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modulo 2 Prevenção e Controle de infecções em ambiente hospitalares

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Profa. Dra. Patricia Sampaio
UNIDADE II
Prevenção e Controle
de Infecção em 
Instituição de Saúde
Definição de vigilância epidemiológica 
 Processo sistemático e contínuo de coleta, análise e interpretação de dados durante o 
processo de descrição e monitorização de um evento de saúde.
Vigilância epidemiológica
Lei nº 8.080/90, instrumento que normaliza as atividades de saúde em todo o país: 
 “vigilância epidemiológica é o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a 
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes 
de saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Envolve três componentes fundamentais:
Ações de 
planejamento
Produção de 
conhecimento
Implementação 
de medidas 
adequadas
 Vigilância epidemiológica não existe sem um sistema de informações que garanta um 
amplo conhecimento da situação que é posta sob observação. Porém, igualmente, não 
existe se estiver limitada apenas a isso. É necessário que esse conhecimento seja 
divulgado e posto a serviço da finalidade de prevenir e controlar aquela situação.
 Assim, os sistemas de vigilância epidemiológica envolvem, 
obrigatoriamente, a coleta e a análise de dados, por um 
lado, e, por outro, a ampla distribuição das informações 
analisadas, a todos que as geraram ou que delas 
necessitam para executar as ações de prevenção 
e controle.
 O comportamento epidemiológico das infecções hospitalares pode sofrer alterações – e 
é exatamente em razão deste fato que se deve manter vigilância epidemiológica destas.
 Essas alterações de comportamento epidemiológico podem tomar várias direções.
Por exemplo:
 A incidência de infecções hospitalares em um determinado hospital ou serviço pode 
aumentar em razão de, por exemplo, se estar internando mais pacientes graves do que 
antes ou porque, no período considerado, se realizaram mais 
cirurgias de grande porte, ou mais cateterismos, ou porque a 
autoclave está desregulada e não foi ainda consertada, 
possibilitando a utilização de artigos contaminados.
 O primeiro objetivo da vigilância epidemiológica nas IRAS é a determinação do número e 
tipos de infecções endêmicas no hospital para que qualquer mudança seja prontamente 
reconhecida, permitindo a detecção precoce de surtos, possibilitando a implementação 
de medidas de controle.
Importante
 Objetivos.
 Quais dados serão coletados.
 Quais serão as fontes de informação.
 Qual tipo de análise será realizado.
 Para quem será divulgada a informação.
SVD X ITU:
 Passagem;
 Manipulação;
 Sistema (aberto ou fechado);
 Tempo de uso da sonda;
 Paciente.
Fonte: https://www.drakeillafreitas.com.br/wp-content/uploads/2018/01/risco-de-ITU-
aumenta-com-o-maior-tempo-de-uso-da-SVD.jpg
SONDA VESICAL E INFECÇÃO URINÁRIA
 Vemos assim que o controle deste tipo de infecção hospitalar passa por um conjunto 
de decisões que são da responsabilidade de várias pessoas e instâncias do hospital: 
corpo clínico, CCIH, enfermagem, treinamento, administração, compras, etc. 
A vigilância epidemiológica deve prover informações que estas pessoas 
necessitam para tomar suas decisões. 
“Um sistema de informação para a ação”.
Depende de:
 um subsistema produtor de dados;
 um processo de coleta e consolidação de dados;
 procedimentos de análise de dados e produção de informação;
 mecanismos de difusão da informação.
 Evidentemente, ao consolidar os dados epidemiológicos somos tentados a comparar com 
dados padrão. Embora esta atividade deva ser realizada com ressalvas, principalmente na 
escolha de indicadores adequados, a importância de se comparar taxas de infecção entre 
diferentes instituições está em alertar o programa de controle de infecção sobre “falhas”, 
que podem estar relacionadas às dificuldades com a metodologia empregada ou às 
medidas de controle insuficientes ou inadequadas.
Fonte: Adaptado de: chartbycharts.com
T
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1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
NHSN – Report 2009* HIAE – 2009
1,5 1,3
Interatividade
 A pielonefrite ocorre em menos do que 1% dos pacientes com bacteriúria. Cerca de 1% 
dos pacientes cateterizados desenvolverão bacteremia, especialmente por bactérias 
Gram negativas. Esta invasão da corrente sanguínea por bactérias Gram negativas tem, 
em 30 a 40% das vezes, origem no trato urinário.
Entre os fatores de risco para bacteriúria, destacam-se:
I. Sexo feminino.
II. Duração da cateterização (especialmente se a 
permanência do cateter for maior que 6 dias).
III. Portador de Diabetes Mellitus.
IV. Erros na técnica de inserção 
e manipulação do cateter.
Interatividade
Assinale a alternativa que indica as afirmativas corretas.
a) Somente a afirmação I.
b) Somente as afirmações III e IV.
c) Somente as afirmações I, II e IV.
d) Somente as afirmações II, III e IV.
e) Todas as afirmações estão corretas.
Resposta
Assinale a alternativa que indica as afirmativas corretas.
a) Somente a afirmação I.
b) Somente as afirmações III e IV.
c) Somente as afirmações I, II e IV.
d) Somente as afirmações II, III e IV.
e) Todas as afirmações estão corretas.
A comparação entre indicadores de infecção hospitalar entre diferentes instituições 
deve ser aceita com reservas, uma vez que importantes variáveis frequentemente 
não são controladas:
 o grau de aderência da equipe de saúde;
 a sensibilidade e a especificidade dos métodos de coleta de dados varia 
substancialmente de um hospital para o outro; 
 a metodologia utilizada para a produção da informação 
pode não ser comparável;
 padrões diferenciados de desenvolvimento
socioeconômico e cultural que, necessariamente, 
afetam padrões de organização de serviços,
perfis de chefia e de profissionais 
de saúde.
Tabela 1 – Número de transplantes hepáticos, número de pacientes com IH e 
taxa de infecção IH por 100
IH: infecção hospitalar.
Procedimentos realizados no HC/UFMG, no período de 2000 a 2005
Fonte: Adaptado de: http://rmmg.org/content/imagebank/
imagens/v18n4a04-tab01.jpg
Ano
Nº de 
transplantes
Nº de 
pacientes 
com IH
Nº IH
Taxa de IH
por 100 
procedimentos
N % do total N % N %
2000 28 9,0 20 13,7 36 13,0 128,5
2001 43 13,9 24 16,4 53 19,2 123,3
2002 30 9,6 19 13,1 47 17,0 156,7
2003 56 18,0 21 14,4 34 12,3 60,7
2004 83 26,7 28 19,2 34 12,3 40,9
2005 71 22,8 34 23,3 72 26,1 101,4
Total 311 100 146 100 276 100 88,7
Existem vários métodos de vigilância das infecções hospitalares. 
Eles diferem quanto a:
 sistema de busca de casos (ativo ou passivo);
 o período de observação (contínuo ou intermitente);
 retrospectivo ou prospectivo;
 abrangência (eventos sentinela, global ou amostragem);
 A escolha depende da adequação dos recursos e da 
instituição a ser avaliada.
 Busca passiva de casos: a identificação e notificação dos casos de infecção hospitalar é 
tarefa de responsabilidade da própria equipe de atendimento ao paciente. 
 Constitui o método mais antigo, de menor custo e maior simplicidade. Porém, 
com sensibilidade extremamente baixa, variando de 14 a 34%, pois depende 
fundamentalmente da motivação e do conhecimento da equipe de atendimento para 
notificar, sendo a ausência de uniformidade de critérios seu principal fator limitante. 
 Os sistemas ativos de vigilância requerem um contato, com intervalos regulares, entre os 
profissionais que fazem o controle de infecções e as fontes de informação, constituídas 
pelas equipes de atendimento, laboratório e demais serviços de apoio. 
 Os sistemas ativos de coleta de informação permitem um melhor conhecimento do 
comportamento dos agravos à saúde, tanto em seus aspectos quantitativos quanto 
qualitativos. No entanto, são geralmente mais dispendiosos, necessitando também de 
uma melhor infraestrutura do serviço de controle. Os métodos de vigilância direcionada acompanham uma determinada topografia, um 
grupo específico de pacientes ou concentram esforços em uma unidade previamente 
definida. 
 Esta metodologia foi desenvolvida visando reduzir o tempo despendido em atividades de 
vigilância em hospitais com programas adequados de controle, concentrando esforços 
em áreas prioritárias ou em ações integradas que possibilitem maiores resultados.
 Os métodos de vigilância retrospectiva (pela revisão de prontuário) se realizam após a 
alta ou óbito do paciente. 
 Esta metodologia não permite a detecção de surtos, promove o isolamento 
da equipe em relação aos outros profissionais da instituição, sendo sua 
indicação limitada. 
 A utilização de um método constante permite maior confiabilidade 
das informações. 
Taxa de ICS Primária Associada ao uso do CVC
(*) Todos os pacientes internados na unidade
Fonte: Adaptado de: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT
BJA0UA3MWSyGIDO9MQSpWSXRFjoI
Tynpv_RUY9eHv8ZSXFOsJ
- Total de eventos (ICS primárias com comprovação 
laboratorial) no período (n)
- Taxa de ICS primária com comprovação laboratorial 
(microbiologia) (nº de eventos/1000 cateteres-dia)
- Média da taxa de ICS
Outros fatores que podem afetar a taxa de IRAS
15
12
9
6
3
0
2011/01 2011/02 2011/03 2011/04 2011/05 2011/06 2011/07 2011/08 2011/09
5
4
3
2
1
0
Interatividade
A NHSN lançou a campanha Protecting 5 Million Lives, que constitui um grupo de 
intervenções baseadas em evidência para pacientes com Cateter Venoso Central-CVC que, 
quando adotadas conjuntamente, obtêm melhores resultados do que quando adotadas 
individualmente. Assinale a alternativa correta quanto às medidas que compõem esse pacote.
a) Higienização das mãos e antissepsia.
b) Precauções máximas de barreira na passagem do cateter.
c) Escolha do sítio de inserção adequado.
d) Reavaliação diária da necessidade de manutenção do 
cateter, com pronta remoção dos desnecessários.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Resposta
A NHSN lançou a campanha Protecting 5 Million Lives, que constitui um grupo de 
intervenções baseadas em evidência para pacientes com Cateter Venoso Central-CVC que, 
quando adotadas conjuntamente, obtêm melhores resultados do que quando adotadas 
individualmente. Assinale a alternativa correta quanto às medidas que compõem esse pacote.
a) Higienização das mãos e antissepsia.
b) Precauções máximas de barreira na passagem do cateter.
c) Escolha do sítio de inserção adequado.
d) Reavaliação diária da necessidade de manutenção do 
cateter, com pronta remoção dos desnecessários.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Investigação e controle de surtos
Endemia
 “endemeion” = habitar um lugar
 É a ocorrência de uma determinada doença, em humanos distribuídos em espaços 
delimitados e caracterizados, acometendo sistematicamente por um largo período de 
tempo, com incidência constante, permitidas as variações sazonais, doenças 
habitualmente presentes em população definida.
Epidemia
 “epidemeion” = visitar
 É a manifestação, em uma coletividade ou região, de um grupo de casos de alguma 
enfermidade que excede claramente a incidência prevista (níveis endêmicos máximos).
Exemplo: o aparecimento de um único caso de doença 
transmissível que durante um lapso de tempo prolongado não 
havia afetado uma população ou que invade pela primeira vez 
uma região requer notificação imediata e uma completa 
investigação de campo pode ser suficiente 
para caracterizar uma epidemia.
Epidemia X Endemia
 No ano de 2010 foram registrados 241 casos de coqueluche, 
que não configuraram epidemia.
Motivo: a série histórica de 10 anos indicava entre 63 e 1.200 casos/ano.
 Um caso de varíola no Brasil será considerado epidemia.
Motivo: a varíola está há anos erradicada no Brasil. 
Surto
 Ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente relacionados 
(restrita a um espaço extremamente delimitado: um hospital, um quartel, 
um colégio, um edifício, um bairro...)
Exemplo: diarreia na enfermaria, meningite em uma escola.
 Em surtos epidêmicos, o caso inicial responsável pela introdução da doença 
no grupo atingido recebe a denominação caso-índice.
Atenção
 As epidemias não constituem fenômeno exclusivamente quantitativo. 
Frequentemente verificamos, nesses episódios, modificações na distribuição 
etária da doença, na forma de transmissão e nos grupos de maior risco.
 As doenças podem sofrer variações de forma regular e irregular. 
Regulares:
 Variações cíclicas: flutuações na incidência de uma doença, ocorridas no período maior 
do que um ano. 
 Variações sazonais: variações na incidência de uma doença cujos ciclos coincidem 
com as estações do ano – dentro do período de um ano.
Irregulares:
 Variações irregulares: alterações inusitadas 
na incidência das doenças.
Variação Sazonal
 É particularmente importante na análise da avaliação do possível papel de vetores na 
determinação da ocorrência de doenças, uma vez que a proliferação de vetores no 
ambiente, e, portanto, a intensidade da transmissão da doença, geralmente está 
relacionada a condições de umidade e temperatura do ar.
 Pode também estar relacionada à atividade das pessoas.
Exemplo: o aumento de tétano acidental em período de férias escolares ou elevação de 
acidentes de carro em feriados.
Prevalência X Incidência
Casos novos + antigos Casos novos
Fonte: Autoria própria
Definição
 Aumento estatisticamente significativo de uma determinada infecção acima dos valores 
máximos esperados ou limite superior endêmico.
 É preciso que haja vigilância e controle: coleta de dados bioestatísticos, cálculo de 
coeficientes, adoção de um limiar epidêmico convencionado e acompanhamento 
permanente da incidência através de diagramas de controle.
 Normalmente envolve populações que têm maior risco 
(UTI adulto e neonatal, unidade de transplantes).
Interatividade
Entre as recomendações da Anvisa sobre “Infecção Relacionada à Assistência à 
Saúde – IRAS”, em relação às medidas de prevenção de infecções relacionadas 
ao uso de cateteres venosos centrais:
I. Utilização de gaze ou curativo estéril transparente semipermeável para cobrir o sítio de 
inserção.
II. Remoção de todo e qualquer cateter assim que não for essencial para o tratamento.
III. Utilização sempre de clorexidina 2% para a desinfecção 
da pele antes da inserção do cateter.
IV. Utilização de antimicrobianos sistêmicos ou intranasais
rotineiramente.
Interatividade
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Resposta
Entre as recomendações da Anvisa sobre “Infecção Relacionada à Assistência 
à Saúde – IRAS”, em relação às medidas de prevenção de infecções relacionadas 
ao uso de cateteres venosos centrais:
I. Utilização de gaze ou curativo estéril transparente semipermeável para cobrir 
o sítio de inserção.
II. Remoção de todo e qualquer cateter assim que não for essencial para o tratamento.
Alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Fonte: Adaptado de: 
Smeltzer SC, Bare BG. 
Textbook of Medical-
Surgical Nursing. 10th 
Ed. Philadelhia: 
Lippincott Williams & 
Willkins, 2003.
 Por definição, todos 
os surtos hospitalares 
são passíveis de 
prevenção, o que 
ressalta a importância 
da investigação.
Esterilização
Agentes 
infecciosos
• Bactérias
• Fungos
• Vírus
• Riquétsias
• Protozoários
Tratamento de 
doenças incomuns
Porta de saída
• Excreções
• Secreções
• Pele
• Gotículas
Sinalização 
do meio
Fármacos 
antimicrobianos
Lavagem das mãos
Cobrir as secreções
Descarte do lixo
IsolamentoEsterilização
Cuidados com alimentos
Lavagemdas mãos
Cobrir potenciais 
pontos de entrada
Precauções universais
Controle do luxo de ar
Modo de 
transmissão
• Contato direto
• Ingestão
• Fômites
• Pelo ar
Reservatório
• Pessoas
• Equipamentos
• Água
Reconhecimento 
de pacientes de 
alto risco
Hospedeiro 
suscetível
• Imunissupressão
• Diabete
• Cirurgia
• Queimaduras
• Idosos
Porta de entrada
• Membranas 
mucosas
• Trato GI
• Trato GU
• Trato 
respiratório
• Pele 
rompida
Competências da CCIH:
Fonte: Adaptado de: Sinnecker, 1976.
Incidência máxima
Epidêmico
Limiar
In
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Progressão Regressão
Egressão
Tempo
Decréscimo da 
incidência 
endêmica
In
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n
d
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m
ic
o
Fonte progressiva: transmissão direta ou indireta de um mesmo indivíduo 
colonizado ou com infecção para um suscetível
 Introdução, numa escola, de uma criança no período de incubação do sarampo. Tão 
logo tenhamos o início do período de transmissibilidade e ultrapassado um intervalo de 
tempo equivalente ao período mínimo de incubação, será possível observar o 
aparecimento de novos casos entre os contatos suscetíveis. 
Fonte: Adaptado de MMWR, 20: 26, 1971.
Casos
30
25
20
15
10
5
0
18 20 22 24 26 28 30 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 3 5 7 9 11 13 15
Out Nov Dez Jan
Figura 9
Casos de sarampo distribuídos por data de início dos sintomas
 Fonte comum: os microrganismos são transportados pela água, alimento, ar ou 
introduzidos por inoculação ao mesmo tempo para uma ampla gama de indivíduos que 
participaram, horas antes, de uma mesma refeição contaminada por estafilococos.
Fonte: Adaptado MMWR,18:295.
Figura 8
Casos de toxiinfecção alimentar por estafilococos distribuídos 
por período de incubação. Nashville, Tennessee, EUA; 1969
25
20
15
10
5
0
C
a
s
o
s
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Período de incubação (em horas)
Quando investigar
 A incidência excede a frequência usual de forma estatisticamente significativa.
 Há suspeita de que os casos sejam devidos a uma fonte comum de infecção.
 Os casos se apresentam de maneira mais grave que a habitual.
 A infecção é desconhecida.
 O mecanismo de transmissão não está 
suficientemente esclarecido.
Três são as fontes de informação para a CCIH sobre a ocorrência de um surto. 
São elas:
1. Médicos e enfermeiros da unidade envolvida;
2. Vigilância epidemiológica realizada pelos profissionais da CCIH;
3. Laboratório de microbiologia.
Surtos: como investigar? (CDC,1992)
Primeira etapa: confirmar a existência do surto
 A clínica não é uma ciência exata. Logo, um conjunto de casos identificados 
preliminarmente como um surto pode estar incorretamente diagnosticado ou 
diagnosticado por diferentes critérios. Portanto, uma das primeiras tarefas de 
uma investigação é confirmar se, de fato, estamos diante de um surto. 
 Em algumas ocasiões verificaremos um verdadeiro 
surto; em outras, confirmaremos a ocorrência de 
casos esporádicos de uma mesma doença, porém 
não relacionados entre si, ou ainda vários casos não 
relacionados de uma mesma doença.
Pseudo-surtos
 Vale assinalar que, mesmo quando os números forem maiores do que os normalmente 
esperados, não estaremos obrigatoriamente frente a um surto, pois outros fatores podem 
alterar a capacidade de detecção:
 elevação da sensibilidade do sistema de coleta da informação,
 modificação da definição de caso,
 maior adesão ao sistema de vigilância dos 
profissionais envolvidos,
 mudanças nas técnicas laboratoriais,
 qualificação dos profissionais para 
a identificação de casos.
Segunda etapa: verificar o diagnóstico
 Esta etapa está estreitamente ligada àquela destinada à confirmação do surto; 
na prática, são levadas a efeito simultaneamente. 
 Seu objetivo é o de certificar-se de que o surto foi corretamente diagnosticado, 
buscando, por exemplo, excluir erros de laboratório que possam ter elevado 
artificialmente o número de casos. Se os dados do laboratório são inconsistentes
com os achados clínicos, as técnicas laboratoriais devem 
ser revistas.
Terceira etapa A: definir caso
 Entende-se por definição de caso a padronização de um conjunto de critérios com o 
objetivo de decidir se um determinado paciente deve ser classificado como caso.
 A definição de caso inclui critérios clínicos, laboratoriais e epidemiológicos; estes últimos 
devem sempre considerar um conjunto de restrições relativas ao tempo, espaço e 
pessoa, decorrentes da investigação do surto.
Terceira etapa B: identificar e contar os casos
 As investigações efetuadas durante um surto constituem importante fonte adicional de 
informação relativa a casos não diagnosticados ou não notificados. 
 Permitem também conhecer melhor o espectro clínico da doença pelo estudo mais 
detalhado dos contatos e, muitas vezes, da própria fonte de infecção. 
 Um dos instrumentos que facilitam essa etapa é a ampla 
divulgação entre médicos, pessoal de enfermagem e de 
laboratório, das características do surto e da importância de 
sua completa investigação. 
 No final dessa etapa, deve-se elaborar uma lista com todos 
os casos identificados, colocando-se nas colunas 
o nome ou iniciais dos pacientes e as 
principais características a serem analisadas.
Quarta etapa: analisar os dados disponíveis
 Nesta etapa, a análise dos dados disponíveis deve ser efetuada de maneira que possam 
ser elaboradas hipóteses com vistas à identificação das fontes e modos de transmissão, 
assim como a determinação da duração da epidemia. 
Relativas ao tempo:
1. Qual foi o período exato do início e a duração da epidemia?
2. Conhecido o diagnóstico, qual foi o 
período provável de exposição?
3. A transmissão durante a epidemia se deu por 
veículo comum, pessoa a pessoa ou ambas 
as formas? Quais são as características 
da curva epidêmica?
Relativas ao lugar:
1. Qual é a distribuição espacial dos casos? (Por enfermaria ou por andar do prédio onde 
funciona o hospital).
2. Quais são as taxas de ataque por local de ocorrência?
Segundo os atributos das pessoas:
1. Identificar características comuns dos pacientes envolvidos no possível surto.
2. Avaliar possíveis fatores de risco envolvidos.
3. Quais características distinguem os indivíduos atingidos 
da população não atingida?
Quinta etapa: desenvolver hipóteses
 Devem estar voltadas à identificação da fonte de infecção, modos de transmissão e tipos 
de exposição associadas ao risco de adoecer. Podemos gerar hipóteses de diferentes 
maneiras, porém as mais utilizadas levam em consideração o conhecimento científico 
disponível e a descrição minuciosa da doença na busca de diferenciais de risco, 
segundo variáveis relativas ao tempo, espaço e pessoa.
Sexta etapa: testar hipóteses
Nas investigações epidemiológicas de campo podem ser testadas hipóteses, 
fundamentalmente, de duas maneiras: 
1. Comparando as hipóteses com os fatos, quando estes já se apresentam 
bem estabelecidos; 
2. Aplicando a metodologia epidemiológica analítica, com 
objetivo de quantificar as associações e explorar o papel 
do aleatório nessas associações. 
Sétima etapa: avaliar medidas de prevenção e controle
 Como já foi salientado anteriormente, os surtos apresentam características que tornam 
indispensáveis a aplicação, tão rápido quanto possível, de medidas de controle. 
 Isso muitas vezes ocorre antes mesmo de identificarmos perfeitamente as fontes de 
infecção e os modos de transmissão, utilizando, num primeiro momento, tão somente os 
resultados preliminares da investigação.
Oitava etapa: comunicar a todos os interessados os resultados
 Esta é forma de disseminar os conhecimentos produzidos a partir de uma análise 
abrangendo todasas etapas da investigação, inclusive aqueles resultantes das 
pesquisas por ela induzidas. 
Fonte: Adaptado de: https://image.slidesharecdn.com/saudepublica-
170626132455/95/investigao-epidemiolgica-de-casos-surtos-e-
epidemias-13-638.jpg?cb=1498483856
Investigação epidemiológica
Questões a serem respondidas Informações produzidas
Trata-se realmente de casos da doença que se suspeita? Confirmação do diagnóstico
Quais são os principais atributos individuais dos casos? Identificação de características biológicas, ambientais e sociais
A partir do quê ou de quem foi contraída a doença? Fonte de infecção
Como o agente da infecção foi transmitido aos doentes? Modo de transmissão
Outras pessoas podem ter sido infectadas/afetadas 
a partir da mesma fonte de infecção?
Determinação da abrangência de transmissão
A quem os casos investigados podem ter
transmitido a doença?
Identificação de novos casos/contatos/comunicantes
Que fatores determinam a ocorrência da doença ou podem 
contribuir para que os casos possam transmitir 
a doença a outras pessoas?
Identificação de fatores de risco
Durante quanto tempo os doentes podem
transmitir a doença?
Determinação do período de transmissibilidade
Como os casos encontram-se distribuídos
no espaço e no tempo?
Determinação de agregação espacial e/ou temporal dos casos
Como evitar que a doença atinja outras pessoas
ou se dissemine na população?
Medidas de controle
Medidas de controle
 Epidemias de fonte comum são mais facilmente controladas.
 Treinamento dos profissionais.
 Isolamento e sinalização dos pacientes.
 Funcionários exclusivos.
 Uso racional de antimicrobianos.
Fonte: https://passevip.com.br/wp-content/uploads/2017/06/hosp-6-1.jpg
Interatividade
As técnicas atuais tornaram indispensável o uso de dispositivos intravasculares. São 
indicados para a administração de soluções endovenosas, medicamentos, sangue, 
nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. Pelo uso difundido e gravidade das 
infecções de cateteres intravasculares, a adoção de medidas preventivas 
tornou-se essencial. Assinale a alternativa incorreta quanto a essas medidas.
a) Anotar a data e hora de inserção em local de fácil visualização (cateteres periféricos).
b) Cateteres Venosos Centrais (CVC) – devem ser 
realizados curativos diários, após o banho, com 
aplicação de um antisséptico e cobertura.
Interatividade
c) Utilizar o cateter de nutrição parenteral apenas para este fim.
d) Não está indicada a troca rotineira de cateter periférico.
e) Os curativos para cateteres intravenosos, com filmes semipermeáveis transparentes, 
estão disponíveis no mercado e facilitam a inspeção do 
seu sítio de inserção. 
Resposta
As técnicas atuais tornaram indispensável o uso de dispositivos intravasculares. São 
indicados para a administração de soluções endovenosas, medicamentos, sangue, 
nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. Pelo uso difundido e gravidade das 
infecções de cateteres intravasculares, a adoção de medidas preventivas 
tornou-se essencial. Assinale a alternativa incorreta quanto a essas medidas.
d) Não está indicada a troca rotineira de cateter periférico.
ATÉ A PRÓXIMA!

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