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SISTEMA DE ENSINO
CONHECIMENTOS 
SOBRE O DISTRITO 
FEDERAL
Lei Complementar n. 828/2010 – 
Prestação de Assistência Jurídica pelo 
Distrito Federal
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Lei Complementar n. 828/2010 – Prestação de Assistência Jurídica 
pelo Distrito Federal
CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL
Sumário
Prestação de Assistência Jurídica pelo Distrito Federal ..................................................4
1. Disposições Preliminares ............................................................................................4
2. A Assistência Jurídica ............................................................................................... 10
3. A Defensoria Pública do Distrito Federal .................................................................. 13
3.1. Conceito ................................................................................................................. 13
3.2. A Autonomia da Defensoria Pública ...................................................................... 18
3.3. Fiscalização e Participação em Conselhos .............................................................22
3.4. Estrutura ..............................................................................................................23
4. Disposições Finais e Transitórias ..............................................................................42
Exercícios .....................................................................................................................44
Gabarito ...................................................................................................................... 50
Gabarito Comentado ..................................................................................................... 51
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Olá, tudo bem? Espero que sim! 
Na aula de hoje, estudaremos as disposições da Lei Complementar Distrital n. 828/2010, 
norma que é responsável por estabelecer, prioritariamente, a forma como ocorrerá a Prestação 
de Assistência Jurídica pelo Distrito Federal.
Como trata-se de legislação bastante específica, praticamente não contamos com ques-
tões anteriores. Sendo assim, faremos uso, como forma de treinar tudo o que foi aprendido, de 
questões inéditas.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL
PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA PELO DISTRITO 
FEDERAL
1. Disposições preliminares
A Lei Complementar Distrital n. 828/2010 é a norma responsável por regulamentar a forma 
como ocorrerá a prestação da assistência jurídica por parte do Distrito Federal.
O fundamento para a edição da mencionada lei distrital está no texto da Constituição Fede-
ral, que, em seu artigo 5º, LXXIV, estabelece que “o Estado prestará assistência jurídica integral 
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Sendo assim, a assistência jurídica integral e gratuita será prestada a todos que comprova-
rem a insuficiência de recursos. Em nosso ordenamento, conforme iremos estudar, a assistên-
cia é prestada pela Defensoria Pública.
Em seu artigo 2º, a lei complementar objeto de estudo elenca quatro importante objetivos 
a serem alcançados com a prestação da assistência jurídica por parte do Distrito Federal. Para 
uma correta compreensão da matéria, iremos analisar cada um destes objetivos.
Art. 2º O Distrito Federal prestará assistência jurídica para:
I – assegurar o respeito à dignidade da pessoa humana e ao pluralismo;
Tanto a dignidade da pessoa humana quanto o pluralismo (no caso, o político) são funda-
mentos da República Federativa do Brasil.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III – a dignidade da pessoa humana;
V – o pluralismo político.
Não é exagero afirmar que a dignidade da pessoa humana se trata de princípio fundamen-
tal extremamente utilizado tanto pelo legislador constituinte quanto pelo Supremo Tribunal 
Federal. Neste último caso, o fundamento pauta as decisões do órgão no controle das normas 
editadas. Para o legislador, serve de parâmetro para uma série de dispositivos da Constituição 
Federal, dentre os quais merece destaque os direitos e as garantias fundamentais.
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Como exemplo de utilização da dignidade da pessoa humana, podemos citar duas impor-
tantes Súmulas Vinculantes do STF, a saber:
Súmula Vinculante n. 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de 
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte 
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de res-
ponsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da 
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil 
do Estado.
Súmula Vinculante n. 25: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a 
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, 
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
Não há necessidade de memorizarmos estes entendimentos. A ideia aqui é apenas verifi-
carmos a importância da dignidade da pessoa humana para o correto exercício dos direitos e 
das garantias fundamentais. Além disso, podemos citar importantes decisões tomadas pelo 
STF e que decorrem da dignidade da pessoa humana:
• O direito à igualdade sem discriminações abranger a identidade ou a expressão de 
gênero;
• As inúmeras políticas de inclusão, como as cotas para diversas classes de pessoas;
• A possibilidade de realização de pesquisas com células-tronco embrionárias;
• A impossibilidade, por violar a dignidade da pessoa humana, de submissão compulsória 
do pai ao exame de DNA;
• A legitimidade da união homo afetiva como entidade familiar;
Já o pluralismo está intimamente ligado à ideia de possibilitar que diversas e diferentes 
ideologias políticas e ideológicas sejam defendidas, de forma livre, em nosso ordenamento 
jurídico.
O pluralismo não se limita ao aspecto “político” propriamente dito, mas sim também à 
liberdade de opinião. Nestas situações, deve ser ressaltado que a Constituição Federal, ainda 
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que garanta o livre exercício da manifestação do pensamento, assegura também o direito de 
resposta, que será proporcional ao agravo.
II – combater a desigualdade social, a pobreza e a marginalização, promover o acesso igualitário 
ao Poder Judiciário e às instâncias decisórias da Administração Pública e difundir a consciência da 
cidadania, dos direitos fundamentais e do ordenamento jurídico;
Todas as medidas elencadas aqui possuem como fundamento o princípio da igualdade. 
Assim, na medida em que o Estado garante a assistência jurídica à coletividade, está ele, ainda 
que indiretamente, combatendo a desigualdade social, a pobreza e a marginalização.
De igual forma, a assistência jurídica prestada pelo Estado possibilita que os particulares 
necessitados tenham acesso igualitário ao Poder Judiciário e às instâncias decisórias da Ad-
ministração Pública, algo que dificilmente seria possível caso tais pessoas tivessem que arcar 
com os custos destes serviços.
Além disso, a prestação da assistência jurídica é responsável por difundir a consciência da 
cidadania, dos direitos fundamentais e do ordenamento jurídico.
Faz todo o sentido! Na medida em que o poder público garante à coletividade o acesso a 
direitos e serviços que não seriam possíveis sem a atuação estatal, cria o poder público uma 
espécie de “consciência coletiva”. Dito de outra forma, a população começa a perceber que 
faz jus a uma série de direitos fundamentais presentes em nosso ordenamento jurídico, exer-
cendo, de forma cada vez mais ativa, a cidadania como um todo.
III – tornar efetivas as garantias fundamentais do devido processo legal e de ampla defesa e 
contraditório;
O princípio do devido processo legal expressa uma das mais importantes garantias cons-
titucionais, incidindo tanto no âmbito formal quanto no âmbito material. Como consequência, 
representa uma dupla proteção para os indivíduos.
No âmbito formal, representa a garantia de que as partes poderão fazer uso de todos os 
meios licitamente previstos para se defender. Como exemplo, temos as garantias do contradi-
tório e da ampla defesa.
No âmbito material, representa a garantia de que as autoridades competentes, quando do 
julgamento das causas, primarão pelo princípio da proporcionalidade, adequando os meios e 
fins e garantindo que a decisão seja a mais adequada para o caso concreto.
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Neste sentido, o artigo 5º, LIV, da Constituição Federal estabelece que “ninguém será priva-
do da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
Como decorrência do devido processo legal, temos as garantias do contraditório e da am-
pla defesa.
Por intermédio do contraditório, o  indivíduo possui o direito de tomar conhecimento de 
todas as acusações que estão sendo feitas contra a sua pessoa. É por meio do contraditório 
que o indiciado poderá, caso assim entenda, produzir a sua defesa.
A ampla defesa, por sua vez, compreende a garantia conferida ao particular de produzir 
todos os meios lícitos de provas com a finalidade de comprovar a verdade.
Importante salientar que as garantias do contraditório e da ampla defesa não estão apenas 
asseguradas nas situações em que o indivíduo é indiciado. Em sentido contrário, tais garantias 
podem ser exercidas em qualquer situação onde haja um conflito entre o poder público e os 
administrados, independente de estarmos na esfera judicial ou administrativa.
IV – proteger quaisquer direitos difusos, coletivos e individuais dos necessitados, inclusive aqueles 
assegurados pela legislação de proteção à criança e ao adolescente, à mulher vitimada pela vio-
lência doméstica, ao idoso, ao negro, aos portadores de necessidades especiais ou de transtornos 
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mentais, à vítima de crimes, ao condenado, ao preso provisório, ao consumidor, ao usuário de servi-
ço público, ao administrado e ao contribuinte.
Os direitos difusos são aqueles que são compartilhados por um grupo indeterminável de 
pessoas e possuem natureza indivisível. Como exemplo, pode-se citar as ações relacionadas 
com a defesa do meio ambiente, que é um bem usufruído por toda a população.
Os direitos coletivos também são compartilhados por um grupo de pessoas. Contudo, 
ao contrário do que acontece com os direitos difusos, tal grupo é determinável, ou seja, é pos-
sível identificar todas as pessoas que estão usufruindo daquele direito.
Um exemplo seria uma ação civil pública coletiva com a finalidade de anular cláusula de-
corrente de um contrato celebrado com a finalidade de repassar valores públicos para a cons-
trução de casas populares. Nesta hipótese, sabe-se quais são as pessoas que beneficiadas 
com a construção das casas populares, sendo elas, portando, determináveis e decorrentes de 
uma relação jurídica.
Os direitos individuais homogêneos também reúnem um grupo determinável de pessoas, 
mas, ao contrário do que ocorre com os direitos coletivos, os interesses são divisíveis, ou seja, 
possuem uma origem comum. Como exemplo, temos uma ação coletiva com o propósito de 
obter indenização decorrente da não prestação de serviço público federal.
Neste caso, a ação coletiva apenas reúne as pessoas que foram lesadas em virtude de 
uma mesma prestação de serviços. Contudo, a indenização pode ser diferente de uma para 
outra pessoa, a depender da gravidade do dano causado.
Direitos Difusos
Grupo indeterminável 
de pessoas
Objeto indivisível
Decorrem de uma situação que une 
todas as pessoas envolvidas
Direitos Coletivos
Grupo determinável 
de pessoas
Objeto indivisível
Decorrem de uma relação jurídica, 
como a celebração de um contrato
Direitos Individuais 
Homogêneos
Grupo determinável 
de pessoas
Objeto divisível
Apenas possuem origem comum, 
ensejando diferentes resultados
Todos os direitos difusos, coletivos e individuais serão assegurados aos necessitados por 
meio da assistência jurídica do poder público. Dentre esta vasta gama de direitos, merecem ser 
destacados os assegurados pela legislação de proteção:
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• à criança e ao adolescente;
• à mulher vitimada pela violência doméstica;
• ao idoso;
• ao negro;
• aos portadores de necessidades especiais ou de transtornos mentais;
• à vítima de crimes;
• ao condenadoe ao preso provisório;
• ao consumidor;
• ao usuário de serviço público, ao administrado e ao contribuinte.
Para fins de prova, é extremamente importante memorizarmos a literalidade dos dispositi-
vos legais. Dessa forma, será feito uso do gráfico a seguir como forma de melhor visualizarmos 
os objetivos a serem alcançados com a prestação da assistência jurídica pelo Distrito Federal.
Importante destacar que a assistência jurídica faz parte de um contexto maior, que é a 
obrigação do poder público em garantir o bem estar da coletividade. Neste sentido, merece ser 
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destacado o teor do artigo 3º, que estabelece que a assistência jurídica será articulada com 
outros importantes serviços distritais.
Art. 3º A assistência jurídica será articulada com os serviços públicos distritais de educação, saúde, 
assistência social e segurança pública, de modo a assegurar atendimento integral e interdisciplinar.
2. a assistência JuríDica
O Distrito Federal prestará assistência jurídica gratuita e integral a quem comprovar in-
suficiência de recursos, cabendo ao Conselho Superior do CEAJUR regulamentar a forma de 
comprovação da insuficiência de recursos e estabelecer os critérios objetivos que devem ser 
observados para a respectiva aferição. Conforme veremos oportunamente, a assistência jurí-
dica, no Distrito Federal, será prestada exclusivamente pela Defensoria Pública.
Desta forma, três são as importantes informações que devemos memorizar neste momento:
• Distrito Federal: deve prestar assistência jurídica gratuita e integral a quem comprovar 
insuficiência de recursos.
• Conselho Superior do CEAJUR: estabelece a forma de comprovação da insuficiência 
de recursos, bem como os critérios objetivos utilizados para a aferição da insuficiência.
• Defensoria Pública do Distrito Federal: órgão do Distrito Federal responsável por prestar, 
de forma exclusiva, a assistência jurídica.
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Importante destacar que a assistência jurídica gratuita será integral, compreendendo uma 
série de serviços, a saber:
• a consultoria ou a orientação jurídica;
• a solução ou a prevenção extrajudicial de litígios, mediante quaisquer técnicas de com-
posição e administração de conflitos, inclusive mediação, conciliação e arbitragem;
• a postulação ou representação técnico-jurídica em favor de interesses individuais, difusos 
e coletivos de quaisquer grupos sociais vulneráveis que mereçam especial proteção do 
poder público, com emprego dos remédios jurídicos nos termos da legislação processual;
• o atendimento nos estabelecimentos penais e de internação de adolescentes e de por-
tadores de transtornos mentais, com fiscalização e atuação para assegurar o respeito 
aos direitos e às garantias fundamentais;
• a curadoria especial;
• a propositura de ação popular e de ação penal privada ou subsidiária da pública;
• a representação ou a postulação aos organismos internacionais de proteção dos direi-
tos humanos;
• o acompanhamento de inquéritos policiais e a assistência a indiciados, investigados 
ou suspeitos em interrogatórios ou em declarações perante a autoridade policial ou 
administrativa;
• a postulação de relaxamento de prisão e de liberdade provisória;
Com relação aos serviços elencados, um cuidado maior deve ser dado em relação à pos-
tulação e à orientação técnico-jurídica. E isso se deve pelo fato de tais serviços poderem ser 
realizados perante:
• qualquer órgão da Administração Pública Direta e Indireta do Distrito Federal;
• qualquer cartório de serviço notarial ou de registro público sediado no Distrito Federal;
• o Supremo Tribunal Federal, os Tribunais Superiores e quaisquer outros Juízos ou Tri-
bunais sediados no território do Distrito Federal, inclusive os da Justiça do Distrito Fe-
deral, e, supletivamente ou mediante convênio, os da Justiça do Trabalho, Federal, Elei-
toral e Militar.
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A regra geral é que a assistência jurídica apenas seja prestada a quem não dispuser de recur-
sos (os necessitados). Caso, eventualmente, a assistência seja prestada a quem dispuser de 
recursos financeiros, deverá a parte remunerar o serviço mediante pagamento de honorários 
advocatícios arbitrados judicial ou administrativamente, conforme previsão do artigo 5º da 
norma complementar em estudo:
Art. 5º O Distrito Federal não prestará assistência jurídica a quem dispuser de recursos, salvo nas 
hipóteses previstas em lei.
§ 1º Se, nos termos do caput, o Distrito Federal prestar assistência jurídica a quem dispuser de re-
cursos, este deverá remunerar o serviço mediante pagamento de honorários advocatícios arbitrados 
judicial ou administrativamente, ressalvado o disposto no art. 115 da Lei Orgânica do Distrito Federal.
§ 2º O arbitramento administrativo de honorários advocatícios se fará mediante processo adminis-
trativo e, em caso de inadimplência, o débito assim apurado será inscrito em dívida ativa.
§ 3º O arbitramento judicial e administrativo de honorários advocatícios se fará nos termos de prévia 
tabela fixada pelo Conselho Superior do Ceajur, que a revisará anualmente e a informará aos Juízos 
e Tribunais sediados no Distrito Federal.
§ 4º Em caso de não pagamento dos honorários fixados judicialmente, o débito é inscrito na dívida 
ativa do Distrito Federal.
Considerando a importância destas previsões, devemos, para uma melhor compreensão, 
detalhar as regras a exceções:
• Inicialmente, a prestação da assistência jurídica apenas poderá ocorrer aos necessita-
dos, ou seja, àqueles que não contem com recursos financeiros.
• Caso o Distrito Federal, por meio da Defensoria Pública, preste assistência jurídica a 
quem não seja necessitado, a parte deverá arcar com o pagamento de honorários ad-
vocatícios, que serão devidos ao poder público. Estes honorários serão arbitrados de 
forma judicial ou administrativa. Na esfera administrativa, o arbitramento ocorrerá por 
meio da instauração de processo administrativo.
• Caso não ocorra o pagamento dos honorários advocatícios, independente de terem eles 
sido arbitrados administrativa ou judicialmente, o débito será inscrito em dívida ativa.
• A única exceção ao pagamento de honorários advocatícios em razão de prestação de 
assistência jurídica decorre de previsão da Lei Orgânica do DF. De acordo com a norma, 
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é assegurada ao policial militar, ao policial civil e ao bombeiro militar do Distrito Federal 
assistência jurídica especializada prestada pelo Distrito Federal, quando, no exercício da 
função, se envolva em fatos de natureza penal ou administrativa. A assistência jurídica, 
no entanto, não será prestada nos casos de improbidade administrativa apurada em 
processo administrativo disciplinar.
Ainda com relação à assistência jurídica, devemos conhecer os direitos elencados pela 
Lei Complementar n. 828/2010 aos usuários do serviço de assistência jurídica prestado pelo 
Distrito Federal, nos termos do artigo 7º:
Art. 7º Aos usuários do serviço de assistência jurídica prestado pelo Distrito Federal são assegura-
dos os direitos:
I – à informação:
a) dos locais e horários de funcionamento de todas as repartições do serviço de assistência jurídica;
b) do trâmite dos processos em que figure como interessado e de quais providências deve adotar 
na defesa de seus interesses ou no cumprimento ou exercício de seus deveres, ônus e faculdades 
processuais;
II – a eficiência e presteza do atendimento;
III – ao patrocínio de seus interesses por Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal 
designado objetiva e impessoalmente segundo regras prévias internas;
IV – ao patrocínio de seu interesse por Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal dis-
tinto daquele que patrocina o interesse de outrem, quando forem colidentes ou antagônicos tais 
interesses;
V – à revisão do ato de recusa de patrocínio de seu interesse;
VI – ao atendimento durante todos os horários de funcionamento do Poder Judiciário, inclusive em 
regime extraordinário ou de plantão.
3. a Defensoria pública Do Distrito feDeral
3.1. conceito
Quando a Lei Complementar n. 828/2010 foi editada, uma das previsões era de que a pres-
tação da assistência jurídica seria realizada pelo Centro de Assistência Judiciária – CEAJUR. 
Contudo, após a alteração legislativa promovida pela Lei Complementar n. 908/2016, a presta-
ção da assistência jurídica passou a ser uma exclusividade da Defensoria Pública.
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Art. 8º O Distrito Federal presta assistência jurídica por intermédio exclusivo da Defensoria Pública 
do Distrito Federal, que exerce as funções de planejar, normatizar, dirigir, supervisionar, fiscalizar, 
administrar, coordenar, executar, controlar e avaliar o serviço de assistência jurídica.
Portanto, memorize: No Distrito Federal, a prestação da assistência jurídica é exclusividade da 
Defensoria Pública.
Neste ponto da matéria, é essencial que tenhamos uma melhor compreensão acerca do 
que vem a ser a Defensoria Pública. Inicialmente, é a Constituição Federal quem estabelece o 
conceito da Defensoria Pública, conforme previsão do artigo 134:
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orien-
tação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudi-
cial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do 
inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
Devemos, para compreender o conceito da DP, dividir a definição em quatro importantes 
partes. Assim, a Defensoria Pública:
• é uma instituição: ao afirmar que a DP é uma instituição, o legislador constituinte não 
elevou a Defensoria Pública à condição de Poder da República (como ocorre com os 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário).
Como toda instituição, a Defensoria Pública possui uma finalidade, que é, em última análi-
se, o bem comum da coletividade. Para alcançar esta finalidade, a Constituição Federal esta-
beleceu uma série de mecanismos, prerrogativas e garantias à entidade e aos seus membros.
Ao contrário que muitas pessoas imaginam, a Defensoria Pública não integra nenhum dos 
Poderes da República.
Basicamente, o nosso Estado democrático é formado por três Poderes, sendo eles o Exe-
cutivo, o Legislativo e o Judiciário. E essa divisão foi proposta de forma que cada poder pu-
desse exercer as suas atribuições de maneira autônoma, dando origem a um dos mais impor-
tantes postulados do nosso ordenamento, que é o princípio da separação dos poderes.
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Podemos verificar tal divisão se analisarmos o texto constitucional, mais precisamente em 
seu artigo 2º, que assim dispõe:
Art. 2º, São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário.
Do mencionado artigo constitucional é que tiramos a base para todo o controle que é exer-
cido na atividade administrativa. Importante frisar que duas são as características dos Pode-
res estabelecidos pela Constituição Federal: independência e harmonia.
Assim, consegue-se interpretar que a ideia do constituinte foi justamente estabelecer um 
sistema onde, ainda que cada Poder tivesse autonomia para tomar todas as decisões que 
fossem necessárias, esta liberdade não poderia implicar em condutas que contrariassem a 
própria finalidade para os quais os Poderes foram instituídos.
Em outras palavras, a Constituição estabelece atividades típicas para cada um dos po-
deres, mas deixa claro que é competência dos demais o controle e a fiscalização de tais 
atividades.
Desta forma, temos que a atividade típica do Poder Judiciário é a de julgar, a do Poder Le-
gislativo é a de legislar e fiscalizar e a do Poder Executivo a de administrar.
No entanto, ainda que a regra seja a de que cada poder desempenha as suas atividades 
típicas, temos que todos os poderes desempenham, de forma atípica, as atividades originaria-
mente atribuídas aos demais poderes.
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Com relação à Defensoria Pública, que é o que nos interessa neste momento, é  im-
portante salientar que as atividades desempenhadas pela instituição são tipicamente 
administrativas.
Contudo, como já anteriormente mencionado, a Defensoria Pública não faz parte de ne-
nhum dos Poderes da República, não sendo sequer considerado um “quarto poder”, como 
parte da doutrina chegou a entender.
• permanente:por ser uma instituição permanente, a Defensoria Pública não poderá ser 
extinta até que a presente Constituição Federal esteja em vigor. Em outros termos, até 
que o ordenamento jurídico vigente seja o atual, a Defensoria Pública continuará existin-
do e exercendo suas atribuições.
Como a Constituição Federal afirma que a DP é instituição permanente, parte da doutrina 
entende que a existência da instituição trata-se de uma cláusula pétrea heterotópica, ou seja, 
que, ainda que não esteja dentre as cláusulas pétreas previstas expressamente no artigo 60 da 
Constituição Federal, não pode ser extinto pelo poder constituinte derivado.
• essencial à função jurisdicional do Estado: ainda que não sejam todos os processos 
em que a participação da Defensoria Pública se faça necessária, naqueles em que sua 
atuação é exigida, a presença passa a ser essencial, sem a qual o processo e a função 
jurisdicional do Estado ficam comprometidos.
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• incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamental-
mente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos 
os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral 
e gratuita, aos necessitados: a razão de existir da Defensoria Pública é, em última aná-
lise, a “proteção” dos necessitados. Para que esta proteção seja efetivada, a Defensoria 
Pública faz uso de diversos mecanismos, sendo eles:
−	 A orientação jurídica;
−	 A promoção dos direitos humanos;
−	 A defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coleti-
vos, de forma integral e gratuita, aos necessitados;
Os destinatários das ações realizadas pela Defensoria Pública são os necessitados. Sendo 
assim, devemos saber que, para fins de prova, é considerado necessitado aquele que compro-
ve a insuficiência de recursos.
Mas e será que a atuação da Defensoria Pública se restringe às pessoas físicas ou é pos-
sível, ainda, a defesa e a orientação das pessoas jurídicas?
Ainda que o conceito de “necessitado” dê a entender que apenas as pessoas físicas pos-
sam fazer uso da Defensoria Pública, a doutrina entende que até mesmo as pessoas jurídicas, 
ainda que com finalidade lucrativa, podem utilizar-se da Defensoria Pública.
Nesta última situação, devem as pessoas jurídicas comprovar que não possuem condi-
ções financeiras de arcar com as despesas necessárias para estarem em juízo.
Analogicamente, é possível aplicar o entendimento sumulado do STJ, segundo o qual faz 
jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demons-
trar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
Súmula n. 481 STJ:
Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que 
demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
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3.2. a autonomia Da Defensoria pública
Quando falamos em autonomia, temos que compreender que a palavra em questão deriva 
do grego autós (por si) + nomos (lei). Logo, a autonomia está relacionada com a capacidade 
de autogestão interna que um órgão, uma entidade ou uma instituição possui para adotar as 
decisões e medidas que entender mais adequadas.
Não podemos confundir a autonomia com a soberania. Enquanto a autonomia está rela-
cionada com a liberdade interna de atuação, a soberania trata-se de fundamento que apenas 
a República Federativa do Brasil possui, implicando na supremacia que o Estado possui tanto 
internamente quanto externamente.
De acordo com a lei complementar objeto de estudo, a Defensoria Pública do Distrito Fede-
ral goza de autonomia funcional e administrativa. Além disso, a entidade possui iniciativa para 
a elaboração da sua própria proposta orçamentária (autonomia financeira).
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A autonomia administrativa, como o próprio nome sugere, confere à Defensoria Pública a 
possibilidade de praticar todos os atos administrativos necessários para que a atividade admi-
nistrativa interna (atividade-meio) transcorra de forma correta.
A autonomia administrativa está relacionada com a organização interna da instituição, com 
a aquisição de materiais, com a realização de licitações, com a organização de concursos pú-
blicos para a admissão de pessoal e, dentre tantas outras atividades, com a estruturação dos 
cargos e funções. Consequentemente, não precisa a Defensoria, por exemplo, de autorização 
do Poder Executivo para a realização de concurso público, ou então para a realização de licita-
ção com o objetivo de adquirir materiais ou contratar serviços.
A autonomia funcional consiste na possibilidade da Defensoria Pública tomar suas decisões 
sem qualquer tipo de intervenção dos demais Poderes ou órgãos do Estado. Consiste, desta 
forma, na garantia de que a atividade-fim da instituição deve obediência, apenas, à lei e ao orde-
namento jurídico. Estando de acordo com estes dois pilares (as leis e o ordenamento como um 
todo), não poderá a atividade-fim da Defensoria Pública sofrer qualquer tipo de influência externa.
Devemos distinguir a autonomia funcional da independência funcional. Enquanto a autonomia 
diz respeito à atividade-fim da instituição (que não pode, como já afirmado, ser objeto de influência 
externa), a independência funcional assegura que as decisões de cada um dos membros da Defen-
soria Pública são independentes, sem subordinação hierárquica a outros membro da instituição.
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Como decorrência das autonomias funcional e administrativa, uma série de medidas são 
elencadas para a Defensoria Pública, conforme previsão do artigo 9º:
Art. 9º À Defensoria Pública do Distrito Federal é assegurada autonomia funcional e administrativa e 
iniciativa para elaboração de sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, cabendo-lhe, especialmente:
I – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos na Lei Orgânicado Distrito Federal;
II – criar, extinguir ou modificar, por meio de portaria do Defensor Público-Geral, os cargos comis-
sionados que integram sua estrutura administrativa, desde que isso não importe em aumento de 
despesas;
III – abrir concurso público e prover cargos efetivos, funções de confiança e cargos em comissão de 
suas carreiras e dos serviços auxiliares;
IV – organizar os serviços auxiliares;
V – compor os seus órgãos de administração superior e de atuação;
VI – elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos;
VII – praticar atos e decidir sobre situação funcional e administrativa do pessoal ativo e inativo da 
carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;
VIII – encaminhar ao Poder Legislativo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relató-
rio de Gestão Fiscal, na forma e nos prazos previstos em lei;
IX – organizar e fazer funcionar seu próprio sistema de controle interno independente e prestar con-
tas diretamente ao Tribunal de Contas;
X – elaborar o planejamento estratégico de suas atividades e de aplicação de seus recursos;
XI – promover licitação, dispensá-la ou reconhecer sua inexigibilidade para aquisição ou alienação 
de bens e contratação de obras e serviços;
XII – celebrar contratos, convênios e demais ajustes, bem como os seus respectivos aditivos, distra-
tos e apostilamentos, e reconhecer dívida, inclusive de exercício anterior;
XIII – empenhar, liquidar e pagar, assim como cancelar ou anular empenho ou inscrição em restos 
a pagar;
XIV – regulamentar, abrir e promover, direta ou indiretamente, processo seletivo para estágio acadê-
mico, contratando e dispensando seus estagiários;
XV – praticar, nos limites da lei, todos os atos de administração de pessoal ativo e inativo, inclusive 
formação, treinamento e qualificação profissional, progressão funcional, correição disciplinar, lota-
ção, readaptação, remoção, substituição, aprovação de estágio probatório, avaliação periódica de 
desempenho, cessão, concessão ou cassação de licença, afastamento ou vantagem e pagamento 
de remuneração ou indenização;
XVI – administrar e promover a conservação do patrimônio sob sua guarda e responsabilidade;
XVII – exercer atividades de tesouraria e de contabilidade orçamentária, financeira e patrimonial, 
elaborando os respectivos balanços e demonstrações contábeis;
XVIII – gerir os recursos integrantes do Fundo de Apoio e Aparelhamento da Defensoria Pública – 
PRODEF, criado pela Lei Complementar n. 744, de 4 de dezembro de 2007.
Parágrafo único. A Defensoria Pública do Distrito Federal, diretamente representada por seus órgãos 
de administração ou de execução, pode atuar judicial e extrajudicialmente na defesa de suas pró-
prias prerrogativas institucionais, na inscrição em dívida ativa e na cobrança de receitas do fundo 
criado pela Lei Complementar n. 744, de 2007, nos limites da lei.
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Obs.: � As decisões da Defensoria Pública, quando fundadas em sua autonomia funcional e admi-
nistrativa, obedecidas as formalidades legais, têm eficácia plena e executoriedade imedia-
ta, ressalvada a competência constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas.
Já a autonomia financeira consiste, basicamente, na possibilidade da Defensoria Pública 
elaborar sua própria proposta orçamentária (desde que observados os limites legais) e aplicar 
e gerir tais recursos.
No âmbito do Distrito Federal, são as seguintes as “regras orçamentárias” da Defensoria 
Pública:
Art. 10. A Defensoria Pública do Distrito Federal elabora sua proposta orçamentária atendendo aos 
seus princípios, às diretrizes e aos limites definidos na lei de diretrizes orçamentárias e encaminhan-
do-a ao Chefe do Poder Executivo para consolidação e encaminhamento ao Poder Legislativo.
§ 1º Se a Defensoria Pública não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consoli-
dação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados 
de acordo com os limites estipulados na forma do caput.
§ 2º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os 
limites estipulados no caput, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fim de con-
solidação da proposta orçamentária anual.
§ 3º Durante a execução orçamentária do exercício, não pode haver realização de despesas que 
extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente auto-
rizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
§ 4º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias próprias e globais, compreendi-
dos os créditos suplementares e especiais, são-lhe entregues até o dia 20 de cada mês, na forma do 
art. 168 da Constituição Federal.
Tais previsões podem ser mais bem visualizadas da seguinte forma:
• A Defensoria Pública do Distrito Federal é responsável por elaborar sua própria proposta 
orçamentária. No momento da elaboração, deverá ser observado os limites estabeleci-
dos na LDO.
• Após a elaboração, a entidade encaminha a proposta orçamentária para o Chefe do Poder 
Executivo, que realiza a consolidação e, após, encaminha a proposta ao Poder Legislativo.
• Caso a Defensoria não encaminhar a proposta orçamentária dentro do prazo legal, o Po-
der Executivo considerará os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados 
de acordo com os limites legais.
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• Caso a proposta seja encaminhada em desacordo, o  Poder Executivo procederá aos 
ajustes necessários para fim de consolidação da proposta orçamentária anual.
• Como regra geral, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá ocorrer a 
realização de despesas que extrapolem os limites estabelecidos na LDO. As exceções 
ficam por conta despesas previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais.
• Os recursos destinados à execução orçamentária da Defensoria Pública, incluindo os 
créditos suplementares e especiais, serão entregues até o dia 20 de cada mês.
3.3. fiscalização e participação em conselhos
Considerando que a Defensoria Pública integra a Administração Direta do Distrito Federal, 
deve ela, assim como ocorre com os demais órgãos e entidades da Administração Pública, ser 
objeto de fiscalização e controle.
Sendo assim, devemos saber que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial da Defensoria Pública quanto a legalidade, legitimidade, aplicação de do-
tações e recursos próprios e renúncia de receitas é exercida pelo Poder Legislativo, mediante 
controle externo e pelo sistema de controle interno estabelecido em lei.
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Ainda que a Defensoria Pública seja a responsável, exclusivamente, pela prestação da as-
sistência jurídica, a norma complementar estabelece, em diversos pontos, regras direcionadas 
para o CEAJUR, que era, antes da alteração legislativa, o órgão que prestava a atividade de 
assistência jurídica.
Uma destas disposições refere-se à participação, por intermédio dos Procuradores de As-
sistência Judiciária indicados pelo seu Diretor-Geral, em diversos Conselhos relacionados com 
a proteção dos necessitados.
Art.  11. O  Ceajur, pelos Procuradores de Assistência Judiciária indicados pelo seu Diretor-Geral, 
deve participar, com direito a voz e voto, do Conselho Penitenciário do Distrito Federal e dos demais 
Conselhos do Distrito Federal instituídos para a proteção dos direitos humanos, da criança e do 
adolescente, da mulher vitimada pela violência doméstica, do idoso, do negro, dos portadores de 
necessidades especiais ou de transtornos mentais, do consumidor e das vítimas ou testemunhas 
de crimes, além de outros em que a legislação lhe der assento.
3.4. estrutura
Após a alteração legislativa promovida pela Lei Complementar n. 908/2016, a estrutura da 
Defensoria Pública do Distrito Federal passou a contar com órgãos de administração superior, 
com órgãos de assessoramento superior, com órgãos de execução, com órgãos de adminis-
tração, com órgãos de apoio técnico e com um órgão auxiliar.
Art. 12. A Defensoria Pública do Distrito Federal compreende:
I – órgãos de administração superior:
a) Conselho Superior – CS;
b) Defensoria Pública-Geral – DPG;
c) Corregedoria-Geral – CG;
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e) Conselho de Administração do Fundo de Apoio e Aparelhamento do Centro de Assistência Judi-
ciária do Distrito Federal – CAProjur;
f) Escola de Assistência Jurídica – Easjur;
II – órgãos de assessoramento superior:
a) Assessoria Especial – AE;
b) Assessoria Jurídica – AJ;
c) Assessoria Institucional e Legislativa – AIL;
d) Câmara de Coordenação Técnica – CCT;
III – órgãos de execução:
a) Núcleos de Atuação – NA;
b) Ofícios – OF;
c) Procuradorias de Assistência Jurídica – PAJ;
d) Defensoria de Assistência Jurídica à Mulher;
e) Defensoria de Assistência Jurídica em Defesa do Direito a Moradia;
IV – órgãos de administração:
a) Unidade de Administração Geral – UAG;
b) Departamento de Controle Interno – DCI;
c) Departamento de Comunicação Social – DCS;
d) Departamento de Arquivamento e Processamento de Dados e Documentos – DAPD;
e) Departamento de Estágio – DE;
V – órgãos de apoio técnico:
a) Departamento de Cálculos e Perícias – DCP;
b) Departamento de Atividade Psicossocial – DAP;
VI – órgão auxiliar: Ouvidoria-Geral – OV.
§ 1º O Regimento Interno do Ceajur será baixado por seu Conselho Superior, observada a estrutura 
básica fixada em lei e vedado qualquer aumento de despesa.
3.4.1. Órgãos de Administração Superior
3.4.1.1. Conselho Superior
O Conselho Superior é composto tanto por membros natos quanto por membros eleitos. 
A diferença é que os membros natos participam do conselho por um período indeterminado 
de tempo, ao passo que os membros eleitos desempenham as funções por um mandato de 2 
anos, sendo permitida uma recondução.
Art. 14. O Conselho Superior compõe-se:
I – como membros natos: do Defensor-Geral, que o preside, dos Subdefensores-Gerais, do Correge-
dor-Geral e do Ouvidor-Geral;
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II – como membros eleitos: de 5 (cinco) Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal 
em atividade escolhidos pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório dos membros da Carreira 
de Assistência Judiciária do Distrito Federal, garantida a eleição de no mínimo um candidato de cada 
classe ou categoria, salvo se nenhum membro de determinada classe ou categoria se candidatar.
Em ambas as situações, os membros recebem o título de Conselheiros e não perceberão 
nenhum adicional ou gratificação pelo exercício da função.
Especificamente em relação aos membros eleitos, a norma complementar estabelece uma 
série de regras a serem observadas no que se refere ao processo de eleição. Vejamos a litera-
lidade destas previsões:
Art. 14. § 3º Se, entre os cinco candidatos mais votados, não houver pelo menos um membro de cada 
classe ou categoria, não será reputado eleito o candidato menos votado das classes ou categorias que se 
fizerem representar por mais de um membro no grupo dos mais votados, de modo que a vaga seja preen-
chida pelo candidato mais votado de classe ou categoria sem representante no grupo dos mais votados, 
repetindo-se tal substituição até que reste eleito no mínimo um membro de cada classe ou categoria.
§ 4º Os candidatos que não alcancem votação suficiente para sua eleição serão os suplentes dos 
Conselheiros eleitos e, na falta ou impedimento destes, ou em caso de vacância, serão chamados 
a substituí-los ou sucedê-los segundo a ordem de votação e de modo que, sempre que possível, 
o Conselho Superior continue integrado por no mínimo um membro de cada classe ou categoria.
§ 5º A eleição se realizará, ordinariamente, no primeiro dia útil da segunda quinzena de agosto dos 
anos ímpares e, extraordinariamente, no décimo dia útil após a vacância prematura, se não houver 
suplente apto à sucessão.
§ 6º Em caso de vacância antes do término do biênio, o sucessor exercerá a função de Conselheiro 
apenas pelo restante do período.
§ 7º Se a vacância ocorrer a menos de 6 (seis) meses do término do biênio e não houver suplente 
apto a suceder, o Conselho Superior pode eleger o sucessor dentre quaisquer membros ativos da 
Carreira de Assistência Judiciária do Distrito Federal.
§ 8º O registro de candidaturas nas eleições extraordinárias previstas nos §§ 5º e 7º deste artigo se 
realizará de modo a garantir que o Conselho Superior seja integrado por no mínimo um membro de 
cada classe ou categoria da Carreira de Assistência Judiciária do Distrito Federal, salvo se nenhum 
membro de determinada categoria ou classe se candidatar.
§ 12. As regras regulamentares de eleição dos membros do Conselho Superior só serão eficazes 
para as eleições que se realizarem mais de 30 (trinta) dias depois de sua entrada em vigor.
Algumas informações merecem ser destacadas em relação ao dispositivo mencionado, 
sendo elas:
• A eleição poderá ser realizada tanto ordinariamente (regra geral) quanto extraordinaria-
mente. A eleição ordinária ocorrerá no primeiro dia útil da segunda quinzena de agosto 
dos anos ímpares. Já a eleição extraordinária será realizada no décimo dia útil após a 
vacância prematura, se não houver suplente apto à sucessão.
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• Como regra geral, a vacância antes do término do biênio faz com que o sucessor exerça 
a função de Conselheiro apenas pelo restante do período. No entanto, quando a vacân-
cia ocorrer a menos de 6 meses do término do biênio e não houver suplente apto a su-
ceder, o Conselho Superior poderá eleger o sucessor dentre quaisquer membros ativos 
da Carreira de Assistência Judiciária do Distrito Federal.
• Na eleição, aqueles que não alcançarem votação suficiente para serem eleitos ficarão 
como suplentes. Em caso de falta ou impedimento dos titulares, ou então na hipótese 
de vacância, os suplentes serão chamados para realizar a substituição ou a sucessão 
segundo a ordem de votação. Nestas situações, sempre que possível, deverá ser obser-
vada a regra geral de que o Conselho Superior continue sendo integrado por no mínimo 
um membro de cada classe ou categoria.
Professor, todos os Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal podem ser 
eleitos para o Conselho Superior?
Não! Estabelece a Lei Complementar n. 828/2010 que não pode ser eleito Conselheiro, ou, 
se depois de eleito, ficará impedido de exercer a função enquanto durar a incompatibilidade, 
o Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal que:
• seja membro nato;
• integre a Assessoria Especial, a Assessoria Institucional Legislativa, a Assessoria Ju-
rídica ou a Ouvidoria;
• esteja em estágio probatório ou cedido para exercer cargo em comissão ou função de 
confiança em outro órgão da Administração Pública, direta ou indireta, federal, estadual, 
distrital ou municipal;
• haja sido punido com sanção disciplinar mais grave do que a advertência, salvo se o 
registro da penalidade já houver sido cancelado por reabilitação.
Obs.: � Enquanto durar a incompatibilidade, também ficará impedido de exercer a função de 
Conselheiro o Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal que esteja licen-
ciado, afastado ou em gozo de férias.
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Os membros natos exercem suas atividades no Conselho Superior até o momento em que 
ocupam o cargo que serviu como base para sua entrada no órgão colegiado. Em relação aos 
conselheiros eleitos, a regra geral é de que eles exerçam as funções até o término do mandato 
(que, como vimos, é de 2 anos, com a possibilidade de uma recondução).
No entanto, em determinadas situações, o membro eleito perderá o mandato antes do bi-
ênio, sendo elas:
• quando o membro for punido com sanção disciplinar mais grave do que a advertência;
• quando o membro faltar, sem justificativa, e em 1 ano, a mais de 3 reuniões ordinárias.
O Conselho Superior se reunirá, ordinariamente e independentemente de convocação, todo 
mês e no dia previsto em seu Regimento Interno, e, extraordinariamente, sempre que convo-
cado por seu Presidente, por 1/3 de seus membros ou, para tratar de matéria disciplinar, pelo 
Corregedor.
Por ser o órgão colegiado da Defensoria Pública, o Conselho Superior é o que conta com 
um maior número de competências. As matérias objeto de deliberação do Conselho Superior, 
desta forma, são aquelas relacionadas com a Defensoria como um todo, estão previstas no 
artigo 13 da Lei Complementar n. 828/2010, de seguinte teor:
Art. 13. Ao Conselho Superior compete:
I  – propor o afastamento preventivo e a destituição do Diretor-Geral antes do término de seu 
mandato;
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Lei Complementar n. 828/2010 – Prestação de Assistência Jurídica 
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II – propor a destituição do Corregedor antes do término de seu mandato;
III – instaurar e, por meio de comissão formada por três de seus membros escolhidos mediante 
sorteio, conduzir processo administrativo disciplinar contra o Diretor-Geral e o Corregedor;
IV – afastar preventivamente o Corregedor;
V  – declarar perda de mandato, impedimento, suspeição ou incompatibilidade de seus próprios 
membros;
VI – indicar em lista tríplice os candidatos ao exercício do cargo de Corregedor e de Ouvidor;
VII – indicar seu representante no Conselho de Administração do Projur;
VIII – indicar o Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal apto à promoção por antigui-
dade ou por merecimento;
IX – elaborar a lista de antiguidade dos Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal e 
decidir as reclamações por sua correção;
X – avaliar, para o fim de promoção na carreira, o mérito dos Procuradores de Assistência Judiciária 
do Distrito Federal, segundo critérios objetivos previamente estabelecidos em ato normativo, e deci-
dir as reclamações contra essa avaliação;
XI – determinar a realização de correições, sem prejuízo do poder de iniciativa atribuído ao Corregedor;
XII – recomendar ao Diretor-Geral e ao Corregedor as medidas de sua alçada relativas à conduta 
funcional dos Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal;
XIII – determinar a instauração de apuração sumária e de sindicância para apurar irregularidade, 
mau desempenho ou falta funcional imputada a Procurador de Assistência Judiciária do Distrito 
Federal, sem prejuízo do poder de iniciativa atribuído ao Corregedor;
XIV – apreciar os relatórios das apurações sumárias cuja instauração houver determinado;
XV – apreciar os relatórios das correições e das sindicâncias;
XVIII – autorizar a aplicação da pena da remoção compulsória, pelo voto de 2 terços dos seus mem-
bros, assegurada ampla defesa;
XIX – depois de ouvido o interessado, autorizar e determinar, motivadamente, a representação pela 
propositura de ação penal ou de improbidade contra Procurador de Assistência Judiciária do Distrito 
Federal;
XX – julgar a revisão disciplinar proposta contra o julgamento que houver proferido ou opinar previa-
mente ao julgamento da revisão disciplinar proposta contra ato que aplicar a Procurador de Assis-
tência Judiciária do Distrito Federal as sanções disciplinares de demissão, de destituição de cargo 
em comissão ou de função de confiança, ou de cassação de aposentadoria;
XXI – depois de apreciar o relatório da comissão de avaliação e o parecer do Corregedor:
a) aprovar Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal em avaliação periódica de de-
sempenho e em estágio probatório, confirmando-o no cargo ou reconhecendo-lhe a estabilidade;
b) propor a exoneração do Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal que, em face de 
seu estágio probatório, seja considerado inapto, ou que, embora estável, não seja aprovado na ava-
liação periódica de desempenho realizada com observância dos critérios e garantias especiais que, 
em lei complementar federal, forem estatuídas em favor dos servidores públicos que desempenham 
atividades exclusivas de Estado;
XXII – autorizar e determinar a instauração de processo de remoção compulsória de Procurador de 
AssistênciaJudiciária do Distrito Federal;
XXIII – determinar a remoção compulsória de Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal;
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XXV – convocar Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal para prestar esclarecimen-
to sobre fato determinado ou assunto de interesse da instituição;
XXVI – autorizar, previamente e por tempo determinado, a cessão ou a renovação de cessão de Pro-
curador de Assistência Judiciária do Distrito Federal e de servidor auxiliar para exercício de cargo 
em comissão ou função de confiança em outro órgão ou entidade da Administração Pública federal, 
estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, inclusive dos Poderes Legislativo e Judiciário;
XXVIII – decidir, em grau de recurso, sobre matéria disciplinar e conflitos de atribuições entre mem-
bros da Defensoria Pública;
XXIX – designar os membros das comissões de concurso para ingresso na Carreira de Assistência 
Judiciária do Distrito Federal;
XXX – baixar o Regimento Interno do Ceajur e aprovar o Regimento Interno do Conselho de Admi-
nistração do Projur;
XXXI – observadas as disposições legais e no exercício de seu poder normativo, baixar as regras:
a) que, compondo seu regimento interno, regulem a eleição e o impedimento de seus membros, 
sua organização e funcionamento, a distribuição objetiva e impessoal da relatoria de feitos a um 
de seus Conselheiros, os procedimentos que lhe cabe conduzir e a consulta prévia à edição de atos 
normativos;
b) das correições, das apurações sumárias, das sindicâncias, do processo administrativo disciplinar, 
do estágio probatório, da avaliação periódica de desempenho e do processo de remoção compulsória;
c) de formação da lista tríplice de candidatos a Diretor-Geral, Corregedor e Ouvidor;
d) do concurso para ingresso na Carreira de Assistência Judiciária do Distrito Federal;
e) de lotação, remoção e substituição dos Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal;
f) de atuação funcional dos Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal;
g) de aferição objetiva, para o fim de promoção, do merecimento dos Procuradores de Assistência 
Judiciária do Distrito Federal;
h) de regulamentação das normas legais que regem a concessão de gratificações, adicionais, indeni-
zações e quaisquer outras vantagens aos Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal;
i) de concessão, segundo critérios objetivos, do afastamento para estudos ou de licença para capa-
citação;
j) de revisão das recusas de patrocínio de interesse;
k) de escolha dos Coordenadores de Núcleo;
XXXII – organizar os Núcleos de Atuação, os Ofícios e as Procuradorias de Assistência Jurídica, 
criando-os, extinguindo-os, alterando-os, referindo-os a instâncias administrativas ou Juízos, nomi-
nando-os, especializando-os e também lhes fixando as atribuições;
XXXIII – revisar, de ofício ou mediante provocação, os atos que ordenem que determinada Procura-
doria de Assistência Jurídica auxilie ou, em caso de vaga, responda pelo serviço de outra;
XXXIV – organizar a Câmara de Coordenação Técnica, criando e extinguindo seus órgãos, fixando-
-lhe as atribuições temáticas e definindo a quantidade e a forma de seleção de seus membros;
XXXV – cassar os atos do Diretor-Geral ou do Corregedor que exorbitem sua competência normativa 
ou regulamentar;
XXXVI – decidir as questões que lhe forem submetidas pelo Diretor-Geral ou pelo Corregedor;
XXXVII – determinar a realização de diligências, inclusive de coleta de provas, quando necessárias 
às decisões que lhe couber tomar;
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XXXVIII – aprovar o modelo das carteiras de identificação funcional dos membros da Carreira de 
Assistência Judiciária do Distrito Federal;
XXXIX – disciplinar a forma de comprovação da necessidade, para fins de assistência jurídica inte-
gral e gratuita, nos termos do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, e estabelecer critérios para sua 
aferição, no prazo de 120 dias a contar da publicação desta Lei.
A relação custo x benefício de tentar memorizar todas as competências é bastante baixa. 
Para fins de prova, as  questões tendem a exigir a literalidade de alguma destas previsões. 
Logo, a leitura atenta tende a ser suficiente para uma correta assimilação.
Em relação às competências, contudo, algumas merecem ser destacadas, uma vez que 
são exceções à regra geral do quórum de deliberação.
Quórum de deliberação? O que é isso, professor?
Assim como ocorre com a imensa maioria dos órgãos colegiados (em que a composição 
é formada por diversas autoridades), o Conselho Superior necessita de um número mínimo de 
membros tanto para se reunir quanto para deliberar. E este “número mínimo” exigido é o que 
chamamos de quórum.
Desta forma, dois são os quórum que devem ser observados pelo Conselho Superior, sen-
do eles o de reunião e o de deliberação.
Art. 15. O Conselho Superior se reunirá com a presença mínima da maioria de seus membros e de-
liberará pelo voto da maioria dos presentes.
§ 1º O Diretor-Geral presidirá o Conselho Superior e terá voto de qualidade, salvo em matéria 
disciplinar.
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Esta é a regra geral! Em algumas situações específicas, contudo, o quórum será diferente, 
sendo elas:
• As decisões que importarem em aplicação de sanção disciplinar a Procurador de As-
sistência Judiciária do Distrito Federal ou em seu afastamento preventivo só poderão 
ser tomadas pela maioria absoluta dos membros do Conselho Superior (quórum de 
deliberação) e em sessão a que se façam presentes no mínimo 2/3 deles (quórum de 
reunião).
• As decisões relacionadas com algumas competências do Conselho Superior apenas 
poderão ser tomadas por 2/3 dos membros do Conselho Superior (quórum de delibe-
ração), sendo elas:
−	 Propor o afastamento preventivo e a destituição do Diretor-Geral antes do término 
de seu mandato;
−	 Propor a destituição do Corregedor antes do término de seu mandato;
−	 Afastar preventivamente o Corregedor;
−	 Autorizar a aplicação da pena da remoção compulsória, assegurada ampla defesa;
−	 Depois de apreciar o relatório da comissão de avaliação e o parecer do Corregedor, 
propor a exoneração do Procurador de Assistência Judiciária do Distrito Federal que, 
em face de seu estágio probatório, seja considerado inapto, ou que, embora estável, 
não seja aprovado na avaliação periódica de desempenho realizada com observân-
cia dos critérios e garantias especiais que, em lei complementar federal, forem es-
tatuídas em favor dos servidores públicos que desempenhamatividades exclusivas 
de Estado;
−	 Determinar a remoção compulsória de Procurador de Assistência Judiciária do Dis-
trito Federal;
Obs.: � A matéria disciplinar recursal deve ser tratada em reunião extraordinária, específica 
e reservada aos Conselheiros e às partes interessadas, a qual é especialmente con-
vocada para esse fim e da qual o Corregedor e o Defensor Público-Geral participam 
sem direito a voto.
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Ainda com relação ao Conselho Superior, alguns artigos merecem ser destacados, uma vez 
que intimamente relacionados com o fluxo de funcionamento do órgão.
Art. 16. O Conselho Superior promoverá, nos termos de seu Regimento Interno, consulta prévia à 
edição de atos normativos, colhendo críticas e sugestões dos Procuradores de Assistência Judiciá-
ria do Distrito Federal durante o prazo mínimo de 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da divulga-
ção, em sítio oficial e reservado na internet, da minuta sugerida pelo Relator.
§ 1º O Conselho Superior deve se manifestar expressa e motivadamente a respeito de cada crítica 
ou sugestão manifestada tempestivamente nos termos do caput.
§ 2º Quando houver urgência na aprovação de ato normativo, a consulta prévia prescrita no caput 
pode ser dispensada pelo Conselho Superior mediante deliberação preliminar e motivada tomada 
pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros.
Art. 17. O Conselho Superior somente deliberará a respeito de matéria incluída em pauta publicada 
com antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis em sítio oficial e reservado na internet, e, depois do 
voto do relator, permitirá que quem figure como parte no processo sustente oralmente suas razões 
pelo prazo regimental, que não será inferior a 15 (quinze) minutos.
Parágrafo único. Quando houver urgência na apreciação de determinada matéria, a prévia inclusão 
em pauta pode ser dispensada pelo Conselho Superior mediante deliberação, preliminar e motiva-
da, de 2/3 (dois terços) de seus membros, e desde que a parte interessada seja notificada pessoal-
mente e concorde com a dispensa do interstício previsto no caput.
Art. 18. O Conselho Superior será secretariado pela Assessoria Especial.
Art. 19. Sem direito a voto, terão assento e voz nas reuniões do Conselho Superior:
I – o representante da entidade de classe de maior representatividade dos membros ativos da Car-
reira de Assistência Judiciária;
II – o Assessor Jurídico.
3.4.1.2. Defensoria Pública Geral
A Defensoria Pública Geral é exercida pelo Defensor Público-Geral (Diretor Geral), nomea-
do dentre 3 membros ativos da Carreira de Assistência Judiciária do Distrito Federal maiores 
de 35 anos e eleitos, em lista tríplice, pelo voto direto, secreto, plurinominal e obrigatório dos 
Procuradores de Assistência Judiciária do Distrito Federal.
A eleição do Diretor Geral será realizada no vigésimo dia útil anterior ao término do biênio, 
ou, em caso de vacância prematura, no vigésimo dia útil após a vacância.
Contudo, caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do Defensor Público-
-Geral nos 15 dias que se sigam ao recebimento da lista tríplice, é investido automaticamente 
no cargo o Defensor Público mais votado para exercício do mandato.
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Após eleito, o Diretor-Geral exercerá o cargo por dois anos, podendo ser reconduzido para 
apenas mais um biênio, desde que novamente eleito em lista tríplice e mais uma vez nomeado.
As atribuições e competências do Diretor Geral estão relacionadas, basicamente, com o 
papel de representar a Defensoria Pública do Distrito Federal, estando elencadas exemplifica-
tivamente no artigo 21:
Art. 21. São atribuições do Defensor Público-Geral, entre outras:
I – dirigir a Defensoria Pública do Distrito Federal, superintender e coordenar suas atividades e orien-
tar-lhe a atuação, praticar os atos próprios de gestão administrativa, de pessoal e financeira, bem 
como baixar os atos normativos que não sejam privativos do Conselho Superior ou da Corregedoria-
-Geral ou que tenham sido delegados por estes;
II – representar a Defensoria Pública do Distrito Federal judicial e extrajudicialmente e exercer a 
inciativa legislativa nos termos do art. 9º desta Lei Complementar;
III – fixar os valores de gratificações, adicionais, indenizações e quaisquer outras vantagens aos 
membros e servidores da Defensoria Pública do Distrito Federal, nos limites da lei;
IV – integrar, como membro nato, e presidir, com direito a voto, o Conselho Superior da Defensoria 
Pública do Distrito Federal, dirigir-lhe a pauta, formalizar e efetivar seus atos e fazê-los cumprir;
V – submeter ao Conselho Superior proposta de criação ou de alteração do Regimento Interno da 
Defensoria Pública;
VI – autorizar os afastamentos dos membros da Defensoria Pública do Distrito Federal;
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VII – estabelecer a lotação e a distribuição dos membros e dos servidores da Defensoria Pública do 
Distrito Federal;
VIII – dirimir conflitos de atribuições entre membros da Defensoria Pública do Distrito Federal, com 
recurso para seu Conselho Superior;
IX – proferir decisões nas sindicâncias e nos processos administrativos disciplinares promovidos 
pela Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Distrito Federal;
X – instaurar processo disciplinar contra membros e servidores da Defensoria Pública do Distrito 
Federal, de ofício ou mediante provocação da Corregedoria-Geral ou do Conselho Superior;
XI – abrir concursos públicos para ingresso nas carreiras da Defensoria Pública do Distrito Federal;
XII – determinar correições extraordinárias;
XIII – praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;
XIV – convocar o Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal;
XV – designar, nos termos do art. 15 da Lei Complementar n. 681, de 16 de janeiro de 2003, Defen-
sor Público para substituir automaticamente os membros em virtude de férias, licença ou qualquer 
outro afastamento ou impedimento legal ou regulamentar, bem como autorizar o referido adicional 
nas hipóteses de vacância de órgão de execução ou defensorias vagas e nas de substituições auto-
máticas, afastada a limitação prevista no § 2º do referido artigo;
XVI – requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes certidões, exames, perícias, vis-
torias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências 
necessárias à atuação da Defensoria Pública;
XVII – aplicar a pena da remoção compulsória, aprovada pelo voto de 2 terços do Conselho Superior 
da Defensoria Pública

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