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Tcc- Cimicifuga racemosa

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA 
FACULDADE DE CIENCIAS DA SAUDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATÁLIA FRANCIELLE LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DA ​Cimicífuga racemosa​ COMO TERAPIA DE REPOSIÇÃO 
HORMONAL ALTERNATIVA NA MENOPAUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
PIRACICABA-SP 
2018 
NATÁLIA FRANCIELLE LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DA ​Cimicífuga racemosa ​COMO TERAPIA DE 
REPOSIÇÃO HORMONAL ALTERNATIVA NA MENOPAUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial para 
obtenção do Diploma de Graduação no 
Curso de Farmácia, da Universidade 
Metodista de Piracicaba. 
 
Orientador: Prof.ª Dr.ª Patrícia Correia 
Dias 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
PIRACICABA-SP 
2018 
RESUMO 
 
Palavras-chave: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1- ​Cimicífuga racemosa​ 9. 
Figura 2- Glicosídeos triterpênicos 11. 
Figura 3- Constituintes químicos, ​C. racemosa​ 12. 
Figura 4- Órgãos reprodutores femininos 13. 
Figura 5- Controle hormonal: Folículo de Graff (FG) a esquerda em desenvolvimento, 
evoluindo para formar o corpo lúteo (CL) a direita 14. 
Figura 6- Secreção de estrogênio durante a vida sexual da mulher 19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
2 
1 INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
5 
2 OBJETIVO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 
3 METODOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
.8 
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
.9 
4.1 ​Cimicífuga racemosa L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
9 
4.2 Constituintes químicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . 
.10 
4.3 Fisiologia da Mulher. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
.12 
4.4 Climatério e menopausa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
.15 
4.5 O papel hormonal nos diferentes sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
18 
4.6 Aspectos farmacológicos da ​Cimicífuga Racemosa​. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
.20 
4.6.1 Posologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
22 
4.7 Efeitos colaterais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
22 
4.8 Contra indicações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
.23 
4.9 Interações medicamentosas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . 
23 
4.10 Resultados de estudos envolvendo o uso da ​Cimicífuga racemosa como terapia 
alternativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .23 
5 DISCUSSÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .26 
6 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS. .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 
REFERENCIAS. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . .. . . . .. . . . . . . .. . . . . . . .. 31 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O climatério reflete a um período ao qual a mulher passa no decorrer da sua vida, 
representando uma alteração em seu ciclo reprodutivo (VALENÇA e GERMANO, 2010). 
Mendonça (2004) cita que o termo se refere ao ciclo hormonal da mulher, onde 
acontecem alterações hormonais envolvendo estrógenos e progesterona. 
Segundo o Ministério da Saúde (MS, 2008), “o climatério não é uma doença, muitas 
passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos”. 
Porém Pinto et al (2010), descrevem que durante este período a mulher passa por um 
esgotamento folicular, o que traz como resultado a diminuição gradual dos tamanhos dos 
ovários. Com a redução dos mesmos, observa-se a baixa dos níveis de estrogênio, e quando 
estes níveis não são mais suficientes para suprir o crescimento endometrial, a menstruação 
cessa e instala-se a menopausa. 
Considera-se, portanto, o climatério como etapa importante e necessária na vida da 
mulher e os sintomas mais frequentes e informados são os referentes a instabilidade 
vasomotora, distúrbios menstruais, sintomas psicológicos, atrofia geniturinária e, a longo 
prazo, osteoporose e alterações cardiocirculatórias (VALENÇA e GERMANO, 2010). 
Os sintomas mencionados, são decorrentes da junção de dois fatores redutores sendo 
eles o ciclo ovulatório e a produção de estrógenos (PINTO et al, 2010). 
Polonini, Raposo e Brandão (2011), descrevem que a menopausa é dividida em duas 
etapas: peri e pós-menopausa. A peri-menopausa é a etapa primordial, onde a mulher 
apresenta ciclos menstruais irregulares, quando ocorre a interrupção por mais de 12 meses a 
mulher avança para a pós-menopausa. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2008) e a Associação 
Brasileira do Climatério (SOBRAC, 2008) “a expectativa de vida da mulher aumentou, isto 
significa que cada vez mais, um número maior de mulheres, estará vivendo mais tempo no 
período pós-menopáusico”. 
8 
 
Em algumas mulheres, esta redução intensa de hormônios endógenos pode levar à 
quadros mórbidos (POLONINI, RAPOSO e BRANDÃO, 2011). 
Em quadros como estes, Pinto et al. (2010), descrevem a importância da realização da 
terapia de reposição hormonal (TRH), onde a mulher utilizará compostos estrogênicos 
visando amenizar as consequências do hipoestrogenismo como, alterações vasomotoras, 
ressecamento vaginal, efeitos dermatológicos, perda da massa óssea, melhora da qualidade do 
sono e estimulação da libido. 
“As preparações hormonais mais utilizadas em mulheres climatéricas são os 
estrogênios naturais (17β estradiol), o seu derivado sintético (valerato de estradiol) e os 
estrogênios conjugados equinos” (PINTO et al., 2010). 
Com a reposição hormonal convencional, têm-se benefícios definidos, conforme 
descrito por Pardini (2007), sendo eles sobre: Sistemas vasomotores, urogenitais, relacionados 
à osteoporose e sintomas psíquicos.Já Lente e Velasque (2015), informam que a reposição hormonal acaba sendo 
delimitada a certas pacientes que tem contraindicações específicas. 
Para estas mulheres, que possuem certas contraindicações a este tipo de terapia 
medicamentosa, aconselha-se o uso de fitoterápicos, conhecidos como fito estrogênios e que 
auxiliam a mulher em determinados sintomas (PINTO et al., 2010). 
Esta terapia é considerada alternativa, envolvendo fármacos que são extraídos de 
plantas, porém capazes de realizar similarmente a atividade estrogênica (LENTE e 
VELASQUES, 2015). 
Dentre os fitos estrogênicos mais utilizadas na terapia hormonal alternativa, 
encontramos: ​Rubus spp​, ​Cimicífuga racemosa​, Gamma oryzanol, Genisteína, Glycine Max 
(Soja), Isoflavona, Óleo de Prímula, Trevo vermelho, Yam mexicano entre outros. 
Diante disso, esta monografia tem como objetivo revisar e detalhar as características 
botânicas, químicas e farmacológicas da ​Cimicífuga racemosa ​e compreender sua eficácia 
sobre mulheres menopausadas. 
 
9 
 
 
 
 
2 OBJETIVO 
Este trabalho visa realizar uma revisão através de levantamento bibliográfico e clínico 
sobre a menopausa, enfatizando a terapia alternativa com a ​Cimicifuga racemosa​, salientando 
estudos onde compara-se a eficácia da planta propriamente dita e demais terapias utilizadas 
em mulheres acometidas pelo distúrbio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
3 METODOLOGIA 
O trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica sistemática 
descritiva, realizando-se pesquisas nas bases eletrônicas de dados Scielo, Medline, PubMed, 
Google Acadêmico e livros, nos idiomas português e inglês utilizando como descritores: 
climatério, menopausa e ​Cimicifuga racemosa. 
O recorte temporal abrangeu o período compreendido entre 2001 a 2018, buscando 
encontrar artigos e livros que compreendessem a ação farmacológica e comprovassem a 
eficácia da ​C. racemosa ​em mulheres menopausadas​. Após a análise dos artigos selecionados 
e livros iniciou-se o desenvolvimento da monografia enfocando o uso da ​Cimicifuga 
racemosa ​como terapia de reposição hormonal alternativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
4.1 ​Cimicífuga racemosa L. 
Segundo a literatura disponível pelo CIM-RS (2006), a ​Cimicifuga racemosa L​., é uma 
planta originária da América do Norte, pertencente à família Ranunculaceae. 
A ​Cimicífuga Racemosa​, pode alcançar até 2 metros de altura, possui folhas largas e 
verdes e encontra-se com inflorescências de cor branca próximas de sua base e caules 
(SOUZA e ODA, 2012). 
Suas inflorescências surgem durante o período do verão ao outono, conforme 
mostra-se na figura 1 abaixo (ALONSO, JORGE, 2002). 
12 
 
 
Figura 1:​ Cimicifuga racemosa​. Fonte: Plantamed 
O gênero Cimicífuga abrange 18 espécies, sendo uma proveniente do continente 
europeu conhecida por ​Cimicífuga europae​, seis oriundas da américa do norte, sendo elas ​C. 
americana​, ​C. arizonica​, ​C. laciniata​, ​C. elata​, ​C. racemosa e ​C. rubifolia. ​As demais são 
procedentes do nordeste da Ásia, na qual salienta-se a ​Cimicífuga foetida e ​C. daburica 
(ALONSO, JORGE, 2002). 
Segundo Lopes et al (2008), as partes utilizadas são as raízes e o rizoma e a origem do 
termo Cimicífuga é latina (Cimis=inseto+fugare= fuga), devido ao fato de seu aroma afastar 
insetos. Sua sinonímia e nomes populares são: ​Acteae racemosa L​., Black cohosh em países 
de língua inglesa, Erva de São Cristóvão e macrotys actaea. 
No Brasil, a ​Cimicífuga racemosa está presente na composição de inúmeros 
medicamentos fitoterápicos como: Tepemen® (Abnat), Mencirax® (Ativus), Menocimed® 
(Cimed), Tensiane® (Greenfarma) e Clifemim® (Herbarium), dentre outros registrados pela 
ANVISA, com indicação para tratamento dos sintomas do climatério (SOUZA e ODA, 2012). 
 
4.2 Constituintes químicos 
13 
 
A ​Cimicifuga racemosa​, possui em sua estrutura constituintes químicos como, 
Alcaloides, Flavonoides, Fenipropanoides e Teroenoides (BARNES, ANDERSON e 
PHILLIPSON, 2012). Os Teroenoides são os glicosídeos triterpênicos que segundo Silva et 
al. (2009), são os marcadores específicos da ​C. racemosa. 
De acordo com Barnes, Anderson e Phillipson (2012), não existe um mecanismo de 
ação específico para a ​Cimicifuga​, porém vários estudos relatam a importância dos 
glicosídeos triterpênicos e flavonoides, e atribuem a estes a ação farmacológica. 
Um destes estudos é o realizado por Lopes et al (2008), onde atribuem a ação 
farmacológica da ​Cimicifuga racemosa aos glicosídeos triterpênicos, alcaloides e ácidos 
aromáticos, sendo que tanto os glicosídeos do tipo cicloartano como as suas agliconas são 
ativos. 
Abaixo, na figura 2 temos as estruturas químicas dos glicosídeos triterpênicos, 
presentes na ​Cimicifuga racemosa​. 
 
Figura 2: Glicosídeos triterpênicos. Fonte: Silva et al., (2009). 
14 
 
Segundo Silva et al. (2009), para processamento do material botânico, é necessário que 
aconteça a extração e esta pode ser realizada com extrato etanólico ou isopropanólico na 
proporção de 40 a 60% em relação a matéria prima. 
De acordo com a literatura descrita por Barnes, Anderson e Phillipson (2012), dentre 
os constituintes químicos presentes na ​Cimicifuga racemosa, ​podemos encontrar alcaloides do 
tipo quinolizidínico, flavonoides como a formononetina, onde a esta é atribuída a atividade 
competitiva no receptor de estrogênio. 
Além disso, encontra-se constituintes da classe de fenipropanoides, como ésteres, 
cimiracematos e terpenoides, onde teremos uma mistura complexa de glicosídeos 
triterpênicos. 
Em um trabalho de revisão feito por Silva et al. (2009), preparou-se uma solução de 
extrato hidroetanólico (1:1) dos rizomas da ​C. racemosa​, onde encontrou-se ácidos como: 2- 
fukinólico, cimicifúgico A, cimicifúgico B, cimicifúgico E e cimicifúgico F. Além deles, 
também foram encontrados na forma livre os ácidos cafeicos, ferúlico e isoferúlico, conforme 
ilustrado na figura 3 abaixo. 
 
.​Figura 3: Constituintes químicos, ​C. racemosa​. Fonte: Silva et al​. ​(2009). 
15 
 
 
De acordo com a OMS (2004), os constituintes principais e característicos estão 
relacionados com os ​triterpenos acetol à base de ciclo-aranol, acetilacetol, 26-desoxi- alcolol, 
cimigenol, acteína, 26-desoxicocerina e cimicifugosida. 
 
4.3 Fisiologia da mulher 
O sistema reprodutor feminino tem como principais órgãos os ovários, as trompas 
uterinas, o útero e a vagina, conforme ilustrado na figura 4 abaixo. 
 
 
 
Figura 4: Órgãos reprodutores femininos. Fonte: GUYTON, HALL, 2011, p. 1041 
Guyton, Hall (2011), descrevem que o ciclo sexual feminino acontece mensalmente e 
em cada ciclo, somente um óvulo é expelido. 
O ciclo hormonal feminino, funciona a partir da ação integrada de um eixo, composto 
pelo hipotálamo, hipófise anterior ou adeno-hipófise e ovários (GUYTON, HALL, 2011). 
As três estruturas do eixo estão diretamente relacionadas, ou seja, são dependentes 
(BOUZAS et al, 2010). 
16 
 
No hipotálamo, temos a liberação do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) e 
este atua diretamente sobre a hipófise anterior, onde a mesma responde liberando dois 
hormônios: hormôniofolículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) (GUYTON, 
HALL, 2011). 
Estes hormônios liberados pela hipófise anterior determinam a secreção ovariana e a 
produção dos óvulos (BOUZAS et al​.​, 2010), por sua vez, atuam diretamente nos ovários 
promovendo o desenvolvimento de pequenos grupos de folículos, onde cada um contém um 
óvulo. O desenvolvimento destes folículos não ocorre igualmente ao mesmo tempo, os que se 
desenvolvem mais rapidamente chamamos de Graaf (FG), conforme apresentado na figura 5 
(RANG, DALE, 2012). 
 
Figura 5: Controle hormonal: Folículo de Graff (FG) a esquerda em desenvolvimento, evoluindo para 
formar o corpo lúteo (CL) a direita. Fonte: RANG, DALE, 2012, p. 418. 
Guyton, Hall (2011), relatam que a ausência destes determinados hormônios, faz com 
que os ovários permaneçam inativos. 
A secreção destes hormônios, inicia-se entre 11 a 15 anos de idade “Esse período de 
mudança é denominado puberdade e o primeiro ciclo menstrual é denominado menarca” 
(GUYTON, HALL, 2011, p.1042). 
17 
 
Estes ciclos iniciam-se com a menstruação e esta permanece por três a seis dias, 
durante este período acontece a descamação do endométrio uterino caracterizando-a (RANG, 
DALE, 2012). 
Estes ciclos menstruais acontecem em intervalos regulares, iniciando-se 
involuntariamente e findando-se através da supressão do mesmo (BOUZAS et al, 2010). 
O período ovulatório da mulher que tem um ciclo de 28 dias, acontece a partir do 14º 
dia após início da menstruação. Guyton, Hall (2011), citam que o LH é indispensável para 
ovulação, sem o mesmo a maturação do folículo e o processo ovulatório não acontece. 
Após esta estimulação o folículo maduro acaba se rompendo, resultando-se na 
ovulação. As células deste folículo rompido, proliferam-se e desenvolvem-se no corpo lúteo e 
este, por sua vez secreta progesterona. Posteriormente após o processo ovulatório, teremos 
uma redução da quantia secretada de LH, porém um aumento da secreção de progesterona. 
Nesta fase do ciclo menstrual, o endométrio se encontra susceptível a implantação do 
óvulo fertilizado, este é influenciado pela progesterona e pelo estrógeno. Nesta etapa, caso 
ocorra a fertilização do óvulo a mulher iniciará o processo de uma gravidez (RANG, DALE, 
2012), ou na ausência da mesma, ocorre uma redução de estrógeno e progesterona levando 
então a descamação do endométrio e tendo como decorrência a menstruação (BOUZAS et al., 
2010). 
Após termino do fluxo menstrual o endométrio começa a passar por um período de 
regeneração e este é mediado pelos estrógenos, que serão responsáveis pela fase proliferativa 
(RANG, DALE, 2012). 
BOUZAS et al. (2010), relatam que “a menstruação marca o início de um novo ciclo 
menstrual, com regeneração e crescimento de novo tecido endometrial”. 
 
4.4 Climatério e menopausa 
O climatério representa uma fase da vida da mulher caracterizada por alterações 
hormonais e estas levam a certas irregularidades menstruais (MS, 2008). Antunes, Marcelino 
18 
 
e Aguiar ​(2003), citam que esta fase não é pontual na vida da mulher e sim um processo 
continuo, englobando a pré e a pós menopausa. 
“A maioria das mulheres apresenta algum tipo de sinal ou sintoma no climatério, que 
varia de leve a muito intenso na dependência de diversos fatores” (MS, 2008). Porém existem 
casos em que a mulher não apresenta nenhum sintoma durante este período, sendo assim, este 
critério não é considerado fator obrigatório. 
Os sintomas quando apresentados, são provenientes da diminuição dos níveis de 
estrogênios circulantes, o Ministério da Saúde (MS, 2008) divide estes sintomas em 
transitórios e agudos/não transitórios. Os não transitórios representam a irregularidade no 
ciclo menstrual e os sintomas transitórios agudos envolvem atrofias geniturinários, distúrbios 
no metabolismo lipídico e ósseo. 
Este período em que a mulher passa é dividido em três fases: peri menopausa, 
menopausa e pós menopausa. 
A mulher acaba ficando exposta a um novo cenário hormonal durante a menopausa, 
devido à queda de estrógenos conhecida também como hipoestrogenismo (ANTUNES, 
MARCELINO e AGUIAR, 2003). 
Um dos indicativos da menopausa é o aumento dos níveis de FSH e da diminuição de 
progesterona na fase lútea (MS, 2008). 
A peri menopausa é definida pelo Ministério da saúde (MS, 2008), como sendo um 
período próximo a menopausa, ou seja, antecessor. Mas Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), 
descrevem que a peri menopausa reflete a um período com duração de aproximadamente 
cinco anos antes da mulher alcançar definitivamente a menopausa. 
Quando a mulher se encontra na peri menopausa os ovários acabam respondendo mal 
aos estímulos das gonadotrofinas (FSH e LH) e como consequência, os ciclos menstruais 
acabam sendo anovulatórios. 
A diminuição estrogênica, reflete diretamente sob as gonadotrofinas (FSH e LH) 
elevando-as durante o período menopáusico (ALONSO, JORGE, 2002). 
Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), dividem a sintomatologia referente a esta 
carência estrogênica em precoce e tardia, a precoce é citada pelos sintomas vasomotores, 
19 
 
perturbações psicológicas e genito-urinárias e estas estão mais envolvidas com transição da 
peri menopausa a menopausa definitiva. Já as manifestações tardias, são compostas por 
sintomas que envolvem alterações a nível- cutâneo, cardiovascular, ósseo e peso. 
Entre os distúrbios neurovegetativos, além das alterações de humor mencionadas 
anteriormente, temos as manifestações vasomotoras conhecidas também como fogachos que 
acompanham a mulher desde o climatério até a menopausa. 
As manifestações vasomotoras, estão relacionadas diretamente com o aumento da 
secreção de LH (ALONSO, JORGE, 2002). 
De acordo com o Mistério da Saúde (MS, 2008) os fogachos, são os sintomas mais 
comuns que atingem as mulheres e é descrito pelas mesmas como uma sensação intensa de 
calor acometendo principalmente o tronco, pescoço e face, e acompanhada de sudorese 
excessiva. 
Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), informam que os fogachos atinjam cerca de 60 a 
80% das mulheres e os mesmos acabam sendo mais intensos nos dois primeiros anos e que a 
cessação deste sintoma acaba sendo após cinco anos em que a mulher se encontra na 
menopausa. Pinto et al. (2010), atribuem este sintoma a deficiência do estrogênio e devido 
esta deficiência os neurônios envolvidos no sistema termo regulatório hipotalâmico acabam 
passando por variações. 
Durante este período a mulher também pode passar por disfunções sexuais e dentre 
estas destaca-se a diminuição da libido (MS, 2008). Com as diminuições estrogênicas a 
mucosa vaginal acaba atrofiando-se, uma vez que, a mesma é dependente de estrogênio, de 
acordo com Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), este seria o principal motivo da queixa 
feminina referente a secura vaginal. 
Diante destes sintomas apresentados pela mulher, a menopausa acaba sendo um evento 
já esperado e o diagnóstico confirmatório é clinico, verifica-se a idade e a quanto tempo 
apresenta-se com amenorreia. Mulheres com a idade entre ​45 e 52 anos e com ausência 
menstrual a doze meses aonde para esta ausência nãoexistem outras possíveis causas, esta 
encontra-se seguramente na menopausa (ANTUNES, MARCELINO e AGUIAR 2003). 
20 
 
Atribui-se, portanto, a menopausa ao esgotamento folicular e consequentemente a 
redução de estrógenos circulantes, conforme ilustrado na figura 6 abaixo: 
 
Figura 6: Secreção de estrogênio durante a vida sexual da mulher. Fonte: GUYTON, HALL, 2011, 
p.1053. 
Entre as manifestações tardias, Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), atribuem as 
alterações cutâneas a diminuição estrogênica e devido a este fator a mulher acaba tendo uma 
perda de colágeno e consequentemente uma alteração na tonicidade da pele favorecendo o 
aparecimento das rugas o que é característico do quadro de envelhecimento. 
O hipoestrogenismo pode influenciar diretamente os níveis de colesterol (LDL), 
elevando-os e diminuindo as concentrações de HDL, favorecendo o aparecimento de 
dislipidemias (MS, 2008). Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), declaram que os estrogênios 
contribuem para proteção cardiovascular, sendo responsáveis por controlar os níveis lipídicos 
na mulher. 
As alterações ósseas mais importantes que acometem a mulher durante este período é a 
osteoporose. Neto et al (2004), definem a osteoporose como “uma doença caracterizada por 
baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, causando fragilidade 
óssea e aumento no risco de fraturas”. 
Antunes, Marcelino e Aguiar (2003), atribuem ao hipoestrogenismo o aparecimento da 
osteoporose, já que, com a redução deste hormônio acontece consequentemente a diminuição 
21 
 
da densidade óssea, e esta é proveniente do aumento do metabolismo de reabsorção óssea e 
das alterações relacionadas com a fixação de cálcio no osso. 
 
4.5 O papel hormonal nos diferentes sistemas 
Existem dois tipos de hormônios essenciais para o bom funcionamento fisiológico 
natural da mulher. Estes hormônios recebem o nome de estrogênios, na qual destaca-se o 
estradiol e progestinas a qual recebe o nome de progesterona. 
A excreção de estrógenos acontece através dos ovários, mas também pelas glândulas 
adrenais, porem em quantidades mínimas. No plasma feminino encontra-se apenas três 
estrogênios, sendo eles: estradiol, estrona e estriol. Dentre estas três variedades, o estriol é o 
estrogênio mais fraco e ele é resultado da transformação do estradiol e da estrona no fígado. 
Já a secreção de progestina, acontecem somente durante o ciclo ovariano através do corpo 
lúteo (GUYTON, HALL, 2011). 
Segundo GUYTON, HALL, 2011, p.1047, “Tanto estrogênio quanto progesterona são 
transportados no sangue, ligados principalmente à albumina plasmática”, porém esta ligação é 
fraca e tem como objetivo acelerar a liberação destes hormônios nos tecidos. 
Os estrogênios atuam sobre diversos sistemas fisiológico da mulher, entre eles 
destacam-se os sistemas: ósseo, muscular, tegumentar (pele) e sob o humor. Já a 
progesterona, têm como função principal alterar o endométrio, preparando-o para uma 
possível gestação. 
No sistema ósseo, os estrogênios são responsáveis por inibir a atividade osteoclástica e 
consequentemente estimular o crescimento ósseo, através da atividade osteoblástica 
(GUYTON, HALL, 2011). Sabe-se que os receptores para estrogênio se encontram em 
grandes quantidades nos osteoblastos, atuando no processo de remodelação óssea (AMADEI, 
et al 2006). 
Quando há alteração neste ciclo, teremos um crescimento ósseo em desordem, 
levando consequentemente ao desenvolvimento da osteoporose (RUSSO, L. A. T., 2001). 
22 
 
A redução dos estrógenos confere à mulher uma diminuição de 40% a 65% de massa 
óssea ao longo de sua vida, mas perdurando intensamente durante os cinco primeiros anos 
após início da menopausa (AMADEI, et al 2006). 
Além de alterações ósseas sofridas durante o período menopáusico a estrutura corporal 
também passa por alterações devido a deficiência hormonal. Sabe-se que a diminuição de 
estrógenos reflete diretamente sobre a estrutura corporal da mulher, uma vez que o mesmo 
tem atividade direta sob a lipase lipoproteica estimulando a lipólise (NESI, CORRADINI, 
FELÍCIO, 2008). 
A lipase lipoproteica por sua vez, exerce papel direto sob o tecido adiposo através da 
influência direta de estrógenos. Esta ação permite com que ocorra a diferenciação e 
multiplicação dos adipócitos em mulheres e estes estão localizados em sua maior quantidade 
na região glúteo-femoral. Quando há carência estrogênica temos alteração no processo de 
organização do tecido adiposo e uma tendência a ter um maior acúmulo de gordura na região 
abdominal elevando os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares (PANAZZOLO, et al 
2014). 
Além destes dois sistemas citados anteriormente o sistema tegumentar também sofre 
influência direta de estrogênios, os mesmos são responsáveis pela textura macia e 
normalmente lisa, além disso, contribuem com a pele tornando-a mais vascularizada 
(GUYTON, HALL, 2011). 
De acordo com Cardoso, Eduardo Blanco (2006) a deficiência estrogênica decorrente 
do período menopáusico leva ao ressecamento da pele devido a perda da capacidade de auto 
renovação da camada córnea presente na derme. Além disso, durante os cinco primeiros anos 
da menopausa a mulher tem uma redução de 30% de colágeno e alteração na estruturação das 
fibras elásticas. 
Entre os sintomas apresentados pela mulher, destacamos as alterações psicológicas, 
das quais se enquadram entre os mais prevalentes à irritabilidade, desesperança, ansiedade, 
humor deprimido, desmotivação, dificuldade de concentração e sono interrompido durante a 
noite. 
Essas alterações indesejáveis, são atribuídas a queda abrupta ou irregularidades com as 
concentrações hormonais, tudo isto pois “O estrogênio tem efeito direto sobre o SNC em 
23 
 
áreas que não têm ação sobre o ciclo reprodutivo” (VERAS e NARDI, 2005), entre estas áreas 
citadas os mesmos colocam como exemplo o trofismo que acomete os neurônios colinérgicos 
e os estímulos que sofrem os receptores serotoninérgicos e estes, são responsáveis pela 
regulação do humor e pela cognição. 
Além das irregularidades do humor, a mulher também acaba sendo acometida por um 
quadro assimétrico onde enfrenta distúrbios neurovegetativos, metabólicos e alterações 
urogenitais (VERAS e NARDI, 2005). 
Entre os sintomas urogenitais, temos como mais prevalentes os relacionados a 
incontinência urinária, infecções periódicas e vaginite atrófica. Estas alterações mencionadas, 
também são provenientes da redução de estrógenos e estes por sua vez, possuem receptores no 
trato urinário inferior e assoalho pélvico (PARDINI, 2014). 
 
4.6 Aspectos farmacológicos da ​Cimicífuga racemosa 
Segundo Alonso, Jorge (2002) a ​C. racemosa apresenta três atividades farmacológicas 
características da espécie, sendo elas: reguladora hormonal durante o período do climatério, 
atuando sob o receptor de estrogênio (SERM), mas sem atividade sob os mesmos no útero e 
mamas, hipotensora e anti-inflamatória. 
Seu mecanismo de ação tornou-se compreensível na década de 80, onde através de 
estudos realizados com o rizoma e envolvendo ratas ovariectomizadas, percebeu-se uma ação 
redutorasob os níveis de LH. 
De acordo com Alonso, Jorge (2002), atribui-se a ação redutora há hidrolise 
enzimática influenciada pelos compostos glicosídeos presentes na planta. Além disso, entre os 
compostos existentes destaca-se a importância da substância formononetina, alcaloide 
glicosídico cuja ação dá-se pela competitividade com os receptores estrogênicos, porém sem 
influencia sob a quantia de LH sanguínea. 
Sabe-se, portanto, que o mecanismo de ação esta relacionado aos glicosídeos 
triterpênicos, alcaloides e ácidos aromáticos presentes na planta, porém a natureza do extrato 
produzido influencia diretamente sua ação final. Extratos etanólicos atuam sob receptores 
opioides tendo ação agonista parcial e isto reflete sob as ondas de calor apresentadas no 
24 
 
climatério, já extratos lipofílicos atuam sobre células MCF-7 exercendo atividades redutoras e 
apoptóticas (LOPES et al, 2008). 
Porém Pinto et al (2010), destacam que o extrato produzido através das raízes ou 
rizomas da ​C. racemosa​, atuam sobre o hipotálamo amenizando a frequência do hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRH) e consequentemente reduzindo os efeitos indesejáveis. 
Esta ação é discutida por Rossella et al (2005), na qual os autores descrevem como 
sendo uma atividade neuromoduladora exercida pela ​C. racemosa​ no hipotálamo límbico. 
Extratos etanólicos e isopropanólico, mostraram-se eficazes sob as células MCF-7, 
características de neoplasias mamárias. A ação da ​C. racemosa​, deu-se em receptores 
positivos para estrogênio, no qual, ocorreu a redução da capacidade de estimulação para 
geração de tumores mamários, sendo assim, torna-se opção terapêutica de reposição hormonal 
ideal para mulheres vítimas de câncer mamário (SILVA et al, 2009). 
Segundo a Farmacopeia Brasileira- 1ªedição (2016), concentrações entre 1mg a 
100mg/ml, foram suficientes para inibir células MCF-7 (estrógeno-dependente), além disso, 
pode-se perceber que houve melhora na eficácia do fármaco tamoxifeno. 
O extrato produzido com a planta, mostrou-se a capacidade de apoptose destas células, 
através da ativação das enzimas caspases, além de controle do ciclo celular entre a transição 
da fase G1 para G2, através da ação das substâncias acteína, 26-desoxiacteina e 
cimiracemosídeo (SILVA et al, 2009). 
Rossella et al (2005), descrevem a eficácia sob células MCF-7 em estudos realizados 
envolvendo ratas ovariectomizadas. Percebeu-se o bloqueio de estradiol envolvidos 
diretamente em atividades proliferativas. Além deste efeito, notou-se eficiência sob o sistema 
ósseo, aumentando a atividade osteoblástica e consequentemente reduzindo a osteoclástica. 
O aumento da atividade osteoblástica está relacionado com o heterosídeo 
triperpenoídico, 25-acetilcimigenol-xilopiranosideo existente na planta, a este é conferida a 
inibição da osteoclastogênese, ou seja, preservando da descalcificação óssea (SILVA et al, 
2009). 
25 
 
Além destas atividades mencionadas a ​C. racemosa ​também atua sob o metabolismo 
lipídico, reduzindo o colesterol LDL e o aumentando o HDL, sem alterar colesterol total e 
triglicerídeos (ROSSELA et al, 2005). 
4.6.1 Posologia 
Em formulações nos quais são utilizados rizomas ou raízes, indica-se a dosagem de 40 
a 200 mg de ​C. racemosa ao dia. Já em formulações realizadas a partir do extrato líquido ou 
extratos etanólicos equivalem a 40 mg de rizoma ou raiz seca ao dia. Para tinturas, utiliza-se 
entre 0,4 a 2 ml três vezes ao dia (BARNES, ANDERSON e PHILLIPSON, 2012). 
 
4.7 Efeitos colaterais 
Os dados relatados ainda se encontram limitados para formulações nos quais 
envolvem a ​C. racemosa​. Barnes, Anderson e Phillipson (2012) atribuem está deficiência de 
informação, a estudos nos quais focam somente o mecanismo de ação e esquecem-se dos 
efeitos colaterais vivenciados pelas participantes durante a pesquisa. 
Alonso, Jorge (2002) descreve que os efeitos adversos experimentados são tolerados e 
quando apresentados, tratam-se de desconfortos estomacais e intestinais. Em doses elevadas o 
paciente pode vivenciar sintomas mais exacerbados, como náuseas, vômitos, vertigens e 
transtornos visuais. 
São atribuídos aos glicosídeos triterpênicos os desconfortos estomacais e prováveis 
casos de cefaleia. Mesmo sendo um fármaco seguro para amenizar sintomas climatéricos, 
existem estudos nos quais indicam cautela na utilização, por ser uma provável substância 
responsável por acometer pacientes a desenvolver lesões hepáticas (LOPES et al, 2008). 
De acordo com a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária em nota publicada em 
julho de 2006, baseada em informações fornecidas pela Agência Europeia para a Avaliação de 
medicamentos, a ​C. racemosa pode apresentar hepatotoxicidade em seus usuários, e aos quais 
apresentarem sintomas sugestivos de lesões hepáticas devem imediatamente suspenderem o 
uso e procurarem auxilio médico. 
 
26 
 
 
4.8 Contraindicações 
Contraindicado para grávidas, lactantes e crianças menores que 12 anos (JORGE, 
ALONSO, 2002). 
A substância também, torna-se contraindicada à pacientes que apresentem sintomas 
relacionados com o fígado (BARNES, ANDERSON e PHILLIPSON, 2002). 
 
4.9 Interações medicamentosas 
De acordo com Silva et al (2009), a planta atinge as enzimas presentes no citocromo 
P450, com aspectos de inibição, sendo assim, o uso da mesma concomitantemente com outro 
fármaco dependente destas enzimas irá aumentar a biodisponibilidade deste. 
Poderá haver interação entre a ​C. racemosa e contraceptivos orais, uma vez que, 
ambos atuam sob receptores estrogênicos reduzindo consequentemente a secreção de LH 
(NICOLETTI et al, 2007). 
 
4.10 Resultados de estudos envolvendo o uso da ​Cimicífuga racemosa como terapia 
alternativa 
 
Tabela 1- Ensaios clínicos envolvendo ​C. racemosa​ na menopausa 
AUTORES OBJETIVO DOSAGEM CONCLUSÃO 
 
MEHRPOOYA et al, 
2018 
 
Comparar a 
eficácia entre 
C​.​ racemosa​ e 
o óleo de 
prímula em 
mulheres 
menopausadas. 
 
Grupo A, recebeu 40 
mg de ​C. racemosa​ 2 
vezes ao dia e o 
grupo B 500 mg de 
óleo de prímula 2 
vezes ao dia por 08 
semanas 
 
O grupo que 
recebeu ​C. 
racemosa​, 
teve uma 
melhora 
superior nos 
sintomas 
quando 
comparado 
com o óleo de 
prímula 
27 
 
 
 
 
 
GELLER et al, 2009 
 
 
 
Avaliar 
segurança e 
eficácia da ​C. 
racemosa​ e 
Trifolium 
pratense​ em 
sintomas 
vasomotores 
 
 
 
Os quatro grupos, 
foram separados em: 
placebo, 0,625mg 
estrogênios 
conjugados com 
2,5mg de acetato de 
medroxiprogesterona, 
extrato etanólico de 
C. racemosa ​128mg 
e 120mg de ​Trifolium 
pratense​, por 12 
meses. 
 
 
 
 
Não houve 
superioridade 
da ​C. 
racemosa 
sobre as 
outras 
intervenções 
utilizadas. 
 
NEWTON et al 
(2006) 
 
 
 
Testar a 
eficácia de três 
tratamentos 
fitoterápicos 
para 
menopausa 
 
 
Separou-se em 
grupos da seguinte 
maneira: ​C. 
racemosa​ 160 mg 
diários, preparações 
nos quais continham 
a planta 
anteriormente citada 
em 200mg diário, 
0,625 mg de 
estrógenos 
conjugados com a 
presença de 2,5mg 
diários de 
medroxiprogesterona 
e placebo. 
 
 
Concluiu-se 
que tanto 
isolado como 
em conjunto 
de 
substâncias, a 
C. racemosa 
mostrou-se 
pouco eficaz 
perante os 
sintomas. 
 
ROSTOCK et al 
(2011) 
 
 
Comprovar a 
eficácia da ​C. 
racemosa​ em 
pacientes com 
câncer de 
mama e 
usuárias do 
fármaco 
tamoxifenoCada participante, 
recebeu de 1 a 4 
comprimidos de 
extrato 
isopropanólico de ​C. 
racemosa ​a 2,5 mg. 
 
As pacientes 
apresentaram 
resultados 
positivos, 
frente a ondas 
de calor, 
sudorese, 
ansiedade e 
problemas de 
sono. 
 
 
28 
 
TANMAHASAMUT 
et al (2015) 
 
Avaliar a 
eficácia da ​C. 
racemosa​ em 
sintomas 
moderados a 
grave em 
mulheres 
tailandesas 
 
Dividiram-se as 
participantes em dois 
grupos sendo 
administrados 40 mg 
diários de ​C. 
racemosa​ para um 
grupo e para outro 
placebo. 
Os resultados 
do grupo 
tratado com 
C. racemosa​ a 
40 mg diários, 
não foi 
superior ao 
grupo tratado 
com placebo. 
 
CHARANDABI et al 
(2013) 
 
 
Avaliar a 
eficácia da ​C. 
racemosa​ em 
sintomas 
precoces 
 
 
Dividiram-se as 
pacientes em dois 
grupos, 
administrando 6,5 mg 
de ​C. racemosa 
diário em um 
determinado grupo e 
no restante placebo 
 
As 
participantes 
pertencentes 
ao grupo com 
o tratamento, 
relataram 
melhoras nos 
sintomas 
iniciais da 
pós-menopaus
a 
 
 
ROSELLA et al 
(2005) 
 
 
Comparar a ​C. 
racemosa​ com 
estradiol 
transdérmico 
em baixas 
doses nos 
sintomas da 
menopausa 
 
 
Dividiram-se as 
participantes em dois 
grupos, no qual 
administrou-se C. 
racemosa 40 mg e 
25mg de estradiol 
transdérmico a cada 7 
dias por 03 meses 
 
 
C. racemosa 
apresentou-se 
com boa 
tolerabilidade 
e eficácia 
perante os 
sintomas 
apresentados 
 
Fonte: Natália Leite (2019). 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
5 DISCUSSÃO 
 
A ​Cimicifuga racemosa tem sido objeto de estudo de vários pesquisadores, na qual os 
mesmos buscam respostas a respeito de sua ação farmacológica. Dentre os vários artigos e 
literaturas encontrados, percebesse a divergência sobre o mecanismo de ação e eficácia da 
mesma. 
No artigo de revisão apresentado por Silva et al (2009), os autores discutem a 
terapêutica apresentada pela planta e tiram como conclusões quatro prováveis mecanismos de 
ação no qual explicaria a relação entre a espécie e a menopausa. 
São estes: Indução de apoptose por meio da ativação de enzimas caspases importantes 
neste processo, “inibição do ciclo celular em G1 por alteração de proteínas reguladoras, efeito 
central em receptores 5HT e ação estrogênica evidenciada pela inibição seletiva de receptores 
nicotínicos” (SILVA et al, 2009). 
Diante destes mecanismos citados, os autores atribuem à ​C. racemosa uma melhora 
nos sintomas apresentados durante o período do climatério, como redução dos fogachos, 
ansiedade, depressão, vertigens, entre outros. Porém finalizam os resultados como 
inconclusivos referente a ação do fitoterápico mostrando a necessidade da realização de novas 
pesquisas clinicas. 
Sabe-se conforme citado anteriormente, que a ação principal se dá através dos 
glicosídeos triterpênicos presentes nas raízes, como a acteína, alcaloides, ácidos ferúlicos, 
isoferúlicos e cimicifugina. A estes, atribui-se a ligação sob receptores estrogênicos e 
consequentemente a redução do hormônio luteinizante (LH) reprimindo, portanto, os sintomas 
desagradáveis. Em ensaio clínico controlado por placebo apresentado por Charandabi et al 
(2013) os autores selecionaram 84 pacientes que se encontravam na pós- menopausa, 
30 
 
separaram-nas aleatoriamente dois grupos e administrarão ​C. racemosa 6,5 mg diários em um 
grupo e ao outro placebo, buscando como resultados a redução de sintomas precoces. Ao final 
de oito semanas de tratamento, perceberam esta ação verificando melhora em sintomas 
vasomotores, psíquicos, físicos, entre outros. 
Sendo assim, percebe-se a eficiência sob os sintomas apresentados durante a 
menopausa, um dos mais relatados como incomodo são os fogachos “calores”, no ensaio 
clinico randomizado duplo-cego, realizado por Mehrpooya et al (2018) percebeu-se a eficácia 
sob este sintoma mostrando superioridade em relação ao óleo de prímula, que em alguns 
casos é utilizado para a mesma finalidade. Este ensaio, foi realizado com 80 mulheres nativas 
do Irã que foram separadas em dois grupos. Os autores analisaram a redução dos sintomas 
através de questionários preenchidos, na qual cada critério avaliado correspondia a uma 
pontuação e ao final a ​C. racemosa mostrou-se como a mais indicada para tratamentos de 
sintomas vasomotores, pois controlou a frequência de fogachos apresentados durante o 
decorrer do dia. 
No estudo comparativo realizado por Rosella et al (2005), os autores analisaram a 
espécie na dosagem de 40 mg diários e o estradiol transdérmico 25 mg a cada 7 dias. Nele 
houve a inclusão de 64 mulheres que se encontravam na menopausa. 
Após 90 dias de tratamento com a ​C. racemosa​, os autores puderam observar a 
redução de queixas provenientes do período pós menopáusico, como rubores, sintomas 
psíquicos entre outros. 
Além dos efeitos em sintomas vasomotores e emocionais, percebeu-se a ação positiva 
sobre o perfil lipídico das pacientes observadas com o tratamento, houve um aumento do 
colesterol HDL e uma redução do LDL. 
Conforme mencionado pelos autores a ​C. racemosa apresentou boa tolerabilidade e 
eficácia sobre os sintomas estudados, colocam-na como opção alternativa para substituição 
em pacientes tratados com baixas doses de estradiol transdérmico. 
Além da utilização da planta para queixas provenientes do período menopáusico, 
pesquisadores citam-na como opção de terapia para mulheres acometidas por neoplasias 
31 
 
mamárias. Sabemos que em alguns casos, as pacientes possuem resultados positivos para 
células MCF-7 e estas proliferam-se através de estímulos gerados por estrogênios. 
No estudo observacional apresentado por Rostock et al (2011), os autores salientaram 
a eficácia do extrato isopropanólico da planta em mulheres acometidas pelo câncer mamário. 
Nele participaram 50 pacientes, que se encontravam na menopausa e utilizavam tamoxifeno. 
Iniciou-se o estudo, administrando 02 comprimidos de ​C. racemosa a 20 mg diariamente, 
após 01 mês de tratamento houve a possibilidade de adequação para alguns casos, 
aumentando a dosagem para 80 mg ou utilizando-a juntamente com outros fitoterápicos como 
por exemplo a erva de São João, estas preparações conjuntas foram utilizadas em 04 
pacientes. Foram observadas durante o primeiro, terceiro e sexto mês, nos quais eram 
relatadas as gravidades dos sintomas. Ao final os autores confirmaram a eficácia e indicação 
do uso concomitante da ​C. racemosa e o tamoxifeno em mulheres menopausadas, uma vez 
que, as mesmas afirmaram ter tido uma redução dos sintomas. 
No entanto, estudos divergem dos citados anteriormente, como por exemplo, o ensaio 
clínico realizado por Geller et al (2009), que teve como objetivo comparar a eficácia de duas 
espécies botânicas utilizadas na menopausa, com placebo, estrogênios conjugados e acetato de 
medroxiprogesterona. Este estudo, envolveu 89 mulheres e estas foram divididas 
aleatoriamente em grupos, as que ficaram no grupo de tratamento pela ​C. racemosa​, 
receberão 128 mg padronizado em 7,25mg de glicosídeos triterpênicos e as que se 
encontravam no grupo administrado com ​Trifollium ​pratense ​foram tratadas com 398 mg 
padronizado em 120 mg de isoflavonas. 
Após 12 meses de acompanhamentos e intervenções, os autores concluíram que as 
espécies estudadas não foramsuperiores aos outros fármacos sintéticos utilizados para 
reduções dos sintomas apresentados. 
Resultados similares, encontrou Newton et al (2008), em estudo controlado por 
placebo, os autores contaram com 351 mulheres que vivenciavam sintomas decorrentes da 
menopausa. Dividiu-as em grupos e administrou-se tratamentos com: ​C. racemosa 160 mg 
diários, preparações envolvendo a planta, estrógenos conjugados com acetato de 
medroxiprogesterona e placebo. O acompanhamento teve duração de 12 meses no qual as 
mulheres relatavam através de questionários a gravidade dos sintomas e ao final, os autores 
32 
 
concluíram não haver superioridade entre os medicamentos fitoterápicos e as outras terapias 
utilizadas. 
Em outro estudo controlado por placebo, realizado por Tanmahasamut et al (2015), os 
autores dividiram 54 mulheres em dois grupos e administraram 40 mg diário de ​C. racemosa 
por três meses. Ao final, compararam os resultados através de pontuações refletidas em 
escores apresentados pelas participantes e o placebo obteve pontuação maior (60%). Porém os 
autores afirmam que este resultado pode ter sido influenciado pela quantia de glicosídeos 
triterpênicos presentes na dosagem escolhida (1,28 mg), idade das participantes e o clima 
onde o mesmo foi desenvolvido (Tailândia). Atribui-se a estes fatores a divergência com 
outros estudos publicados, pois em alguns encontramos o marcador em maiores quantidades, 
mulheres com idades mais avançadas e neste estudo eram jovens e lugares com temperaturas 
mais amenas. 
Desta forma, torna-se difícil afirmar que a ​C. racemosa é eficaz como terapia 
alternativa de reposição hormonal, vendo a necessidade da realização de novos estudos 
clínicos comparativos, uma vez que, podemos perceber a influência de determinados fatores 
questionados por alguns pesquisadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Apesar de existirem informações divergentes questionando a eficácia e uso da 
Cimicifuga racemosa ​como terapia alternativa na menopausa, baseando-se nos estudos 
encontrados pode-se observar a ação da mesma nas concentrações entre 40 a 200 mg diários. 
Atribui-se esta ação a uma variedade de constituintes químicos presentes nas raízes, 
porém confere-se a ação principal aos glicosídeos triterpênicos e a concentração destes 
influencia diretamente nos efeitos apresentados. 
A utilização da ​C. racemosa como fito estrogênio, possibilita atender mulheres não 
aderentes a terapias convencionais e as que possuem patologias que a impeçam de realizar 
esta reposição, como por exemplo, as portadoras de câncer mamário que em sua maioria 
sofrem influencia direta de estrógenos, não permitindo, a utilização de fármacos sintéticos. 
Sabe-se que a terapia alternativa em mulheres com neoplasias, teve-se efeitos positivos sob os 
sintomas proveniente da pós menopausa, colocando-a como opção a considerada. 
34 
 
Por fim, sabe-se que existem literaturas e artigos conflitantes frente a estes 
mecanismos de ação nos levando a concluir que ainda são necessários mais estudos clínicos, 
seja ele comparativo com outro fármaco ou controlado por placebo, mas tendo como objetivo 
elucidar a ação farmacológica e sanar estes questionamentos que ainda perduram entre os 
pesquisadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
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F. A Influência da deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea. 
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ANTUNES, S.; MARCELINO, O.; AGUIAR, T. Fisiopatologia da menopausa. ​Revista 
Portuguesa de clínica geral​, v.19, p. 353-357, 2003. 
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