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ATIVIDADES 10 - 3 EM

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E.E.B. PAULO ZIMMERMANN LPL SEMANA X 
 
As questões a seguir, são de cadernos de edições 
anteriores do ENEM, nesta trilha de conhecimento, este 
material lhe auxiliará na compreensão da estruturação 
das provas e nos componentes dispostos para pesquisa 
e estudo. 
 
- Importante: Se você estiver com o livro didático poderá 
consultá-lo para pesquisas. 
- Estimule sua interpretação e compreensão textual. 
 
 
 
 
1. (ENEM 2016) Leia o trecho abaixo: 
 
Esaú e Jacó Ora, aí está justamente a epígrafe do 
livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não me ocorresse 
outra. Não é somente um meio de completar as pessoas 
da narração com as ideias que deixarem, mas ainda um 
par de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for 
menos claro ou totalmente escuro. Por outro lado, há 
proveito em irem as pessoas da minha história 
colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de 
solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o 
enxadrista e os seus trabalhos. Se aceitas a comparação, 
distinguirás o rei e a dama, o bispo e o cavalo, sem que o 
cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. Há ainda 
a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o 
poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras 
podem ganhar a partida, e assim vai o mundo. 
 
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 
1964 (fragmento). 
 
O fragmento do romance Esaú e Jacó mostra como o 
narrador concebe a leitura de um texto 
literário. Com base nesse trecho, tal leitura deve levar em 
conta: 
 
a) o leitor como peça fundamental na construção dos 
sentidos. 
b) a luneta como objeto que permite ler melhor. 
c) o autor como único criador de significados. 
d) o caráter de entretenimento da literatura. 
e) a solidariedade de outros autores. 
 
 
2. (ENEM 2014) Leia o fragmento abaixo: 
 
Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, 
ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que 
me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma 
careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, 
vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais 
tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em 
ação. Meneses trazia amores com uma senhora, 
separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por 
semana. Conceição padecera, a princípio, com a 
existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, 
acostumara-se, e acabou achando que era muito direito. 
 
ASSIS, M. et al. Missa do galo: variações sobre o mesmo 
tema. São Paulo: Summus, 1977 (fragmento). 
 
No fragmento desse conto de Machado de Assis, “ir ao 
teatro” significa “ir encontrar-se com a amante”. O uso 
do eufemismo como estratégia argumentativa significa: 
 
a) exagerar quanto ao desejo em “ir ao teatro”. 
b) personificar a prontidão em “ir ao teatro”. 
c) esclarecer o valor denotativo de “ir ao teatro”. 
d) reforçar compromisso com o casamento. 
e) suavizar uma transgressão matrimonial. 
 
3. (ENEM 2012) 
 
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu 
biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que 
colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou 
inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-
1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido 
como o pai do romance no Brasil. 
Além de criar clássicos da literatura brasileira com 
temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também 
folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, 
advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. 
Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse 
personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito 
será digitalizada. 
 
História Viva, nº 99, 2011. 
 
 
 
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA 
PROFESSOR: ALEXANDRE LIZ 
Aluno: Turma: 3º ANO ___ 
http://www.blogger.com/profile/13453286549549556301
E.E.B. PAULO ZIMMERMANN LPL SEMANA X 
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de 
Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-
se que: 
 
a) A digitalização dos textos é importante para que os 
leitores possam compreender seus romances. 
b) O conhecido autor de O guarani e Iracema foi 
importante porque deixou uma vasta obra literária com 
temática atemporal. 
c) A divulgação das obras de José de Alencar, por meio da 
digitalização, demonstra sua importância para a história 
do Brasil Imperial. 
d) A digitalização dos textos de José de Alencar terá 
importante papel na preservação da memória linguística 
e da identidade nacional. 
e) O grande romancista José de Alencar é importante 
porque se destacou por sua temática indianista. 
 
4. (ENEM 2014) 
 
A pátria Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! 
Criança! não verás nenhum país como este! 
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! 
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, 
É um seio de mãe a transbordar carinhos. 
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, 
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! 
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! 
Vê que grande extensão de matas, onde impera, 
Fecunda e luminosa, a eterna primavera! 
Boa terra! jamais negou a quem trabalha 
O pão que mata a fome, o teto que agasalha... 
Quem com o seu suor a fecunda e umedece, 
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece! 
Criança! não verás país nenhum como este: 
Imita na grandeza a terra em que nasceste! 
 
BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco 
Alves, 1929. Publicado em 1904. 
 
O poema “A pátria” harmoniza-se com um projeto 
ideológico em construção na Primeira República. 
O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na 
medida em que: 
 
a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o 
projeto brasileiro de grandeza. 
b) a prosperidade individual, como a exuberância da 
terra, independe de políticas de governo. 
c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser 
aplicados também aos ícones nacionais. 
d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a 
riqueza que se verifica naquele momento. 
e) a valorização do trabalhador passa a integrar o 
conceito de bem-estar social experimentado. 
 
5. Leia. 
 
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? 
Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos 
assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus 
primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da 
cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre 
escondida, que a patroa não gostava de crianças. 
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do 
mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja 
e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as 
banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de 
jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando 
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora 
em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, 
esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. Ótima, 
a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! 
Punha-lhe os nervos em carne viva. [...] A excelente 
dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. 
Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e 
daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e 
estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — 
essa indecência de negro igual. 
 
LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. 
 
Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento). 
A narrativa focaliza um momento histórico-social de 
valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no 
contexto, pela: 
 
a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, 
preocupada com as amigas. 
b) receptividade da senhora para com os padres, mas 
deselegante para com as beatas. 
c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa 
com as crianças. 
d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos 
negros, evidenciada no final do texto. 
e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia 
tratá-los com castigos.

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