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Página 1 de 79 Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 CURSO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM P/ PREFEITURA DE JABOATÃO DOS GUARARAPES AULA 6.1 – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Página 2 de 79 Aula nº 6.1– Urgência e Emergência. Amigo(a)! Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso Curso Específico de Enfermagem para Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Nessa primeira parte, abordaremos os assuntos mais importantes da temática: Suporte Básico e Avançado de Vida e Política Nacional de Atenção à Saúde. Na segunda parte (aula 6.2), que publicaremos no dia 23/02/15, abordaremos temas complementares, mas também importantes. Mantenha a fé e determinação. A sua aprovação depende de seu envolvimento e disciplina. Profº. Rômulo Passos Página 3 de 79 Política Nacional de Atenção às Urgências A Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde (MS) destaca como objetivos fundamentais da atual gestão a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), tendo a implantação das Redes Temáticas prioritárias como estratégia nuclear para o alcance desses objetivos. Dentre as Redes Temáticas prioritárias, a Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) se sobressai, tendo em vista a relevância e premência das situações clínicas envolvidas, além do atual contexto de superlotação dos prontos-socorros. Em julho de 2011, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.600, reformulando a Política Nacional de Atenção às Urgências, de 2003, e instituindo a Rede de Atenção às Urgências e Emergências no SUS. A implementação da RUE deverá se dar de forma pactuada entre as três esferas de gestão, permitindo uma melhor organização da assistência, articulando os diversos pontos de atenção e definindo os fluxos e as referências adequados, buscando transformar o atual modelo de atenção hegemônico, fragmentado e desarticulado, além do dimensionado pautado na oferta de serviços. Página 4 de 79 1 - Diretrizes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) As diretrizes que norteiam a implementação da RUE são as seguintes: Diretrizes que Norteiam a Implementação da RUE I - ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos; II - garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos, violências e acidentes); III - regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde; IV - humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde; V - garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional, compartilhado por trabalho em equipe, instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado; VI - articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde, constituindo redes de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de atenção; VII - atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas; VIII - atuação profissional e gestora visando o aprimoramento da qualidade da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; IX - monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção; X - articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada; XI - participação e controle social dos usuários sobre os serviços; XII - fomento, coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de Página 5 de 79 situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos; XIII - regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e integralidade do cuidado; e XIV - qualificação da assistência por meio da educação permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização. Sugiro que faça uma leitura atenta das diretrizes acima, que estão em consonância com os princípios do SUS. Vejamos abaixo com as bancas exploram o tema: 1. (HU-UFRN/EBSERH/IADES/2014)Com base na Portaria nº 1.600/2011, assinale a alternativa que apresenta uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências. a) Restrição do acesso aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando assim, finalmente, a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos. b) Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos, violências e acidentes). c) Municipalização do atendimento às urgências, com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. d) Humanização da atenção, garantindo efetivação de um modelo descentralizado com relação ao usuário e fundamentado nas necessidades de saúde dele. e) Segmentação de determinados serviços, constituindo redes de saúde independentes. COMENTÁRIOS: Faremos a correção de cada um dos itens errados: a) O erro foi trocar a palavra “ampliação” por “restrição”. Na verdade, ocorre a ampliaçãodo acesso aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando assim, finalmente, a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos. Página 6 de 79 c) O atendimento às urgências extrapola a esfera municipal, necessitando de uma rede de atenção complexa dentro de toda a região de saúde. Portanto, uma das diretrizes é a regionalização do atendimento às urgências, com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. d) O item utilizou do jogo de palavras para confundir o candidato desavisado . A descentralização é dos serviços de saúde do nível central para os estados e principalmente para os municípios (descentralização do SUS). Por outro lado, o cuidado ao usuário deve ser personalizado e centrado em suas necessidades. Então, temos como diretriz a humanização da atenção, garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e fundamentado nas necessidades de saúde dele. e) As redes de atenção não devem ser segmentadas, independentes e fragmentadas, mas sim integradas, interdependentes e articuladas. Logo, acontece a articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde, constituindo redes de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de Atenção. A alternativa correta é a letra B, já que uma diretrizes que norteia a implementação da RUE é a seguinte: garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos, violências e acidentes). 2. (SPDM - Ilha de Paquetá-RJ/BIORIO/2014) São diretrizes da Rede de Atençãoàs Urgências, EXCETO: a) garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional, compartilhado por trabalho de gerenciamento de caso, instituído por meio de práticas clínicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado. b) humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. c) articulação interfederativa e compartilhada entre os diversos gestores. d) execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório. e) atuação profissional que busque a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde. COMENTÁRIOS: Página 7 de 79 A assertiva errada é a letra A. O que ocorre é promoção de um modelo de atenção de caráter multiprofissional, compartilhado por trabalho em equipe , e não compartilhado por trabalho de gerenciamento de caso. 3. (HU-UFGD/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a Portaria N°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), constituem-se em diretrizes da Rede de Atenção às Urgências, EXCETO a) garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento com prioridade às urgências clínicas, com gestão de práticas nas linhas de cuidado ao infarto agudo do miocárdio e ao acidente vascular cerebral. b) regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. c) atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas. d) atuação profissional e gestora visando ao aprimoramento da qualidade da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas, contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde. e) articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada. COMENTÁRIOS: A alternativa incorreta é a letra A. Verifique o princípio descrito corretamente: garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento das urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos, violências e acidentes). A letra A descreveu a diretriz de forma restritiva e diferente da legislação. Página 8 de 79 4. (HU- UFRN/EBSERH/IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta as principais diretrizes que norteiam a implementação das Redes de Urgências e Emergências. a) Classificação de risco, regionalização da saúde e atuação territorial, regulação do acesso aos serviços de saúde. b) Pacto de Gestão e Plano Diretor de Regionalização. c) Plano Diretor de Regionalização e organização do processo de trabalho por intermédio de equipes multidisciplinares. d) Pacto de Gestão e articulação interfederativa. e) Plano Diretor de Regionalização e participação e controle social. COMENTÁRIOS: Vamos rememorar algumas diretrizes que norteiam a implementação da RUE: I - ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos; III - regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde; VII - atuação territorial, definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas; XIII - regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e integralidade do cuidado. Nesse contexto, o gabarito só pode ser a letra A. As demais alternativas descrevem instrumentos de gestão, e não diretrizes. Página 9 de 79 2 - Componentes da RUE e suas Interfaces A RUE, como rede complexa e que atende a diferentes condições (clínicas, cirúrgicas, traumatológicas, em saúde mental etc.), é composta por diferentes pontos de atenção, de forma a dar conta das diversas ações necessárias ao atendimento às situações de urgência. Desse modo, é necessário que seus componentes atuem de forma integrada, articulada e sinérgica. Além disso, de forma transversal a todos os componentes, devem estar presentes o acolhimento, a qualificação profissional, a informação e a regulação de acesso. Assim, com o objetivo principal de reordenar a atenção à saúde em situações de urgência e emergência de forma coordenada pela atenção básica, é necessário muito mais do que a ampliação da rede de serviço: é necessário, de forma qualificada e resolutiva, o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos, de diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos. A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; II - Atenção Básica em Saúde; III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; IV - Sala de Estabilização; V - Força Nacional de Saúde do SUS; VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas; VII - Hospitalar; e VIII - Atenção Domiciliar. Página 10 de 79 É fundamental a participação de atores de outros segmentos sociais para a proposição de políticas públicas intersetoriais efetivas e eficientes, envolvendo conselhos de saúde, gestores, trabalhadores, prestadores, usuários, conselhos de classe, instituições de ensino, setores da Educação, Segurança Social, Transportes e outros. Vejamos como o tema é explorado pelas bancas: 5. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos componentes citados a seguir, EXCETO a) Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde. b) Atenção Básica em Saúde. c) Ambulatório de Especialidades. d) Atenção Domiciliar. e) Sala de Estabilização. COMENTÁRIOS: Conforme explicação acima, é cristalino para nós que Ambulatório de Especialidades não faz parte da composição da Rede de Atenção às Urgências. Assim, o gabarito é a letra C. Página 11 de 79 2.1 - Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde O componente Promoção, Prevenção e Vigilância em Saúde tem por objetivo estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a vigilância e a prevenção das violências e dos acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade para a promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância em saúde. 2.2 - Atenção Básica A Atenção Básica em Saúde tem como objetivos a ampliação do acesso, o fortalecimento do vínculo, a responsabilização e o primeiro atendimento às urgências e emergências, em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento dos pacientes a outros pontos de atenção, quando necessário, mediante implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades. Neste sentido, a Atenção Básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde. São elas: • Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária; • Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínicas e sanitariamente efetivas, na perspectiva deampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; • Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Deve atuar como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos por intermédio de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Deve articular também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais; e Página 12 de 79 • Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. 2.3 - Serviço de Atendimento Móvel às Urgências 2.3.1 - SAMU É o componente da rede de atenção às urgências e emergências que objetiva ordenar o fluxo assistencial e disponibilizar atendimento precoce e transporte adequado, rápido e resolutivo às vítimas acometidas por agravos à saúde de natureza clínica, cirúrgica, gineco-obstétrica, traumática e psiquiátricas mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número “192” e acionado por uma Central de Regulação das Urgências, reduzindo a morbimortalidade. O SAMU é normatizado pela Portaria MS/GM nº 1.010, de 21 de maio de 2012. Segue abaixo questões sobre o assunto: 6. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. “O componente assistencial móvel da Rede de Atenção às Urgências (SAMU) tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número “______” e acionado por uma Central de Regulação Médica das Urgências”. a) 192b) 193 c) 190 d) 189 e) 911 COMENTÁRIOS: Questão dispensa comentários . O SAMU é acessado pelo telefone 192. Logo, o gabarito é a letra A. Página 13 de 79 7. (HU-UFBA/EBSERH/IADES/2014) A Portaria no 1.864/2003, que trata da implantação de serviços de atendimento móvel de urgência em municípios e regiões de todo o território nacional, define que as despesas de custeio desse componente serão de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite, entre a União, os estados e os municípios. A esse respeito, é correto afirmar que corresponde à União a seguinte porcentagem do valor estimado para esses recursos: a) 25%. b) 50%. c) 75%. d) 80%. e) 100%. COMENTÁRIOS: Atualmente, o SAMU é normatizado pela Portaria MS/GM nº 1.010, de 21 de maio de 2012. Com base no art. 40 desta portaria, as despesas de custeio mensal do componente SAMU 192 são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na seguinte proporção: I - União: 50% da despesa; II - Estado: no mínimo, 25% da despesa; e III - Município: no máximo, 25% da despesa. Nesses termos, o gabarito é a letra B. As unidades móveis para o atendimento de urgência podem ser: • viatura tripulada por no mínimo 2 profissionais, sendo 1 condutor de veículo de urgência e 1 técnico ou auxiliar de enfermagem: Unidade de suporte básico de vida terrestre (USB) • viatura tripulada por no mínimo 3 profissionais, sendo 1 condutor de veículo de urgência, 1 enfermeiro e 1 médico; Unidade de suporte avançado de vida terrestre (USA) • aeronave com equipe composta por no mínimo 1 médico e 1 enfermeiro; Equipe de aeromédico •equipe composta por no mínimo 2 ou 3 profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e 1 auxiliar/técnico de enfermagem, em casos de suporte básico de vida, e 1 médico e 1 enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida; Equipe de embarcação • motocicleta conduzida por 1 profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de motolância; e Motolância • veículo tripulado por no mínimo 1 condutor de veículo de urgência, 1 médico e 1 enfermeiro. Veículo de intervenção rápida (VIR) Página 14 de 79 As bancas adoram explorar questões que detalham números. Vejamos abaixo: 8. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Assinale a alternativa correta referente às Unidades Móveis para atendimento de urgência descritas na Portaria 2.026 de 2011. a) A Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre deve ser tripulada por, no mínimo, 3 profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência, um técnico ou auxiliar de enfermagem e um médico. b) A Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre deve ser tripulada, por no mínimo, 2 profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência e um enfermeiro. c) A Equipe de Aeromédico deve ser composta por, no mínimo, um médico e um auxiliar de enfermagem. d) A Motolância deve ser conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de motolância. e) O Veículo de Intervenção Rápida (VIR) deve ser tripulado por um condutor de veículo de urgência e um auxiliar de enfermagem. COMENTÁRIOS: Faremos as devidas correções nos itens da questão: a) O médico não faz parte da Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre. Esta deve ser tripulada por, no mínimo, 2profissionais, sendo 1 condutor de veículo de urgência, 1 técnico ou auxiliar de enfermagem. b) O item também está errado, pois excluiu o médico da Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre. Esta deve ser tripulada, por no mínimo, 3 profissionais, sendo 1 condutor de veículo de urgência, 1 enfermeiro e 1 médico. c) O item trocou o enfermeiro pelo auxiliar de enfermagem. Na verdade, a Equipe de Aeromédico deve ser composta por, no mínimo, 1 médicoe 1 enfermeiro. d) A Motolância deve ser conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de motolância. e) Outra assertiva incorreta, já que trocou o médico e enfermeiro pelo auxiliar de enfermagem. O Veículo de Intervenção Rápida (VIR) deve ser tripulado por 1 condutor de veículo de urgência, 1 médico e 1 enfermeiro. Dito isso, o gabarito é a assertiva D. Página 15 de 79 2.3.2 - Centrais de Regulação Médica de Urgências A central de regulação médica das urgências é parte integrante do SAMU 192, definida como uma estrutura física com a atuação de profissionais médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica (TARM) e rádio-operadores(RO) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que demandem orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e priorização das necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das referências e contrarreferências dentro da Rede de Atenção à Saúde. As centrais de regulação do SAMU 192 deverão ser regionalizadas, a fim de ampliar o acesso às populações dos municípios em todo o território nacional. Os municípios com população igual ou superior a 500.000 (quinhentos mil) habitantes que já possuem SAMU 192 poderão constituir, por si só, uma região, para fins de implantação de central de regulação das urgências, desde que todos os municípios do seu entorno já estejam cobertos por outra central de regulação das urgências. 2.3.3 - Base Descentralizada do SAMU A base descentralizada deve contar com uma infraestrutura que garanta tempo- resposta de qualidade e racionalidade na utilização dos recursos do componente SAMU 192 regional ou sediado em município de grande extensão territorial e/ou baixa densidade demográfica, conforme definido no Planode Ação Regional, com a configuração mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto das equipes e estacionamento das ambulâncias. 2.4 - Sala de Estabilização Define-se por Sala de Estabilização (SE) o equipamento de saúde que deverá atender às necessidades assistenciais de estabilização do paciente grave/crítico em municípios de grandes distâncias e/ou isolamento geográfico, bem como lugares de difícil acesso considerados como vazios assistenciais para a urgência e emergência. Deverá se organizar de forma articulada, regionalizada e em rede. Página 16 de 79 A SE poderá estar alocada em serviços de saúde, públicos ou filantrópicos, em hospitais de pequeno porte (HPP) com no máximo 30 leitos e fora da área de abrangência de UPA 24 horas, podendo também ser instalada em outras unidades, tipo unidade básica de saúde (UBS) e unidade mista, além de HPP, desde que garantidas as condições para o seu funcionamento integral por 24 horas em todos os dias da semana. Deverão ser observadas as seguintes diretrizes: • Funcionamento nas 24 horas do dia e nos 7 dias da semana; • Equipe interdisciplinar compatível com suas atividades; • Funcionamento conforme protocolos clínicos, acolhimento, classificação de risco e procedimentos administrativos estabelecidos e/ou adotados pelo gestor responsável. 2.5 - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o Conjunto de Serviços de Urgência 24 Horas As unidades de pronto atendimento 24h são estruturas de complexidade INTERMEDIÁRIA entre as unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família e a rede hospitalar, devendo funcionar 24h por dia, todos os dias da semana, e compor uma rede organizada de atenção às urgências e emergências, com pactos e fluxos previamente definidos, com o objetivo de garantir o acolhimento aos pacientes, intervir em sua condição clínica e contrarreferenciá-los para os demais pontos de atenção da RAS, para os serviços da atenção básica ou especializada ou para internação hospitalar, proporcionando a continuidade do tratamento com impacto positivo no quadro de saúde individual e coletivo da população. A UPA 24h é um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária situado entre a Atenção Básica de Saúde e a Atenção Hospitalar. Página 17 de 79 A UPA 24h é um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária situado entre a Atenção Básica de Saúde e a Atenção Hospitalar. A Portaria nº 342/2013 redefine as diretrizes para implantação do Componente Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências, e dispõe sobre incentivo financeiro de investimento para novas UPA 24h (UPA Nova) e UPA 24h ampliadas (UPA Ampliada) e respectivo incentivo financeiro de custeio mensal. A UPA 24h será implantada em locais ou unidades estratégicas para a configuração da rede de atenção às urgências, em conformidade com a lógica de acolhimento e de classificação de risco, observadas as seguintes diretrizes: A UPA 24h terá as seguintes competências na RUE: I - acolher os usuários e seus familiares sempre que buscarem atendimento na UPA 24h; II - articular-se com a Atenção Básica à Saúde, SAMU 192, unidades hospitalares, unidades de apoio diagnóstico e terapêutico e com outros serviços de atenção à saúde, por meio de fluxos lógicos e efetivos de referência e contrarreferência, ordenados pelas Centrais de Regulação Médica de Urgências e complexos reguladores instalados na região; (Alterada pela PRT nº 104/GM/MS de 15.01.2014) III - prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica, e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica e de trauma, estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, de modo a definir, em todos os casos, a necessidade ou não de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade; IV - fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Rede de Atenção Básica à Saúde; V - funcionar como local de estabilização de pacientes atendidos pelo SAMU 192; VI - realizar consulta médica em regime de pronto atendimento aos casos de menor gravidade; D ir e tr iz es d a U PA funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas do dia e em todos os dias da semana, incluídos feriados e pontos facultativos; possuir equipe multiprofissional interdisciplinar compatível com seu porte. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0104_15_01_2014.html Página 18 de 79 VII - realizar atendimentos e procedimentos médicos e de enfermagem adequados aos casos demandados à unidade; VIII - prestar apoio diagnóstico e terapêutico ininterrupto nas 24 horas do dia e em todos os dias da semana, incluídos feriados e pontos facultativos; IX – manter pacientes em observação, por período de até 24 horas, para elucidação diagnóstica e/ou estabilização clínica; Atenção! A UPA 24 horas não é uma unidade de saúde de internação, sendo que o usuário atendido pode ficar em observação até 24h. Caso seja necessário o internamento, deve ser transferido para uma unidade hospitalar. X - encaminhar para internação em serviços hospitalares, por meio das centrais reguladoras, os pacientes que não tiverem suas queixas resolvidas nas 24 horas de observação; XI - prover atendimento e/ou referenciamento adequado a um serviço de saúde hierarquizado, regulado e integrado à RUE a partir da complexidade clínica, cirúrgica e traumática do usuário; XII - contrareferenciar para os demais serviços de atenção integrantes da RUE, proporcionando continuidade ao tratamento com impacto positivo no quadro de saúde individual e coletivo; e XIII - solicitar retaguarda técnica ao SAMU 192 sempre que a gravidade ou complexidade dos casos ultrapassarem a capacidade instalada da unidade. Vejamos questões sobre o tema: 9. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a Política Nacional de Atenção às Urgências, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é entendida como: a) o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e a Rede Hospitalar. b) alto nível de complexidade hospitalar, disponibilizando leitos de terapia intensiva. c) unidade de baixa complexidade, para atendimento de clientes com quadro clínico estável. d) porta de entrada prioritária na rede de atenção em saúde no SUS. e) unidade hospitalar para internamento de quadros agudos ou agudizados e também atendimento inicial à vítima de trauma. COMENTÁRIOS: Vejamos cada uma das assertivas em relação à definição da UPA 24h: Página 19 de 79 a) É o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e a Rede Hospitalar. b) O nível de complexidade da UPA 24 h é intermediário e não hospitalar, não disponibilizando leitos de terapia intensiva. c) É uma unidade de complexidade intermediário, para atendimento de clientes com quadro clínico instável de baixa gravidade. d) Não é porta de entrada prioritária na rede de atenção em saúde no SUS, que é a atenção básica. e) Não é unidade hospitalar para internamento. O atendimento aos usuários pode ser prestado até 24h. O gabarito, portanto, é a letra A. 10. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Sobre as competências da UPA 24h na Rede de Atenção às Urgências, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) Funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas, em todos os dias da semana, incluídos feriados e pontos facultativos. ( ) Acolher os pacientes e seus familiares sempre que buscarem atendimento na UPA 24 h. ( ) Fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Rede de Atenção Básica. ( ) Manter pacientes em observação, por período de até 72 horas, para elucidação diagnóstica e/ou estabilização clínica.a) V – V – F – F. b) F – F – V – V. c) V – F – V – F. d) V – V – V – F. e) V – V – V – V. COMENTÁRIOS: A UPA 24 horas não é uma unidade de saúde de internação, sendo que o usuário atendido pode ficar em observação até 24h. Caso seja necessário o internamento, deve ser transferido para uma unidade hospitalar. O item nº 4 é o único incorreto. Por conseguinte, o gabarito é a letra D. Página 20 de 79 2.6 - Componente da Atenção Hospitalar O Componente da Atenção Hospitalar (AH) na Rede de Atenção às Urgências e Emergências no âmbito do SUS foi instituído pela Portaria MS/GM nº 2.395, de 11 de outubro de 2011. O Componente da Atenção Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências e Emergências é constituído por: 1. Portas hospitalares de urgência e emergência; 2. Enfermaria de retaguarda clínica; 3. Serviços de Diagnóstico por Imagem e de Laboratório; 4. Leitos de terapia intensiva; e 5. Organização das linhas de cuidado prioritárias: • LC do infarto agudo do miocárdio (IAM); • LC do acidente vascular cerebral (AVC); • LC da traumatologia. São objetivos da Atenção Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências e Emergências: I – organizar a atenção às urgências nos hospitais de modo que atendam à demanda espontânea e/ou referenciada e funcionem como retaguarda para os outros pontos de atenção às urgências de menor complexidade; II – garantir retaguarda de atendimentos de média e alta complexidade, procedimentos diagnósticos e leitos clínicos, cirúrgicos, de cuidados prolongados e de terapia intensiva para a Rede de Atenção às Urgências; e III – garantir a atenção hospitalar nas linhas de cuidado prioritárias em articulação com os demais pontos de atenção. Página 21 de 79 Vejamos como o assunto foi abordado pelas bancas: 11. (HU-UFMT/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a Portaria n°. 1.600/2011, que reformula a Política Nacional de Atenção à Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS), o componente hospitalar será constituído por a) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados semi-intensivos, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. b) unidades de Pronto Atendimento 24 horas, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intermediários, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e pelos laboratórios. c) enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelos Centros Cirúrgicos. d) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e pelos laboratórios. e) portas hospitalares de urgência, enfermarias de retaguarda, leitos de cuidados intensivos, serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. COMENTÁRIOS: De acordo com a Portaria n°. 1.600/2011, art. 11, o Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. Logo, o gabarito é a letra E. Página 22 de 79 12. (HU-UFRN/EBSERH/IADES/2014)As Portas de Entrada Hospitalares de Urgência devem estar instaladas em unidades hospitalares estratégicas para a Rede de Atenção às Urgências. Considerando que essas unidades devem se enquadrar em determinados requisitos, assinale a alternativa que indica um deles. a) Possuírem, no mínimo, 200 leitos cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos (SCNES). b) Organizarem o trabalho das equipes multiprofissionais de forma vertical, utilizando prontuário único compartilhado por toda a equipe. c) Serem instituições de referência municipal para a Rede de Atenção às Urgências e habilitadas em uma das seguintes linhas de cuidado: cardiovascular, neurologia/neurocirurgia, pediatria ou traumato-ortopedia. d) Serem instituições hospitalares públicas (estaduais/municipais), particulares ou filantrópicas, que desempenhem um papel de referência regional, realizando, no mínimo, 10% dos atendimentos oriundos de outros municípios, registrados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH). e) Serem instituições de referência regional para a Rede de Atenção às Urgências e habilitadas em uma das seguintes linhas de cuidado: cardiovascular, neurologia/neurocirurgia, pediatria ou traumatoortopedia. COMENTÁRIOS: De acordo com a Portaria nº 2.395/2011, art. 6º, que Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), são consideradas unidades hospitalares estratégicas para a Rede de Atenção às Urgências aquelas que se enquadrarem nos seguintes requisitos: I - ser referência regional, realizando no mínimo 10% dos atendimentos oriundos de outros Municípios, conforme registro no Sistema de Informação Hospitalar - SIH (letra D). A instituição deve ser pública, e não privada; II - ter no mínimo 100 leitos cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos – SCNES (letra A); III - estar habilitada em pelo menos uma das seguintes linhas de cuidado (letras C e E): a) cardiovascular; b) neurologia/neurocirurgia; c) pediatria; e http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2395_11_10_2011.html Página 23 de 79 d) traumato-ortopedia. As instituições hospitalares que não se enquadrarem estritamente nos requisitos estabelecidos acima, mas que, excepcionalmente, forem consideradas estratégicas para a referência regional no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências poderão se beneficiar dos investimentos estabelecidos nesta Portaria. A letra A está errada, pois referiu 200 leitos em vez de 100. A assertiva B está errada, ao passo que o cuidado não deve ser vertical, mas sim horizontal. A letra C apresenta-se incorreta, pois a referência deve ser regional, e não municipal. A alternativa D encontra-se errada, pois a instituição deve ser pública, e não privada. O gabarito, portanto, é a letra E. 13. (HU-UFRN/EBSERH/IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta os objetivos da Atenção Hospitalar das Redes de Atenção as Urgências e Emergências (RUE). a) Garantir atenção hospitalar nas linhas de cuidado prioritárias em articulação com os demais pontos de atenção. b) Padronizar o visual da unidade. c) Manter a atenção básica. d) Sistematizar, ampliar e consolidar o atendimento pré-hospitalar de forma a reduzir a mortalidade dos eventos violentos. e) Assistir, de forma interdisciplinar e intersetorial, as vítimas de acidentes e de violências. COMENTÁRIOS: De acordo com a Portaria nº 2.395/2011, art. 3º, que Organiza o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), são objetivos do Componente Hospitalar da Rede Atenção às Urgências: I - organizar a atenção às urgências nos hospitais, de modo que atendam à demanda espontânea e/ou referenciada e funcionem como retaguarda para os outros pontos de atenção às urgências de menor complexidade; II - garantir retaguarda de atendimentos de média e alta complexidade; procedimentos diagnósticos e leitos clínicos, cirúrgicos, de longa permanência e de terapia intensiva para a rede de atenção às urgências; e http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2395_11_10_2011.html Página 24 de 79 III - garantir a atenção hospitalar nas linhas de cuidado prioritárias, em articulação com os demais pontos de atenção. O gabarito da questão, portanto, é a letra A. 14. (HUCAM-UFSE/EBSERH/AOCP/2014) De acordo com a Portaria GM nº 1.600, de 7 de julho de 2011, que reformula a Política Nacional de Atençãoàs Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde, devem ser priorizadas as linhas de cuidados a) cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica b) cardiovascular, respiratória e traumatológica c) cardiovascular, neuroendócrina e cerebrovascular d) cerebrovascular, respiratória e traumatológica e) cerebrovascular, respiratória e cardiovascular COMENTÁRIOS: Segundo Portaria GM nº 1.600/2011, art. 3º, § 4º, a Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica. Assim, o gabarito é a letra A. 2.7 - Força Nacional do SUS (FN-SUS) A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) é um componente humanitário do SUS, estruturante para a Rede de Atenção às Urgências e Emergências, sob gestão do Ministério da Saúde. Foi aprovada mediante a Resolução nº 443, de 9 de junho de 2011, e deverá ser organizada na lógica de aglutinar esforços para garantir a integralidade da assistência em situações de risco ou emergenciais a que esteja exposta a população brasileira e, especialmente, os povos indígenas e grupos populacionais localizados em território de difícil acesso, devendo conduzir suas atividades segundo os princípios de equidade, integralidade e universalidade. Página 25 de 79 2.8 - Atenção Domiciliar A Atenção Domiciliar redefinida pela Portaria MS/GM nº 963, de 27 de maio de 2013, caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde, tendo como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar, para a humanização da atenção à saúde, a redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou a redução do período de permanência de usuários internados, viabilizando a disponibilização de leitos hospitalares para a retaguarda das urgências e a preservação dos vínculos familiares, além da ampliação da autonomia dos usuários e familiares para o cuidado em saúde. É uma modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes. Deve estar estruturada na perspectiva das Redes de Atenção à Saúde, tendo a Atenção Básica como ordenadora e coordenadora do cuidado e da ação territorial, articulando-se com os pontos de atenção, com serviços de retaguarda e incorporada ao sistema de regulação, além de estar de acordo com os princípios de ampliação do acesso, acolhimento, equidade, humanização e integralidade da assistência. Deve também inserir-se nas linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência, adotando um modelo centrado no trabalho multiprofissional e interdisciplinar que estimule a participação ativa dos profissionais, usuários, familiares e cuidadores. A Atenção Domiciliar tem como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial, nos serviços de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários. A Atenção Domiciliar é um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e será estruturada de forma articulada e integrada aos outros componentes e à Rede de Atenção à Saúde, a partir dos Planos de Ação, conforme estabelecido na Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011. A Atenção Domiciliar tem por finalidade estruturar e organizar o cuidado no domicílio a partir de três modalidades (AD1, AD2, AD3) definidas a partir da condição Página 26 de 79 clínica, da necessidade e do uso de equipamentos e da frequência de visitas domiciliares. Vejamos conceitos importantes: I - Atenção Domiciliar: nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde; II - Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço substitutivo ou complementar à internação hospitalar ou ao atendimento ambulatorial, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP); e III - Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar com o usuário, capacitada para auxiliá- lo em suas necessidades e atividades da vida cotidiana. As equipes de atenção domiciliar que compõem o SAD são: I - Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD), que pode ser constituída como: a) EMAD Tipo 1; e b) EMAD Tipo 2; e II - Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP). As EMAD e EMAP devem ser cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), conforme regras operacionais de cadastramento previstas em ato específico do Ministro de Estado da Saúde. A EMAD é pré-requisito para constituição de um SAD, não sendo possível a implantação de uma EMAP sem a existência prévia de uma EMAD. SAD EMAD EMAD Tipo 1 EMAD Tipo 2 EMAP Página 27 de 79 Composição dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) Composição mínima da EMAD Composição mínima da EMAP I - EMAD Tipo 1: a) profissionais médicos, com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no mínimo, 40 horas de trabalho; b) profissionais enfermeiros, com somatório de CHS de, no mínimo, 40 horas de trabalho; c) profissional fisioterapeuta e/ou assistente social, com somatório de CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho; e d) - auxiliares/técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no mínimo, 120 horas de trabalho; e II - EMAD Tipo 2: a) profissional médico, com CHS de, no mínimo, 20 horas de trabalho; b) profissional enfermeiro, com CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho; c) 1 fisioterapeuta com CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho ou 1 assistente social com CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho; e d) auxiliares/técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no mínimo, 120 horas de trabalho. A EMAP terá composição mínima de 3 profissionais de nível superior, escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo, cuja soma das CHS dos seus componentes acumularão, no mínimo, 90 horas de trabalho: I - assistente social; II - fisioterapeuta; III - fonoaudiólogo; IV - nutricionista; V - odontólogo; VI - psicólogo; VII - farmacêutico; e VIII - terapeuta ocupacional. Nenhum profissional componente de qualquer EMAD ou EMAP poderá ter CHS inferior a 20 horas de trabalho. A admissão do usuário ao SADexigirá a sua préviaconcordância e de seu familiar ou, na inexistência de familiar, de seu cuidador, com assinatura de termo de consentimentolivre e esclarecido. Página 28 de 79 O SAD organizará o trabalho da EMAD no formato de cuidado horizontal (diarista) de segunda a sexta-feira, com jornada de 12 horas/dia de funcionamento, e garantirá o cuidado à saúde nos finais de semana e feriados, podendo utilizar nesses casos o regime de plantão, de forma a assegurar a continuidade da atenção em saúde. A Atenção Domiciliar será organizada em três modalidades: I - Atenção Domiciliar tipo 1 (AD1); II - Atenção Domiciliar tipo 2 (AD2); e III - Atenção Domiciliar tipo 3 (AD3). Essas modalidades observarão a complexidade e as características do quadro de saúde do usuário, bem como a frequência de atendimento necessário. Nas três modalidades de Atenção Domiciliar, as equipes responsáveis pela assistência têm como atribuição: I - trabalhar em equipe multiprofissional e integrada à rede de atenção à saúde; II - identificare treinar os familiares e/ou cuidador dos usuários, envolvendo-os na realização de cuidados, respeitando os seus limites e potencialidades; III - abordar o cuidador como sujeito do processo e executor das ações; IV - acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários e familiares e/ou cuidador como parte do processo de Atenção Domiciliar; V - elaborar reuniões para cuidadores e familiares; VI - utilizar linguagem acessível a cada instância de relacionamento; VII - promover treinamento pré e pós-desospitalização para os familiares e/ou cuidador dos usuários; VIII - participar da educação permanente promovida pelos gestores; IX - assegurar, em caso de óbito, que o médico da EMAD, nas modalidades AD2 e AD3, ou o médico da Equipe de Atenção Básica, na modalidade AD1, emita o atestado de óbito; e X - apoiar na alta programada de usuários internados em hospitais inseridos no Município no qual atuam, através do estabelecimento de fluxos e protocolos com estes estabelecimentos de saúde. Página 29 de 79 A modalidade AD1 destina-se aos usuários que: I - possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; II - necessitem de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS); e III - não se enquadrem nos critérios previstos para as modalidades AD2 e AD3 descritos nesta Portaria. A prestação da assistência à saúde na modalidade AD1 é de responsabilidade das equipes de atenção básica, por meio de visitas regulares em domicílio, no mínimo, 1 vez por mês. As equipes de atenção básica que executarem as ações na modalidade AD1 serão apoiadas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e ambulatórios de especialidades e de reabilitação. Os equipamentos, os materiais permanentes e de consumo e os prontuários dos usuários atendidos na modalidade AD1 ficarão instalados e armazenados na estrutura física das próprias UBS. A modalidade AD2 destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção. A inclusão para cuidados na modalidade AD2 será baseada na análise da necessidade de saúde do usuário, tomando-se como base as situações abaixo listadas: I - demanda por procedimentos de maior complexidade, que podem ser realizados no domicílio, tais como: curativos complexos e drenagem de abscesso, entre outros; II - dependência de monitoramento frequente de sinais vitais; III - necessidade frequente de exames de laboratório de menor complexidade; IV - adaptação do usuário e/ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia; V - adaptação do usuário ao uso de órteses/próteses; VI - adaptação de usuários ao uso de sondas e ostomias; VII - acompanhamento domiciliar em pós-operatório; VIII - reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que necessitem de atendimento contínuo, até apresentarem condições de frequentarem outros serviços de reabilitação; Página 30 de 79 IX - uso de aspirador de vias aéreas para higiene brônquica; X - acompanhamento de ganho ponderal de recém-nascidos de baixo peso; XI - necessidade de atenção nutricional permanente ou transitória; XII- necessidade de cuidados paliativos; e XIII - necessidade de medicação endovenosa, muscular ou subcutânea, por tempo pré-estabelecido. Na modalidade AD2 será garantido, se necessário, transporte sanitário e retaguarda para as unidades assistenciais de funcionamento 24 horas/dia, definidas previamente como referência para o usuário, nos casos de intercorrências. A modalidade AD3 destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção à saúde. Para que o usuário seja incluído para cuidados na modalidade AD3, é necessário que se verifique: I - existência de pelo menos uma das situações admitidas como critério de inclusão para cuidados na modalidade AD2; e II - necessidade do uso de, no mínimo, um dos seguintes equipamentos/procedimentos: a) Suporte Ventilatório não invasivo: i. Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP); ii. Pressão Aérea Positiva por dois Níveis (BIPAP); b) diálise peritoneal; ou c) paracentese. Na modalidade AD3 será garantido transporte sanitário e retaguarda para as unidades assistenciais de funcionamento 24 horas/dia, definidas previamente como referência para o usuário, nos casos de intercorrências. O usuário não será incluído no SAD, em qualquer das três modalidades, na presença de pelo menos uma das seguintes situações: I - necessidade de monitorização contínua; II - necessidade de assistência contínua de enfermagem; III - necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial para a realização de vários procedimentos diagnósticos, em sequência, com urgência; Página 31 de 79 IV - necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência; ou V - necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva contínua. As modalidades AD2 e AD3 contarão, no estabelecimento de saúde ao qual estão vinculados, com infraestrutura especificamente destinada para o seu funcionamento que contemple: I - equipamentos; II - material permanente e de consumo; III - aparelho telefônico; e IV - veículo(s) para garantia da locomoção das equipes. A prestação de assistência à saúde nas modalidades AD2 e AD3 é de responsabilidade da EMAD e da EMAP, ambas designadas para esta finalidade. A EMAD realizará visitas em domicílio regulares, no mínimo, uma vez por semana. A EMAP realizará visitas em domicílio, por meio de critério clínico, quando solicitado pela EMAD. *A inclusão para cuidados na modalidade AD2 será baseada na análise da necessidade de saúde do usuário, tomando-se como base as situações abaixo listadas: I - demanda por procedimentos de maior complexidade, que podem ser realizados no domicílio, tais como: curativos complexos e drenagem de abscesso, entre outros; AD1 Destina-se aos usuários que: I - possuam problemas de saúde controlados e com dificuldade ou de locomoção até uma unidade de saúde; II - necessitem de cuidados de menor complexidade; e III - não se enquadrem nos critérios para as modalidades AD2 e AD3. É de responsabilidade das equipes de atenção básica, por meio de visitas, no mínimo, 1 vez por mês. AD2 Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção. A inclusão para cuidados na modalidade AD2 será baseada na análise da necessidade de saúde do usuário, tomando-se como base determinadas situações*. AD3 Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado. Para inclusão do usuário nesta modalidade, é necessário que se verifique: I - existência de pelo menos uma das situações admitidas como critério de inclusão na modalidade AD2; e II - necessidade do uso de, no mínimo, uma das seguintes situações: a) Suporte ventilatório não invasivo; b) diálise peritoneal; ou c) paracentese. Página 32 de 79 II - dependência de monitoramento frequente de sinaisvitais; III - necessidade frequente de exames de laboratório de menor complexidade; IV - adaptação do usuário e/ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia; V - adaptação do usuário ao uso de órteses/próteses; VI - adaptação de usuários ao uso de sondas e ostomias; VII - acompanhamento domiciliar em pós-operatório; VIII - reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, que necessitem de atendimento contínuo, até apresentarem condições de frequentarem outros serviços de reabilitação; IX - uso de aspirador de vias aéreas para higiene brônquica; X - acompanhamento de ganho ponderal de recém-nascidos de baixo peso; XI - necessidade de atenção nutricional permanente ou transitória; XII- necessidade de cuidados paliativos; e XIII - necessidade de medicação endovenosa, muscular ou subcutânea, por tempo pré- estabelecido. Agora, veremos com este tema foi explorado pelas bancas: 15. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências é a atenção domiciliar – Melhor em casa. Sobre este componente, assinale a alternativa correta. a) A atenção domiciliar deve ser estruturada na perspectiva das redes de atenção à saúde, tendo o hospital geral como ordenador do cuidado e da ação territorial. b) O serviço de atenção domiciliar deverá estar cadastrado no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). c) A modalidade de atenção domiciliar tipo 3 é de responsabilidade das equipes de atenção básica, incluindo as equipes de Saúde da Família, com visitas, no mínimo, uma vez por mês. d) A necessidade de diálise peritoneal é um critério de inclusão para cuidados na modalidade de atenção domiciliar nível 2. e) É critério para inclusão no serviço de atenção domiciliar, em qualquer modalidade, a presença de necessidade de monitorização contínua. COMENTÁRIOS: Vamos corrigir as alternativas erradas: Página 33 de 79 a) A atenção básica, e não o hospital geral é a ordenadora do cuidado e da ação territorial. Então, a atenção domiciliar deve ser estruturada na perspectiva das redes de atenção à saúde, tendo a atenção básicacomo ordenadora do cuidado e da ação territorial. b)OSistema de Informação em que o serviço de atenção domiciliar deverá estar cadastrado é o Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Por outro lado, o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) está relacionado com cadastramentos de famílias e ações da atenção básica. c)A modalidade de atenção domiciliar de responsabilidade das equipes de atenção básica é a mais simples, o seja, o tipo 1. Esta deve ser prestada por meio de visitas regulares em domicílio, no mínimo, 1 vez por mês. d)A necessidade de diálise peritoneal é um critério de inclusão para cuidados na modalidade de atenção domiciliar nível 3, e não nível 2. e)A presença de necessidade de monitorizaçãocontínua é critério para exclusão, e não inclusão no serviço de atenção domiciliar. O gabarito preliminar foi a letra E. No entanto, constatamos que todas as afirmativas estão incorretas e a questão foi anulada pela AOCP. Página 34 de 79 2 – Suporte Básico e Avançado de Vida Primeiramente, vamos descrever a sequência do SBV do adulto para profissionais da saúde. Em uma situação de PCR, um mnemônico pode ser utilizado para descrever os passos simplificados do atendimento em SBV: o “CABD primário”. O “C” corresponde a Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima e Compressões (30 compressões). O “A” refere-se à Abertura das vias aéreas, o "B" à Boa ventilação (2 ventilações), o "D" à Desfibrilação. A seguir, descreveremos a sequência completa de um atendimento a uma vítima que se encontra em colapso súbito. Segurança do Local: Primeiramente, deve ser avaliada a segurança do local. Certificar se o local é seguro para o socorrista e para a vítima. Avaliar a responsividade e respiração da vítima: Avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a vítima responder, apresentar-se e conversar com ela perguntando se precisa de ajuda. Se a vítima não responder, avaliar sua respiração observando se há elevação do tórax em menos de 10 segundos. Caso a vítima tenha respiração, ficar ao seu lado e aguardar para ver sua evolução, caso seja necessário, chamar ajuda. Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping” (movimentos respiratórios assincrônicos não efetivos), chamar ajuda imediatamente. • Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar por ajuda, Checar o pulso da vítima e Compressões (30 compressões); C • Abertura das vias aéreas; A • Boa ventilação (2 ventilações); B • Desfibrilação. D Página 35 de 79 Chamar ajuda: Em ambiente extra-hospitalar, ligar para o número local de emergência (por exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192) e, se um Desfibrilador Externo Automático (DEA) estiver disponível no local, ir buscá-lo. Checar o pulso: Checar o pulso carotídeo da vítima em menos de 10 segundos. Caso a vítima apresente pulso, aplicar uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo uma frequência de 10 a 12 ventilações por minuto, e checar o pulso a cada dois minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, iniciar os ciclos de compressões e ventilações. Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações: Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações (figura abaixo), considerando que existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as ventilações). Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada cardíaca. Compressões torácicas: Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro para que tenha melhor estabilidade; Afaste ou, se uma tesoura estiver disponível, corte a roupa da vítima que está sobre o tórax para deixá-lo desnudo; Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a; Estenda os braços e posicione-os cerca de 90º acima da vítima; Comprima na frequência de, no mínimo, 100compressões/minuto; Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm; Figura - Real ização de compressões e venti lações (SBC, 2013). Página 36 de 79 Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato das mãos com o mesmo; Minimize interrupções das compressões; Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões de má qualidade; As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto se a vítima se movimentar, durante a fase de análise do desfibrilador, na chegada da equipe de resgate, posicionamento de via aérea avançada ou exaustão do socorrista. No caso de uma via aérea avançada instalada, deve ser realizada compressões torácicas contínuas e uma ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações por minuto). Ventilações: Paranãoretardar o início das compressõestorácicas, a abertura das viasaéreasdeve ser realizada somente depois de aplicartrintacompressões. As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30compressões para 2ventilações, com apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para promover a elevação do tórax. Embora evidências de contaminação com a realização de ventilação boca a boca sejam mínimas, é indicado que o socorrista utilize mecanismos de barreira para aplicar as ventilações, como o lenço facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso (“pocket-mask”) ou bolsa-válvula-máscara. Independentemente da técnica utilizada para aplicar ventilações, será necessária a abertura de via aérea, que poderá ser realizada com a manobrada inclinaçãoda cabeçae elevaçãodoqueixo(figura ao lado) e, se houver suspeita de trauma, a manobra de elevação do ângulo da mandíbula. Figura – Manobra da incl inação da cabeça e elevação do queixo (SBC, 2013). Página 37 de 79 Quando o socorrista não conseguir realizar a manobra de elevação do ângulo da mandíbula e o mesmo apenas suspeita de trauma cervical, sem evidência de lesão na cabeça, deve-se utilizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo, pois apenas 0,12 a 3,7% das vítimas apresentam lesão espinal, sendo o risco elevado quando há lesão craniofacial ou Glasgow <8. Vamos sintetizar os procedimentos das manobras de abertura de vias aéreas no esquema abaixo: Ventilação com bolsa-válvula-máscara A ventilação com a bolsa-válvula-máscara deve ser utilizada na presença de dois socorristas, um responsável pelas compressões; e outro, por aplicar as ventilações com o dispositivo (figura abaixo). Figura - Exemplos de bolsa-válvula-máscara (SBC, 2013). Se disponível oxigênio complementar, deve-se conectar na bolsa-válvula-máscara assim que possível, de modo que ofereça maior porcentagem de oxigênio para a vítima. Abertura de Vias Aéreas Vítima sem suspeita de lesão cervical Manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo; Manobra de elevação do ângulo da mandíbula. Vítima com suspeita de lesão cervical Manobra de elevação do ângulo da mandíbula. Figura - Manobra de elevação do ângulo da mandíbula (SBC, 2013). Figura - Demonstração da venti lação utilizando bolsa- vá lvula-máscara (SBC, 2013). Página 38 de 79 Ventilação com via aérea avançada Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação endotraqueal, combitube, máscara laríngea) estiver instalada, o primeiro socorrista irá administrar compressões torácicas contínuas, e o segundo socorrista irá aplicar uma ventilação a cada 6 a 8 segundos, cerca de 8 a 10 ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade. Não se devem pausar as compressões para aplicar as ventilações, no caso de viaaéreaavançada instalada. Desfibrilação Desfibrilaçãoprecoce é o tratamento de escolha para vítimas em FibrilaçãoVentricular (FV) de curta duração, como vítimas que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-hospitalar, sendo este o principal ritmo de parada cardíaca nesses locais. Figura - Traçado daFibrilação Ventricular grosseira (SBC, 2013). Atenção! Fibrilação Ventricular é um tipo de arritmia cardíaca. Acontece quando não existe sincronicidade na contração das fibras musculares cardíacas (miocárdio) dos ventrículos. Desta maneira não existe uma contração efetiva, levando a uma consequente parada cardiorrespiratória e circulatória. A não existência da circulação do sangue impede a chegada de oxigênio e nutrientes ao miocárdio e a retirada do gás carbônico e produtos de metabolismo formados, diminuindo rapidamente a capacidade de contração cardíaca. Este círculo vicioso, se não revertido por tratamento imediato, leva à morte do organismo. A desfibrilação precoce é o único tratamento para parada cardiorrespiratória em fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso, pode ser realizada com um equipamento manual (somente manuseado pelo médico) ou com o Desfibrilador Externo Automático (DEA), que poderá ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível. Página 39 de 79 O DEA é um equipamento portátil, capaz de interpretar o ritmo cardíaco, selecionar o nível de energia e carregar automaticamente, cabendo ao operador apenas pressionar o botão de choque, quando indicado. Assim que o DEA estiver disponível, se o mesmo estiver sozinho, deverá parar a RCP para conectar o aparelho, porém, se houver mais do que um socorrista, enquanto o primeiro realiza RCP; o outro manuseia o DEA e, nesse caso, só será interrompida quando o DEA emitir uma frase como “analisando o ritmo cardíaco, não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando, afaste-se da vítima”. Os passos para a utilização do DEA são descritos a seguir: 1. Ligue o aparelho apertando o botão ON-OFF (alguns aparelhos ligam automaticamente ao abrir a tampa); 2. Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima, observando o desenho contido nas próprias pás, mostrando o posicionamento correto das mesmas; 3. Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos, o conector do cabo das pás já está conectado. Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra em ritmo de FV grosseira, estando o coração altamente propício ao choque. Após 5 minutos de PCR, diminui a amplitude de FV por causa da depleção do substrato energético miocárdico. Portanto o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os primeiros 3 a 5 minutos da PCR. Figura-Pos icionamento das pás do DEA (SBC, 2013). Página 40 de 79 Figura - Algoritmo do atendimento à PCR pelo profissional de saúde (SBC, 2013). Página 41 de 79 Atenção! Nos casos de PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP), não há indicação da desfibrilação. Nessas situações, outros tratamentos (medicações, marca-passos etc.)devem ser utilizados, de acordo com a causa da PCR. Para não esquecer! De acordo com as diretrizes mais atuais da AHA (2010), durante a assistência de uma pessoa com PCR, a recomendação é de 30compressões para 2 ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por umou dois socorristas profissionais de saúde em adultos; e de 15compressões para 2 ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por dois socorristas profissionais de saúde em crianças e bebês. Vejamos detalhadamente como deve ser feita essa ação no esquema abaixo: As s Diretrizes de 2010 da American Heart Association (AHA) para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) enfatizam, maisuma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo: • Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes). • Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5 cm] em crianças). Observe que a faixa de 1 a 2 polegadas não é mais usada para adultos, e a profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que nas versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE. Relação compressão e ventilação (até a colocação da via aérea avançada) adultos 30:2 -> 1 ou 2 socorristas crianças 30:2 -> Um socorrista 15:2 -> 2 socorristas profissionais de saúde bebês 30:2 -> Um socorrista 15:2 -> 2 socorristas profissionais de saúde http://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf Página 42 de 79 Agora, resolveremos as questões sobre o tema da AOCP e Instituto AOCP: 16. (IBC-RJ/AOCP/2013) Durante a Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP), as ventilações realizadas em paciente com via aérea avançada deve ser na frequência de a) 12 a 14 ventilações por minuto. b) 2 ventilações após 30 compressões. c) 8 a 10 ventilações por minuto. d) 1 ventilação após 15 compressões. e) 15 a 30 ventilações por minuto. COMENTÁRIOS: Com uso de via aérea avançada (nessa situação não há interrupção das compressões torácicas), deve-se realizar uma ventilação a cada 6a 8segundos, ou seja, 8a 10ventilações/min. Por conseguinte, a letra C é a alternativa correta. 17. (HU-EBSERH/UFTM/IADES/2013) Assinale a alternativa que apresenta corretamente o algoritmo de parada cardiorrespiratória, fundamentada no ACLS. a) 30 compressões e 1 ventilação, ritmo de até 150 compressõespor minuto. b) 15 compressões e 2 ventilações, ritmo de até 100 compressões por minuto. c) 30 compressões e 2 ventilações, ritmo de até 100 compressões por minuto. d) 30 compressões e 2 ventilações, ritmo acima de 100 compressões por minuto. e) 15 compressões e 2 ventilações, ritmo acima de 100 compressões por minuto. COMENTÁRIOS: O ACLS (Advanced Cardiovascular Life Support) ou Suporte Avançado de Vida em Cardiologia é baseado nas diretrizes da American Heart Association. De acordo com as diretrizes mais atuais da AHA (2010), durante a assistência de uma pessoa com PCR, a recomendação é de 30 compressões para 2 ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por um ou dois socorristas profissionais de saúde em adultos; e de 15 compressões para 2 ventilações de resgate, quando o Profundidade das compressões torácicas adultos no mínimo 2 polegadas (5 cm); crianças no mínimo 2 polegadas (5 cm); bebês no mínimo 1,5 polegadas (4 cm). Página 43 de 79 atendimento for realizado por dois socorristas profissionais de saúde em crianças e bebês. As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo a frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes). Inicialmente, a IADES considerou a letra D como correta. Após interposições dos recursos, a questão foi acertadamente anulada. Vejam a redação da letra D: 30 compressões e 2 ventilações, ritmo acima (só pode ser superior) de 100 compressões por minuto. Comparem com a redação correta: 30 compressões e 2 ventilações, ritmo mínimo (pode ser igual ou superior) de 100 compressões por minuto. 18. (Prefeitura de Juazeiro-BA/AOCP/2012) Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. As Diretrizes da American Heart Association 2010 para Reanimação Cardio pulmonar (RCP) enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo I. profundidade de compressão mínima de quatro centímetros em adultos. II. frequência de compressão mínima de 100/minuto. III. evitar excesso de ventilação. IV. aplicar primeiramente o procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração". a) Apenas I e II. b) Apenas III e IV. c) Apenas II e III. d) Apenas I e IV. e) Apenas I, II, III e IV. COMENTÁRIOS: De acordo com as Diretrizes da American Heart Association (2010), a Reanimação Cardiopulmonar (RCP) deve ser realizada, levando-se em consideração: Item I. Incorreto. Profundidade de compressão mínima de 5 centímetros em adultos; Item II. Correto. Frequência de compressão mínima de 100/minuto; Item III. Correto. Evitar excesso de ventilação; Item IV. Incorreto. O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” era usado para avaliar a respiração após a abertura da via aérea. Todavia, devido à mudança Página 44 de 79 da sequência da RCP de “ABCD” para “CABD”, o procedimento "Ver, ouvir e sentir se ha respiração" foi removido do algoritmo de RCP. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C. 19. (HU-UNB/EBSERH/IBFC/2013) Após a intervenção cirúrgica, dependendo da ocorrência de alterações fisiológicas, os cuidados de enfermagem no pós-operatório poderão se tornar de alta complexidade. Pode-se definir complicações pós-operatórias como quaisquer alterações de função fisiológica relacionadas direta ou indiretamente ao procedimento cirúrgico realizado. A Parada cardiorrespiratória é uma complicação, caracterizada pela interrupção abrupta das funções ventilatórias (apnéia) e cardíacas (adinamia cardíaca). Considerando a ressuscitação cardipulmonar (RCP), em adultos, a relação compressão-ventilação (até a colocação de vias aéreas avançadas) é de: a) 15:2 com um socorrista e 30:2 com dois socorristas. b) 30:2 com um ou dois socorristas. c) 5:2 com um socorrista e 10:2 com dois socorrista. d) 15:2 com um ou dois socorristas. COMENTÁRIOS: Essa questão foi muito fácil, não é mesmo? De acordo com as diretrizes mais atuais da AHA (2010), durante a assistência de uma pessoa com PCR, a recomendação é de 30 compressões para 2 ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por um ou dois socorristas profissionais de saúde em adultos; e de 15compressões para 2ventilações de resgate, quando o atendimento for realizado por dois socorristas profissionais de saúde em crianças e bebês. Não restam dúvidas que o gabarito da questão é a letra B. Página 45 de 79 20. (Prefeitura de Lagarto-SE/AOCP/2011) As Diretrizes da American Heart Association (AHA) 2010 para Reanimação Cardiopulmonar (RCP) enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo a) frequência de compressão mínima de 30/minuto (em vez de "aproximadamente" 30/minuto). b) profundidade de compressão mínima de 1 polegada (3 cm),em adultos e 2 cm em crianças. c) fazer o maior número de ventilações possíveis para garantir o excesso de oxigenação. d) retorno de apenas 1/3 do tórax após as compressões evitando seu retorno total após cada compressão. e) minimizar a interrupção nas compressões torácicas. COMENTÁRIOS: Segundo as diretrizes da AHA (2010) para RCP no adulto, são recomendadas as seguintes ações: Itens A e B. Incorretos. As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, maisuma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo: • Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes). • Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5 cm] em crianças). Observe que a faixa de 1 a 2 polegadas não e mais usada para adultos, e a profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que nas versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE. Em síntese, a frequência de compressão MÍNIMA é de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto); a profundidade de compressão mínima de 2 polegada (5 cm), em adultos e em crianças. Item C. Incorreto. A ênfase é dada às compressões cardíacas. Por isso, a quantidade de ventilações deve ser sincronizada. No SBV, devem se aplicar 2 Profundidade das compressões torácicas adultos no mínimo 2 polegadas (5 cm); crianças no mínimo 2 polegadas (5 cm); bebês no mínimo 1,5 polegadas (4 cm). Página 46 de 79 ventilações para cada 30 compressões. Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação endotraqueal, combitube, máscara laríngea) estiver instalada, o primeiro socorrista irá administrar compressões torácicas contínuas, e o segundo socorrista irá aplicar uma ventilação a cada6 a 8segundos, cerca de 8 a 10ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade. Item D. Incorreto. Retorno completo (total) do tórax após as compressões evitando seu retorno total após cada compressão; Item E. Correto. Deve-se minimizar a interrupção nas compressões torácicas. Constatamos que o gabarito da questão é a letra E. 21. (CISMEPAR-PR/AOCP/2011) Durante a Ressucitação Cardiopulmonar, a profundidade da compressão torácica em adultos é de a) 4 a 5 centímetros. b) aproximadamente 4 centímetros. c) no mínimo 5 centímetros. d) no mínimo 3 centímetros. e) 3 a 4 centímetros. COMENTÁRIOS: De acordo com as diretrizes da AHA (2010), a frequência de compressão MÍNIMA é de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto); a profundidade de compressão mínima de 2 polegada (5 cm), em adultos eem crianças. Por isso, o gabarito da questão é a letra C. 22. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Na RCP, as ventilações com via aérea avançada devem ser realizadas a) duas ventilações a cada 4 segundos (aproximadamente 30 ventilações/min) em sincronia com as compressões torácicas.
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