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ENTORSE DE TORNOZELO 1. ANATOMIA 2.DEFINIÇÃO DE ENTORSE • É uma solicitação mecânica além da amplitude do complexo do tornozelo. Podendo gerar lesões ligamentares, capsulares e ósseas. 3. TIPOS DE ENTORSE DO COMPLEXO TORNOZELO • Inversão com talocrural neutro – lesão do lig. Calcaneo- fibular. • Invesão + plantiflexão (80% dos casos) - lesão do lig. Talo-fibuar anterior. • Inversão + dorsiflexão - lesão do lig. Talo-fibuar posterior. • Evesão – fratura do maléolo lateral 4. MECANISMO DE TRAUMA Qual mecanismo de trauma da entorse foi observado? Qual estrutura ligamentar foi possivelmente lesionada? Qual conduta você realizaria imediatamente após a lesão? 5. Prova Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro 19/05/2019 Cargo: Fisioterapeuta 27. Estando de pé, com flexão plantar, ao aplicar- se uma forca de inversão sobre a articulação talocrural e subtalar, ocorrendo uma abertura lateral ou dor, evidencia-se achados positivos para instabilidade do ligamento: a) Calcâneo-fibular b) Talofibular posterior c) Talofibular anterior d) Tibiotalar medial 6. FREQUÊNCIA DE LESÃO NA ENTORSE DE TORNOZELO 1° Lig. Talofibular anterior (70% isolada) 2° Lig. Calcâneo-fibular (20% - geralmente combinada com LTFA) 3° Lig. Talofibular posterior (rara) 4° Lig. Deltóide (rara) Peterson e Renstron, 2015 7. GRADUAÇÃO DA LESÃO • 1º grau – Lesão parcial do ligamento sem instabilidade; • 2º grau – Lesão parcial do ligamento com instabilidade; • 3º grau – ruptura completa do ligamento. 8. SINAIS E SINTOMAS DAS LESÕES LIGAMENTARES. • Dor. • Edema. • Rubor. • Instabilidade. • Equimose (eventualmente). 9. TESTES ESPECIAIS • Teste de Gaveta anterior (LTFA) • Teste de Gaveta posterior (LTFP) • Teste de inclinação do tálus (LTFA) • Teste em varo (LCF) 10. TRATAMENTO DAS LESÕES LIGAMENTARES • Grau I e II: Imobilização 1 a 2 semana plena + 1 a 2 semanas intermitente (Evitar/limitar: inversão e plantiflexão) • Grau III: Imobilização plena 2 a 4 semanas + 2 semanas intermitente (limitando a inversão e a plantiflexão) 11. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Procedimento: Ligamentorrafia. • Orientações de Pós-operatório: 10 dia de imobilização plena e 6 semanas de imobilização intermitente (movimento de flexão dorsal e plantar de até 20 graus) Peterson e Renstron, 2015 FRATURAS DO TORNOZELO 1. CONSIDERAÇÕES • São fraturas muito freqüentes e podem ocorrer no maléolo lateral, medial ou bimaleolar. • Mecanismo traumático: Quase sempre provocada por uma entorse do tornozelo. • Estão freqüentemente associadas à lesão ligamentares. 2. ANATOMIA RADIOLÓGICA 1 2 3 4 5 AP 1 3 2 5 6 4 Lateral 6 7 8 3. TIPOS DE FRATURAS DO TORNOZELO. 1. MALÉOLO FIBULAR 2. MALÉOLO TIBIAL 4. CLASSIFICAÇÃO DE WEBER E DANIS Infrasindesmal – provocada por inversão é uma fratura por avulsão dos ligamentos laterais (pode estar associada à fratura do maléolo tibial). Transindesmal – provocada por inversão (pode estar associada à lesão da sindesmose, subluxação do tálus e fratura do maléolo tibial). Suprasindesmal – provocada por eversão (pode estar associada à lesão do lig. deltóide, subluxação do tálus e fratura do maléolo tibial. A sindesmose está sempre lesada). 4. CLASSIFICAÇÃO DE WEBER E DANIS Infrasindesmal Transindesmal Suprasindesmal 4. CLASSIFICAÇÃO DE WEBER E DANIS Há lesão? 5. TRATAMENTO CONSERVADOR • Uso: Fratura sem desvio, infra ou transindesmal): • Tipo: Imobilização suropodálica por 6 a 8 semanas. Obs: Restrição de carga até a consolidação (6 a 8 semanas) 6. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Uso: fraturas com desvio e/ou lesões da sindesmose. • Tipo: Placa e parafuso (maléolo lateral) e Fio de Kirschner ou Parafuso (maléolo medial) 7. COMPLICAÇÕES • Pseudoartrose (não consolidação); • Rigidez (aderência) articular; • Edema residual. 8. CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS-OPERATÓRIO Possível evolução: I. 3 à 4 dias – Repouso, crioterapia e elevação. II. 4 à 8 dias – Exercícios ativo-livre de dorsiflexão e plantiflexão com elevação + Recursos de estímulo a cicatrização + crioterapia pós-cinética. III. 8 à 20 dias – Exercícios ativo-livre de dorsiflexão, plantiflexão, inversão e eversão sem elevação (Contato do pé no solo sentado) + Recursos de estímulo a cicatrização + crioterapia pós-cinética. IV. 20 à 30 dias – Idem anterior acrescido de técnicas miofasciais em região pericicatricial. V. 30 à 45 dias – Exercícios ativo-resistido em cadeia aberta com resistência elástica mínima e tolerável + crioterapia pós-cinética. VI. 45 à 60 dias - Idem anterior acrescido de treinamento de marcha com muletas com carga corporal + Exercícios em cadeia fechada auto-assistidos + alongamentos passivos estáticos + mobilizações articulares + crioterapia pós- cinética. VII. 60 à 80 dias – Exercícios ativos-resistidos em cadeia fechada e aberta + treino de equilíbrio + alongamentos passivos estáticos + mobilizações articulares. VIII.80 à 120 dias - Idem anterior acrescido de Exercícios ativos-resistidos em cadeia fechada em superfícies instáveis + pliometria.
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