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Publicado em 18.10.2019 
 
Publicado em 09.10.2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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▪ A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) nasceu da fusão da 
Cervejaria Brahma com a Antarctica Paulista Indústria Brasileira de 
Bebidas e Conexos, duas concorrentes históricas do mercado 
nacional, em 1999. 
 
▪ O acionista controlador da Ambev é a Interbrew International BV, 
que em conjunto com a AmBrew S.à.r.l, são subsidiárias da 
Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev). 
 
▪ A companhia possui capilaridade de distribuição e inteligência 
logística que poucas empresas no Brasil possuem, o que permite que 
os produtos da Ambev cheguem aos pontos mais remotos do país. 
 
▪ A empresa tem focado em aumentar a sua participação no segmento 
de cerveja premium, pois identificou a tendência de expansão desse 
segmento nos mercados onde ela atua. 
 
▪ Para isso, a companhia tem atuado na construção de um portfólio de 
produtos adequado para liderar essa tendência. 
 
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▪ Pela análise histórica de algumas das principais linhas do resultado, 
podemos notar que a Ambev tem tido dificuldades na melhora dos 
seus números. 
 
▪ É inegável que a companhia possui um nível de receita e de lucro 
que poucas companhias da bolsa obtêm. Entretanto, surge a 
indagação sobre qual será a trajetória dos seus resultados no futuro. 
 
▪ Sem dúvida, a Ambev é uma empresa ícone do sucesso do 
empreendedorismo brasileiro, mas passa por uma fase de grandes 
desafios provenientes de novas tendências no paladar dos 
consumidores e um aumento da concorrência no setor. 
 
▪ Considerando pesos iguais de importância para a análise relativa de 
múltiplos e Dividend Discounted Model, chegamos a um preço justo 
de R$ 12,98 para as ações da Ambev, o que demonstra que a 
empresa negocia hoje sem margem de segurança e cerca de 5,7% 
acima do preço que consideramos justo. 
 
▪ Com base em todos os riscos que o investimento na empresa possui, 
principalmente relacionado às forças concorrenciais com as quais a 
Ambev tem lidado, achamos que ainda não há margem de segurança 
suficiente para recomendarmos um investimento na empresa. 
 
▪ Por isso, ela segue em nossa watchlist, mas sem recomendação 
formal na carteira. 
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Informações coletadas no dia 08.10.2020 / Fonte: Suno Analítica (https://www.sunoresearch.com.br/acoes/abev3/) 
 
A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) nasceu através da fusão da 
Cervejaria Brahma ("Brahma") e da Antarctica Paulista Indústria Brasileira 
de Bebidas e Conexos ("Antarctica"), duas das empresas de cervejas e 
bebidas mais antigas do Brasil, concorrentes históricas em nosso mercado. 
 
A Antarctica foi fundada em 1885 e a Brahma em 1888, esta última 
originalmente como Villiger & Cia. Antes da fusão, a Brahma era controlada 
por Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, 
um lendário trio de empreendedores nacionais, por meio de controladoras 
que detinham uma participação votante de 55,1% na empresa. A 
Antarctica era controlada pela Fundação Zerrenner, que detinha 88,1% da 
participação votante na empresa antes da fusão Brahma-Antarctica. 
 
A Ambev teve a sua constituição em setembro de 1998, com o nome de 
Aditus Participações S.A ("Aditus"). Porém, em julho de 1999, após 
aprovação em Assembleia Geral Extraordinária, a razão social foi alterada 
para Ambev, Companhia de Bebidas das Américas. 
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 A empresa oriunda da negociação já nasceu como uma gigante, líder 
absoluta no mercado de cervejas nacional. Por conta disso, havia muitas 
dúvidas quanto a uma possível barreira ao negócio por parte do CADE 
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica). No fim, após muitas 
discussões, a criação da Ambev foi aprovada eventualmente, com algumas 
restrições e imposições, estabelecidas num termo de compromissos. 
 
O negócio principal em que a empresa opera é o de cervejas, sendo líder 
em diversos mercados e detentora de marcas relevantes, entre elas 
algumas das principais marcas nacionais, como Skol, Antarctica, Brahma. 
 
A empresa também possui operações de refrigerantes, não alcoólicos, não 
carbonatados com marcas próprias, como Guaraná Antarctica e Fusion, 
através de uma parceria com a PepsiCo em diversos países onde a empresa 
opera. O novo contrato de franquia com a PepsiCo foi aprovado pelo CADE 
em dezembro de 2018 e terá vigor até dezembro de 2027. 
 
 
Fonte: Ambev RI 
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Com a intenção de se expandir e operar em outros países além do Brasil, 
em 1994, a Brahma iniciou operações na Argentina, Paraguai e Venezuela. 
 
Em 2003, após a formação da Ambev, a companhia passou a fortalecer 
ainda mais o seu projeto de expansão para além do Brasil através de uma 
transação com a Quinsa, criando uma presença de liderança nos mercados 
da Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai. Também em 2003 e 2004, a 
Ambev efetuou inúmeras aquisições na América Central e América Latina. 
 
Em 2004, ocorreu uma das negociações mais marcantes da história do 
mercado brasileiro, quando a Ambev se juntou com a belga Interbrew, 
dona de marcas como Stella Artois e Jupiter, formando a InBev. Na época, a 
nova empresa era a segunda maior do mundo no setor, atrás da americana 
Anheuser-Busch. 
 
Poucos anos depois, em 2008, ocorreu uma nova negociação ainda mais 
impressionante: a InBev compraria a própria Anheuser-Busch, uma das 
empresas mais famosas dos Estados Unidos, fabricante da cerveja 
Budweiser, formando a AB InBev, a maior cervejaria do mundo. 
 
Atualmente, a AB InBev é negociada na bolsa de valores de Bruxelas e tem 
um valor de mercado de cerca de 80 bilhões de euros, sendo a 
controladora da Ambev negociada no Brasil. Hoje, a Ambev tem operação 
em 19 países, como Brasil, Canadá, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, 
Uruguai, Colômbia, El Salvador, Cuba, entre outros. 
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É uma empresa gigante, com um dos maiores faturamentos do país e um 
dos maiores valores de mercado da bolsa brasileira. Em 2013, a companhia 
passou a ser listada no Novo Mercado, segmento de mais alta governança 
da bolsa brasileira, fator positivo para os acionistas da companhia. 
 
O acionista controlador da Ambev é a Interbrew International BV, que em 
conjunto com a Ambrew S.à.r.l, são subsidiárias da Anheuser-Busch Inbev 
(AB Inbev). Além disso, outro acionista relevante é a Fundação Zerrenner. 
Veja os principais acionistas da Ambev e a atual composição acionária: 
 
 
Fonte: Suno Research 
 
 
▪ Maior alcance em termos de distribuição: a companhia possui o 
incrível número de mais de 1 milhão de pontos de venda apenas no 
Brasil, entre distribuidoras de bebidas, franquias e estabelecimentos 
comerciais. Sem dúvida, possui uma capilaridade de distribuição e 
uma inteligência logística que poucas empresas no Brasil possuem, o 
que permite que seus produtos cheguem aos pontos mais remotos. 
 
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▪ Sólida posição financeira: a Ambev possui quase R$ 17,5 bilhões em 
caixa, o que garante para a empresa uma posição de caixa líquido de 
mais de R$ 10 bilhões. Essa característica fornece uma grande 
tranquilidade financeira à empresa, algo especialmente importante 
em momentos de crise, como a causada pelo coronavírus, e que 
permite que a companhia realize a aquisição de várias cervejarias 
artesanais, como ela tem feito nos últimos, expandindo seu portfólio 
de produtos e capturando tendências no mercado. 
 
▪ Eficiência de custos: a companhia possui uma gestão reconhecida 
como uma das melhores do Brasil, com alguns dos executivos com 
maior histórico de resultados do país. Inclusive, essa eficiência nagestão de custos é parte dos princípios da empresa e, sem dúvida, é 
um componente fundamental no histórico de resultados que 
permitiu que a companhia viesse a dominar o mundo em seu setor. 
 
▪ Escalabilidade: a empresa é a líder de mercado em cervejas em 10 
dos países onde atua. Com isso, consegue aproveitar as vantagens 
em relação à diluição de custos por conta dos ganhos com escala, 
tendo vantagem relevante sobre outros players menores do setor. 
 
Recentemente, a Ambev tem focado em aumentar a sua participação no 
segmento de cervejas premium, que vem ganhando cada vez mais adeptos 
entre o público consumidor desse mercado, especialmente através de 
aquisições. 
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A empresa também tem como estratégia a diferenciação de seus principais 
produtos, com a utilização de campanhas de marketing em diferentes 
frentes, associadas aos principais artistas do Brasil. Além disso, a 
companhia tem investido em novos posicionamentos dos seus produtos, 
com a diferenciação também na questão de identidade visual. 
 
Também vale ressaltar a presença digital da marca. Em 2016, a companhia 
lançou o “Zé Delivery”, um serviço de delivery de bebidas com entrega 
imediata, uma novidade no país até então. 
 
Em 2020, com a pandemia e a restrição de trânsito das pessoas, o serviço 
viu grande divulgação por parte da companhia e crescimento da base de 
usuários. Apenas em março e abril, o delivery teve um número maior de 
transações do que em todo 2019, ajudando a diminuir um pouco o efeito 
negativo da crise nos resultados da empresa. 
 
 
No mercado nacional, a Ambev sempre manteve uma posição dominante 
em relação aos concorrentes. Nos últimos anos, porém, temos visto uma 
tendência de estabilização e até retração da sua participação de mercado. 
 
Isso tem se dado pelo aumento da concorrência no setor, principalmente 
da maior entrada da Heineken no mercado brasileiro, marca com grande 
aceitação por parte do público e que tem realizado fortes investimentos no 
país. Este tem sido um dos fatores para que os resultados da Ambev nos 
últimos anos não tenham sido tão satisfatórios. 
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Segundo dados da Nielsen, empresa que faz pesquisas de mercado, a 
participação de mercado da Ambev caiu de 61,7% em dezembro de 2018 
para 59,4% em dezembro de 2019. No mesmo período, a Heineken foi de 
20,1% para 21% e o Grupo Petrópolis, fabricante da Itaipava, foi de 14,7% 
para 15,2%, números que evidenciam essa maior concorrência no setor. 
 
Para efeito de comparação, em 2013, a Ambev tinha 67,9% de participação 
de mercado, contra 11,3% do Grupo Petrópolis e 8,4% da Heineken. Na 
época, a Brasil Kirin, posteriormente adquirida pela Heineken, ainda 
detinha 10,8% do mercado. Abaixo, podemos ver uma comparação gráfica 
que demonstra esta perda: 
 
 
Elaboração: Suno Research 
 
Ou seja, em seis anos, a Ambev teve uma queda de 6,2% na sua 
participação de mercado ao mesmo tempo em que suas principais 
concorrentes cresceram. Além disso, há uma tendência de mudança no 
paladar dos consumidores de cerveja, com a preferência por novos sabores 
e produtos de cunho mais artesanal e premium. Esse é um dos motivos por 
trás do crescimento da linha de "Outros" nos gráficos acima. 
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Uma demonstração do desejo de parte dos consumidores por essas marcas 
mais artesanais é o crescimento vertiginoso de cervejarias no país. Abaixo, 
temos a evolução do número de empresas do segmento, com dados do 
Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
 
 
Fonte: Anuário da Cerveja 2019 
 
Apenas em 2019, foram abertas 320 novas cervejarias (quase uma nova 
por dia). Por mais que, individualmente, essas cervejarias tenham pouco 
alcance, a força combinada delas pode vir a trazer problemas para uma 
marca mais consolidada, como a Ambev, especialmente se a tendência 
começar a se espalhar ainda mais pelo país, visto que mais de 80% delas 
estão localizadas, atualmente, nas regiões Sul e Sudeste. 
 
A imagem a seguir mostra uma estimativa do número de cervejarias do 
país nos próximos anos considerando três taxas de crescimento: 19% 
(média de crescimento dos últimos 20 anos), 26% (média dos últimos 10 
anos) e 36% (média dos últimos cinco anos). 
 
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Fonte: Anuário da Cerveja 2019 
 
Mesmo levando em conta a menor taxa projetada, algo aparentemente 
conservador tendo em vista a trajetória acelerada de crescimento recente, 
ainda veríamos o número de cervejarias mais do que dobrar em cinco anos. 
Os dados específicos do consumo de cervejas artesanais são interessantes 
e mostram um crescimento bastante acelerado na última década. 
 
Em que pese possíveis efeitos momentâneos causados pela pandemia, que 
devem afetar os números de 2020, o fato é que não há motivos para crer 
em uma mudança no cenário para os próximos anos. É provável que essa 
trajetória de crescimento no número de cervejarias e no desejo de uma 
parcela do público consumidor por produtos artesanais continue no futuro. 
 
Como citamos, essa mudança é algo que a Ambev vem procurando 
acompanhar, por meio de fusões e aquisições e também com a mudança 
de produtos já consagrados no mercado brasileiro. Alguns exemplos são a 
introdução da cerveja Skol Puro Malte e a Brahma Duplo Malte. 
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Cada vez mais, a marca tem tentado se desassociar do estigma de 
oferecer produtos de baixa qualidade e tem investido em um novo 
branding, com produtos com características premium, através da 
utilização de matérias-primas mais refinadas e uma produção otimizada. 
 
Mesmo assim, é inegável que o estigma permanece para pelo menos uma 
parte dos consumidores, que acabam buscando alternativas fora da Ambev 
para o seu consumo de cervejas. 
 
No mercado americano, onde essa tendência foi verificada mais cedo do 
que no Brasil, havia cerca de 7350 cervejarias em 2018, um número seis 
vezes maior do que o verificado no Brasil em 2019, sendo que, naquele 
país, de acordo com dados da Brewers Association, cerca de 13,6% de 
participação no mercado de cervejas é das cervejarias artesanais. 
 
Não podemos descartar um cenário parecido no Brasil, até mesmo pelas 
semelhanças geográficas e populacionais entre os dois países. Sem dúvida, 
é um movimento que preocupa e, aliado à competição com marcas mais 
consolidadas, como a Heineken e o Grupo Petrópolis, traz certa incerteza 
quanto à capacidade de manutenção e expansão de mercado da Ambev. 
 
Para começar, vamos apresentar algumas tendências dos resultados da 
Ambev nos últimos anos. Abaixo, podemos ver a evolução da Receita 
Líquida trimestral anualizada da empresa nos últimos 20 anos. 
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Na imagem, percebemos claramente a trajetória incrível da companhia no 
período, com um crescimento constante do faturamento. 
 
Nos últimos anos, como ressaltamos, temos visto uma clara tendência de 
arrefecimento nesse aspecto, tanto pelo próprio tamanho da empresa, que 
dificulta uma taxa muito alta de crescimento, quando pelo ambiente 
competitivo mais complicado. Com isso, o CAGR (Taxa de Crescimento 
Anual Composta) tem sido próximo a 3% nos últimos anos. 
 
 
Fonte: Economatica / elaboração Suno Research 
 
Quando olhamos para o histórico do EBITDA (aproximação do Lucro 
Operacional) percebemos essa tendência ainda mais claramente. 
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https://www.sunoresearch.com.br/artigos/cagr/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/ebitda/
 
 
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Na imagem abaixo, que mostra a evolução do EBITDA e da Margem 
EBITDA, vemos que a empresa tem tido dificuldades em crescer o seu 
EBITDA recentemente, inclusive estando abaixo do verificado em 2016. 
A queda na Margem indica uma queda na eficiênciada companhia. 
 
 
Fonte: Economatica / elaboração Suno Research 
 
Quanto ao Lucro Líquido, temos uma história similar, como podemos ver 
na imagem abaixo, que contém o LPA (Lucro por Ação) da empresa nos 
últimos anos e sua Margem Líquida. 
 
Apesar de ainda ser uma companhia altamente lucrativa, a Ambev não tem 
conseguido crescer o seu lucro como vinha fazendo historicamente e, ao 
final de 2019, havia entregado um LPA inferior ao visto em 2015 e 2016. 
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https://www.sunoresearch.com.br/artigos/lucro-liquido/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/lpa-lucro-por-acao/
 
 
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Fonte: Economatica / elaboração Suno Research 
 
Todos esses números não indicam que a companhia deixou de ser boa. 
Pelo contrário, a Ambev continua excelente e muito bem gerida. 
 
O fato de ter Dívida Líquida negativa é super positivo e, com exceção dos 
últimos trimestres afetados pelo coronavírus, a empresa tem conseguido 
manter um ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) acima de 20%, um 
ótimo indicador de eficiência operacional. 
 
Esses números indicam, porém, que a empresa pode ter entrado em um 
período de menor crescimento e que, por isso, precisamos ser cautelosos 
quanto a qualquer investimento na companhia que assuma que ela 
continuará crescendo na mesma medida que fazia anteriormente. 
 
 
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https://www.sunoresearch.com.br/artigos/roe-utilidade/
 
 
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Quanto aos resultados mais recentes, segundo a própria companhia, o 
segundo trimestre de 2020 (2T20) foi o trimestre mais desafiador da sua 
história. A Receita Líquida apresentada pela companhia no 2T20 foi de 
R$ 11,6 bilhões, 10,4% menor em relação ao mesmo trimestre de 2019. 
 
O Lucro Bruto foi de R$ 5,8 bilhões, uma queda de 24,5% na comparação 
com o 2T19. Essa queda em um percentual superior ao da queda na 
Receita se deu por conta do aumento no Custo dos Produtos Vendidos 
(CPV). O EBITDA Ajustado reportado foi de R$ 3,3 bilhões, uma redução de 
33,6% em comparação com o 2T19. A Margem EBITDA Ajustada foi de 
28,8%, uma queda de 9,9 p.p. 
 
O Lucro Líquido Ajustado foi de R$ 1,4 bilhão no período, uma retração de 
49,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A queda expressiva 
do Lucro Líquido foi principalmente por conta de um menor EBITDA e de 
um acréscimo nas despesas financeiras. Com isso, considerando os últimos 
12 meses, o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) da empresa ficou 
próximo a 12%, bem abaixo dos últimos anos. 
 
Sem dúvida, o trimestre foi desafiador para todas as empresas. A Ambev 
sofreu com o fechamento de bares e restaurantes, alguns dos locais onde 
seus produtos são mais vendidos. Entretanto, com o passar dos meses do 
2T20, o volume de vendas da companhia apresentou uma recuperação, 
dados que mostram uma tendência de melhora dos resultados no segundo 
semestre de 2020, com a abertura de vários estabelecimentos. 
 
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https://www.sunoresearch.com.br/artigos/o-que-receita-liquida/
 
 
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O fato de que, mesmo com todas as dificuldades, a empresa ainda 
conseguiu entregar um Lucro, demonstra a sua solidez e resiliência frente a 
um período ímpar na história mundial. Para comentários mais detalhados 
sobre os resultados dos últimos trimestres, recomendamos a leitura dos 
relatórios de acompanhamento que foram divulgados sobre a companhia. 
 
Por conta do seu histórico de lucros constantes e alta geração de caixa, a 
Ambev tem sido uma pagadora consistente de dividendos ao longo dos 
anos, apesar de não ser uma das maiores da bolsa por reter boa parte dos 
lucros para reinvestir no negócio. Abaixo, podemos ver o Dividend Yield 
histórico, que esteve frequentemente próximo de 4% no período. 
 
 
Fonte: Economatica / elaboração Suno Research 
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Para 2021, no preço atual, a empresa negocia a um Yield on Cost estimado 
de 4,7%, que julgamos positivo e pouco acima das suas médias históricas. 
 
 
▪ Perda de participação no mercado: a Ambev pode não ser capaz de 
conter o crescimento da concorrência no mercado brasileiro, 
principalmente em relação à Heineken e ao Grupo Petrópolis. A 
perda de participação no mercado de cervejas pode fazer com que 
os resultados reportados pela empresa apresentem um retrocesso. 
 
▪ Volatilidade do preço das commodities: uma significativa parcela 
dos custos de produção da empresa estão associados a 
commodities, como alumínio, milho, açúcar, trigo e garrafas PET, 
cujos preços podem apresentar flutuações relevantes. O aumento 
significativo do preço dessas commodities afeta fortemente os 
custos operacionais da companhia. 
 
▪ Flutuações nas taxas de câmbio: a maior parcela da receita da 
companhia é efetuada em reais, enquanto uma significativa parcela 
da sua dívida está em moedas estrangeiras. Recentemente, temos 
presenciado uma forte desvalorização do Real frente ao Dólar, o que 
pode acabar acarretando um aumento das despesas financeiras e 
custos operacionais da companhia, já que vários insumos essenciais 
para a empresa estão cotados em Dólar. 
 
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https://www.sunoresearch.com.br/artigos/yield-on-cost/
 
 
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▪ Mudanças no comportamento do consumidor: além da tendência 
da busca por marcas premium e artesanais que mencionamos 
anteriormente, por uma parte do público consumidor, outras 
tendências podem trazer dificuldades para a empresa. 
 
Nos últimos anos, por exemplo, tem sido percebida uma diminuição 
do consumo em bares, que historicamente representou mais de 60% 
do consumo de cervejas no país, em troca de um maior consumo em 
supermercados e atacados, que vêm ganhando cada vez mais 
espaço, que têm preços muito mais baratos e que, com isso, podem 
gerar perdas de rentabilidade para a empresa no futuro. 
 
▪ Consequências da pandemia: uma “segunda onda” da pandemia do 
coronavírus pode fazer com que estabelecimentos, fábricas, entre 
outros, voltem a ser fechados. 
 
Desse modo, pode afetar a capacidade de produção e de venda dos 
produtos da Ambev. 
 
 
Inicialmente, vamos avaliar alguns múltiplos da Ambev. Abaixo, temos o 
histórico do índice Preço / Lucro da empresa nos últimos anos. 
 
 
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https://www.sunoresearch.com.br/artigos/preco-lucro/
 
 
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Fonte: Economatica / elaboração Suno Research 
 
A mediana do múltiplo P/L de Ambev dos últimos 10 anos foi de 21,3 vezes 
aproximadamente, abaixo dos atuais 23,66 que a empresa é negociada. 
Porém, como os múltiplos atuais estão distorcidos por efeitos negativos da 
pandemia, acreditamos que faça mais sentido avaliar o P/L projetado. 
 
Desta forma, se considerarmos o lucro por ação projetado para a empresa 
em 2021, de R$ 0,67, então a Ambev negocia a 20,46 vezes, agora sim, um 
pouco abaixo de suas médias históricas. 
 
Deste modo, para retornar às médias históricas, a Ambev deveria hoje 
negociar em torno de R$ 14,27, o que representa um potencial upside de 
apenas 4% em relação às cotações atuais, o que consideramos muito 
pouco. Já quando comparamos a Ambev com alguns pares e players globais 
do mesmo setor, temos os seguintes múltiplos: 
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Fonte: Economatica / elaboração Suno Research 
 
Portanto, comparando com alguns dos principais players globais e 
competidores, notamos que não existe nenhum desconto relevante neste 
momento para as ações da Ambev em relação à indústria. 
 
Historicamente, considerando players como Arca Continental, Heineken e 
CCU, que têm operações relevantes na América Latina e se tornam 
naturalmente players mais comparáveis, a Ambev negociou com um 
prêmio próximo de 3,5% em relação a esses players. 
 
Para os próximos 12 meses, no entanto, a média de P/L desses três 
competidores encontra-se em 18,43. Portanto, a Ambev negocia com um 
prêmiode 11%, bem superior às médias históricas, o que é um indicativo 
de que as ações não estão baratas em termos relativos. 
 
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Além da análise relativa de múltiplos, outro método de valuation que 
gostamos de utilizar para precificar companhias maduras é o método de 
Dividendos Descontados. 
 
Como a Ambev é uma companhia que tem um histórico sólido de 
resultados, com distribuição constante de dividendos, podemos tentar 
estimar o seu valor intrínseco através do Dividend Discounted Model 
(DDM). Para isso, vamos utilizar uma taxa de desconto de 10%. As 
principais premissas utilizadas para chegar a essa taxa: 
 
▪ Taxa livre de risco EUA: 1,5% 
▪ Inflação EUA: 1,25% 
▪ Prêmio de risco: 6,5% 
▪ Beta: 0,67 
▪ Risco Brasil: 3,4% 
▪ Inflação Brasil: 2,9% 
 
Nas premissas de crescimento, partimos das estimativas de Dividendos por 
Ação a serem distribuídos nos dois próximos anos, de R$ 0,61 e R$ 0,65, e 
estimamos um crescimento nominal de 7% ao ano até o ano 10. 
 
Considerando o patamar atual da empresa, julgamos essa estimativa 
pertinente e, inclusive, acima do verificado recentemente. A partir daí, a 
empresa cresceria na perpetuidade a uma taxa nominal de 4%. 
 
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Nessas premissas, chegaríamos a um valor justo de cerca de R$ 11,70 
para a empresa, abaixo do patamar atual de negociação. Desse modo, 
apesar das quedas nas cotações observadas nos últimos anos, não 
vemos atratividade nas ações da Ambev no momento. 
 
Se considerarmos a média dos preços justos encontrados no método 
relativo (de múltiplos) e do DDM, chegamos então a um preço justo 
definitivo de R$ 12,98. 
 
Se aplicarmos uma margem de segurança de 20%, chegamos a um preço 
para possível entrada de R$ 10,38, muito próximo do preço apresentado 
em nossa watchlist. 
Sem dúvida, a Ambev é uma empresa ícone do sucesso do 
empreendedorismo brasileiro, com líderes empresariais que conseguiram a 
rara façanha de sair das fronteiras do país e se destacar mundialmente. 
 
Entretanto, a empresa passa por uma fase de grandes desafios 
provenientes de novas tendências no paladar dos consumidores e um 
aumento da concorrência no setor. 
 
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É uma empresa de um histórico bastante positivo, que gerou um ótimo 
retorno aos seus acionistas graças à sua excelência operacional que, nas 
últimas décadas, foi atingida por poucas outras empresas na mesma 
medida e com a mesma longevidade. 
 
Seus números e desempenho passado são, sim, surpreendentes e 
admiráveis. Porém, há alguns anos, os investidores têm ficado mais 
reticentes em relação à questão da evolução da participação de mercado 
da Ambev. 
 
De fato, a empresa já apresentou diversas iniciativas para manter sua 
posição no mercado, como fusões e aquisições com outras companhias, 
além de iniciativas relacionadas às plataformas tecnológicas. Mesmo assim, 
não temos visto resultado concreto nos últimos anos, como pudemos 
perceber nesse relatório. 
 
O fato é que, apesar da cotação da empresa não ter desempenhado bem 
nos últimos anos, ela continua negociada a um patamar que embute uma 
expectativa de crescimento que julgamos otimista quando consideramos o 
cenário competitivo atual e as perspectivas da empresa. 
 
Com base no exposto, decidimos que ainda não é hora de recomendarmos 
as ações da Ambev, mesmo com nossa admiração sobre a empresa. Por 
isso, a Ambev permanecerá na nossa watchlist com o preço para possível 
entrada definido em R$ 10,00, que julgamos oferecer uma boa margem de 
segurança em relação ao nosso preço justo estimado. 
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Continuaremos acompanhando a companhia de perto e, no futuro, caso o 
preço da ação caia mais, ou se sentirmos alguma mudança em nossa 
estimativa futura sobre a companhia, poderemos recomendá-la 
oficialmente para a nossa carteira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRÓXIMOS DIVIDENDOS 
Ticker Tipo Valor por ação Status Data ex Data de Pagamento 
ODPV3 JCP R$ 0,0250832000 Aprovado 17/09/2020 07/10/2020 
TAEE11 JCP R$ 0,17 Aprovado 18/08/2020 26/08/2020 
TAEE11 Dividendos R$ 0,64 Aprovado 18/08/2020 26/08/2020 
EGIE3 Dividendos R$ 0,83 Aprovado 13/08/2020 Indefinido 
BBSE3 Dividendos R$ 0,87 Aprovado 10/08/2020 24/08/2020 
PETR4 Dividendos R$ 0,000449 Aprovado 23/07/2020 15/12/2020 
ENBR3 Dividendos R$ 0,194 Aprovado 02/01/2020 Até 30/12/2020 
ENBR3 JCP R$ 0,39 Aprovado 02/01/2020 Até 30/12/2020 
VIVT4 JCP R$ 0,16 Aprovado 01/03/2020 Até dezembro de 2021 
VIVT4 JCP R$ 0,50 Aprovado 17/06/2019 31/12/2020 
VIVT4 JCP R$ 0,29 Aprovado 17/04/2019 31/12/2020 
VIVT4 JCP R$ 0,36 Aprovado 15/02/2019 31/12/2020 
 
CARTEIRA RECOMENDADA DIVIDENDOS 
Ranking Suno Ticker Início Alocação Preço atual 
DY 
esperado 
Preço-teto 
Preço de entrada 
ajustado* 
Recomendação Variação 
1 ENBR3 06/02/2017 10% R$ 17,86 5,0% R$ 25,00 R$ 12,19 Comprar 46,51% 
2 ITSA4 12/03/2020 10% R$ 9,29 4,8% R$ 12,00 R$ 6,48 Comprar 43,36% 
3 VIVT4 18/05/2017 7,5% R$ 44,15 6,6% R$ 53,00 R$ 33,56 Comprar 31,56% 
4 EGIE3 09/11/2017 5% R$ 40,54 7,6% R$ 50,00 R$ 43,05 Comprar - 5,83% 
5 BBSE3 16/01/2020 10% R$ 24,50 7,6% R$ 33,75 R$ 21,54 Comprar 13,74% 
6 ABCB4 06/02/2017 7,5% R$ 12,31 4,5% R$ 18,50 R$ 13,48 Comprar - 8,68% 
7 TAEE11 21/08/2020 10% R$ 28,14 8,5% R$ 35,00 R$ 15,42 Comprar 82,49% 
8 PETR4 06/02/2017 5% R$ 20,40 3,2% R$ 30,00 R$ 29,52 Comprar - 30,89% 
9 ODPV3 30/08/2018 2,5% R$ 12,74 4,0% R$ 14,20 R$ 13,03 Comprar - 2,23% 
10 UNIP6 30/03/2017 10% R$ 28,14 1,2% R$ 35,00 R$ 3,11 Comprar 804,82% 
11 TUPY3 08/02/2018 5% R$ 17,53 3% R$ 20,00 R$ 15,53 Comprar 12,88% 
12 LEVE3 18/04/2019 5% R$ 18,14 2,54% R$ 21,00 R$ 21,05 Comprar - 13,82% 
13 WIZS3 06/02/2017 7,5% R$ 9,45 6,9% R$ 12,00 R$ 10,12 Comprar - 6,62% 
14 GRND3 31/05/2018 5% R$ 7,90 1,3% R$ 8,33 R$ 7,25 Comprar 8,97% 
15 Renda Fixa 0% 
 
* Informações atualizadas no dia 08.10.2020 às 17h50. 
Para ver a carteira completa e atualizada, acesse: https://membros.sunoresearch.com.br/carteira-recomendada-dividendos/ 
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RECOMENDAÇÕES ENCERRADAS * 
Ativo Início Preço de entrada** Final Preço de saída Desempenho 
EZTC3 01/06/2017 R$ 17,82 07/09/2017 R$ 23,20 30,2% 
IRBR3 07/08/2017 R$ 26,98 19/07/2018 R$ 53,67 98,9% 
MPLU3 06/02/2017 R$ 30,67 18/08/2017 R$ 26,84 -12,5% 
CGAS3 17/01/2019 R$ 64,97 19/07/2018 R$ 79,20 21,9% 
TIET11 18/05/2017 R$ 10,43 05/03/2020 R$ 18,57 78% 
 
 
WATCHLIST ** 
Ticker Empresa Setor Preço atual (R$) Preço para possível entrada* 
ABEV3 Ambev Consumo não cíclico 13,68 Abaixo de R$ 10,00 
EZTC3 EZTec Construção Civil 36,62 Abaixo de R$ 25,00 
SAPR4 Sanepar Saneamento 5,14 Abaixo de R$ 4,60 
KLBN11 Klabin Materiais Básicos 24,89 Abaixo de R$ 15,00 
MRVE3 MRV Engenharia Construção Civil 16,81 Abaixo de R$ 15,00 
BRDT3 BR Distribuidora Dist. combustíveis 20,33 Abaixo de R$ 15,50 
PSSA3 Porto Seguro Seguros 48,31 Abaixo de R$ 45,00 
CCRO3 CCR Infraestrutura 12,69 Abaixo de R$ 12,45 
 
*Os preços indicados não representam uma obrigação de recomendação ou indicação de compra, 
tendo em vista que as variáveis e as premissas podem ser modificadas. 
 
 
Rentabilidade acumulada até agosto de 2020. Fonte: Suno Research / Economatica 
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Disclaimer 
 
As informações constantes deste material podem auxiliar o 
investidor em suas decisões de investimento; porém o 
investidor será responsável, de forma exclusiva, pela verificação 
da conveniência e oportunidade da movimentação de sua 
carteira de investimentos e pela tomada de decisão quanto à 
efetivaçãode operações de compra e/ou venda de títulos e/ou 
valores mobiliários. 
 
Este material apresenta informações para diversos perfis de 
investimento e o investidor deverá verificar e atentar para as 
informações próprias ao seu perfil de investimento, uma vez 
que as informações constantes deste material não são 
adequadas para todos os investidores. Quaisquer projeções de 
risco ou retorno potenciais são meramente ilustrativas e, 
portanto, não são e não devem ser interpretadas pelo investidor 
como previsão de eventos futuros e/ou garantia de resultados. 
 
Além disso, não garantimos a exatidão das informações aqui 
contidas e recomendamos ao investidor que não utilize este 
relatório como única fonte para embasar suas decisões de 
investimento. Os investimentos realizados pelo investidor para 
sua carteira estão sujeitos a diversos riscos inerentes aos 
mercados e aos ativos integrantes da carteira, incluindo, sem 
limitação, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez, 
risco cambial, risco de concentração, risco de perda do capital 
investido e de disponibilização de recursos adicionais, entre 
outros. 
 
Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório 
declaram, nos termos da Instrução CVM nº 598/18, que as 
recomendações do relatório de análise refletem única e 
exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de 
forma independente. 
 
Este material destina-se única e exclusivamente aos assinantes 
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responsabilização em processo civil. 
 
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