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DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
TELE AULA 01
Classificação da Posse e Suas Características
A) Quanto ao Desdobramento da Relação
Possessória
Posse direta (imediata): exercício direto e
imediato do poder sobre a coisa (corpus),
decorrente de contrato. O possuidor direto
pode defender sua posse contra o possuidor
indireto.
Posse indireta (mediata): apenas o animus
(entendido esse como a vontade de utilizar a
coisa como faria o proprietário). O possuidor
indireto pode defender sua posse perante
terceiros
Desdobramento da Posse
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a
coisa em seu poder, temporariamente, em
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o
possuidor direto defender a sua posse contra o
indireto.
B) Quanto aos Vícios 
Posse Justa: posse desprovida dos vícios 
específicos do art. 1.200, CC. A posse justa é 
mansa, pacífica, pública e adquirida sem 
violência.
Posse Injusta: posse maculada por pelo menos um 
dos vícios da posse (violência, clandestinidade 
ou precariedade).
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta,
clandestina ou precária.
Posse violenta: adquirida através do emprego de
violência contra a pessoa.
Posse clandestina: adquirida às escondidas.
Posse precária: decorrente da violação de uma
obrigação de restituir (abuso de confiança).
OBS:A posse injusta não deve ser considerada
posse jurídica, não produzindo efeitos contra o
legítimo possuidor, muito embora o possuidor
injusto possa fazer manejo dos interditos
possessórios contra atos de terceiros.
Continuidade do Caráter da Posse
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-
se manter a posse o mesmo caráter com que 
foi adquirida.
Enunciado 237, da III Jornada de Direito Civil: 
Art. 1.203: É cabível a modificação do título da 
posse – interversio possessionis – na hipótese 
em que o até então possuidor direto 
demonstrar ato exterior e inequívoco de 
oposição ao antigo possuidor indireto, tendo 
por efeito a caracterização do animus domini.
C) Quanto à Subjetividade
Posse de boa-fé: é aquela cujo possuidor 
está convicto de que o exercício de sua 
posse encontra fundamento na ordem 
jurídica. 
Posse de má-fé: o possuidor tem 
conhecimento do vício que macula a 
posse. Assim como na posse injusta, a 
posse de má-fé não pode ser considerada 
posse jurídica e não goza de proteção 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor 
ignora o vício, ou o obstáculo que impede a 
aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem 
por si a presunção de boa-fé, salvo prova em 
contrário, ou quando a lei expressamente não 
admite esta presunção.
Via de regra, a posse de boa-fé decorre de justo 
título. Por este motivo, a posse fundada em 
justo título gera presunção relativa (juris 
tantum) de boa-fé.
Justo título: diz-se justo o título hábil, em tese, 
para transferir a propriedade Justo título seria 
todo ato formalmente adequado a transferir o 
domínio ou o direito real de que trata, mas que 
deixa de produzir tal efeito em virtude de não 
ser o transmitente senhor da coisa ou do 
direito, ou de faltar-lhe o poder de alienar.
Enunciado n° 302, STJ (IV Jornada de Direito 
Civil): Pode ser considerado justo título para a 
posse de boa-fé o ato jurídico capaz de 
transmitir a posse ad usucapionem, observado o 
disposto no art. 113 do Código Civil.
Enunciado n° 303, STJ (IV Jornada de Direito 
Civil): Considera-se justo título para presunção 
relativa da boa-fé do possuidor o justo motivo 
que lhe autoriza a aquisição derivada da posse, 
esteja ou não materializado em instrumento 
público ou particular. Compreensão na 
perspectiva da função social da posse.
D) Quanto ao Vinculo Entre os 
Possuidores
A Posse Originária: quando não há 
vínculo entre o sucessor e o antecessor 
da posse, de modo que a causa da 
posse não é negocial.
A Posse Derivada: quando há um ato de 
transferência entre o antecessor e o 
sucessor. Na posse derivada haverá 
sempre tradição
E) Posse ad interdicta e ad 
usucapionem
Ad interdicta: posse que pode ser 
protegida através dos interditos 
possessórios.
Ad usucapionem: posse que pode 
ser pressuposto de usucapião.
F) Quanto ao Tempo de Posse
Posse Nova: aquela que data de menos de 1 
ano e 1 dia
Posse Velha: aquela que tem mais de 1 ano 
e 1 dia
Dentre os efeitos da
posse, destacam-se:
a) percepção de frutos;
b) indenização e
retenção por
benfeitorias;
c) indenização por
prejuízos sofridos;
d) defesa da posse
(interditos
possessórios);
e) usucapião.
A) Direito aos Frutos
Frutos são bens acessórios 
que quando utilizados não 
esgotam a fonte, ou seja, 
possuem reposição 
automática.
Classificação: Frutos quanto à origem:
Frutos naturais: Aqueles que surgem e se renovam 
pela própria força. 
Frutos industriais: Aqueles que surgem e se 
renovam pela atuação do homem. 
Frutos civis: São os rendimentos que os bens 
produzem em razão da sua utilização por 
outrem que não o proprietário. 
Frutos quanto ao estado em que se encontram:
Frutos pendentes: Aqueles que ainda não foram 
colhidos ou retirados, ou seja, que ainda 
encontram-se presos à coisa.
Frutos percipiendos: Aqueles que foram colhidos 
antecipadamente.
Frutos percebidos ou colhidos: Aqueles que já 
foram colhidos ou retirados, ou seja, já foram 
separados da coisa.
Possuidor de Boa-Fé
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé 
tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos 
pendentes ao tempo em que cessar 
a boa-fé devem ser restituídos, 
depois de deduzidas as despesas 
da produção e custeio; devem ser 
também restituídos os frutos 
colhidos com antecipação.
Possuidor de Má-Fé
Art. 1.216. O possuidor de 
má-fé responde por todos os 
frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por 
culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento 
em que se constituiu de má-
fé; tem direito às despesas 
da produção e custeio.
B) Direito às benfeitorias
São acréscimos ou 
melhoramentos, 
realizados pela atuação 
do homem, em coisa já 
existente.
Classificação:
Benfeitorias necessárias: Art. 96- §3º São 
necessárias as que têm por fim conservar 
o bem ou evitar que se deteriore.
Benfeitorias úteis: Art. 96- § 2º São úteis 
as que aumentam ou facilitam o uso do 
bem. 
Benfeitorias voluptuárias: Art. 96- § 1o 
São voluptuárias as de mero deleite ou 
Possuidor de Boa-Fé
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé 
tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, 
bem como, quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, a levantá-
las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá 
exercer o direito de retenção pelo 
valor das benfeitorias necessárias 
e úteis.
OBS: DIREITO DO LOCATÁRIO Lei nº 8.245
Art. 35. Salvo expressa disposição 
contratual em contrário, as benfeitorias 
necessárias introduzidas pelo locatário, 
ainda que não autorizadas pelo locador, 
bem como as úteis, desde que 
autorizadas, serão indenizáveis e 
permitem o exercício do direito de 
retenção.
Art. 36. As benfeitorias voluptuárias 
não serão indenizáveis, podendo ser 
levantadas pelo locatário, finda a 
STF Súmula nº 158
Salvo estipulação contratual averbada no 
registro imobiliário, não responde o 
adquirente pelas benfeitorias do 
locatário.
Possuidor de Má-Fé
Art. 1.220. Ao possuidor de 
má-fé serão ressarcidas 
somente as benfeitorias 
necessárias; não lhe assiste o 
direito de retenção pela 
importância destas, nem o 
de levantar as voluptuárias.
Obs: Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a 
indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, 
tem o direito de optar entre o seu valor atual e 
o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará 
pelo valor atual.
Obs: as benfeitorias são compensadas com os 
danos.
Enunciado n° 81, I Jornada de Direito Civil: O 
direito de retenção previsto no CC 1219, 
decorrente da realização de benfeitoriasnecessárias e úteis, também se aplica às 
acessões (construções e plantações) nas 
mesmas circunstâncias.
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
TELE AULA 02
Dentre os efeitos da
posse, destacam-se:
a) percepção de frutos;
b) indenização e
retenção por
benfeitorias;
c) indenização por
prejuízos sofridos;
d) defesa da posse
(interditos
possessórios);
e) usucapião.
A) Direito aos Frutos
Frutos são bens acessórios 
que quando utilizados não 
esgotam a fonte, ou seja, 
possuem reposição 
automática.
Classificação: Frutos quanto à origem:
Frutos naturais: Aqueles que surgem e se renovam 
pela própria força. 
Frutos industriais: Aqueles que surgem e se 
renovam pela atuação do homem. 
Frutos civis: São os rendimentos que os bens 
produzem em razão da sua utilização por 
outrem que não o proprietário. 
Frutos quanto ao estado em que se encontram:
Frutos pendentes: Aqueles que ainda não foram 
colhidos ou retirados, ou seja, que ainda 
encontram-se presos à coisa.
Frutos percipiendos: Aqueles que foram colhidos 
antecipadamente.
Frutos percebidos ou colhidos: Aqueles que já 
foram colhidos ou retirados, ou seja, já foram 
separados da coisa.
Possuidor de Boa-Fé
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé 
tem direito, enquanto ela durar, 
aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos 
pendentes ao tempo em que cessar 
a boa-fé devem ser restituídos, 
depois de deduzidas as despesas 
da produção e custeio; devem ser 
também restituídos os frutos 
colhidos com antecipação.
Possuidor de Má-Fé
Art. 1.216. O possuidor de 
má-fé responde por todos os 
frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por 
culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento 
em que se constituiu de má-
fé; tem direito às despesas 
da produção e custeio.
B) Direito às benfeitorias
São acréscimos ou 
melhoramentos, 
realizados pela atuação 
do homem, em coisa já 
existente.
Classificação:
Benfeitorias necessárias: Art. 96- §3º São 
necessárias as que têm por fim conservar 
o bem ou evitar que se deteriore.
Benfeitorias úteis: Art. 96- § 2º São úteis 
as que aumentam ou facilitam o uso do 
bem. 
Benfeitorias voluptuárias: Art. 96- § 1o 
São voluptuárias as de mero deleite ou 
recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem 
mais agradável ou sejam de elevado 
valor.
Possuidor de Boa-Fé
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé 
tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, 
bem como, quanto às voluptuárias, 
se não lhe forem pagas, a levantá-
las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá 
exercer o direito de retenção pelo 
valor das benfeitorias necessárias 
e úteis.
OBS: DIREITO DO LOCATÁRIO Lei nº 8.245
Art. 35. Salvo expressa disposição contratual em 
contrário, as benfeitorias necessárias 
introduzidas pelo locatário, ainda que não 
autorizadas pelo locador, bem como as úteis, 
desde que autorizadas, serão indenizáveis e 
permitem o exercício do direito de retenção.
Art. 36. As benfeitorias voluptuárias não 
serão indenizáveis, podendo ser levantadas 
pelo locatário, finda a locação, desde que sua 
retirada não afete a estrutura e a substância do 
imóvel.
STF Súmula nº 158
Salvo estipulação contratual averbada no
registro imobiliário, não responde o
adquirente pelas benfeitorias do
locatário.
Possuidor de Má-Fé
Art. 1.220. Ao possuidor de 
má-fé serão ressarcidas 
somente as benfeitorias 
necessárias; não lhe assiste o 
direito de retenção pela 
importância destas, nem o 
de levantar as voluptuárias.
Obs: Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a
indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé,
tem o direito de optar entre o seu valor atual e
o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará
pelo valor atual.
Obs: as benfeitorias são compensadas com os
danos.
Enunciado n° 81, I Jornada de Direito Civil: O
direito de retenção previsto no CC 1219,
decorrente da realização de benfeitorias
necessárias e úteis, também se aplica às
acessões (construções e plantações) nas
mesmas circunstâncias.
C) Interditos Possessórios
Art. 1.210. O possuidor tem 
direito a ser mantido na 
posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e 
segurado de violência 
iminente, se tiver justo 
receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado,
poderá manter-se ou restituir-se por sua
própria força, contanto que o faça logo;
os atos de defesa, ou de desforço, não
podem ir além do indispensável à
manutenção, ou restituição da posse.
§ 2o Não obsta à manutenção ou
reintegração na posse a alegação de
propriedade, ou de outro direito sobre a
coisa.
Ação de Manutenção da Posse 
e Ação de Reintegração de Posse
Art. 560 CPC. O possuidor tem direito a ser mantido 
na posse em caso de turbação e reintegrado em 
caso de esbulho.
Interdito Proibitório
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha
justo receio de ser molestado na posse poderá
requerer ao juiz que o segure da turbação ou
esbulho iminente, mediante mandado proibitório em
que se comine ao réu determinada pena pecuniária
caso transgrida o preceito.
2) Duplicidade (Art. 556, CPC): possibilidade de se fazer
pedido contraposto, sem necessidade de reconvenção.
Na própria contestação, o réu pode fazer o pedido.
3) Fungibilidade (art.Art. 554, CPC): Existe uma
celeridade na dinâmica, portanto poderá ser julgado
mesmo que a ação não seja a adequada.
4) Cumulatividade (Art. 555, CPC): você pode cumular
oitros pedidos: ação indenizatória; multas diárias
previstas no caso de novo esbulho ou turbação;
devolução no mesmo estado anterior.
Ação de Imissão na Posse → Ação
Ordinária, de rito comum (serão utilizadas
regras gerais do CPC).
Quando se tem prova da propriedade, mas
não chegou a ser possuidor.
O objetivo desta ação é que o proprietário
seja imitido na posse. Além de
proprietário, ter a posse. Não é ação
possessória.
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
TELE AULA 03
C) Interditos Possessórios
Art. 1.210. O possuidor tem 
direito a ser mantido na 
posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e 
segurado de violência 
iminente, se tiver justo 
receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado,
poderá manter-se ou restituir-se por sua
própria força, contanto que o faça logo;
os atos de defesa, ou de desforço, não
podem ir além do indispensável à
manutenção, ou restituição da posse.
§ 2o Não obsta à manutenção ou
reintegração na posse a alegação de
propriedade, ou de outro direito sobre a
coisa.
Ação de Manutenção da Posse 
e Ação de Reintegração de Posse
Art. 560 CPC. O possuidor tem direito a ser mantido 
na posse em caso de turbação e reintegrado em 
caso de esbulho.
Interdito Proibitório
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha
justo receio de ser molestado na posse poderá
requerer ao juiz que o segure da turbação ou
esbulho iminente, mediante mandado proibitório em
que se comine ao réu determinada pena pecuniária
caso transgrida o preceito.
2) Duplicidade (Art. 556, CPC): possibilidade de se fazer
pedido contraposto, sem necessidade de reconvenção.
Na própria contestação, o réu pode fazer o pedido.
3) Fungibilidade (art.Art. 554, CPC): Existe uma
celeridade na dinâmica, portanto poderá ser julgado
mesmo que a ação não seja a adequada.
4) Cumulatividade (Art. 555, CPC): você pode cumular
oitros pedidos: ação indenizatória; multas diárias
previstas no caso de novo esbulho ou turbação;
devolução no mesmo estado anterior.
Ação de Imissão na Posse → Ação
Ordinária, de rito comum (serão utilizadas
regras gerais do CPC).
Quando se tem prova da propriedade, mas
não chegou a ser possuidor.
O objetivo desta ação é que o proprietário
seja imitido na posse. Além de
proprietário, ter a posse. Não é ação
possessória.
Aquisição da Posse
Momento de início da Posse
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o
momento em que se torna possível o
exercício, em nome próprio, de qualquer dospoderes inerentes à propriedade.
Meios de Tradição da Posse
A) Tradição Real envolve a entrega efetiva e
material da coisa.
B) Tradição Simbólica é traduzida por atitudes
C) Tradição Ficta quando decorrer exclusivamente
de um ato de vontade
OBS: CONSTITUTO POSSESSÓRIO
Há constituto, quando o vendedor,
transferindo a outrem o domínio da coisa,
conserva-a em seu poder, mas agora na
condição ou qualidade de locatário. A
“cláusula constituti” não se presume.
Deve constar inequivocamente do ato ou
resultar da estipulação que a
pressuponha.
OBS: “Traditio Brevi Manu”
Já a traditio brevi manu é exatamente o
inverso do constituto possessório, pois se
configura quando o possuidor de uma
coisa alheia passa a possuí-la como
própria. Seria o exemplo do locatário que
adquire o bem.
Extinção da Posse
a) perda da coisa
b) perecimento da coisa; 
c) abandono; 
d) transmissão da posse;
e) tomada da posse por outrem;
f) classificação da coisa como bem fora do comércio
Importante destacar os parâmetros legais de
perda da posse:
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa,
embora contra a vontade do possuidor, o poder
sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para
quem não presenciou o esbulho, quando, tendo
notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou,
tentando recupera-la, é violentamente
repelido.
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Tele Aula - 04
29 de junho de 2020
Leandro emprestou uma casa para Esmeralda, sem
fixar prazo para devolução. Durante o tempo em que
esteve no imóvel, Esmeralda fez todos os reparos
necessários, além de ter construído um cômodo a mais
para um de seus filhos morarem com ela. Após 20
anos, Leandro solicitou de volta a casa, mas Esmeralda
recusou-se a devolver, alegando que não teria outro
lugar para ir e que, após 20 anos de utilização mansa,
pacífica e sem oposição, já teria tempo suficiente
para usucapir o bem. Considerando as informações
acima, responda: A) Qual a classificação da posse de
Esmeralda, antes de Leandro pedir o imóvel de volta?
(justa/injusta; boa-fé/má-fé; originária/derivada;
direta/indireta)
B) A posse de Esmeralda é ad usucapionem?
Marque a alternativa CORRETA e JUSTIFIQUE sua 
escolha:
(A) Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, 
manter-se-á provisoriamente qualquer uma delas, 
independente de quem tenha a coisa.
(B) Os rendimentos reputam-se colhidos no momento em 
que forem separados do capital.
(C) O possuidor de má-fé não tem direito aos frutos 
colhidos, nem a ser restituído pelas despesas.
(D) Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as 
benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de 
retenção pela importância destas, nem o de levantar as 
voluptuárias.
(E) O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao 
possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor 
atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará 
sempre pelo valor de custo.29 de junho de 2020
29 de junho de 2020
Jorge teve seu imóvel invadido, sem violência, por 
Pedro em 2008, que passou a praticar atos de poder 
sobre a coisa abertamente e sem oposição alguma. Em 
janeiro de 2011, Jorge decide ajuizar ação possessória 
contra Pedro, combinada com reparação de perdas e 
danos.
Considerando os dados acima, responda JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE:
a) Qual ação é a mais adequada para o caso? Caso a 
ação manejada seja outra, isso obstará a obtenção de 
tutela judicial?
b) Que despesas poderá Pedro compensar com as 
eventuais perdas e danos?
Propriedade em Geral
Art. 1.228. O proprietário tem a 
faculdade de usar, gozar e dispor da 
coisa, e o direito de reavê-la do poder 
de quem quer que injustamente a 
possua ou detenha.
Quando todos os elementos estão nas mãos
de uma mesma pessoa, diz-se que a 
propriedade é plena.
Se ocorrer o desmembramento, passando
um ou algum deles para as mãos de outra
pessoa, diz-se a propriedade limitada
A Função Social da Propriedade
CRFB /88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
art. 1.228:
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido 
em consonância com as suas finalidades 
econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o 
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, 
as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o 
patrimônio histórico e artístico, bem como 
evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao 
proprietário qualquer comodidade, ou 
utilidade, e sejam animados pela intenção de 
prejudicar outrem.
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos 
casos de desapropriação, por necessidade ou 
utilidade pública ou interesse social, bem como 
no de requisição, em caso de perigo público 
iminente.
§ 4o O proprietário também pode ser privado da 
coisa se o imóvel reivindicado consistir em 
extensa área, na posse ininterrupta e de boa-
fé, por mais de cinco anos, de considerável 
número de pessoas, e estas nela houverem 
realizado, em conjunto ou separadamente, 
obras e serviços considerados pelo juiz de 
interesse social e econômico relevante. 
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz 
fixará a justa indenização devida ao 
proprietário; pago o preço, valerá a sentença 
como título para o registro do imóvel em nome 
dos possuidores.
Características da Propriedade
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e 
exclusiva, até prova em contrário. 
PRINCÍPIOS:
1) Direito Absoluto
→ titular definido
→ sujeito ativo: proprietário
→ sujeito passivo: “erga omnes” (qualquer pessoa que quiser se opor, ele 
poderá intervir).
→ se a propriedade for um bem imóvel, para se ter oponibilidade “erga 
omes”, você tem que ter a mesma registrada no RGI.
2) Extensividade:
(arts. 1.229 e 1.230, CC)
a sua propriedade imóvel abrange não só o solo, 
mas também o subsolo, e o espaço aéreo
Obs: riquezas minerais (art. 20, IX, CF).
3) Perpetuidade: 
a propriedade permanece com este direito 
enquanto desejar, podendo, inclusive, transmiti-lo 
aos seus herdeiros.
EXCEÇÕES:
A)Propriedade Fiduciária (art. 1.361, CC). 
B)Propriedade Resolúvel (art. 1.359, CC).
OBS:
Propriedade Revogável (art. 1.360, CC): não é 
exceção ao princípio da perpetuidade! A causa 
para extinção da propriedade é superveniente, 
mas a propriedade é plena. 
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Tele Aula - 05
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Tele Aula - 05
Propriedade em Geral
Art. 1.228. O proprietário tem a 
faculdade de usar, gozar e dispor da 
coisa, e o direito de reavê-la do poder 
de quem quer que injustamente a 
possua ou detenha.
Quando todos os elementos estão nas mãos
de uma mesma pessoa, diz-se que a 
propriedade é plena.
Se ocorrer o desmembramento, passando
um ou algum deles para as mãos de outra
pessoa, diz-se a propriedade limitada
A Função Social da Propriedade
CRFB /88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
art. 1.228:
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido 
em consonância com as suas finalidades 
econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o 
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, 
as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o 
patrimônio histórico e artístico, bem como 
evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2o São defesos os atosque não trazem ao 
proprietário qualquer comodidade, ou 
utilidade, e sejam animados pela intenção de 
prejudicar outrem.
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos 
casos de desapropriação, por necessidade ou 
utilidade pública ou interesse social, bem como 
no de requisição, em caso de perigo público 
iminente.
§ 4o O proprietário também pode ser privado da 
coisa se o imóvel reivindicado consistir em 
extensa área, na posse ininterrupta e de boa-
fé, por mais de cinco anos, de considerável 
número de pessoas, e estas nela houverem 
realizado, em conjunto ou separadamente, 
obras e serviços considerados pelo juiz de 
interesse social e econômico relevante. 
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz 
fixará a justa indenização devida ao 
proprietário; pago o preço, valerá a sentença 
como título para o registro do imóvel em nome 
dos possuidores.
Características da Propriedade
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e 
exclusiva, até prova em contrário. 
PRINCÍPIOS:
1) Direito Absoluto
→ titular definido
→ sujeito ativo: proprietário
→ sujeito passivo: “erga omnes” (qualquer pessoa que quiser se opor, ele 
poderá intervir).
→ se a propriedade for um bem imóvel, para se ter oponibilidade “erga 
omes”, você tem que ter a mesma registrada no RGI.
2) Extensividade:
(arts. 1.229 e 1.230, CC)
a sua propriedade imóvel abrange não só o solo, 
mas também o subsolo, e o espaço aéreo
Obs: riquezas minerais (art. 20, IX, CF).
3) Perpetuidade: 
a propriedade permanece com este direito 
enquanto desejar, podendo, inclusive, transmiti-lo 
aos seus herdeiros.
EXCEÇÕES:
A)Propriedade Fiduciária (art. 1.361, CC). 
B)Propriedade Resolúvel (art. 1.359, CC).
OBS:
Propriedade Revogável (art. 1.360, CC): não é 
exceção ao princípio da perpetuidade! A causa 
para extinção da propriedade é superveniente, 
mas a propriedade é plena. 
Modos de Aquisição da 
Propriedade Imobiliária
Registro de título
Art. 1.245. Transfere-se entre 
vivos a propriedade mediante 
registro do título translativo no 
Registro de Imóveis.
§1°. Enquanto não se registrar o título 
translativo, o alienante continua a ser havido 
como dono do imóvel.
§2°. Enquanto não se promover, por meio de ação 
própria, a decretação de invalidade do registro, 
e o respectivo cancelamento, o adquirente 
continua a ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento 
em que se apresentar o título ao oficial do 
registro, e este o prenotar no protocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a 
verdade, poderá o interessado reclamar que se 
retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o 
proprietário reivindicar o imóvel, 
independentemente da boa-fé ou do título do 
terceiro adquirente.
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EXCEÇÕES:
A)Propriedade Fiduciária (art. 1.361, CC). 
B)Propriedade Resolúvel (art. 1.359, CC).
OBS:
Propriedade Revogável (art. 1.360, CC): não é 
exceção ao princípio da perpetuidade! A causa 
para extinção da propriedade é superveniente, 
mas a propriedade é plena. 
Modos de Aquisição da 
Propriedade Imobiliária
Registro de título
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade 
mediante registro do título translativo no Registro 
de Imóveis.
§1°. Enquanto não se registrar o título 
translativo, o alienante continua a ser havido 
como dono do imóvel.
§2°. Enquanto não se promover, por meio de ação 
própria, a decretação de invalidade do registro, 
e o respectivo cancelamento, o adquirente 
continua a ser havido como dono do imóvel.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento 
em que se apresentar o título ao oficial do 
registro, e este o prenotar no protocolo.
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a 
verdade, poderá o interessado reclamar que se 
retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o 
proprietário reivindicar o imóvel, 
independentemente da boa-fé ou do título do 
terceiro adquirente.
Acessões Imobiliárias
Forma de aquisição da propriedade imóvel
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
I - por formação de ilhas;
II - por aluvião;
III - por avulsão;
IV - por abandono de álveo;
V - por plantações ou construções.
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns 
ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos 
fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se 
acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos 
fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas 
testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes 
iguais;
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das 
margens consideram-se acréscimos aos terrenos 
ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo 
braço do rio continuam a pertencer aos proprietários 
dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
As ilhas formadas em águas públicas pertencerão
ao Poder Público, enquanto que as ilhas
formadas em águas privadas serão do domínio
privado, na forma do art. 1.249, CC/2002,
supra transcrito. Além das águas particulares, o
Código Civil preceitua que as ilhas formadas em
correntes comuns também serão do domínio
privado.
Os conceitos de águas públicas, águas comuns e
águas privadas são encontrados no Código de
Águas (Decreto n° 24.643/34). O Código de
Águas determina que as águas públicas são de
uso comum ou dominiais (art. 1°).
Águas comuns: correntes não navegáveis ou
flutuáveis e de que essas não se façam. (art.
8°, Código de Águas).
Águas particulares: São particulares as nascentes
e todas as águas situadas em terrenos que
também o sejam, quando as mesmas não
estiverem classificadas entre as águas comuns
de todos, as águas públicas ou as águas comuns.
(art. 8°, Código de Águas).
b) Aluvião
Art. 1.250. Os acréscimos formados, 
sucessiva e imperceptivelmente, por
depósitos e aterros naturais ao longo das
margens das correntes, ou pelo desvio
das águas destas, pertencem aos donos
dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se 
formar em frente de prédios de 
proprietários diferentes, dividir-se-á
entre eles, na proporção da testada de 
cada um sobre a antiga margem.
Conceito de aluvião: art. 16 do Código das
Águas - Constituem "aluvião" os
acréscimos que sucessiva e
imperceptivelmente se formarem para a
parte do mar e das correntes, aquém do
ponto a que chega o preamar médio, ou
do ponto médio das enchentes ordinárias,
bem como a parte do álveo que se
descobrir pelo afastamento das águas.
c) Avulsão
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, 
uma porção de terra se destacar de um prédio
e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a 
propriedade do acréscimo, se indenizar o dono
do primeiro ou, sem indenização, se, em um 
ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de 
indenização, o dono do prédio a que se juntou
a porção de terra deverá aquiescer a que se 
remova a parte acrescida.
d) Álveo Abandonado
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente
pertence aos proprietários ribeirinhos das duas
margens, sem que tenham indenização os donos
dos terrenos por onde as águas abrirem novo
curso, entendendo-se que os prédios marginais
se estendem até o meio do álveo.
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e) Construções e Plantações
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um
terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa,
até que se prove o contrário.
1ª situação: pessoa que planta/constrói em solo próprio com matéria-
prima alheia
- se há boa-fé: aquisição da propriedade das construções/plantações,
com ressarcimento do valor da matéria prima.
- se há má-fé: aquisição da propriedade das construções/plantações,
com ressarcimento do valor da matéria prima, mais indenizaçãopelas
perdas e danos (se for o caso).
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio
com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade
destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por
perdas e danos, se agiu de má-fé.
2ª situação: pessoa que planta/constrói com matéria-prima
própria em solo alheio
- se há boa-fé: o proprietário do imóvel adquire as
construções/plantações, mas terá que ressarcir o
proprietário da matéria-prima pelas despesas. A lei fala em
indenização, o que revela a possibilidade de ressarcimento
por eventuais perdas e danos existentes.
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno
alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes,
plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito
a indenização.
- se há má-fé: se o valor agregado ao solo superar de
maneira desproporcional o preço do terreno, o
plantador/construtor de má-fé poderá adquirir a
propriedade do imóvel, mediante pagamento de
indenização, que será fixada judicialmente se não houver
acordo entre as partes.
OBS:
Art. 1.255
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder 
consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de 
boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do 
solo, mediante pagamento da indenização fixada 
judicialmente, se não houver acordo
3ª situação: pessoa que planta/constrói com matéria-prima
alheia em imóvel alheio
- se há boa-fé: o proprietário do imóvel adquire a
propriedade das construções/plantações e deverá o
plantador/construtor ressarcir o valor da matéria-prima.
- se há má-fé: por analogia, o proprietário do imóvel
adquire a propriedade das construções/plantações e
deverá o plantador/construtor ressarcir o valor da
matéria-prima, mais as eventuais perdas e danos.
Obs: a responsabilidade do proprietário do imóvel pela
reparação é subsidiária.
Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao
caso de não pertencerem as sementes, plantas ou
materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.
Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou
materiais poderá cobrar do proprietário do solo a
indenização devida, quando não puder havê-la do
plantador ou construtor.
4ª situação: construção parte em imóvel alheio
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio,
invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte
deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do
solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e
responde por indenização que represente, também, o valor da área
perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos
neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte
do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o
valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não
se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a
construção.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão
do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a
propriedade da parte do solo invadido, e responde por
perdas e danos que abranjam o valor que a invasão
acrescer à construção, mais o da área perdida e o da
desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é
obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as
perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
Modos de Aquisição da Propriedade Imobiliária
Usucapião
Etimologia da palavra: usus (do latim, uso) + capionem (do latim, 
aquisição), que significa aquisição pelo uso.
PRESSUPOSTOS
1) Posse contínua de alguma coisa: exercer poderes inerentes à propriedade,
ininterruptamente.
2) Posse mansa e pacífica: não pode haver resistência do proprietário. Essa
resistência não pode ser física nem jurídica (ação possessória em face do possuidor).
Se tiver algum interdito possessório, o tempo anterior é descartado.
3) Lapso temporal: varia de 2 a 15 anos, dependendo da espécie de usucapião que
será utilizada para aquisição da propriedade imóvel. Varia de 3 a 5 anos se tratar de
bem móvel.
4)“Ânimus domini”: intenção de propriedade em relação àquela coisa.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural.
(...)
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
STF Súmula nº 263 - 13/12/1963 - Possuidor - Citação -
Ação de Usucapião
O possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação
de usucapião.
STF Súmula nº 391 - 03/04/1964 - Confinante Certo -
Citação - Ação de Usucapião
O confinante certo deve ser citado pessoalmente para a
ação de usucapião.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
1) Usucapião Extraordinária (art. 1.238, CC): não precisa ter justo
título nem boa-fé. Poderá adquirir por usucapião mesmo de má-
fé
Prazo: 15 anos.
Art. 1.238, parágrafo único, CC se adquirida a posse, mesmo que
de má-fé, houver função social, o prazo será menor: 10 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
2)Usucapião Ordinária
(art. 1.242, CC): possuidor de boa-fé Prazo: 10 anos.
Art. 1.242, parágrafo único, CC quando houver o cancelamento
no RGI. 3 requisitos: tem que ter sido adquirido onerosamente;
quem transferiu a propriedade era quem tinha o registro no RGI;
tem que ter a função social. Prazo cai para 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
3) Usucapião Rural
(art. 1.239, CC): morar e plantar em área rural, terreno de até 50
hectares. Não ter outra propriedade.
Prazo: 5 anos.
Se possuidor for proprietário de outro imóvel, poderá adquirir por
outra usucapião, mas não a rural, e o prazo mudará, não será
mais o de 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
4) Usucapião Urbana
(art. 1.240, CC): quando alguém, que não é proprietário de outro
imóvel, e ocupa propriedade urbana de até 250m. Tem que
morar.
Prazo: 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
5)Usucapião Matrimonial:
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos
ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade,
sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-
companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
V Jornada de Direito Civil STJ e CJF enunciados:
498. A fluência do prazo de 2 anos previsto pelo art.
1.240-A para a nova modalidade de usucapião nele
contemplada tem início com a entrada em vigo da Lei n.
12.424/2011.
499. A aquisição da propriedade na modalidade de usucapião prevista
no art. 1.240-A do Codigo Civil só pode ocorrer em virtude de
implemento de seus pressupostos anteriormente ao divórcio. O
requisito "abandono de lar" deve ser interpretado de maneira
cautelosa, mediante a verificação de que o afastamento do lar
conjugal representa descumprimento simultâneo de outros deveres
conjugais, tais como assistência material e sustento do lar,
onerando desigualmente aquele que se manteve na residência
familiar e que se responsabiliza unilateralmente pelas despesas
oriundas de manutenção da família e do próprio imóvel, o que
justifica a perda da propriedade e a alteração do regime de bens
quanto ao imóvel objeto de usucapião.
500. A modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do
Código Civil pressupõe a propriedade comum do casal e
compreende todas as formas de família ou entidaes
familiares, inclusive homoafetivas.
501. As expressões "ex-cônjuge" e "ex-companheiro",
contidas no art. 1.240-A do Código Civil, correspondem à
situação fática da separação, independentemente de
divórcio.
502. O conceito de posse direta referido no art. 1.240-A do
Código Civil não coincide com a acepção empregadano
art. 1.197 do mesmo Código.
STF Súmula nº 237 - 13/12/1963 -
Usucapião - Argüição em Defesa
O usucapião pode ser argüido em defesa.
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Modos de Aquisição da Propriedade Imobiliária
Usucapião
Etimologia da palavra: usus (do latim, uso) + capionem (do latim, 
aquisição), que significa aquisição pelo uso.
PRESSUPOSTOS
1) Posse contínua de alguma coisa: exercer poderes inerentes à propriedade,
ininterruptamente.
2) Posse mansa e pacífica: não pode haver resistência do proprietário. Essa
resistência não pode ser física nem jurídica (ação possessória em face do possuidor).
Se tiver algum interdito possessório, o tempo anterior é descartado.
3) Lapso temporal: varia de 2 a 15 anos, dependendo da espécie de usucapião que
será utilizada para aquisição da propriedade imóvel. Varia de 3 a 5 anos se tratar de
bem móvel.
4)“Ânimus domini”: intenção de propriedade em relação àquela coisa.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural.
(...)
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
STF Súmula nº 263 - 13/12/1963 - Possuidor - Citação -
Ação de Usucapião
O possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação
de usucapião.
STF Súmula nº 391 - 03/04/1964 - Confinante Certo -
Citação - Ação de Usucapião
O confinante certo deve ser citado pessoalmente para a
ação de usucapião.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
1) Usucapião Extraordinária (art. 1.238, CC): não precisa ter justo
título nem boa-fé. Poderá adquirir por usucapião mesmo de má-
fé
Prazo: 15 anos.
Art. 1.238, parágrafo único, CC se adquirida a posse, mesmo que
de má-fé, houver função social, o prazo será menor: 10 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
2)Usucapião Ordinária
(art. 1.242, CC): possuidor de boa-fé Prazo: 10 anos.
Art. 1.242, parágrafo único, CC quando houver o cancelamento
no RGI. 3 requisitos: tem que ter sido adquirido onerosamente;
quem transferiu a propriedade era quem tinha o registro no RGI;
tem que ter a função social. Prazo cai para 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
3) Usucapião Rural
(art. 1.239, CC): morar e plantar em área rural, terreno de até 50
hectares. Não ter outra propriedade.
Prazo: 5 anos.
Se possuidor for proprietário de outro imóvel, poderá adquirir por
outra usucapião, mas não a rural, e o prazo mudará, não será
mais o de 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
4) Usucapião Urbana
(art. 1.240, CC): quando alguém, que não é proprietário de outro
imóvel, e ocupa propriedade urbana de até 250m. Tem que
morar.
Prazo: 5 anos.
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS
5)Usucapião Matrimonial:
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos
ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade,
sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-
companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
V Jornada de Direito Civil STJ e CJF enunciados:
498. A fluência do prazo de 2 anos previsto pelo art.
1.240-A para a nova modalidade de usucapião nele
contemplada tem início com a entrada em vigo da Lei n.
12.424/2011.
499. A aquisição da propriedade na modalidade de usucapião prevista
no art. 1.240-A do Codigo Civil só pode ocorrer em virtude de
implemento de seus pressupostos anteriormente ao divórcio. O
requisito "abandono de lar" deve ser interpretado de maneira
cautelosa, mediante a verificação de que o afastamento do lar
conjugal representa descumprimento simultâneo de outros deveres
conjugais, tais como assistência material e sustento do lar,
onerando desigualmente aquele que se manteve na residência
familiar e que se responsabiliza unilateralmente pelas despesas
oriundas de manutenção da família e do próprio imóvel, o que
justifica a perda da propriedade e a alteração do regime de bens
quanto ao imóvel objeto de usucapião.
500. A modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do
Código Civil pressupõe a propriedade comum do casal e
compreende todas as formas de família ou entidaes
familiares, inclusive homoafetivas.
501. As expressões "ex-cônjuge" e "ex-companheiro",
contidas no art. 1.240-A do Código Civil, correspondem à
situação fática da separação, independentemente de
divórcio.
502. O conceito de posse direta referido no art. 1.240-A do
Código Civil não coincide com a acepção empregada no
art. 1.197 do mesmo Código.
STF Súmula nº 237 - 13/12/1963 -
Usucapião - Argüição em Defesa
O usucapião pode ser argüido em defesa.
CONFLITO INTERTEMPORAL DE NORMAS:
Usucapião extraordinária (art. 1238, caput, CC): aplicação da 
regra contida no art. 2.028, CC:
Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos 
por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver 
transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei 
revogada.
Usucapião extraordinária (art. 1.238, parágrafo único) e usucapião 
tabular: aplicação da regra contida no art. 2.029, CC:
Art. 2.029. Até dois anos após a entrada em vigor deste Código, os 
prazos estabelecidos no parágrafo único do art. 1.238 e no 
parágrafo único do art. 1.242 serão acrescidos de dois anos, 
qualquer que seja o tempo transcorrido na vigência do anterior
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS
Tele Aula 9
Propriedade Superficiária
Direito real de construir e plantar em imóvel alheio,
conferido pelo fundieiro (proprietário do solo) em
benefício do superficiário (titular do direito), que
passará a exercer a posse direta da coisa, dentro de
prazo determinado.
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a
outrem o direito de construir ou de plantar em
seu terreno, por tempo determinado, mediante
escritura pública devidamente registrada no
Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não
autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente
ao objeto da concessão.
Característica:
- Direito real sobre coisa alheia;
- Finalístico: construir ou plantar;
- Temporariedade;
- Cânon superficiário (pagamento), na hipótese de
concessão onerosa;
- Escritura pública, registrada no Cartório de
Registro de Imóveis;
- Impossibilidade de realização de obras no
subsolo, a não ser que haja estipulação favorável
expressa.
Sujeitos 
Fundieiro: proprietário do solo. Faz jus, na hipótese de 
concessão onerosa, ao cânon superficiário, que é o 
pagamento pela utilização de sua propriedade. 
Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se 
onerosa, estipularão as partes se o pagamento será feito de uma só 
vez, ou parceladamente.
Superficiário: proprietário das construções e/ou
plantações. Possui o chamado direito de implante e tem a
posse direta sobre o solo que exerce tal direito. Responde
pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.
Art. 1.371. O superficiário responderá pelos encargos e tributos
que incidirem sobre o imóvel.
- Ato inter vivos;
Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito
de superfície, o superficiário ou o proprietário tem direito
de preferência, em igualdade de condições.
- Ato mortis causa
Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a
terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros.
Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo
concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela
transferência.
A superfície extingue-se pelo decurso do
prazo estipulado no instrumento público
que a constituiu.
- Extinção antecipada: desvio de
finalidade.
- Desapropriação: indenização ao
proprietário e ao superficiário.
Servidão
A servidão prediais é o direitoreal de fruição ou de gozo (jus in re
aliena) constituído, pela lei ou pela vontade das partes, em favor de
um prédio dominante, sobre outro prédio serviente, pertencente a
dono diferente. A servidão impõe ao prédio serviente um encargo,
restringindo as faculdades de uso e de gozo do proprietário deste
prédio.
Características
- Indivisibilidade (art. 1.386).
- Perpetuidade.
- A servidão não se presume, devendo decorrer da lei ou da
vontade das partes, sendo necessário seu registro no Cartório de
Imóveis.
- Inalienabilidade.
• Ao proprietário do prédio serviente, assiste o direito de
renúncia à propriedade ao dono da servidão.
Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio
serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou
parcialmente, a propriedade ao dono do dominante.
Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se
recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela,
caber-lhe-á custear as obras.
• Possibilidade de remoção da servidão. Inovação do
CC/2002 com relação ao proprietário do prédio
dominante.
Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para
outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em
nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo
dono deste e à sua custa, se houver considerável
incremento da utilidade e não prejudicar o prédio
serviente.
DIREITO CIVIL IV
TELE AULA 10
Servidão
A servidão prediais é o direito real de fruição ou de gozo (jus in re
aliena) constituído, pela lei ou pela vontade das partes, em favor de
um prédio dominante, sobre outro prédio serviente, pertencente a
dono diferente. A servidão impõe ao prédio serviente um encargo,
restringindo as faculdades de uso e de gozo do proprietário deste
prédio.
Características
- Indivisibilidade (art. 1.386).
- Perpetuidade.
- A servidão não se presume, devendo decorrer da lei ou da
vontade das partes, sendo necessário seu registro no Cartório de
Imóveis.
- Inalienabilidade.
• Ao proprietário do prédio serviente, assiste o direito de
renúncia à propriedade ao dono da servidão.
Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio
serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou
parcialmente, a propriedade ao dono do dominante.
Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se
recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela,
caber-lhe-á custear as obras.
• Possibilidade de remoção da servidão. Inovação do
CC/2002 com relação ao proprietário do prédio
dominante.
Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para
outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em
nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo
dono deste e à sua custa, se houver considerável
incremento da utilidade e não prejudicar o prédio
serviente.
Usufruto
É direito real intransferível, personalíssimo, sobre coisa alheia, que
atribui a uma pessoa a faculdade de usar e fruir (usufruir) da coisa
de outrem, temporariamente, desde que não lhe altere a
substância.
Uso
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos,
quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a
sua condição social e o lugar onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de
seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço
doméstico.
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for
contrário à sua natureza, as disposições relativas ao
usufruto.
OBS: O uso deve ser registrado no registro imobiliário.
Habitação
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar
gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar,
nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de
uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não
terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode
inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes
compete, de habitá-la.
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à
sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o
regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da
participação que lhe caiba na herança, o direito real de
habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da
família, desde que seja o único daquela natureza a
inventariar.
Direito real do promitente comprador do imóvel
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se
não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento
público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de
Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à
aquisição do imóvel.
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode
exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os
direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de
compra e venda, conforme o disposto no instrumento
preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do
imóvel.
PENHOR
É o direito real através do qual a posse de bem móvel do devedor
(ou de terceiro) é entregue ao credor em garantia do adimplemento
de obrigação principal
Constituição
Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da
posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o
represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa
móvel, suscetível de alienação.
Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de
veículos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor,
que as deve guardar e conservar.
Art. 1.432. O instrumento do penhor deverá ser levado a registro,
por qualquer dos contratantes; o do penhor comum será
registrado no Cartório de Títulos e Documentos.
Da Extinção do Penhor
Art. 1.436. Extingue-se o penhor:
I - extinguindo-se a obrigação;
II - perecendo a coisa;
III - renunciando o credor;
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de
dono da coisa;
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da
coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
§ 1o Presume-se a renúncia do credor quando consentir na
venda particular do penhor sem reserva de preço, quando
restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua
substituição por outra garantia.
§ 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte
da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor quanto
ao resto.
Art. 1.437. Produz efeitos a extinção do penhor depois de
averbado o cancelamento do registro, à vista da
respectiva prova.
HIPOTECA
Direito real através do qual o devedor, sem transferir a
posse, vincula bem imóvel ao adimplemento de obrigação
principal.
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II - o domínio direto;
III - o domínio útil;
IV - as estradas de ferro;
V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente
do solo onde se acham;
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;
IX - o direito real de uso;
X - a propriedade superficiária.
§ 1o A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo
disposto em lei especial.
§ 2o Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos
incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados à
duração da concessão ou direito de superfície, caso
tenham sido transferidos por período determinado.
Alienação do Bem Hipotecado
Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário
alienar imóvel hipotecado.
Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o
crédito hipotecário, se o imóvel for alienado.
ANTICRESE
direito através do qual o devedor entrega ao credor imóvel para que
a percepção dos frutos dele provenientes compense o valor do
débito.
Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega
do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em
compensação da dívida, os frutos e rendimentos.
§ 1o É permitidoestipular que os frutos e rendimentos do
imóvel sejam percebidos pelo credor à conta de juros, mas se
o seu valor ultrapassar a taxa máxima permitida em lei para
as operações financeiras, o remanescente será imputado ao
capital.
§ 2o Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá
ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a
terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado
em anticrese.
DIREITO CIVIL IV
TELE AULA 11
HIPOTECA
Direito real através do qual o devedor, sem transferir a
posse, vincula bem imóvel ao adimplemento de obrigação
principal.
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II - o domínio direto;
III - o domínio útil;
IV - as estradas de ferro;
V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente
do solo onde se acham;
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;
IX - o direito real de uso;
X - a propriedade superficiária.
§ 1o A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo
disposto em lei especial.
§ 2o Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos
incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados à
duração da concessão ou direito de superfície, caso
tenham sido transferidos por período determinado.
Alienação do Bem Hipotecado
Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário
alienar imóvel hipotecado.
Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o
crédito hipotecário, se o imóvel for alienado.
ANTICRESE
direito através do qual o devedor entrega ao credor imóvel para que
a percepção dos frutos dele provenientes compense o valor do
débito.
Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega
do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em
compensação da dívida, os frutos e rendimentos.
§ 1o É permitido estipular que os frutos e rendimentos do
imóvel sejam percebidos pelo credor à conta de juros, mas se
o seu valor ultrapassar a taxa máxima permitida em lei para
as operações financeiras, o remanescente será imputado ao
capital.
§ 2o Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá
ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a
terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado
em anticrese.
Há algum tempo atrás a Prefeitura Municipal de São Paulo realizou obra que acabou por
definir novo traçado ao Rio Tietê, cujas águas abandonaram parte do antigo leito e
passaram a correr em outro lugar. Com o desvio do rio e conseqüente esvaziamento das
águas, a Especial Veículos e Peças LTDA, que ficava localizada às margens do antigo
traçado do Tietê, apropriou-se de toda a parte do álveo descoberto que ficava nos limites
de sua testada, totalizando área equivalente a 791,5 m2. Todavia, dois sujeitos se
insurgiram contra a apropriação da Especial Veículos e Peças LTDA: a) o proprietário do
imóvel ribeirinho localizado na mesma direção da Especial, mas na outra margem, pois
reclama que em conformidade com o preceituado no art. 1.252, CC/2002, ele (o
proprietário) faria jus à parte da acessão que se estende até o meio do álveo, o que não
foi respeitado pela Especial e b) o Município de São Paulo, que requer a propriedade do
álveo abandonado para a municipalidade.
Referência parcial: TJSP APC 166.611-5/9-00
Tomando por parâmetro os direitos reais e atendendo estritamente ao enunciado da
questão, resolva JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE a problemática que se coloca
para definir quem adquirirá a propriedade do álveo abandonado.
José ingressou mansa e pacificamente na posse de imóvel de propriedade de
Emanuel em fevereiro de 1992, passando lá a morar com sua família. Em
março de 2010, Emanuel ajuizou ação de reintegração de posse em face de
José.
E sua defesa, José alegou que já havia usucapido o referido bem, pois estava
na posse mansa, pacífica, incontestada e exercida com animus domini há mais
de 18 anos. O juiz, porém, aplicando a regra do art. 2.028, entendeu que a
usucapião somente ocorreria em 2012, motivo pelo qual não acatou a tese de
José e ainda determinou sua retirada do imóvel em prazo não superior a 30
dias.
Considerando a disciplina da usucapião contida no Código Civil, responda
JUSTIFICADA e FUNDAMENTADAMENTE:
A) Qual a modalidade de usucapião alegada por José?
B) Foi correta a decisão judicial?
João, em 15 de maio de 1998, invade um terreno, de
aproximadamente 500 m2, localizado no município do Rio de Janeiro,
pertencente a José. O proprietário do terreno, não demonstrou
nenhuma resistência a essa posse. João, então, constrói uma pequena
casa e passa a residir no local com sua esposa e seus 5 filhos. Em 25 de
abril de 2000, José, militar, é mandado por uma missão ao Haiti, por 3
anos. Comente:
Poderia ser pleiteada alguma a aquisição da propriedade pela
usucapião? Em caso positivo, qual seria a espécie? E em qual o
momento, João, poderá adquirir a propriedade e o que influenciou no
lapso temporal?
Estevão, proprietário de um imóvel em frente à praia, celebrou com
Antônio, seu vizinho de fundo, contrato através do qual se
comprometia a construir muro cheio até a altura de 02 metros, e daí
em diante, composto por elementos vazados no sentido vertical,
enviesados e com espaçamento que possibilitem a aeração, ensolação
e vista da paisagem. No entanto, Estevão descumpriu o pactuado e
levantou muro cheio de 4 (quatro) metros. Considerando que o
contrato não foi registrado no CRI, responda JUSTIFICADA E
FUNDAMENTADAMENTE:
A) Há hipótese de servidão legal?
B) Antônio pode demandar o cumprimento do contrato?
C) Se Antônio tivesse alienado o imóvel a terceiro, este poderia pedir a
execução do contrato fundado no direito real de servidão?
Caio e Alessandra, casados sob o regime de comunhão parcial de bens,
firmaram contrato de mútuo junto à Instituição Financeira IF para
investimento em clínica médica da qual são os únicos sócios. Deram
como garantia hipotecária o único imóvel que tinham, que residiam
com sua família. Após o vencimento do contrato, o casal não pagou o
valor acordado.
Nesse caso, é possível que Caio e Alessandra percam o imóvel pela
excussão da hipoteca, mesmo sendo bem de família? JUSTIFIQUE E
FUNDAMENTE.

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