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GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ENFERMAGEM Enfa. Msc. Mara Spinola 1 A administração de recursos materiais nas instituições de saúde tem como objetivo coordenar as atividades necessárias para garantir o suprimento de todas as áreas da organização, ao menor custo possível e de maneira que a prestação de seus serviços não sofra interrupções prejudiciais aos usuários. 2 • Entende-se por materiais os produtos que serão consumidos imediatamente após sua chegada ou após um período de armazenamento, ou seja, excluem-se deste agrupamento os materiais permanentes, tais como os equipamentos, mobiliários, veículos. • Recursos materiais também são denominados recursos físicos e englobam aspectos materiais que a empresa utiliza no processo produtivo (OLIVEIRA; CHAVES,2009). 3 • Uma das atribuições dos enfermeiros é administrar materiais, definida como a atividade de planejar, executar e controlar, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega e utilização do produto. 4 5 • A administração de recursos materiais tem sido motivo de preocupação nas organizações de saúde, tanto no setor público, quanto no setor privado, que fazem parte da rede complementar do SUS. • As organizações do setor privado, sujeitas às regras de mercado, precisam gerenciá-los com preços competitivos em relação às outras organizações. • As do setor público, devido a orçamento restritos, precisam de maior controle no consumo e dos custos para que não privem os funcionários e pacientes do material necessário. 6 Processo de gerenciamento de recursos materiais em organização de saúde • Materiais são produtos que podem ser armazenados, distribuídos e consumidos para a produção de serviços. • O gerenciamento de recursos materiais constitui a totalidade dos fluxos de materiais de uma organização de saúde, compondo um processo com as seguintes atividades principais: 7 • O setor de gerenciamento de recursos materiais, está subordinado à área administrativa, que normalmente não é composta por profissionais da área da saúde. Pela complexidade que envolve os materiais utilizados na área da saúde, é necessário que haja a participação de funcionários que desempenham atividade fim, tais como enfermeiros, farmacêuticos, etc. 8 • A padronização de materiais é essencial dada a variedade de bens e produtos que têm a mesma finalidade técnica e indicações de uso. A padronização é realizada por meio do estabelecimento de critérios objetivos de indicação técnica do uso do material, e do custo-benefício. • Na padronização deve se considerar ainda os aspectos relacionados aos riscos e impactos da utilização dos materiais para os pacientes, trabalhadores e ainda, para o ambiente. 9 10 • A especificação técnica compreende uma descrição minuciosa do material, pois representa, com precisão, aquilo que se deseja adquirir, o que impõe, principalmente às instituições públicas, uma rigorosa analise do produto no que se refere a sua fabricação. 11 12 • A previsão de materiais é um dos componentes do controle de estoque, compreendendo as ações gerenciais para determinação do quanto comprar. • A estimativa do material a ser comprado depende do consumo mensal das unidades, ou seja, da soma das cotas de todas as unidades, cujos valores são calculados com base na média aritmética do consumo, podendo ser estimada pela expressão: 13 • Para calcular o consumo médio mensal (CMM), é necessário encontrar a média dos valores utilizados na unidade de saúde nos últimos meses e dividir pelo número de meses. Através da cota mensal é possível prever o consumo para o próximo período através do consumo do período anterior. O período é arbitrário, porém o recomendado é que seja, no mínimo, 03 meses ou superior ou igual a 12 meses. • O estoque de segurança (ES), também chamado de estoque mínimo, consiste na quantidade de cada item que deve ser mantido como reserva para garantir a continuidade do atendimento caso haja elevação brusca no consumo ou atraso no suprimento. • A forma de cálculo do ES é o acréscimo à cota mensal de um percentual que varia de 10 a 20% do CMM, somando ao consumo diário durante o tempo de reposição. 14 • O tempo de reposição varia de acordo com o sistema de compras do serviço de saúde. Os serviços públicos, devido ao processo de licitação, levam de 04 a 06 meses, entre o início do processo de compra até o recebimento, armazenagem e distribuição interna do material. Com a adoção da modalidade de compra por pregão, o tempo tem diminuído para cerca de um mês. 15 • A curva ABC classifica os materiais por classe A, B e C, obedecendo faixas predeterminadas: - os itens A correspondem a 20% do total de itens; - os de classe B a 20% a 30% do total de itens e; - os de classe C a 50%. • Os itens de classe A, embora em menor número, representam itens de maior custo ou investimento, estes itens possuem maior importância com relação à forma de gerenciá-los. • Para se construir uma curva ABC é necessário que seja levantado a relação de todos os itens, os custos unitários, o consumo anual de cada item, o custo anual ou capital investido, e, após a coleta, ordená-los segundo o custo anual. Os itens que atingirem o custo anual acumulado próximo de 50% do total do custo anual serão classificados com grupo A. • Ainda se tratando de controle de estoque, um aspecto importante que deve ser levado em consideração é a decisão de quando comprar. Esse momento é denominado ponto de requisição ou nível de ressuprimento. Ele é deflagrado quando o nível de estoque atingido é incompatível com a demanda de consumo. 16 PARA LEMBRAR!!! 17 18 Provisão de materiais em enfermagem 19 20 O sistema de reposição pode ser realizado de quatro formas: 21 O papel do Enfermeiro no Gerenciamento de Materiais • O enfermeiro, por assumir o gerenciamento das unidades de atendimento e coordenar toda a atividade assistencial, tem papel preponderante no que diz respeito à determinação do material necessário à consecução da assistência tanto nos aspectos quantitativos como qualitativo; na definição das especificações técnicas, no estabelecimento do quantitativo; na análise da qualidade; na participação do processo de compra e no estabelecimento de controle e avaliação. 22 • Um aspecto importante no gerenciamento de materiais é que o enfermeiro responsável conheça a rotina de consumo da sua unidade, não somente os de consumo e medicamentos, mas também os esterilizados, encaminhados pelas centrais de material. • Uma atividade inerente ao enfermeiro gerente é, juntamente com a equipe de educação continuada, promover estratégias de orientação e capacitação dos profissionais de enfermagem no que se refere ao uso racional do material disponível, bem como da otimização dos recursos. • A atuação do enfermeiro na administração de materiais constitui uma conquista na esfera de tomada de decisão, destacando, portanto, o importante papel do enfermeiro na dimensão tecno-administrativa inerente aos processos de cuidar e gerenciar, e não apenas na concepção de mais uma atividade burocrática que não agrega valor à profissão. 23 OBRIGADA!!! 24 unidade de saúde 25 26 27 28 29 30 31 32 uma unidade 33
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