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Anatomia e Fisiologia Cardíaca Prof. Juliana Londero Silva Avila Mediastino Anatomia do Coração “in Situ” Anatomia do Coração Vista Anterior Anatomia do Coração Valvas e Esqueleto Fibroso Anatomia do Coração Átrio e Ventrículo Esquerdos Anatomia do Coração Ventrículo Direito Anatomia do Coração Átrio Direito Morfologia Interna • Septos - Atrio-ventriculares - Inter-atrial - Inter-ventriculares • Óstios Atrio-ventriculares • Valvas Atrio-ventriculares - Mitral - Tricúspide Valvas Atrio-ventriculares Valvas Atrio-ventriculares http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/13/Valvola_tricuspide.jpg Vasos da Base Pericárdio • Saco fibro-seroso que envolve o coração, separando-o dos outras estruturas no tórax • Tem duas camadas: Pericárdio Seroso e Pericárdio Fibroso • Pericárdio Seroso possui uma lâmina parietal, aderente à parte fibrosa, e uma lâmina visceral, aderente ao miocárdio e também chamada epicárdio Pericárdio Controle Neural da Função Cardíaca Controle Neural da Função Cardíaca • As ativações do sistema nervoso autonômico (simpático e parassimpático) contribuem para a estabilização e adaptação do sistema cardiovascular em situações normais, de emergências ou patológicas, produzindo ações compensatórias fundamentais para as variáveis circulatórias • Liberação de noradrenalina, acetilcolina e outros neurotransmissores Sistema Nervoso Autonômico e a Função Cardíaca • As vias neurais simpática e parassimpáticas comandadas centralmente permitem aumentar o fluxo sangüíneo e satisfazer as necessidades dos diferentes estímulos fisiológicos • Componentes do sistema cardiovascular são capazes de operar e responder a estímulos independentes dos sistemas de controle neural e hormonal (p. ex. Lei de Frank Starling) – Eleva o DC de 5 l/min para 13 l/min • Ação coordenada do simpático e parassimpático consegue aumentar a força de contração e a FC, elevando o DC para 20 l/min durante o esforço Ativação Simpática (1) • Resulta na liberação de noradrenalina e outros neurotransmissores • Noradrenalina – Responsável pela maioria dos efeitos da ativação simpática cardíaca • Efeitos inotrópicos (É a propriedade que tem o coração de se contrair ativamente como um todo único, uma vez estimulada toda a sua musculatura, o que resulta no fenômeno da contração sistólica.) • Efeitos lusitrópicos (capacidade de relaxamento global que tem o coração, uma vez cessada sua estimulação elétrica e, em decorrência, terminado o processo de contração, o que determina o fenômeno do relaxamento diastólico.) • Efeitos cronotrópicos (capacidade de o coração gerar seus próprios estímulos elétricos, independentemente de influências extrínsecas ao órgão.) • Vasoconstrição coronariana Ativação Parassimpática • Resulta na liberação de acetilcolina e o peptídeo intestinal ativo • Em condições normais, o parassimpático tem atividade sincrônica com o ciclo cardíaco, com atraso de fase devido à ativação dos barorreceptores • Acetilcolina liga-se aos receptores muscarínicos – Efeito inotrópico negativo – Efeito cronotrópico negativo • Queda da FC por diminuição da excitabilidade das células marcapasso e diminuição da condutividade das células de condução Função de Bomba do Coração Função de Bomba do Coração • O coração funciona como uma bomba hidráulica, propiciando irrigação dos tecidos conforme as necessidades metabólicas • Função mantida com vários mecanismos de controle – Mecanismo de aparecimento instantâneo • FC, estado contrátil, capacitância venosa – Efeito cronotrópico negativo • Retenção sódica e de fluidos – Mecanismo a longo prazo • Remodelação cardíaca • A cada batimento, o desempenho do coração dependerá: – da contratilidade miocárdica – da pré-carga (dependente do retorno venoso) – da pós-carga (resistência encontrada pelo ventrículo para o seu esvaziamento) Músculo Cardíaco • Formado por cardiomiócitos (células musculares alongadas) e envolto por tecido conectivo • Possuem discos intercolares – Conectam as células impedindo que se separem com a atividade contrátil – Ancoram e conectam os filamentos de cetina das células adjacentes – Permitem as conexões icônicas das células • Músculo cardíaco não possui células satélites para tornar-se mioblastos, portanto, não se recupera como ocorre no músculo esquelético Unidade Contrátil do Coração Sarcômero • Repetem-se em série, separados pelos discos Z • Formam as miofibrilas • Miofilamentos – Espessos formados por miosina (pontes cruzadas) – Delgados formados por actina – Filamento de titina • Interação entre filamentos de actina e as pontes cruzadas promove o desligamento, encurtamento e conseqüente contração do músculo • Contração e relaxamento são dependentes do fluxo de cálcio, da troponina C (permite o acoplamento) e do AMP cíclico – Ocorre liberação de energia pela quebra do ATP Estrutura do Sarcômero Pré-carga e o Mecanismo de Frank-Starling • Pré-carga – Tensão exercida na parede ventricular após a contração atrial – Depende basicamente do retorno venoso – Determina o grau de estiramento do sarcômero no final da diástole • Mecanismo de Frank-Starling – Até um determinado limite, quanto maior o estiramento do sarcômero, maior o número de sítios onde haverá acoplamento actina-miosina – A tensão de contração eleva-se progressivamente com o aumento da tensão no repouso, até um determinado limite no qual a capacidade contrátil possa declinar Relação de Frank-Starling Pós-carga e o Estresse da Parede Ventricular • Pós-carga – É a carga contra a qual o coração contrai durante a sístole – Os principais componentes são a complacência arterial e a resistência que determina a pressão arterial – Determina um estresse na parede ventricular • Estresse – É a tensão aplicada a uma determinada área Vasos e Fluxos Sangüíneos Coração •Miocárdio •Endocárdio •Epicárdio •Ápice •Base •Face Esternocostal •Face Diafragmática •Face Pulmonar Circulação sanguínea • Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar • Grande Circulação ou Circulação Sistêmica Suprimento arterial do Coração Vasos e Fluxos Sangüíneos (1) • Aorta e ramos – Vasos de amortecimento e de condução (fibras elásticas) – Convertem o fluxo pulsátil em fluxo constante • Arteríolas – Vasos de resistência (tecido muscular liso) – Mantém a pressão arterial e garantem a perfusão tecidual – São válvulas reguladoras do fluxo pela modificação do diâmetro de sua luz • Metarteríolas e esfíncteres pré-capilares – Sofre influência extrínseca de nervos vasomotores ou de agentes químicos – Determina o controle do fluxo capilar Vasos e Fluxos Sangüíneos (2) • Capilares – Sem elementos contráteis, constituem-se de superfície porosa para troca de substâncias – Devido à grande área total, o fluxo torna-se constante e lento • Veias – Vasos de capacitância (70-75% do volume circulante) – Paredes delgadas com pobreza de tecido elástico e muscular, podendo se dilatar ou colabar com pequenas variações de pressão – Presença de valvas que mantêm uma eficiente resistência ao fluxo retrógrado Ciclo Cardíaco Ciclo Cardíaco (1) a) Fase de relaxamento isovolumétrico – Relaxamento ativo da musculatura – Diminuição da pressão intraventricular – Fechamento das valvas semilunares – Mais diminuição da pressão intraventricular até níveis inferiores aos da pressão dos átrios b) Fase de enchimento rápido – Abertura das valvas atrioventriculares – Deslocamento rápido da massa de sangue do átrio para o ventrículo (cerca de 70-100% da capacidade de ventrículo) – Aumento da pressão no ventrículo Primeira Fase do Ciclo Cardíaco Período Diastólico Ventricular Ciclo Cardíaco (2) c) Fase de enchimento lento – Aumento da pressão do ventrículo – Fim do relaxamentoativo – Pressão entre átrio e ventrículo começa a se igualar – Fluxo do átrio para ventrículo diminui progressivamente d) Contração atrial – Sístole atrial – Completa o enchimento do ventrículo – Determina aumento adicional do volume e pressão • Duração da diástole é variável e inversa à FC Primeira Fase do Ciclo Cardíaco Período Diastólico Ventricular Ciclo Cardíaco (3) a) Fase de contração isovolumétrica – Aumento do tônus muscular – Aumento da pressão intraventricular – Fechamento da valva mitral – Aumento maior da pressão intraventricular – Pressão intraventricular maior que a pressão da aorta b) Fase de ejeção rápida – Abertura da valva – Grande volume de sangue (80%) do ventrículo é transferido rapidamente para a aorta – Aumento da pressão na aorta Segunda Fase do Ciclo Cardíaco Período Sistólico Ventricular Ciclo Cardíaco (4) c) Fase de ejeção lenta – Diminuição do diâmetro ventricular – Diminuição do distanciamento das miofibrilas e aumento da resistência da árvore vascular – Ejeção ventricular mais lenta – Deslocamento do sangue pela aorta – Gradiente pressórico – Fechamento da valva aórtica Segunda Fase do Ciclo Cardíaco Período Sistólico Ventricular Sistema Circulatório • O crescimento e manutenção da vitalidade do organismo são proporcionados por uma adequada nutrição celular • A função básica do s. circulatório é levar oxigênio e nutrientes para as células Divisão do Sist. Circulatório • Sistema sanguíneo: vasos e coração • Sistema linfático: vasos linfáticos, linfonodos e tonsilas • Órgãos hematopoéticos: medula óssea, baço e timo Sistema de Condução do Coração • O nodo AS inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as fibras musculares dos átrios • O impulso entra no nodo AV e é distribuído através do feixe AV e seus ramos que passam pelo septo interventricular, músculos papilares e paredes dos ventrículos • Os músculos papilares contraem-se inicialmente, tensionando as cordas tendíneas e aproximando as cúspides das valvas AV. Em seguida ocorre a contração do músculo ventricular Inervação do Coração • A inervação do coração é feita através do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático (nervo vago, X par craniano), constituindo um componente chamado extrínseco e através do complexo estimulador do coração, componente intrínseco, que participa diretamente do trabalho, de vital importância, desenvolvido pelo coração com suas contrações rítmicas
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