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Relatório de estágio no ensino da linguagem oral e escrita

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ-UFC
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS
PAULO VICTOR SILVANO LOPES
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DO ESTÁGIO DE ENSINO DE LINGUAGEM ORAL E LINGUAGEM ESCRITA
BEBERIBE 
 2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................03 
2 DESENVOLVIMENTO..........................................................................04
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................10
4 REFERÊNCIAS.......................................................................................11
5 ANEXOS...................................................................................................12 
1. INTRODUÇÃO 
 O presente relatório de estágio foi elaborado no âmbito da disciplina de estágio em ensino da linguagem oral e escrita, com vista à caminhada final para a graduação no curso de letras português pela Universidade Federal do Ceará. O estágio foi desenvolvido unicamente na dimensão de inspeção, sem nenhuma participação nas aulas do professor observado. Tal observação foi realizada com duas professoras de língua portuguesa da Escola Estadual de Educação Profissional Edson Queiroz.
 A escola se encontra próxima ao centro da cidade de Cascavel e conta com cerca de quinhentos e quarenta alunos, divididos nas três séries, em quatro turmas por série, com quarenta e cinco alunos por turma. Contando, em sua suma maioria, com alunos vindos de escolas públicas da região, a escola observada é ícone e desejo de vários jovens ao adentrar no ensino médio, o qual são submetidos a uma seletiva baseada em seu histórico escolar. 
 A maioria dos jovens estudantes são de classe média ou inferior, o que caracteriza o ensino público estadual. A escola tem uma estrutura relativamente boa, e conta obviamente com o ensino técnico vinculado ao ensino médio.
1.1 IMPORTÂNCIA 
 Chegando a fase final da graduação, o estágio de observação tem uma grande importância na construção do conhecimento do futuro profissional da educação. O estágio possibilita uma grande observação e confirmação dos conteúdos já estudados ao longo da graduação, bem como permite ao estagiário um novo olhar para como funciona a sua profissão. Além disso, a observação nos permite uma filtragem, na qual se pode observar aspectos positivos e negativos na aula do professor observado, e assim moldar o estilo de ensino do estagiário futuramente. Isso lhe permite uma primeira experiência, bem como pode evitar alguns erros.
 Os conhecimentos adquiridos vão desde as metodologias utilizadas e consideradas eficazes, até as dinâmicas que podem ser utilizadas em sala de aula para instigar os alunos a terem uma maior participação, ato necessário pare se trilhar o caminho da excelência na docência. Além disso, o estágio de observação possibilita um maior conhecimento do contexto social em que os alunos vivem, o que implica diretamente nos modelos futuros de aula a serem ministradas. 
 De fato, esse momento contribui muito para a vida acadêmica e profissional do estagiário, tendo em vista que agora, já munido de informações e uma primeira experiência, é mais fácil de se sentir seguro em sua primeira experiência profissional.
1.2 ENSINO REMOTO
 
 Devido a situação que se encontra o planeta no momento, o estágio teve de ser realizado em ensino remoto. A escola demorou um pouco para se adaptar a essa pratica, mas logo resolveram isso. As turmas continuaram da mesma forma, porém, tendo aulas agora ministradas pelo google meet e tendo atividades passadas pelo classroom. As aulas aconteciam algumas vezes separadas por séries (apenas 3o ano, por exemplo), mas em alguns casos havia uma mistura de séries e turmas. O percentual de participação em termos numéricos foi bem alto, com poucas ausências, tanto em aulas síncronas como nas assíncronas. Foi observado que os alunos estavam bastante desanimados com essa pratica de ensino, tendo em vista a pouquíssima participação deles no chat ou em voz durante as aulas. A escola montou seu plano de aula e tentou capacitar seus professores na medida do possível para essa pratica de ensino. Vale ressaltar o trabalho de equipe dos professores que sempre buscavam se ajudar nessas horas. 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 DESCRIÇÃO DAS AULAS OBSERVADAS 
AULA 01 – DIA 08/09 (14h às 15h) - 2 TURMAS DE 3O ANO 
PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS: CERCA DE 85
AULA SINCRONA ATRAVÉS DO MEET
 A aula foi trabalhada de forma síncrona, professoras e alunos se encontravam em reunião pelo meet. A aula se inicia com uma breve acolhida e apresentação dos conteúdos a serem trabalhados. Também foi comunicado a presença de um estagiário na reunião. As professoras mantinham um comportamento formal, como esperado e não houve desvio nenhum do proposito da aula. As explicações eram feitas com pausa para dúvidas, já que era complicado para se acompanhar o chat e falar ao mesmo tempo, tendo em vista que essa é uma prática nova para professores que nunca trabalharam com meios digitais. Os alunos em sua maioria se mantinham em total silêncio, sem participações pelo chat e nem por voz. Porém, vale comentar algumas exceções, como: alguns alunos tiravam suas dúvidas ligando o microfone, tendo uma participação e comunicação maior com as professoras. Raros outros ouros alunos ligavam o microfone visando simplesmente atrapalhar a aula, e alguns conversavam paralelamente no chat.
 Como dito nas orientações curriculares nacionais, os recursos pedagógicos e objetos de ensino utilizados em sala de aula são denominados gêneros do discurso. Levando para o lado da aula das professoras, os gêneros do discurso funcionavam como a própria linguagem em uso e estabilização de enunciados visando a avaliação e educação dos alunos. O gênero textual trabalhado na aula em questão foi o texto dissertativo argumentativo, pois estavam se preparando para as redações do enem. Tal gênero foi trabalhado na aula na forma inicialmente de leitura, o que por si só já trabalha a linguagem oral dos alunos (isso se eles realmente atenderam a proposta de ler o texto em suas casas, pois a professora não cobrou que ligassem os microfones já que isso seria impossível e desastroso naquele momento). Em seguida, foi questionado aos alunos indagações como: o que acharam do texto? Ele está coerente e coeso? O que você acha que pode melhorar? E essas eram muitas vezes perguntas retóricas pois a participação dos alunos era mínima. 
 No que diz respeito ao letramento, as professoras seguem no caminho certo, já que as mesmas trabalham as variáveis da língua, como quem está escrevendo, quem está lendo, onde foi escrito e sobre que fala o texto, visando que os alunos entendam as diferentes dimensões da língua e suas variações, mesmo em um texto mais restrito e normativo como o dissertativo argumentativo nas redações do enem. Constato então que os profissionais da educação presentes nessa reunião entendem que o gênero está de acordo com a visão idealizada pelo letramento, tendo em vista que eles habilitam nos alunos a capacidade de interagir com práticas sociais na leitura, como nesse caso que a redação lida e analisada se tratava da violência contra a mulher. Os alunos ainda não possuem completamente as estratégias para a produção com maestria desse tipo de gênero, tais estratégias são introduzias gradativamente com a vertente das competências trabalhadas na avaliação nas redações. E esse foi o maior foco da aula, analisar as duas primeiras competências do enem que contemplam o domínio da norma culta na primeira, e estrutura do texto na segunda. A oralidade foi trabalhada nas seguintes estratégias: 
O aluno ler o período completo de sua redação em voz alta, até o próximo ponto, e assim ele próprio se indagar se aquele período está longo, o que caracterizaum erro de competência 01.
O aluno ler um parágrafo considerado errado pelo excesso de vírgulas, por exemplo, afim de que isso o auxilie a encontrar os locais de onde as vírgulas deveriam ir.
 Também foi trabalhado e estudado a utilização de citações nos textos dos alunos. Foi apresentado as chamadas pelas professoras de “citações coringa”, que basicamente eram citações que poderiam ser usadas em vários temas por contemplarem as suas problemáticas, tendo em vista que as redações do enem trabalham sempre com uma problemática social. E junto a isso foi visto a argumentação que esses alunos poderiam fazer em cima das citações utilizadas. 
AULA 02 – DIA 10/09 (7h às 8h) - 4 TURMAS DE 3O ANO 
PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS: NÃO FOI POSSIVEL CONTABILIZAR
AULA ASSINCRONA ATRAVÉS DO CLASSROOM
 A aula foi trabalhada de forma assíncrona, ou seja, alunos e professores não estavam presentes no mesmo ambiente virtual, que no caso foi o classroom. Então se exclui qualquer acolhida ou comunicação entre eles, foi apenas a resolução de alguns questionários com a temática do movimento do setembro amarelo e multimodalidade. Nisso observa-se a preocupação das professoras em considerar a linguagem como uma interação, entendendo assim o lugar de construção de relações sociais. Os alunos são levados assim a entender que eles são sujeitos sociais e podem provocar mudanças no mundo. Como foi assíncrona, a aula contou apenas com a participação e utilização da linguagem escrita dos alunos. Embora assíncrona, os alunos tinham a possibilidade de consultar as professoras no whatsapp, por exemplo. Até porque tal atividade tinha um prazo relativamente longo para ser então corrigida pela docência. Porém, foi comunicado que pouquíssimos alunos procuravam tirar algum tipo de dúvida. Também foi falado que eles não costumavam apresentar feedbacks sobre esse tipo de aula no classroom.
AULA 03 – DIA 11/09 (14h às 15h) - 2 TURMAS DE 3O ANO 
PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS: 90
AULA SINCRONA ATRAVÉS DO MEET.
 A aula aconteceu de forma síncrona mais uma vez. Ao chegar, como de costume as professoras fazem acolhida com os alunos e a frequência com os mesmos. É um processo um quanto que desorganizado, mas relevado dado o momento de ensino remoto. 
 Dessa vez o conteúdo abordado foi a degradação ambiental, foi feita inicialmente uma reflexão sobre o tema, uma breve discussão com algumas participações dos alunos no chat. Os gêneros textuais utilizados foram o artigo e a charge. Em resumo, essa etapa da aula se consumou na fala massiva das professoras e raras participações de alunos pelo chat, embora muito movimentado, pouquíssimas mensagens eram destinadas ao conteúdo da aula. 
Temos então como dito nos PCNs que a linguagem é considerada como a capacidade humana de articular significados coletivos e partilha-los, sendo a principal função desse ato de linguagem ser a produção de sentido. Tal produção de sentido foi indagada aos alunos. A aula trabalhava a linguagem como divulgadora do conhecimento e das formas de conhecer, do pensamento e das suas formas, pensando na vertente do conteúdo abordado, no caso, a degradação ambiental. 
Entendendo que não existe linguagem no vazio, o objetivo desse tipo de aula é a interação, que por sua vez é prejudicada na aula online, sendo reduzida então a comunicação com o outro dentro de um espaço social, o que prejudica a articulação dos dados das experiências comuns dos indivíduos participantes da interação. 
 Houve uma identificação dos gêneros trabalhados por parte dos alunos, que os reconheceram de forma rápida. Em seguida eles passaram para a leitura com interpretação. Por fim, também resolveram questões de vestibular que contemplavam o assunto.
AULA 04 – DIA 15/09 (14h às 15h) - 2 TURMAS DE 3O ANO 
PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS: 90
AULA SINCRONA ATRAVÉS DO MEET.
 Mais uma aula síncrona, dessa vez retornando para a questão das competências do enem. As professoras fazem essa anuncio, de que continuarão a trabalhar o conteúdo visto nas aulas passadas. Dessa vez a aula toma um rumo maia dinâmico graças a maior participação dos alunos por voz e mais ainda pelo chat, no processo de tira dúvidas. Porém, de inicio houve uma pequena correção de atividades passada em algum momento passado. A atividade consistia em assistir alguns vídeos de um canal no Youtube Chamado “Canal inteligente” e trazer dúvidas ou sugestões para a aula pertinentes ao assunto das competências dentro do texto dissertativo argumentativo, que mais uma vez foi o gênero trabalhado. 
 Foi estudado mais uma vez, na vertente do ensino da linguagem escrita, a caracterização e função da competência 2, que diz respeito ao domínio do assunto e a estrutura do texto. Ora, para dominar o assunto, basta conhece-lo e vivencia-lo em seu dia a dia. Mas como fazer isso em uma prova a qual o tema da redação te pega de surpresa como no enem? Então se inicia uma discussão de como adquirir propriedade para desenvolver uma produção de linguagem escrita eficaz e pertinente a um tema desconhecido. Alguns alunos se manifestaram e comentaram sobre a questão dos jornais televisivos, que por abordar diversos assuntos todos os dias, poderiam ser uma ótima fonte de conteúdo para esse tipo de informação, mas também argumentaram os pontos negativos dessa pratica de ficar de frente para a televisão em busca de assuntos pertinentes para as redações dos vestibulares , que seria a aquisição indesejada de assuntos irrelevantes que também são comentados nos jornais televisivos, bem como a possibilidade de o tema que surgir no dia do vestibular não ser contemplado durante essa pratica de observação. É apresentado aos alunos então a explicação de que em suas práticas sociais, como consumir o jornal, por exemplo, o homem cria e molda sua linguagem verbal, que pode ser a escrita, mas também a oral. Após adquirir e entender essa concepção, os alunos devem então serem capazes de transformar espaços produtivos, como a produção textual em uma prova de vestibular. O domínio do assunto e da linguagem verbal sobre tal assunto torna o jovem capaz de argumentar e convencer sobre aquilo que o mesmo está escrevendo, e essa é a maior jogada para as redações de vestibular, conhecer e convencer daquilo que se escreve. 
 Com a presença das charges, os alunos são instigados a descobrirem a crítica por trás do texto que é o que caracteriza esse gênero. A discussão, argumentação e explicação das professoras se mantém nessa vertente por bastante tempo.
 Devido ao curto tempo a aula se encerra por aqui e uma continuação é prometida para a aula seguinte.
AULA 05 – DIA 18/09 (14h às 15h) - 2 TURMAS DE 3O ANO 
PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS: 90
AULA SINCRONA ATRAVÉS DO MEET. 
 Mais uma aula síncrona pelo google meet se inicia, e da mesma forma que as demais, com uma breve acolhida e anuncio da continuação do conteúdo das duas primeiras competências da redação, mas dessa vez a terceira competência também seria contemplada. Essa competência diz respeito a argumentação e já que agora os alunos já entenderam um pouco sobre o conhecimento da linguagem desejada para a escrita, é hora de fundamentar conceitos e produzir uma boa linguagem escrita para ter assim bons pontos na argumentação. É falado novamente do uso dos períodos curtos no texto, argumentando que eles além de mais bonitos esteticamente, passam uma maior convicção daquilo que está sendo escrito, já que na teoria, o aluno não precisou enrolar para se escrever aquilo que desejava, mostrando maior domínio. Acontece uma breve explicação de como fundamentar uma boa argumentação no texto do vestibular e é tido um tempo para um maior esclarecimento através do tira duvidas dos alunos, que dessa vez participaram apenas por chat e não por voz. Porém, a participação foi relativamente grande.
 Talvez sem perceberem, as professoras comentam sobre os fatores datextualidade dentro de um discurso, teoria por Beaugrande e Dressler (apud Val, 1991). Comentam sobre coerência, coesão, intenção, aceitabilidade dos argumentos por parte do corretor, informação e situação de comunicação. Esses fatores e que concebem um texto como entidade e unidade sociocomunicativa. Também foi comentado sobre o conceito de cada um desses pontos.
 Foi contemplada mais uma vez, o ensino da linguagem escrita no âmbito da formação do texto dissertativo argumentativo que partiria do tema, passando sobre sua causa, concluindo o em uma breve solução, repetindo esse processo em todos os três parágrafos que são indicados para a produção (introdução, desenvolvimento e conclusão). 
 Em seguida é feita uma leitura e é proposto que os alunos também leiam em suas casas. A leitura em questão é de trechos de redações já prontas de edições passadas do vestibular. Separado por cores, cada parágrafo é explicado por uma professora diferente, apostando os pontos positivos e negativos da linguagem escrita do aluno que produziu aqueles textos. Mais uma vez o foco é direcionado ao entendimento e análise das três primeiras competências, marcando pontos a se falar sobre cada uma delas como a boa estética do texto, referente a primeira competência. Creio que querendo ou não isso é um importante ensino de linguagem escrita, pois escrever bonito também é escrever bem, levando em conta que a estética não engloba somente a forma de escrita, mas também o seu conteúdo. O domínio do assunto, que diz respeito a competência dois não é tão abordado, tendo em vista que já foi bastante pontuado. De fato, é necessário que o aluno veja esse tipo de conteúdo, tendo em vista que o enem hoje é a maior porta de entrada para a universidade, então torna-se compreensível a repetição continua desse gênero textual e suas competências, mas será que é saldável tamanha automatização da linguagem escrita nesses textos? Tendo em vista que basicamente é dado aos alunos uma formula de como escrever aquele texto, uma formula da redação nota 1000. É um questionamento que ficará nesse trabalho para aqueles que por ventura venham a lê-lo. 
 
AULA 06 – DIA 22/09 (14h às 15h) - 2 TURMAS DE 3O ANO 
PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS: 90
AULA SINCRONA ATRAVÉS DO MEET.
 A ultima aula de observação também foi realizada pelo meet, porém, dessa vez não foi bem uma aula e sim uma apresentação de seminário. No caso, a linguagem oral dos alunos foi trabalha. Eles estavam divididos em grupos e sua tarefa era de apresentar uma questão do enem (assuntos atribuídos por whatsapp, não tive acesso a escolha e metodologia aplicada para a divisão) bem como apresentar a resolução da mesma. Cada aluno ficaria com um item e apresentaria argumentos para dizer o motivo dele estar errado, ou certo. Foi uma atividade interessante de presenciar por ser nostálgica. Vale comentar que foi uma experiência complicada para os alunos devido a situação do ensino remoto. Alguns colegas simplesmente se recusavam a participar, o que prejudicava a apresentação do grupo. Um ponto que chamou a atenção foi o fato de que a ausência de um aluno desmontava completamente a resolução da questão de um grupo, já que os demais alunos não sabiam a justificativa do item do aluno ausente. Ou seja, mais uma vez deixo comentado a questão da automatização do ensino, o aluno é treinado para saber apenas um item?
 Outro aspecto notado foram os comentários das professoras. Não importava como era a feita a apresentação, se boa, se ruim, se rápida, se demorada, os comentários eram sempre positivos, sem critica alguma as apresentações. Mesmo com a vantagem de apresentar apenas por voz, o que possibilita uma leitura de um argumento para justificar o item, muitos alunos falavam com dificuldade e medo, o que ocasionou em meramente a audição das questões, já que era basicamente impossível questionar uma coisa que mal foi dita. Não houve questionamentos por partes dos alunos sobre as apresentações dos grupos dos colegas, então essa atividade se resumiu em leituras de textos, e leituras de argumentos para justificar itens. 
 É notável que os gêneros orais não são trabalhados em sala de aula com a frequência que deveriam, eles não são tratados como objeto de ensino nas aulas de língua portuguesa. Os gêneros orais surgem nesse tipo de situação corriqueira nas salas de aula, como na apresentação de seminários. Sabe-se que a grande maioria dos professores não os considera em seus planos de aula, o que ocasiona momentos como esses, que são basicamente perdidos e robotizados.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Concluindo mais uma etapa da vida acadêmica, o fim de um relatório de estágio trás consigo a experiência da sala de aula, porém, em pontos diferentes. Pois embora já tenha trabalhado em sala, a visão é completamente diferente pois se está observando, e não trabalhando, sem contar o fato de o estágio ter sido realizado em turmas de ensino médio, que é um outro universo. O tempo pandêmico trouxe à tona a necessidade de adaptação que por sua vez trouxe vários desafios para os docentes. De maneira nenhuma os comentários neste relatório tem como objetivo o julgamento da prática de ensino avaliada, pelo contrário. O graduado em letras e futuro profissional da educação entende com clareza os desafios existentes na vida docente, principalmente em uma situação em que os professores tiveram de se reinventar. Como aprendizado desta experiencia, pode-se destacar a aquisição de novos conhecimentos, bem como a visão periférica de como funciona uma aula online para quem a ministra. Estratégias usadas, metodologias, materiais e afins também são absorvidos e tendem a serem moldados a realidade de ensino futura, de modo a corrigir falhas e reproduzir o que foi acertado.
 Em sua formação, o profissional de letras estuda diversos aspectos, teorias e metodologias e é de veras interessante, poder observar que muitas dessas práticas estão sendo usadas por um professor mais experiente. Isso mostra a eficácia da formação federal de ensino superior e nos da a possibilidade de avaliar aspectos a serem melhorados. 
 Um estágio de avaliação como esse é extremamente importante no âmbito acadêmico, pois ele faz o discente universitário refletir se está pronto para essa prática. Se a resposta for sim, isso lhe motiva ainda mais e o anima para a sua entrada no mundo de trabalho. Se a resposta for não, ele tem consigo a aquisição de experiência, o que lhe serve como objeto de estudo e reflexão, visando a sua preparação para os futuros estágios de regência.
 Por fim deixo os parabéns a não só essas professoras observadas, mas a todos que não baixaram a cabeça perante a situação atual e suas dificuldades e não desistiram da educação de nossos jovens. Para quem não observa isso pode parecer meramente trabalhar, continuar o trabalho. Mas para aqueles que entendem a função e importância da prática docente, significa perseverança e esperança de um futuro melhor, trilhado pelo caminho da educação. 
4. REFERÊNCIAS
FÁVERO, L L. Intencionalidade e aceitabilidade como critérios de textualidade. Cadernos PUC 22: Linguística textual/ texto e leitura, 1985.
SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004
MONTEIRO, Rosemeire Selma. Contribuições psicolingüísticas para o ensino da Língua Portuguesa In: Revista de Letras vol. 19. Fortaleza: UFC, 2000
5. ANEXOS
5.1 CARTA DE APRESENTAÇÃO
5.2 TERMO DE COMPROMISSO
5.3 QUESTIONÁRIO REALIZADO COM O PROFESSOR, RESPONDIDO PELO MESMO
5.4 ANALISE DE UMA ATIVIDADE DO PROFESSOR 
 Para analisar, resolvi escolher a atividade de resolução das questões do enem. Antes disso, vale comentar que devido as aulas remotas, os alunos não recebem muitas atividades para fazer em casa, devido provavelmente a impossibilidade de cobra-las de forma eficaz.Gosto desse tipo de atividade, por isso a escolhi. A questão de o aluno trabalhar sem a ajuda e encaminhamento direto do professor é interessante, além do fato de ser em grupo e trabalhar a socialização e comunicação dos jovens. Eles devem se reunir (online) e discutir entre si, uma questão para ser trabalhada e resolvida diante do restante da turma. Acredito que é uma ótima forma de desenvolver o protagonismo dos alunos bem como já prepara eles para experiências futuras, como na faculdade. Eu não tive acesso a muito sobre essa atividade, pois ela era combinada através de grupos de whatsapp e era antiético que eu participasse dessas reuniões, salvo uma aluna que me enviou print da questão escolhida pelo seu grupo. Acho interessante que eles trabalham e exercitam sua oralidade sem se perceberem disso, já que embora em um ambiente online, eles sabem que não podem falar da mesma maneira habitual. Então em teoria, existe todo um preparo até se chegar no momento da apresentação e resolução da atividade. 
 
5.5 REGISTRO DAS ATIVIDADES OBSERVADAS 
Como comentado no tópico anterior, não foi passada tantas atividades assim para os alunos, então no mais, segue algumas capturas de tela das reuniões pelo meet. 
TERMO DE 
ESTÁGIO EM LING ORAL E ESCRITA paulo.docx
QUESTIONÁRIO 
LING ORAL E ESCRITA.docx

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