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Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - Turma 01 Parasitologia Amebíase ● Agente etiológico: Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar. ● Ciclo biológico: Cisto é ingerido junto à água, alimentos ou mãos contaminadas, percorre o TGI até chegar ao intestino delgado, onde torna-se metacisto então trofozoíto metacistico. Os trofozoítos se reproduzem por cissiparidade. Os trofozoítos resultantes podem seguir dois caminhos, eles podem atravessar a parede do Intestino Grosso, atingir a corrente sanguínea e ir para outros órgãos, como fígado e pulmão, onde gera lesões e pode levar a necrose. Ou podem iniciar o encistamento quando tornam-se pré-cisto e formam o cisto, que são liberados nas fezes. Fezes com cistos em contato com o meio ambiente, liberam os cistos que contaminam a água. ● Profilaxia: Educação sanitária, lavar as mãos, tratamento da população, construção de fossas sépticas, e proteção e cuidado com alimentos. ● Exames: Parasitológico (direto, hoffman, ...). Amebíase extra-intestinal -> ELISA e Imunofluorescência indireta. Giardíase ● Agente etiológico: Giardia duodenalis, Giardia intestinalis, Giardia lamblia. ● Ciclo biológico: Cisto é ingerido junto à água, alimentos ou mãos contaminadas, percorre o TGI até chegar ao duodeno e ao jejuno, onde rompe. O trofozoíto é liberado, se multiplica por divisão binária e então colonizam a mucosa intestinal. Devido ao pH intestinal e à [] de sais biliares, os trofozoítos destacam-se da mucosa intestinal e são encistados. Cisto formado é liberado nas fezes, que contaminam a água e os alimentos. ● Profilaxia: Higiene pessoal, saneamento básico, proteção dos alimentos, cuidados com os animais (vermífugos) e tratamento precoce dos doentes. ● Exames: Parasitológico (epf-faust), direto. ELISA, PCR, biopsia e análise de fluido duodenal, entero test ou teste de Barbante. Ascaridíase ● Agente etiológico: Ascaris lumbricoides. ● Ciclo biológico: Ovos contendo larva em estágio L3 são ingeridos junto à alimentos e água contaminados, percorrem o TGI até chegar no Intestino delgado, onde eclodem e liberam as larvas(L3). As L3 atravessam a parede do intestino até atingir os vasos linfáticos da região. Através dos vasos linfáticos, atingem a veia mesentérica superior e desta segurem o fluxo sanguíneo para o fígado e o Átrio direito. A partir do AD chegam ao pulmão, onde sofrem muda para L4 e rompem os capilares e alvéolos. Muda então para L5. Como L5 atinge os brônquios e sobem pela traqueia, onde podem ser expectoradas ou deglutidas. Quando deglutidas, atingem o Intestino delgado, onde tornam-se maduras sexualmente e copulam, formando ovos com larvas em L1. Ainda no intestino, junto ao Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - Turma 01 bolo fecal, as larvas nos ovos tornam-se L2 e L3, como são liberadas. Ovos contendo larvas em estágio L3 são liberados juntos às fezes e contaminam água e alimentos. ● Profilaxia: Tratamento em massa com drogas ovicidas nas áreas endêmicas, tratamento das fezes humanas quando usadas como adubo, saneamento básico e educação sanitária. ● Exames: Parasitológico de sedimentação espontânea com método de Katz. Ancilostomose ● Agente etiológico: Ancylostomo duodenale, Necator americanus e Ancylostomo ceylanicum. ● Ciclo biológico: Ovos liberados nas fezes humanas em contato com a terra úmida e fresca liberam as larvas em fase L1, que fazem a muda para L2 e L3, quando torna-se de vida livre. A larva L3 pode contaminar água e alimentos, que serão ingeridos (VO), ou penetrar ativamente a pele humana(VC). Na via cutânea ao entrar em contato com a pele humana, a larva é estimulada por sinais térmicos e químicos do hospedeiro que fazem com que libere enzimas e inicie a movimentação, penetrando pela pele do hospedeiro. Atingem então a circulação sanguínea ou linfática, através das quais chega aos pulmões onde faz a muda para L4 e então perfura os brônquios e segue para traqueia, de onde pode ser expectorada ou deglutida. Quando deglutida, percorre o TGI até chegar no Intestino delgado, onde tornam-se adultas e sexualmente ativas. Fazem reprodução sexuada que gera ovos, estes são liberados juntos às fezes humanas. Na via oral, as larvas L3 são ingeridas e atingem a corrente sanguínea através do TGI, tendo então o mesmo ciclo que o da VC. ● Profilaxia: Tratamento em massa, saneamento básico, uso de calçados e educação sanitária. ● Exames: Exame coproparasitológico utilizando métodos qualitativos ou quantitativos, coprocultura (método de Harada e Mori) e PCR em fezes. Leishmaniose ● Agente etiológico: Leishmania mexicana, Leishmania braziliensis e Leishmania donovani. ● Ciclo biológico: Picada do mosquito flebotomíneo faz com que durante o repasto sanguíneo ocorra o repasse de promastigotas. Uma vez que as promastigotas estão no sangue, são fagocitadas por macrofagos onde tornam-se amastigota e fazem sua multiplicação. Há uma nova picada por flebotomíneo que ao ingerir o sangue, recebe amastigotas. As amastigotas chegam ao intestino do vetor, tornam-se promastigotas e s multiplicam. As promastigotas migram para probóscide, de onde saíram junto à saliva do mosquito em uma nova picada. Os flebotomíneos podem repassar a doença para cães e roedores. ● Profilaxia: Tratamento dos casos humanos, combate ao vetor, combate ao inseto vetor peridomiciliar, uso de mosquiteiro de malha fina e repelente e eliminação (sacrifício) dos cães soropositivos. Recomenda-se a construção das casas a, no mínimo, 500m das matas. ● Exames: Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - Turma 01 Esfregaços sanguíneos corados, histopatológico, pesquisa do DNA do parasito no sangue. Imunológicos -> teste de montenegro e reação de imunofluorescência direta. Tricomoníase ● Agente etiológico: Trichomonas vaginalis. ● Ciclo biológico: Trofozoítos são passados de um humano para o outro através do contato sexual e colonizam a mucosa da região urogenital e da próstata. Nessa região, multiplicam-se por divisão binária, com isso passa a ter muitos trofozoítos na região. Em um novo contato sexual há a passagem para o outro ser humano. ● Profilaxia: Comuns de IST (uso de preservativo…), diagnóstico precoce e triagem de mulheres sexualmente ativas. ● Patogenia: O trofozoíto na vagina faz com que o pH da vagina e leve, tornando-se básico, o que leva a liberação de cisteínas-proteases pelo trofozoíto. Devido a essa enzima, há a hemólise e o efeito citotóxico. ● Exames: Parasitológico: homens - coleta de secreção uretral ou sêmen, mulheres- - não devem fazer a higiee da vaginas no periodo precio de 18 a 24h, nem usar tricomonicidas, é feito um ‘swab“ da região. ELISA em casos assintomáticos. Larva migrans ● Agente etiológico: Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliensis. ● Ciclo biológico: Ovos de Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliensis são liberados nas fezes de cães e gatos contaminando o solo. No solo, devido a temperatura, umidade, há a formação da larva L1 ainda dentro do ovo, que então eclode. A larva liberada no solo faz a muda para L2 e L3. L3 pode penetrar a pele de humanos ou contaminar água e alimentos. Pele de humanos: L3 penetra ativamente a pele de humanos, migra através do tecido subcutâneo por semanas ou meses até que o sistema imune a reconhece e atua sobre ela, levando à sua morte. Hospedeiro habitual: L3 ingerida pode contaminar cães e gatos filhotes através das vias oral, cutânea ou transplacentária. percorre o TGI até chegar ao intestino delgado, onde atinge a corrente sanguínea, através da qual chega aos pulmões onde faz a muda para L4 e então perfura os brônquios e segue para traqueia, de onde pode ser expectorada ou deglutida. Quando deglutida, percorre o TGI até chegar no Intestino delgado, onde sofre muda paraL5 e torna-se sexualmente ativa. Fazem reprodução sexuada que gera ovos, estes são liberados juntos às fezes do hospedeiro. Hospedeiro raro: L3 ingerida através da água e alimentos contaminados por humanos, percorre o TGI até chegar ao intestino delgado, onde atinge a corrente sanguínea. Através da qual chega aos pulmões onde faz a muda para L4 e L5, e então perfura os brônquios e segue para traqueia, de onde pode ser expectorada ou deglutida.Quando deglutida, percorre o TGI até chegar no Intestino delgado, onde torna-se sexualmente ativa e se instala. Ao chegar no intestino delgado pode também perfurar as vísceras abdominais gerando lesões, o que faz com que seja reconhecida pelo sistema imune do hospedeiro e eliminada. Esse reconhecimento é demorado, então há muitas lesões. ● Profilaxia: Júlia Malta Braga Faculdade de Ciências Médicas de Três Rios Medicina - Turma 01 Tratamento rotineiro de cães e gatos (vermífugos), proteger as caixas de areia de parques e escolas da entrada desses animais e destino correto das fezes desse animais. ● Exames: Lesão serpiginosa característica, não necessita de exames complementares.
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