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ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO NÍVEL PRIMÁRIO NO PACIENTE DIABÉTICO

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ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO NIVEL PRIMÁRIO NO PACIENTE DIABÉTICO
BRASÍLIA – DF
2020
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO NIVEL PRIMÁRIO NO PACIENTE DIABÉTICO
DIABETE MELLITUS
Trabalho acadêmico apresentado para
obtenção de nota referente à disciplina 
de estágio em Saúde Coletiva do curso
de Fisioterapia da Universidade Paulista
– campus Brasília. 
 
BRASÍLIA – DF
2020
Tema: Atuação fisioterapêutica no nível primário no paciente diabético.
Aluno (a): RA:
Alessandra C. da Costa____________________________________________T708966
Ana Lilia M. Krasny_____________________________________________B01ACD0
Julianna Silva____________________________________________________C359467
Turno: Matutino/Noturno
Ciclo: 1 – Saúde Coletiva
Docente: Andreia Izidoro
Sumário
1. Introdução_________________________________________________________06
2. Conceitos__________________________________________________________08
3. Diabetes tipo I e II__________________________________________________08
4. Diabetes gestacional_________________________________________________09
	4.1. Sinais e sintomas____________________________________________09
	4.2. Fatores de risco_____________________________________________09
	4.3. O diagnóstico_______________________________________________10
	4.4. A prevenção________________________________________________10
4.5. O tratamento_______________________________________________10
5. Sintomas__________________________________________________________11
6. Diagnóstico________________________________________________________11
7. Diabéticos X Hipertensos_____________________________________________12
Conclusão___________________________________________________________14
11. Referências_______________________________________________________15
1. Introdução
O Diabetes Mellitus (DM) é considerado uma doença grave, crônica de evolução lenta e progressiva, caracterizada por altas concentrações de glicemia plasmática decorrente de distúrbio metabólico no pâncreas, o qual necessita de tratamento intensivo e o paciente, de orientação adequada que permita prevenir ou retardar as complicações agudas e crônicas da doença1.
Existem dois tipos de diabetes, classificada em tipo I que é quando o a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune2. O Diabetes Mellitus Tipo I (DM1), presente em 5 a 10% dos casos dessa doença, é o resultado da destruição de células betapancreáticas com consequente deficiência de insulina. Os principais marcadores imunológicos do comprometimento pancreático são os anticorpos anti-ilhota, anti-insulina e antidecarboxilase do ácido glutâmico e estão presentes em 90% dos pacientes por ocasião do diagnóstico. O diabetes tipo 1 ocorre habitualmente em crianças e adolescentes, entretanto, pode manifestar-se também em adultos, geralmente de forma mais insidiosa. Pacientes com esse tipo de diabetes necessariamente dependem da administração de insulina3.
O Diabetes Mellitus Tipo II é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo. A pessoa com diabetes tipo II pode ter uma resistência aos efeitos da insulina - hormônio que regula a entrada de açúcar nas células - ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal4.
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos5.
Nos últimos anos a temos visto um aumento na incidência de diabetes mellitus em crianças menores que 5 anos. Constitui-se em um grande desafio a obtenção de um bom controle, já que as dificuldades em relação ao tratamento medicamentoso e ao acompanhamento não são poucas. Nessa faixa etária as crianças tem atividades muito irregulares, não referem sintomas, mudam padrões alimentares com rapidez, e o tratamento depende totalmente da família9.
Atuação fisioterapêutica no nível primário no paciente diabético
2. Conceito
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes. Ainda de acordo com o estudo, a taxa de incidência da doença cresceu 61,8% nos últimos dez anos6. 
Diabetes e alterações da tolerância à glicose são frequentes na população adulta e estão associados a um aumento da mortalidade por doença cardiovascular e complicações microvasculares7.
3. Diabetes tipo I e II
O diabetes tipo I geralmente acomete crianças e adolescentes, resultante da destruição das células Beta, corresponde apenas 5 a 10% dos casos de diabetes (ALMEIDA, 2008).
O pico de incidência do diabetes tipo I ocorre dos 10 aos 14 anos de idade, havendo a seguir uma diminuição progressiva da incidência até os 35 anos, de tal maneira que casos de diabetes tipo I de início após esta idade são pouco frequentes. No entanto, indivíduos de qualquer idade podem desenvolver diabetes tipo I11.
O diabetes tipo II é mais comum do que o tipo I, perfazendo cerca de 90% dos casos de diabetes. É uma entidade heterogênea, caracterizada por distúrbios da ação e secreção da insulina, com predomínio de um ou outro componente. A etiologia específica deste tipo de diabetes ainda não está claramente estabelecida como no diabetes tipo I. A destruição auto-imune do pâncreas não está envolvida. Também ao contrário do diabetes tipo I, a maioria dos pacientes apresenta obesidade7.
Resulta, em geral, de graus variáveis de resistência à insulina, e de deficiência relativa de secreção de insulina. O diabete mellitus tipo II é hoje considerado parte da chamada sindrome plurimetabólica ou de resistência à insulina e ocorre em 90% dos pacientes diabéticos11.
4. Diabetes Gestacional
Diabetes mellitus gestacional (DMG) Caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez, o diabetes gestacional pode trazer complicações à saúde da mulher e do bebê. 
Acontece que outros hormônios liberados pela placenta atrapalham esse processo e obrigam o pâncreas, glândula que produz a insulina, a trabalhar dobrado para manter os níveis da substância em ordem. Muitas vezes, o esforço não é suficiente e sobra açúcar demais na corrente sanguínea: ai é que entra a diabetes gestacional.
A incidência de DMG está aumentando em paralelo com o aumento do DIABETES TIPO II. Tem acometido cerca de 3 a 8 % das gestantes, levando a importantes repercussões tanto para a mãe como para o bebê.
4.1 Sinais e sintomas
· POLIDIPISIA: Sede constante;
· POLLURIA: Vontade frequente de urinar;
· FADIGA: Cansaço;
· POLIFASIA: Aumento da fome.
4.2 Fatores de risco
· Gestação em idade mais avançada;
· Ganho de peso excessivo na gravidez;
· Pressão alta;
· Triglicérides alto;
· Colesterol alto;
· Sobrepeso ou obesidade;
· Síndrome dos ovários policísticos;
· Histórico familiar de diabetes;
· Gravidez de gêmeos;
· Diabetes em gestações anteriores.
4.3 O diagnóstico
O obstetra, médico que acompanha a gravidez, levanta o histórico familiar e se informa sobre a rotina e o peso da mulher. Testes realizados no pré-natal também checam as taxas de colesterol, triglicérides e glicemia de jejum.
Qualquer alteração nos resultados das avaliações acende o sinal de alerta para o diabetes gestacional. Exames de ultrassom também são importantes: sinais como feto maior que o esperado e alteração do volume dolíquido amniótico são indicativos de problemas.
Por volta da 24ª semana de gravidez, o médico costuma solicitar o teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como curva glicêmica. Nele, a gestante bebe uma solução açucarada e são colhidas amostras de seu sangue a cada hora.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar mais rigor na interpretação desse exame. Antes, o diabetes era diagnosticado se o resultado fosse igual ou maior a 95 miligramas por decilitro (mg/dl). Agora, a grávida já está oficialmente com o distúrbio se o nível for igual ou superior a 92 mg/dl.
4.4 A prevenção
Como o ganho de peso excessivo é um dos responsáveis pelo distúrbio, adotar uma dieta equilibrada e fazer exercício físico são estratégias recomendadas para manter os níveis da glicose sob controle. Isso, aliás, também vale para evitar o diabetes tipo 2.
4.5 O tratamento
O diabetes gestacional exige um acompanhamento específico, com avaliações regulares da curva glicêmica. Para manter as taxas de açúcar em ordem, o médico recomenda atenção extra à dieta.
· Alimentação balanceada (frutas, verduras, legumes) devem ser constante no cardápio delas.
· Se não existir contra- indicações do obstetra exercícios físicos moderados caminhas, andar de bicicleta são aliados.
E para as gestantes que mesmo diante de todos os cuidados, continua subindo os níveis de glicose no sangue o médico pode indicar injeções de insulina para equilibrar a produção de hormônios e aliviar o pâncreas.
5. Sinais e sintomas
· Poliúria/Nictúria (aumento da vontade de urinar);
· Polidipsia (boca seca);
· Polifagia (fome excessiva);
· Emagrecimento rápido;
· Letargia (estado de incontinência urinária);
· Fadiga; 
· Prurido vulvar ou cutâneo;
· Diminuição brusca da acuidade visual;
· Astenia (perda ou diminuição da força);
· Visão turva;
· Retinopatia (complicação na retina ocular);
· Catarata
6. Diagnóstico
O diagnóstico do diabetes baseia-se fundamentalmente nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. A medida da glico-hemoglobina não apresenta acurácia diagnóstica adequada e não deve ser utilizada para o diagnóstico de diabetes7.
Os critérios diagnósticos baseiam-se na glicose plasmática de jejum (8 horas), nos pontos de jejum e de 2h após sobrecarga oral de 75g de glicose (teste oral de tolerância à glicose – TOTG) e na medida da glicose plasmática casual.
Para o diagnóstico do diabetes em crianças que não apresentam um quadro característico de descompensação metabólica com poliúria, polidipsia e emagrecimento ou de cetoacidose diabética, são adotados os mesmos critérios diagnósticos empregados para os adultos. Quando houver a indicação de um TOTG, utiliza-se 1,75g/kg de glicose (máximo 75g)8.
7. Diabéticos X Hipertensos
A bem da verdade, até dá pra dizer que o diabetes colabora para a pressão alta se instaurar. A resistência à insulina, condição típica do diabético tipo 2, é uma falha no organismo que dificulta o acesso das células à glicose circulante. Aí um monte de açúcar fica sobrando no sangue. Esse fenômeno contribui para as artérias se enrijecerem, o que está por trás do aumento da pressão.
Tem outro mecanismo perigoso nessa história. Quando há glicose demais dando sopa, o pâncreas entende que precisa trabalhar dobrado para reduzir a presença dessas moléculas na circulação. Para isso, manda ver na produção de insulina. Essa carga pesada de hormônio desanda o trabalho do sistema nervoso simpático, destrambelhando batimentos cardíacos e estimulando a contração exagerada dos vasos. De novo a hipertensão sai ganhando10.
8. Atuação do Fisioterapeuta nos pacientes com diabetes 
O fisioterapeuta presta assistência ao ser humano, em nível individual e coletivo, participando da promoção da sua saúde, prevenção de agravos, tratamento e recuperação da sua saúde, seguindo os princípios do SUS (COFFITO, 2013).
As palestras abrangem a importância das informações para aqueles pacientes que não tem o devido conhecimento sobre a sua patologia, abordando temas como alimentação saudável, pratica de exercícios físicos, aferição correta da glicemia, consultas e exames de rotina, e em alguns casos o controle da pressão arterial.
Pacientes com história familiar de diabetes deve manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas e praticar atividade física regular12.
Já os pacientes que têm diabetes devem realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões12.
Os fisioterapeutas devem estar preparados para trabalhar com pacientes com diabetes mellitus em qualquer situação, pois a atuação da fisioterapia inicia com ações preventivas para evitar ulceras, e com a execução de exercícios de alongamentos, fortalecimentos, treino de marcha e equilíbrio adaptações de órteses e próteses para diminuir sequelas do pé diabético. 
9. Conclusão 
Concluímos que 
9. Bibliografia
1 
2 www.diabetes.org.br/publico/diabetes-tipo-1/66-tudo-sobre-diabetes/581-tipos-de-diabetes
3
4 https://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes-tipo-2
5 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302008000600006
6 https://portal.fiocruz.br/noticia/taxa-de-incidencia-de-diabetes-cresceu-618-nos-ultimos-10-anos#:~:text=Dados%20da%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Mundial%20de,8%25%20nos%20%C3%BAltimos%20dez%20anos.
7 Gross Jorge L., Silveiro Sandra P., Camargo Joíza L., Reichelt Angela J., Azevedo Mirela J. de. Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e Avaliação do Controle Glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab  [Internet]. 2002  Feb [cited  2020  Sep  18] ;  46( 1 ): 16-26. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000100004&lng=en.  http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302002000100004.
8 Gross Jorge L., Silveiro Sandra P., Camargo Joíza L., Reichelt Angela J., Azevedo Mirela J. de. Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e Avaliação do Controle Glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab  [Internet]. 2002  Feb [cited  2020  Sep  19] ;  46( 1 ): 16-26. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000100004&lng=en.  https://doi.org/10.1590/S0004-27302002000100004.
9 Abordagem do Diabetes Melito na Primeira Infância - Luis Eduardo P. Calliari Osmar Monte
10 http://previva.com.br/hipertensao-diabetes-prevencao/
11 cadernos de atenção básica – hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus – protocolo 
12 https://www.saude.ce.gov.br/2018/11/09/pacientes-participam-de-acao-educativa-sobre-diabetes-no-dia-13/
15

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