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Atividade política e jogos

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Politicas de negócios e jogos de empresas
Curso: Administração 
7° Semestre
Nome: Débora Carvalho 
Exercício - Case Natura
Após a leitura dos dois textos sobre a Natura, analise as estratégias adotadas pela empresa e responda às questões que seguem:
1. Descreva, de forma breve, a estratégia de internacionalização da Natura nos últimos anos (qual o modelo de entrada no mercado internacional?). Considere as informações presentes nos dois textos propostos, que incluem período posterior à presença da empresa na América Latina.
R: O modelo de entrada da Natura é pela Aquisição.
Segundo Mano, A aquisição coloca a Natura diante de uma série de situações inéditas. Pela primeira vez, parte substancial das vendas do grupo terá sua origem fora do Brasil. Antes da compra da The Body Shop, quase dois terços do faturamento da Natura vinham do mercado interno. A relação deverá se inverter após a incorporação da Avon, que atua diretamente em 56 países (a operação da América do Norte, que concentrava boa parte dos problemas e prejuízos da companhia centenária, ficou fora da transação e foi vendida em abril à divisão de cuidados pessoais da sul-coreana LG).
Com a Avon, a Natura coroou uma das mais ambiciosas e meteóricas estratégias de internacionalização de uma companhia brasileira.
2. Quais as vantagens do modelo de internacionalização escolhido pela Natura?
R: Segundo Mano, uma diferença torna o movimento da Natura único: faz parte de uma estratégia pensada para criar uma rede global capaz de levar a marca Natura para o mundo. Nas análises realizadas internamente, há diversas projeções sobre como aproveitar a plataforma global de lojas e consultoras do grupo para internacionalizar a marca criada em 1969, quando o jovem Luiz Seabra decidiu vender um Fusca para abrir um pequeno laboratório de cosméticos manipulados em São Paulo.
Tanta ousadia parece contrastar com a visão que o mercado por muito tempo atribuiu à companhia, considerada cautelosa em sua estratégia de crescimento, tanto em relação à entrada em novos canais quanto à expansão geográfica. “Por anos, devido a outras prioridades, a frente da internacionalização foi andando meio de lado”.
3. Quais os principais desafios enfrentados pela Natura & Co no processo de integração da Avon?
R: Segundo Mano, o principal desafio pode ser o choque cultural de duas organizações tão distintas. Interagir de maneira harmônica times que historicamente sempre se digladiaram pela liderança costuma ser ainda mais difícil. 
Segundo Mano, O plano de integração — incluindo a escolha das pessoas para ocupar os novos postos — será detalhado nos próximos meses e deverá estar pronto para ser implementado assim que a Natura puder ter influência na gestão da Avon.
4. Considerando as primeiras aquisições da Natura – Aesop (2013) e The Body Shop (2017), comente sobre os motivos da reestruturação promovida nessas empresas.
R: Segundo Mano, a reestruturação de duas marcas globais em dificuldades, fazer uma enorme integração de operações entre duas rivais gigantes na América Latina, não perder o foco no dia a dia em mercados com baixo crescimento, como o Brasil, cheios de novos e ágeis concorrentes. Paradoxalmente, a cúpula da Natura tem buscado o antídoto para lidar com a realidade cada vez mais complexa do grupo na simplicidade de uma estrutura corporativa quase virtual. A lógica é dar autonomia decisória e certa independência às empresas.
5. Qual a principal mudança adotada no Conselho de Administração da Natura& Co? Quais os benefícios dessa nova configuração do órgão para a governança corporativa da empresa?
R: Segundo Mano, fatores da Natura, dão confiança de que essa jornada trará bons resultados.
1) No momento da aquisição, dois anos atrás, a Natura havia anunciado projeções para dobrar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da The Body Shop até 2022. No ano passado, o avanço foi de 38%, acima da meta para o período, segundo Roberto Marques, presidente executivo do conselho de administração da Natura & Co. Uma das medidas tomadas foi o fechamento de lojas deficitárias. As vendas cresceram 168% com mudanças na linha de produtos. “Essas medidas foram identificadas ainda no trabalho pré-aquisição”, afirma Marques. Segundo a análise da empresa especializada em investimentos Eleven Financial, o resultado indica capacidade de execução e joga a favor das perspectivas de virada na Avon.
2) Reconhecido por analistas, está na natureza das mudanças necessárias na Avon, similares às implementadas nos últimos dois anos na própria Natura para recuperar os resultados na operação local. Nesse período, a Natura concentrou-se num esforço para digitalizar as vendas, tanto ao turbinar as transações pelo site quanto ao criar uma central de atendimento para as consultoras. Elas foram segmentadas por desempenho e passaram a receber benefícios de acordo com o que entregam. Num cenário de crise econômica, as vendas caíram 1% no primeiro trimestre deste ano no Brasil em relação ao mesmo período de 2018. Mas a empresa continuou a ganhar participação de mercado.
De acordo com um relatório publicado pela consultoria Euromonitor, a Natura manteve a liderança do mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal pelo segundo ano consecutivo, com participação de 11,9%, acima dos 11,4% registrados em 2017. O primeiro trimestre também foi o décimo período consecutivo de ganhos de produtividade pelas consultoras, demonstrando a vigor do modelo de segmentação das consultoras e o avanço de sua plataforma digital.
Há pelo menos dois exemplos mais evidentes de que a articulação feita por essa “fina camada corporativa”, como é chamada internamente, tem funcionado. Um deles é a decisão de incorporar as operações da The Body Shop na América Latina à estrutura da Natura no Brasil. “Decidimos aproveitar o conhecimento que a empresa tem da região e usar a operação local como uma espécie de masterfranqueada da The Body Shop”, diz Ferreira. O segundo exemplo é a abertura, prevista para o segundo semestre deste ano, da primeira loja da Natura na Ásia, por meio de um masterfranqueado da marca The Body Shop no continente.

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