerada mais importante grupo étnico habitante da região. A região Norte, principalmente, nas cidades Belém e Manaus, possuíram um rápido e alto desenvolvimento econômico, cultural e estrutural. Isso ocorreu devido a exportação de produtos como a borracha e especiarias, extraídos da Floresta Amazônica. Durante o século 18, a exportação das denominadas ‘’drogas do sertão’’ - produtos vegetais, como cacau, urucum e guaraná – ocorreu de forma progressiva para diversos países e dentro da colônia portuguesa. Devido ao crescimento da economia e a demanda de mão- de-obra, diversas pessoas migraram para a região Amazônica, principalmente, os povos nordestinos. Estes, correspondiam a principal mão-de-obra para a extração desses produtos, ao lado da escravidão indígena. A partir de 1870, devido à Revolução Industrial e a demanda de borracha para as indústrias, Manaus viveu o auge do Ciclo da Borracha, o qual fomentou mais ainda a economia Figura 1 - Ilustração do viajante Paul Marcoy das ruínas da Fortaleza da Barra do Rio Negro, por volta de 1847. Fonte: Em Tempo, 2019 Figura 2 – Extração de látex da árvore Seringueira. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016 da cidade através da extração e exportação de látex para diversos países. Esse desenvolvimento econômico culminou a existência de referências europeias, principalmente, na arquitetura da cidade. Neste período, conhecido como “Belle Époque Amazônica” que vai de 1890 a 1920, cidades como Manaus, Porto Velho e Belém, tornaram-se as capitais brasileiras mais desenvolvidas, com eletricidade, sistema de água encanada e esgotos, museus e cinemas, construídos sob influência europeia. Contudo, os dois períodos de “ciclos da borracha” acabaram de maneira repentina, o que se agravou pela falta de políticas públicas para desenvolvimento da região. (TODA MATÉRIA, 2018) O ‘’boom’’ na economia atraiu diversos imigrantes europeus e seringueiros que buscavam melhores condições de vida. Assim, foi traçado um projeto de reurbanização baseado nas cidades europeias, como Paris com o plano de Reforma concebido pelo barão de Haussmann. O principal influente em Manaus foi Eduardo Ribeiro, este transformou a vila em cidade, reconhecida na época como ‘’Paris dos Trópicos’’, e durante seu mandato, gerou o primeiro Plano Diretor de Manaus, além de possibilitar infraestrutura e a construção de edificações como os Palácios do Governo e da Justiça, Teatro Amazonas e o Porto Flutuante. Entretanto, em 1913 a exportação de látex entrou em declínio devido aos contrabandos de mudas da árvore nativa para a Malásia, colônia inglesa, o que favorecia os seus colonizadores que passaram a importar o produto sem impostos. Anos depois, em meados de 1967, foi instaurado um modelo de desenvolvimento econômico para região através do Decreto-Lei 288. Por meio deste, na época de industrialização impulsionada pelo governo de Juscelino Kubitschek foi criada a Zona Franca de Manaus, efetivada após 10 anos do decreto. Esta está localizada em Manaus, mas abrange os estados do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Figura 3 - Planta da cidade Manaus, em 1914, reconhecida como ‘’Paris dos Trópicos’’. Fonte: Realidades Urbanas, 2011 Além do avanço econômico, buscava integrar os estados do Norte e promover a ocupação da área, visto que era a menos populosa do país. ‘’Vantagens como as taxas alfandegárias reduzidas, área de livre comércio de importação, exportação e incentivos fiscais, atraiu diversas empresas e indústrias nacionais e estrangeiras para o local.’’ (TODA MATÉRIA, 2018) CULTURA NO AMAZONAS A influência dos povos indígenas está marcada nas festividades, manifestações folclóricas, além da música regional e artes plásticas. A cultura relaciona-se, principalmente, com a história da cidade e dos costumes dos indígenas. Assim, destaca-se a culinária com a presença de diversas especiarias e frutas nativas, como o tucumã, açaí e guaraná. Além disso, o artesanato é característico da região. ARQUITETURA MANAUENSE A arquitetura no Amazonas é bem diversificada, sendo marcada, principalmente, por edificações históricas e vernaculares. O estilo arquitetônico predominante na cidade é o Eclético, visto as influencias europeias na região e devido ao período econômico. O centro histórico de Manaus no século XXI apresenta uma porção urbana formada por edificações do período áureo mesclada a edifícios modernos. Mesmo que fragmentada, Manaus ainda possui um vocabulário arquitetônico vasto e diversificado, com representação de todas as correntes ecléticas e a verticalização ainda não compromete a percepção do espaço criado na *Belle époque. Assim, de acordo com o parecer do Iphan, a cidade pode ser vista como um espaço urbano composto por monumentos, arquitetura corrente e áreas livres públicas, formando um conjunto que celebra e representa o ecletismo no norte do país, o que justifica o pedido de tombamento com a inscrição no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.(MANAUS ÁGIL, 2019) Na cidade, apenas quatro monumentos são tombados à nível federal, sendo o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, Teatro Amazonas, Reservatório de Mocó e Conjunto arquitetônico e Paisagístico do Porto de Manaus. Figuras 4 e 5 – Manifestação folclórica, dança típica da Festa de Paritins e Tucumã, fruta nativa do Amazonas, respectivamente. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016 O Teatro Amazonas, localizado no Centro Histórico, foi inaugurado em 1896, no período do Ciclo da Borracha, e projeto de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Arquitetura de Lisboa. A maioria dos materiais utilizados na construção foram importados da Europa, sendo ‘’as paredes de aço de Glasgow, na Escócia; os 198 lustres e o mármore de Carrara das escadas, estátuas e colunas são da Itália’’ (AMAZONAS E MAIS, 2019). O local possui estilo Eclético, assim, possui simetria, colunas com capitéis, ornamentos, a presença de elementos em aço, cúpula, arcos plenos, bandeiras acima das janelas e portas, balaústres, dentre outros elementos característicos do estilo. No interior do teatro, a sala principal é marcada pelo estilo Barroco, possuindo dramaticidade, contrastes, elementos decorativos exuberantes e imponentes, além da pintura no forro. A Igreja São Sebastião (1859), próxima ao Teatro, possui estilo marcado por elementos góticos e neoclássicos, como vitrais franceses, colunas, frontão e planta em formato de cruz grega. O Centro Cultural Palácio Rio Negro (1903), de estilo eclético, foi construído para ser a residência de um comerciante de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. Foi sede do Governo e, hoje, atua como Centro Cultural. Figuras 6 e 7 – Teatro Amazonas e sua maquete feita com peças de Lego, respectivamente. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016 Figuras 8 e 9 – Interior do Teatro Amazonas,sala principal. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016 Como características possui colunas com capiteis, bandeiras acima das aberturas, presença de varanda na lateral da edificação, presença do aço, balaústres, dentre outras. O Palácio Rio Branco foi construído entre 1905 e 1938, também possui estilo eclético e foi projetado para sediar a Chefatura da Polícia, o que não ocorreu. Assim, quando foi concluído, tornou-se a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Possui dois pavimentos e apresenta três seções, escadaria para acesso a edificação, presença de frontões e bandeiras acima das aberturas, riqueza em ornamentos. A construção do Mercado Municipal Adolpho Lisboa ocorreu no século XIX, iniciando-se em 1882, ‘’sob a responsabilidade da empresa Backus & Brisbin. No início do século 20, passa por uma reforma e é ampliado. Com a obra, assume a forma atual, eclética’’ (GLOBO, 2014). Figura 10 – Igreja São Sebastião, centro histórico de Manaus. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016 Figura 11 – Centro Cultural Palácio Rio Negro. Fonte: Amazonas e Mais, 2016 Figura 12 – Palácio Rio Negro, Manaus (AM). Fonte: Amazonas e Mais, 2016 Além dessas edificações, localizadas no centro da capital Amazonense, destaca-se as construções vernaculares da população ribeirinha. Estas estão situadas nos Igarapés, principalmente, nas margens dos rios Negro, Solimões e Amazonas. Percebe-se a presença também de casas flutuantes. A maioria destas casas estão acima da margem do rio, de forma que durante as cheias, não ocorra inundação nas moradias. Outra característica arquitetônica presente na região é marcada pela cultura indígena, as ocas estão presentes em determinados pontos das margens dos rios. A arquitetura do século XX, em Manaus, também é marcada por obras de Severiano Porto, conhecido como ‘’arquiteto da floresta” ou “arquiteto da Amazônia”, tem grande influência e diversas obras no estado de Amazonas. Seus projetos visam mesclar técnicas regionais com estratégias que atendem ao rigor do clima e à economia de meios. Dentre seus projetos tombados estão a Sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), Campus da Universidade da Amazônia, Figuras 13 e 14 – Mercado Municipal e uma das entradas do pavilhão deste. Fonte: Casa de Doda, 2019 Figura 15 – Casas flutuantes presentes nos rios do Amazonas. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016 Parque Urbanização de Ponta Negra, Sede da Aldeia Infantil SOS (ONG vinculada à Unesco) e a Residência do Arquiteto. A residência Severiano Porto foi construída em 1971 e possui características da arquitetura modernista brasileira utilizando em larga escala materiais, técnicas e atributos que atendem ao clima local. Localizada em Manaus, na Amazônia, esta casa é ponto alto no regionalismo crítico por revelar uma abordagem transigente entre geografia, meio ambiente, técnicas e práticas locais próprias do norte brasileiro, com a racionalidade moderna moldada no Rio de Janeiro, de onde imigrou Severiano Porto nos anos 60. O arcabouço conceitual, as ideias e as crenças são retirados do modernismo brasileiro em particular, mas a prática é fruto de um reaprender com a sabedoria e condições concretas locais: seja através dos materiais, das técnicas, das manipulações espaciais em função do clima. (VITRUVIUS, 2006) A casa possui distinção clara de separação dos ambientes sociais, íntimos e de serviços. Conta com a presença de um pátio interno que integra o espaço superior ao térreo. Além disso [...] uma varanda íntima parcialmente enclausurada por elementos vazados é acréscimo e solução decorrente dos imperativos climáticos locais. Como o são também todos os dispositivos destinados a permitir ventilação e sombreamentos abundantes que podem ser notados nas coberturas com grandes beirais (com colchão de ar entre forro e telha), na segunda pele de ripado de Figura 16 – Residência Severiano Porto, Manaus. Fonte: Vitruvius, 2006 Figura 17 – Plantas da Residência. Fonte: Vitruvius, 2006 madeira que envolve um dos corpos da edificação e no uso predominante da madeira (sucupira e maçaranduba). (VITRUVIUS, 2006) Portanto, pode-se observar a riqueza cultural e arquitetônica na cidade de Manaus, além da vasta biodiversidade marcada pela Floresta Amazônica. Observa-se que a questão arquitetônica é muito influenciada pela história e desenvolvimento da cidade, além dos povos nativos das terras brasileiras que influenciam, principalmente, nos costumes e no modo de viver da região. Figura 18 – Cortes da residência. Fonte: Vitruvius, 2006 REFERÊNCIAS: • AMAZONAS E MAIS. Conheça os cinco prédios históricos mais imponentes de Manaus. Disponível em <https://www.amazonasemais.com.br/manaus/conheca- os-cinco-predios-historicos-mais-imponentes-de-manaus/> Acesso em 03/12/2019 • ARCHIDAILY. Obras de Severiano Porto são tombadas no Amazonas. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/783411/obras-de- severiano-porto-sao-tombadas-no-amazonas> Acesso em 03/12/2019 • AVENTURAS NA HISTÓRIA. Belle Époque da Amazônia: Por décadas as capitais do norte eram as mais desenvolvidas. Disponível em <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/belle-epoque-da- amazonia-por-decadas-capitais-do-norte-eram-mais-desenvolvidas.phtml> Acesso em 03/12/2019 • BRASIL ESCOLA. As Drogas do Sertão. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/as-drogas-sertao.htm> Acesso em 03/12/2019 • BRASIL ESCOLA. Ciclo da Borracha. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/historiab/ciclo-borracha.htm> Acesso em 03/12/2019 • CIDADES. Manaus. Disponível em <http://www.cidades.com.br/cidades-do- brasil/estado-amazonas/96-manaus.html> Acesso em 03/12/2019 • EM TEMPO. De Vila à Metrópole: Um passeio pela história de Manaus. Disponível em <https://d.emtempo.com.br/amazonas-cidades/176403/de-vila-a- metropole-um-passeio-pela-historia-de-manaus> Acesso em 03/12/2019 • GLOBO. Prédios de Manaus revelam memórias arquitetônicas do auge da borracha. 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Casas brasileiras do século XX. Disponível em <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.074/335> Acesso em 03/12/2019 • VIVA MANAUS. Edificações e Monumentos Históricos. Disponível em <https://vivamanaus.com/edificacoes-e-monumentos-historicos/> Acesso em 03/12/2019 • VIVA MANAUS. História. Disponível em <https://vivamanaus.com/historia/> Acesso em 03/12/2019 https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.074/335 https://vivamanaus.com/edificacoes-e-monumentos-historicos/ https://vivamanaus.com/historia/
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